






Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Um estado da arte sobre o tema do uso de substâncias psicoativas e sua relação com o trabalho. O artigo aborda as principais pesquisas realizadas em bases científicas nacionais e internacionais, destacando as lacunas teóricas no campo. O texto também discute a influência das condições degradantes de trabalho sobre o adoecimento mental e a importância das ferramentas teóricas da psicologia social na proposição de intervenções. A definição de trabalho e suas dimensões ajuda a centralizar o recorte adotado no artigo.
Tipologia: Notas de aula
1 / 12
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Kelma Jaqueline Soares
Resumo: A relação entre e trabalho e o uso de substâncias psicoativas é um tema investigado por distintas áreas do saber e que se inscreve no campo temático dos adoecimentos mentais relacionados ao trabalho. No escopo da psicologia social, o conceito de atitudes apresenta-se central para estudos teóricos ou empíricos. Entende-se atitudes como respostas avaliativas gerais sobre objetos e conhecimentos duradouros que ficam registrados para os indivíduos. O objetivo deste artigo foi o de sistematizar o conceito de atitude e apresentar breve estado da arte sobre a referida relação. O ponto de partida foi a discussão desse conceito e posteriormente foram apresentados os principais resultados desse levantamento bibliográfico em bases científicas nacionais (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), SciELO ( Scientific Electronic Library Online ) e Portal Periódicos da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e em alguns periódicos internacionais ( Journal of Applied Social Psychology , Journal of applied psychology: an international review, Annual Review of Psychology ). Como resultados obtidos, observa-se poucas investigações que foquem no contexto, relações e condições de trabalho nesse processo de adoecimento. No geral, os estudos focam o seu olhar investigativo no indivíduo e menos nos fatores de contexto ambiental e sócio-histórico como o trabalho. Em face a essa lacuna, sugere-se agenda de pesquisa sobre essa problemática
Palavras-chave : Atitudes; Uso de Substâncias Psicoativas; Trabalho; Saúde do Trabalhador; Estado da Arte.
Abstract: The relation between work and the use of psychoactive substances is a topic investigated by different areas of knowledge and it´s inscribed in the thematic field of mental illnesses related to work. For the social psychology´s field, the concept of attitudes is central to theoretical or empirical studies. Attitudes are understood as general evaluative responses about objects and enduring knowledge that are recorded for individuals. The article aim was to systematize the concept of attitude and to present a brief state of the art about this relation. The starting point was the discussion of this concept and then the main results of a bibliographical research on national scientific bases Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), SciELO (Scientific Electronic Library Online) and Portal Periods of CAPES/Brazil (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). As results obtained, there is little research that focuses on the context, relationships and working conditions in this process of illness. Overall, the studies focus on the individual and less on the environmental and socio-historical context factors such as work. Faced with this gap, a research agenda is suggested about this problem.
Keywords : Attitudes; Use of Psychoactive Substances; Job; Worker's health; State of Art
Introdução
O adoecimento mental dos trabalhadores é um tema que envolve preocupações e desafios para a academia, para trabalhadores e para gestores de organizações públicas ou privadas. O objetivo deste artigo é o de indicar breve estado da arte sobre o tema do uso de substâncias psicoativas e trabalho, bem como, apontar as lacunas teóricas nesse campo, tendo por base a discussão do conceito de atitudes. Observa-se que poucos estudos adotam como foco analítico a intervenção nas relações e nas condições de trabalho como meio de minimizar ou investigar a ocorrência do adoecimento entre os trabalhadores. Esse escopo de produções científicas se reduz ainda mais, quando o enfoque é a saúde mental no trabalho.
A psicologia social contribui para a identificação de fatores sociais que incidem sobre as doenças, sejam essas cônicas ou não. No caso deste artigo, considera-se que a psicologia social é a ciência do estudo da influência (FERREIRA, 2010), seja essa, real ou imaginária. Destaca-se a influência que as condições degradantes de trabalho podem ter sobre o adoecimento mental e, por outro lado, como as ferramentas teóricas da psicologia social podem a assumir papel crucial na proposição de intervenções para essa problemática.
Entende-se por condições de trabalho as construções coletivas entre o trabalhador e o contexto no qual ele se insere. Tratam-se das circunstâncias de desenvolvimento das atividades do trabalhador, sejam essas ambientais, emocionais e culturais (BORGES et al., 2015). Uma conceituação que se filia ao campo teórico da Ergonomia da Atividade, conforme Ferreira, Almeida e Guimarães (2013), entende por contexto de produção de bens e serviços o ambiente sóciotécnico onde o trabalho é realizado. É composto pelas dimensões de condições de trabalho (caracterização da estrutura física), relações sócioprofissionais (relações hierárquicas e horizontais) e a organização do trabalho (práticas de gestão, relação entre o trabalho prescrito e real).
Essa definição sobre o trabalho e as suas dimensões ajuda a centralizar o recorte adotado nesse artigo: o adoecimento mental relacionado ao trabalho, não é fruto apenas das condições individuais daquele que adoeceu, mas pode se relacionar ao contexto laboral onde esse o trabalhador se insere. O ponto central da discussão está na reação do trabalhador às influencias do meio onde realiza o trabalho enquanto atividade de transformação do meio social e de si próprio.
Sabe-se que o ser humano possui necessidade de manter consistência nas suas ações, padrões e crenças e atingir três objetivos básicos: afiliação, precisão e consistência (CIALDINI; GRISKEVICIUS, 2010). Por essa ótica, é colocado um grande desafio para os trabalhadores serem capazes de lidarem com a influência de um contexto de trabalho que não promove esses objetivos básicos. Tratam-se de relações de trabalho expressas pelo negativo, ou conforme definido por Castel (2008), de desfiliação das relações de trabalho que
processo de comunicação está relacionado com o processo de persuasão, o qual, por sua vez, está relacionado com o despertar ou lidar com a emoção. Os processos de persuasão podem atingir as pessoas diferentemente e podem modificar a atitude das pessoas quanto a um objeto, produto ou valor. Em geral, as mudanças de atitude baseadas na força dos argumentos podem fazer com que os comportamentos sejam mais consistentes do que aqueles que mudaram mais por elementos superficiais.
As medidas explícitas ajudam a entender o processo de mudança de atitude, mas não, necessariamente, prediz mudança de comportamento. Os estudos iniciais sobre persuasão consideravam apenas uma única variável (as emoções positivas), já as pesquisas contemporâneas buscam articular diferentes variáveis que podem influenciar a atitude explícita e também identificar as atitudes implícitas (FABRIGAR; WEGENER, 2010). Cumpre evidenciar, na seção seguinte, como a comunidade científica nacional e internacional tem abordado essa problemática, se há ou não centralidade nas abordagens de natureza biopsicossocial e como a influência exercida pelo meio social pode ajudar a entender melhor a relação uso de substâncias psicoativas e trabalho.
Panorama das publicações em âmbito nacional O número reduzido de teses e dissertações publicadas no Brasil, que adote o enfoque deste artigo, revela o quanto esse assunto ainda precisa ser estudado. Em consulta à Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), obteve-se o total de 103 produções acadêmicas no período de 2006 a 2017, as quais foram retomadas (em qualquer campo de busca) pelos localizadores “uso de substancias psicoativas” e “trabalho”, sendo 82 dissertações e 21 teses. Quando se aplica o filtro por tema (Saúde e Trabalho) e realiza-se a análise do resumo e palavras chaves, observa-se que somente três estudos apresentaram, centralmente, a discussão sobre a temática aqui focalizada. Trata-se de duas dissertações e uma tese. Em ambas dissertações os participantes dos estudos eram profissionais de saúde, especificamente, enfermeiros (SCHOLZE, 2016; ROCHA, 2010). A única tese localizada teve caminhoneiros como participantes (GIROTTO, 2014).
Esse levantamento específico das publicações acadêmicas relacionadas ao tema indica que as pesquisas brasileiras não focalizam o uso de substâncias psicoativas relacionado ao trabalho. Observa-se que a centralidade temática sobre essa relação está no tratamento à dependência química, o que reflete o debate atual no campo da saúde pública. As intervenções são centradas quando a doença já está instaurada (por isso, a necessidade acentuada de tratá-la) e acontecem menos a priori , ou seja, no âmbito da prevenção e, ainda menos, no ambiente de trabalho. Isso indica uma concepção explicativa sobre essa doença pautada no modelo biomédico hegemônico. Por essa ótica, o adoecimento é um processo exteriorizado das causas de ordem social, econômica e organizacional e está distanciado dos complexos determinantes do processo saúde-doença.
A busca por artigos científicos constantes na base aberta Scientific Electronic Library Online (SciELO) - para todos os anos, em todos os índices, com os mesmos localizadores utilizados na pesquisa da BDTD e com o elemento lógico “and” - retomou o total de 40 artigos. Ao excluir os repetidos, chega-se ao número de 29 artigos. O maior número de publicações está na revista Ciência e Saúde Coletiva (14 publicações). Realizou-se a leitura e classificação dos
assuntos dos artigos por meio da leitura dos títulos e resumos. Essa análise indicou o total de três categorias temáticas: levantamento de perfil epidemiológico em geral (n = 2), perfil de usuários atendidos em serviços de saúde (n = 9), caracterização de atendimento, tratamento (n = 9), relação com do uso de substâncias psicoativas com trabalho (n = 4). O total de cinco artigos foram excluídos por não se relacionarem com nenhuma dessas categorias temáticas elencadas ou com o escopo deste artigo.
Foram selecionados para análise do conteúdo completo dos artigos o total de quatro publicações, tendo em vista a vinculação expressa com a reflexão teórica aqui abordada. Os artigos de Souza et al. (2013) e Costa et al. (2015) elegem como categoria profissional os policiais militares dos estados do Rio de Janeiro e de Goiás, respectivamente. Ambos ressaltam a prevalência de uso do álcool e o tabaco como as principais drogas do repertório dos participantes dos estudos. Já Martins e Zeitoune (2007) tratam, especificamente, das substâncias psicoativas e trabalho e, concluem que a facilidade no acesso às drogas e as precárias condições de trabalho atuam como fator potencializador do uso.
Um outro artigos que apresenta uma importante contribuição ao debate onde se inscreve este artigo de pesquisa é o de Lima (2010). A autora discute a relação entre drogadição e trabalho e ressalta e confirma que se trata de um campo com baixo número de estudos e de tema permeado de controvérsias. O referido artigo retoma pesquisas realizadas na França e sustenta a discussão de que o uso de drogas pode ter um papel funcional para os trabalhadores, os quais por vivenciarem um contexto de pressão por produtividade e incertezas oriundas da própria configuração do sistema capitalista, acabam fazendo uso de drogas para suportarem esse ambiente de trabalho.
Mas, o uso de drogas em caráter funcional deixaria de ter esse papel quando os usuários perdessem o controle desse padrão de uso e começassem a apresentar o que a autora denomina de “uso disfuncional”. Nessa situação, o trabalhador deixa de ser produtivo e passa a vivenciar o isolamento no trabalho, já que as suas antigas competências não são mais reconhecidas e ele passa a ser considerado como um risco para a equipe. Longe de esgotar o assunto e de realizar um levantamento exaustivo de toda a bibliografia sobre o tema, segue- se para o panorama internacional sobre pesquisas no campo da psicologia social sobre a questão debatida neste artigo. O filtro por essa área do saber deve-se à escolha conceitual já apresentada neste artigo sobre o conceito de atitude.
Panorama do problema em âmbito internacional Buscas realizadas em relevantes bases científicas da psicologia indicam que estudos, que privilegiam as condições de trabalho como um dos fatores explicativos de adoecimento mental, são escassos. A maioria das produções identificadas estão pautadas nas explicações individuais, transtornos de personalidade entre outros. Corrobora-se com a visão de que os adoecimentos mentais são complexos, mas a sua interface com a realidade laborativa se faz urgente em tempos de reestruturação produtiva e acirramento da deteriorização das relações sociais.
Foram realizadas buscas por produções científicas no Journal of Applied Social Psychology. A primeira busca foi geral e adotou os localizadores
desengajamento) conformam-se como componentes que afetam a avaliação do indivíduo em busca do seu objetivo, no caso a avaliação que faz com relação a sua saúde.
Embora a revisão temática na área indique que haja associação entre risco de adoecimento e fatores como meio ambiente, status, religião e fatores socioeconômicos, os dados empíricos levantados ainda são falhos em indicar se há uma combinação do meio ambiente ou fatores sociais com o aumento da ocorrência de doenças, sejam essas mentais ou não (Leventhal et al., 2008).
Está expressa, portanto, uma dificuldade para o campo da psicologia social que é a correlação precisa de variáveis, ou seja, que considere as variáveis sociais (dados sociodemográficos, dados de gênero, entre outros) e a sua relação com a ocorrência de adoecimentos ou com estado de saúde. Para Rodin e Salovey (1989) é preciso considerar não apenas essa correlação, mas também outra possível variável antecedente, como é o caso da pesquisa que considera o perfil da personalidade para estudar esse processo.
O local de trabalho representa para Rodin e Salovey (1989) uma variável mediadora entre a ocorrência de adoecimento e situação de saúde. Nele estão expressos os riscos físicos, químicos e biológicos, mas também as demandas psicossociais e o suporte social. Os referidos autores elucidam a via de mão dupla de influências do local de trabalho: o trabalho e suas demandas como fonte de adoecimento, mas também o trabalho como fonte de realização, fonte de suporte social.
No caso, esses autores exemplificam que algumas atividades laborativas podem contribuir para a ocorrência de comportamentos como o de beber e de fumar como forma de enfrentamento de extenuantes jornadas de trabalho, pressões excessivas por produtividade, trabalho isolados ou em espaços confinados. Mas, por outro lado, a rede social formada nesses locais pode contribuir para o suporte social e ajudar que os colegas de trabalho encontrem alternativas de vida mais saudável (participar de grupos de cessação do tabagismo, grupos de controle de peso, por exemplo).
O suporte social é definido como as fontes de ajuda promovida por outras pessoas. Embora não exista consenso teórico sobre as formas como o apoio social é exercido do ponto de vista da sua abrangência e efeitos, trata-se de um fenômeno central no campo dos estudos da psicologia da saúde e da psicologia social e que ajuda a predizer, por vezes, melhoras em situações de adoecimento já instaurado ou em situação de prevenção de doenças.
É preciso destacar que suporte social não é o mesmo que rede social. No caso, o segundo conceito é calcado em pesquisas de cunho sociológico e essa distinção pode ajudar a clarificar o próprio conceito de suporte social. Para Smith e Christakis (2008), a rede social é expressa não apenas pela quantidade de pessoas que está disposta a ajudar a outra, mas refere-se a todas as dimensões de ajuda e solidariedade disponível ao outro e trata-se de modelo de capital social, como ocorre com a definição de capital humano, e, portanto, não está restrito aos impactos que o outro pode desempenhar na evolução da saúde de um par.
A contribuição de Parker (2014) é relacionada à imagem do buscador de consistência (Baumeister, 2010), tendo em vista que a necessidade de controle
e de consistência uma condição humana e central para a motivação. Em uma atividade laboral com baixa possibilidade de controle, o resultado pode ser os efeitos negativos da tensão e a ocorrência de absenteísmo. Parker (2014) mostra que estudos longitudinais, que correlacionam baixa possibilidade de controle e altas demandas por produtividade, geram maiores chances de adoecimentos cardíacos com prevalência entre os homens.
Outros estudos longitudinais referidos por Parker (2014) indicam que essa ausência de controle está relacionada com ansiedade, síndrome de burnout , excesso de consumo de álcool e uso abusivo de outras drogas. Assim como indicado, anteriormente, para Major e O’Brien (2005) essa modalidade de estudos possui dificuldades de correlacionar esses resultados apenas com a saúde e aparecem enviesados por outras variáveis.
É comum, portanto, a constatação, por parte estudos longitudinais, que ambientes de trabalho com pouca possibilidade de controle (ou de exercício de autonomia), combinados com altos níveis de pressão e produtividade são mais propensos a causarem doenças do coração, mas pouco relacionam a possibilidade causal de doenças mentais, talvez, pelo caráter subjetivo e dificuldades de diagnósticos casuísticos (Leventhal et al., 2008; Parker, 2014; Taylor et al., 1997).
Especificamente, quanto ao ponto de interesse direto desse artigo, Dembe (2001) constata baixo número de estudos no âmbito da saúde ocupacional que destaquem os impactos dos adoecimentos e acidentes de trabalho na realidade norte americana. O autor afirma que a natureza do trabalho pode gerar desgaste mental e, consequentemente, uma série de efeitos no bem- estar e no comportamento dos trabalhadores.
O autor ressalta ainda a dificuldade de estudar esse campo e de isolar as consequências das doenças dos trabalhadores, mas indica a necessidade de desenvolver metodologias capazes de responderem a essa problemática de forma transversal, isto é, hábeis em demonstrar e explicar os efeitos e impactos em outras esferas da vida do trabalhador, bem como centrar a causa desses adoecimentos no âmbito das relações de produção.
Seriam, portanto, estudos que identificam os elementos interdependentes e os analisariam de forma mútua e interligada. A publicação de Boden (2014) é um exemplo de utilização dessa abordagem metodológica onde se estudou as fontes de causas do acidentes não fatais e doenças do trabalho e partiu para a estimativa de números de ocorrência de acidentes fatais e não fatais e adoecimentos relacionados ao trabalho, mas pouco contribuiu para o debate da previsão das taxas de ocorrência de doença mental entre os trabalhadores dos Estados Unidos.
Considerações finais Este artigo buscou apontar lacunas nos estudos que foquem nas condições de trabalho como uma das causas que podem levar ao adoecimento mental. As lacunas temáticas nas construções teóricas e empíricas sobre o assunto se revelaram, ao menos, em duas dimensões: as abordagens mais teóricas que relacionam conceitos como atitude ainda estão restritas às atitudes explícitas e há pouca relação com a dimensão implícita como forma de predizer
CIALDINI, R. B; GRISKEVICIUS, V. Social influence. In: BAUMEISTER, R.; FINKEL, E. (Org.). Advanced social psychology : The state of the science. New York: Oxford University Press, 2010, p. 385-417.
COSTA, S. H. N. et al. Prevalência do uso de drogas psicotrópicas em unidades da polícia militar. Ciência & Saúde Coletiva , v. 20, n. 6, p. 1843–1849, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015206.00942014 Acesso em: 30 mar. 2017
DEMBE, A. E. The social consequences of occupational injuries and illness. American Journal of Industrial Medicine , v. 40, n. 4, p. 403-417, oct, 2001. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11598991. Acesso: 5 jun. 2017.
FABRIGAR, L. R.; WEGENER, D. T. Attitude structure. In: BAUMEISTER, R.; FINKEL, E. (Org.). Advanced social psychology : The state of the science. New York: Oxford University Press, 2010, p. 177-216.
FERREIRA, Maria Cristina. A Psicologia Social contemporânea: principais tendências e perspectivas nacionais e internacionais. Psicologia Teoria e Pesquisa , Brasília, v. 26, n. spe, p. 51-64, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 7722010000500005&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 7 jun. 2017.
FERREIRA, Mário César; ALMEIDA, Cleverson Pereira de; GUIMARÃES, Magali Costa. Ergonomia da atividade: uma alternativa teórico-metodológica no campo da psicologia aplicada aos contextos de trabalho. In: BORGES, L.; MOURÃO, L. (Org.). O trabalho e as organizações : Atuações a partir da psicologia. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 557-579.
FISKE, S. T. What we know now about bias and intergroup conflict, the problem of the century. Current Directions in Psychological Science , v. 11, n. 4, p. 123-128, 2002. Disponível em: http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1111/1467-8721.00183. Acesso em: 30 abr. 2017.
GIROTTO, E. Características do trabalho, consumo de substâncias psicoativas e acidentes de trânsito entre motoristas de caminhão. 2014. 181 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Doutorado em Saúde Coletiva, Universidade Estadual de Londrina, Londrina,
LEVENTHAL, H. et al. Health Psychology: The Search for Pathways between Behavior and Health. Annual Review of Psychology , v. 59, n. 1, p. 477-505,
LIMA, M. E. A. Dependência química e trabalho: uso funcional e disfuncional de drogas nos contextos laborais. Revista brasileira de saúde ocupacional ., v. 35, n. 122, p. 260-268, 2010.
MAJOR, B.; O´BRIEN, L. T. The Social Psychology of Stigma. Annual Review of Psychology Rev. Psychol ., v. 56, p. 393-421, 2005. Disponível em:< 10.1146/annurev.psych.56.091103.070137>. Acesso em: 30 mai. 2017.
MARTINS, E. R. C.; ZEITOUNE, R. C. G. As condições de trabalho como fator desencadeador do uso de substâncias psicoativas pelos trabalhadores de enfermagem. Escola Anna Nery , v. 11, n. 4, p. 639-644, 2007. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452007000400013>. Acesso em: 5 abr. 2017.
PARKER, S. K. Beyond Motivation: Job and Work Design for Development, Health, Ambidexterity, and More. Annual Review of Psychology , v. 65, n. 1, p. 661-691, 2014. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/S1414- 81452007000400013>. Acesso em: 5 abr. 2017.
PETTY, R. E; BRIÑOL, P. Attitude change. In: BAUMEISTER, R.; FINKEL, E. (Org.). Advanced social psychology : The state of the science. New York: Oxford University Press, 2010, p. 217-259.
ROCHA, Patrícia Rodrigues da. Questionário sobre o consumo de álcool e drogas entre profissionais de saúde: um estudo exploratório. 2010. 170 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Enfermagem, Programa de Pós- Graduação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2678. Acesso em: 30 maio 2017.
RODIN, J.; SALOVEY, P. Health psychology. Annual Review of Psychology , v. 40 , n. 1, p. 533-579,1989. Disponível em:< https://doi.org/10.1146/annurev.ps.40.020189.002533>. Acesso em: 5 jun. 2017.
SCHOLZE, Alessandro Rolim. Ambiente de trabalho, consumo de substâncias psicoativas e estresse em enfermeiros hospitalares: análise dos fatores associado s. 2016. 73 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Enfermagem, Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-graduação em Enfermagem., Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000209907. Acesso em: 30 mar. 2017.
SMITH, K. P.; CHRISTAKIS, N. A. Social Networks and Health. Annual Review of Sociology , v. 34, n. 1, p. 405-429, 2008. Disponível em: <http://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.soc.34.040507.
. Acesso em: 30 abr. 2017.