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Estrutura de Produto e Gerenciamento de Estoque: Níveis, Itens e Dependências, Notas de aula de Materiais

Este documento explica a estrutura de produto e sua importância no gerenciamento de estoque. A estrutura é representada por uma árvore de níveis, onde cada item é pai de outros itens filhos. Os itens são classificados como fabricados ou comprados, dependentes ou independentes. A estrutura define a relação entre itens e níveis, e os registros de estoque são necessários para calcular as necessidades brutas.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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A LISTA DE MATERIAIS (OU ESTRUTURA DE PRODUTO)
A lista de material nada mais do que uma árvore de produtos nível a nível que descreve a relação
item-pai x item-fílho. Outro nome que se dá à lista de material é estrutura de produto. Este último
nome é mais conveniente. Abaixo, segue modelo de estrutura do produto hipotético que
utilizaremos em nosso exemplo.
É dada a estrutura do produto hipotético A mostrada acima. A leitura da estrutura mostra que o
item final A é composto dos subconjuntos B, C
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e D; o subconjunto B é composto dos itens E, F e G; o
subconjunto C é composto pelos itens E e I; o subconjunto D é formado pelos itens J e K; o
subconjunto F é composto do item H; e o subconjunto K é formado pelo item I. Da análise desta
estrutura, surge o conceito de nível. Observe que cada degrau da estrutura está identificado pelas
siglas N0, NI, N2 e N3. Estas siglas representam o nível de cada produto. Arbitrariamente, os
engenheiros da IBM que conceberam o MRP sistematizado, definiram que o produto acabado (A)
está no nível zero (N0); os componentes que formam o produto acabado estão no nível 1 (N1); os
componentes dos subconjuntos do N1, estão no nível 2 (N2) e, assim, sucessivamente. A estrutura
hipotética acima é composta de 4 patamares, ou seja, 4 níveis.
Observe, também, que uma estrutura completa deve incluir os índices de cada item. Dessa forma, o
item A é composto de 2 subconjuntos B; o subconjunto B é composto de 2 subconjuntos F e, assim,
sucessivamente. Os índices são muito importantes, pois o MRP os utilizará para efetuar o cálculo da
demanda bruta nível a nível, após o cômputo do MPS.
A estrutura também define o a relação item-pai x item-filho. Observe que na relação entre o N0 e
N1, o item A é um item-pai e os itens B, C e D são seus filhos; na relação entre o N1 e N2, os itens B,
C e D são itens-pais e os itens E, F, G, I, J e K são itens-filhos.
Outro conceito derivado da estrutura de produto é a definição de item fabricado e item comprado.
Por definição, um item fabricado é aquele que possui componente, ou seja, é aquele que possui
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A LISTA DE MATERIAIS (OU ESTRUTURA DE PRODUTO)

A lista de material nada mais do que uma árvore de produtos nível a nível que descreve a relação item-pai x item-fílho. Outro nome que se dá à lista de material é estrutura de produto. Este último nome é mais conveniente. Abaixo, segue modelo de estrutura do produto hipotético que utilizaremos em nosso exemplo.

É dada a estrutura do produto hipotético A mostrada acima. A leitura da estrutura mostra que o item final A é composto dos subconjuntos B, Cr^ e D; o subconjunto B é composto dos itens E, F e G; o subconjunto C é composto pelos itens E e I; o subconjunto D é formado pelos itens J e K; o subconjunto F é composto do item H; e o subconjunto K é formado pelo item I. Da análise desta estrutura, surge o conceito de nível. Observe que cada degrau da estrutura está identificado pelas siglas N0, NI, N2 e N3. Estas siglas representam o nível de cada produto. Arbitrariamente, os engenheiros da IBM que conceberam o MRP sistematizado, definiram que o produto acabado (A) está no nível zero (N0); os componentes que formam o produto acabado estão no nível 1 (N1); os componentes dos subconjuntos do N1, estão no nível 2 (N2) e, assim, sucessivamente. A estrutura hipotética acima é composta de 4 patamares, ou seja, 4 níveis.

Observe, também, que uma estrutura completa deve incluir os índices de cada item. Dessa forma, o item A é composto de 2 subconjuntos B; o subconjunto B é composto de 2 subconjuntos F e, assim, sucessivamente. Os índices são muito importantes, pois o MRP os utilizará para efetuar o cálculo da demanda bruta nível a nível, após o cômputo do MPS.

A estrutura também define o a relação item-pai x item-filho. Observe que na relação entre o N0 e N1, o item A é um item-pai e os itens B, C e D são seus filhos; na relação entre o N1 e N2, os itens B, C e D são itens-pais e os itens E, F, G, I, J e K são itens-filhos.

Outro conceito derivado da estrutura de produto é a definição de item fabricado e item comprado. Por definição, um item fabricado é aquele que possui componente, ou seja, é aquele que possui

algum nível abaixo de si; um item comprado é aquele que não possui componente. No exemplo, itens fabricados são: A, B, C, D, F, J e K;comprados são: E, H, G e I

Um outro conceito derivado da análise da estrutura é a definição de item dependente e independente. Por definição da filosofia MRP, itens de demanda dependente são todos aqueles cuja necessidade depende da demanda de algum outro item; itens de demanda independente são aqueles que independem da necessidade de outros itens. Por exemplo, a demanda (ou necessidade) do item B, depende da necessidade do item A. Se por acaso, ao calcular o MPS, o MRP encontrar no registro de estoque quantidade suficiente de A para atender a demanda de um período, ele não programará a fabricação do item B. Por isso, a demanda do item B depende da necessidade do item A; logo, dizemos que B é de demanda dependente. O único item, por definição, que não tem sua demanda atrelada a outro item é sempre o acabado, neste caso, o item A. Ou seja, por regra geral, todos os itens da estrutura que estão alocados em algum nível inferior ao N0, são considerados de demanda dependente; o produto final, que sempre está no N0, é considerado de demanda independente. Os sistemas EMS e Magnus, por conceito estabelecido pela própria Datasul, definem que todo item de uma estrutura de produto, incluindo o próprio item acabado, devem ser de demanda dependente. Se algum item da estrutura estiver parametrizado como demanda independente, o MRP desses dois sistemas, não efetuará programação para o produto. Algumas considerações importantes são necessárias:

Quantidades múltiplas de alguns itens são necessárias; isto significa que o MRP deve conhecer a quantidade necessária de cada item para ser capaz de multiplicar pelas necessidades. Um mesmo item (no exemplo anterior, os itens F e l ) pode ser utilizado em diferentes níveis da estrutura de produto. Nesse exemplo, o subconjunto F é necessário para montar os subconjuntos B e J; o componente I é necessário para montar os subconjuntos C e D. Isto significa que o MRP deve levar em conta este fato e, a cada estágio, somar as necessidades para determinar quantos itens F e I são necessários no total.

REGISTROS DE ESTOQUE

O arquivo que contém as estruturas de produtos fornece ao MRP, então, a base de dados dos componentes na forma de uma lista de materiais nível a nível. Ao invés de, meramente, tomar esses componentes e multiplicá-los pela demanda, de modo a determinar as necessidades totais de materiais, o MRP reconhece que alguns dos itens necessários podem já estar em estoque. Este estoque pode estar na forma de produtos finais; produtos em processo; ou matérias-primas. É então necessário, começando pelo nível zero (N0) de cada lista, verificar quanto estoque há disponível de cada produto final, subconjuntos e componentes, para que se possa calcular o que é chamado de necessidade líquida - a quantidade exata necessária para, juntamente com o estoque, atender a demanda. Para fazer isso, o MRP requer que sejam mantidos registros de estoque.