

































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento discute a importância de utilizar jogos e brincadeiras na alfabetização de alunos do 1º ano do ensino fundamental. O autor relata um estudo realizado em uma escola pública de foz do iguaçu, no qual se comparou uma metodologia tradicional com uma metodologia mais lúdica. O resultado mostrou que a utilização de jogos e brincadeiras melhorou o processo de ensino e aprendizagem, pois a criança aprende mais naturalmente quando os conteúdos são aplicados de forma lúdica. O documento também discute as mudanças na educação brasileira que favoreceram a utilização de métodos mais lúdicos em sala de aula.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
1 / 41
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista na Pós Graduação em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino - Polo UAB do Município de Medianeira., Modalidade de Ensino a Distância, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dedico este trabalho ao meu amado filho Eduardo que a cada dia me proporciona meios de busca da felicidade e que me faz lutar e prosseguir na conquista de todos os meus sonhos e desejos pessoais e profissionais.
A Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os obstáculos. Aos meus pais, pela orientação, dedicação e incentivo nessa fase do curso de pós-graduação e durante toda minha vida. Ao meu marido por sua compreensão nos momentos em que precisava de muitas horas de estudo. Ao meu querido e amado filho Eduardo que muitas vezes queria um colo, mas a mamãe estava estudando. Ao meu sogro e minha sogra que muito me ajudaram cuidando do meu filho quando tinha que ir às aulas presenciais. A minha orientadora professora Me. Liliane Hellmann , pelas orientações ao longo do desenvolvimento da pesquisa. Agradeço aos professores do curso de Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino, professores da UTFPR, Campus Medianeira. Agradeço aos tutores presenciais e a distância que nos auxiliaram no decorrer da pós-graduação. Enfim, sou grata a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para realização desta monografia.
AGUAYO, Maíza Iridã Bachixta Dias. A importância dos jogos e brincadeiras a alfabetização dos alunos do 1º ano do ensino fundamental. 2013. 40 páginas. Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013. Os métodos educacionais e as dificuldades em adequar uma metodologia que dê certo no processo de ensino e aprendizagem, sempre foram questões muito pensadas e discutidas entre educadores. O processo de alfabetização necessita de métodos que desafiem e motivem o aluno para alcançar o conhecimento. Nesse sentido o presente trabalho aborda a importância dos jogos e brincadeiras no processo de alfabetização de alunos do 1º ano do ensino fundamental. A fim de analisar se a forma de aprender se altera quando o método de trabalho é diferenciado aplicou-se em uma turma do 1º ano do ensino fundamental de uma escola da rede pública de ensino do município de Foz do Iguaçu, durante um período de tempo uma metodologia tradicional, com aulas totalmente expositivas, atividades xerocadas e atividades do livro e após esse período uma metodologia mais lúdica, com a inserção de jogos e brincadeiras correlacionados ao referencial teórico e que permitiram chegar às conclusões desta monografia. O resultado desse estudo comprovou que o lúdico deve fazer parte dos ambientes escolares e que a criança aprende com muito mais naturalidade quando os conteúdos propostos são aplicados com a utilização de jogos e brincadeiras, isso porque o brincar faz parte do cotidiano do ser humano. O professor precisa sempre buscar meios e materiais lúdicos para que a criança fique mais atenta e concentrada durante as aulas, pois os métodos lúdicos são muito benéficos à aprendizagem e ainda diminuem as situações de indisciplina dentro da escola, por serem compostos de normas e regras o que mobiliza na criança a construção dos seus limites enquanto ser social. Palavras-chave: Brincar. Desenvolvimento. Aprendizagem.
AGUAYO, Maíza Iridã Bachixta Dias. The importance of games and playing in the alphabetization of students from the first year of primary school. 2013. 40 páginas. Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013. The educational methods and the difficulties in adjusting a methodology that fits the teaching learning process were always issues that were thought and discussed a lot among educators. The process of alphabetizations needs methods that challenge and motivate the student to reach knowledge. This way, the present research broaches the importance of games and playing in the alphabetization process of students from the first year of primary school. In order to analyze if the way of learning alters itself when the work methods change, this research was done with a group of the first year of primary school from a public school of the city of Foz do Iguaçu, during the first period of the project applying the traditional methodology, with totally expositive classes, Xeroxed activities a activities from the book, and after this period a more ludic methodology, with the insertion of games correlated to the theoretical referential that allowed this research to reach the conclusions of this monograph. The result of this research proved that the ludic must be a part of the school environment and that the child learns much more naturally when the subjects proposed are applied through the use of games and playing, that is because playing is a part of the human beings’ quotidian. And the teacher always needs to search for new ludic means and materials, so that the child becomes more attentive and concentrated during classes, because the ludic methodology is beneficial to learning and dimish the situations of the indiscipline inside the school, because the games are made of rules and principles that mobilizes the child in the construction of his/her limits as a social being. Keywords: To play. Development. Learning.
Os métodos educacionais sempre foram questões muito pensadas e discutidas e nós educadores enfrentamos muitos problemas em mudar os nossos paradigmas, principalmente quando o assunto é alfabetização, pois muitos são os métodos e técnicas de ensino, o difícil é conseguirmos adequar uma metodologia que dê certo no processo de ensino e de aprendizagem de cada turma. Na alfabetização, por muito tempo os alunos ficaram “presos” a fazer cópias, cobrir pontilhados e a aprender o som das letras, ficando assim a mercê de um método que não priorizava os desafios para alcançar o conhecimento, muito menos colaborava para a motivação ao aprender. Não que hoje esses métodos foram totalmente excluídos da escola, pois os alunos precisam de exercícios de fixação e repetição, porém há uma grande necessidade de que essas atividades sejam realizadas a partir de meios concretos e com o uso de materiais lúdicos adequados à faixa etária e a aprendizagem de cada um. Os jogos e brincadeiras, quase nunca são utilizados, principalmente, porque para algumas pessoas só tem valor os conteúdos propostos pelo currículo e nessa questão ainda dizem que os alunos vão para escola aprender a ler e escrever, e não para brincar, brincar se brinca em casa ou no recreio, sala de aula não é lugar de brincadeira. Sabemos que quando os jogos e as brincadeiras são realizados para contemplar um conhecimento sobre determinada área na alfabetização, ele passa a não ser apenas o brincar por brincar, mas sim um estímulo para a assimilação dos conteúdos de uma forma mais fácil e prazerosa. Brincadeiras que levam nossas crianças ao desenvolvimento cognitivo precisam estar presentes dentro do ambiente escolar, mas é preciso conhecer o porquê de serem tão necessários ao processo de ensino e aprendizagem na alfabetização. E assim, há então a necessidade de se buscar fontes que tratem sobre o papel que os jogos e as brincadeiras têm (se têm) na fase da alfabetização. E desta forma surge a seguinte indagação: qual a importância dos jogos e das brincadeiras no processo de ensino e aprendizagem dos discentes do 1º Ano do Ensino Fundamental?
O presente trabalho chegou às devidas conclusões em três fases, inicialmente buscou-se por fontes que discutissem o quanto há importância de métodos mais lúdicos em sala de aula, logo depois houve uma observação de como as crianças se comportavam quando tinham aulas com métodos tradicionais e para finalizar ocorreu à aplicação de metodologias com a utilização de jogos e brincadeiras como meio de melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Justamente, porque sabemos que a criança na fase de alfabetização faz muito uso da imaginação e os jogos e brincadeiras proporcionam muito essas situações imaginárias e também os alunos precisam de materiais concretos para que a aprendizagem ocorra, então, por que não tornar o ensino de alfabetização mais atraente e prazeroso para os nossos discentes? Neste sentido, o objetivo geral deste trabalho é analisar a importância de se utilizar jogos e brincadeiras como instrumento pedagógico dentro da alfabetização dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. Portanto, esse projeto de pesquisa visa observar por que é tão importante ter uma forma mais divertida e prazerosa de aprender, ou seja, aprender em sala de aula com a utilização de jogos e de brincadeiras. Verificar como eram os métodos aplicados no passado e ainda entender os meios de como alfabetizar utilizando aulas mais lúdicas, pois, a cada ano que passa percebe-se o quanto as crianças estão desmotivadas com relação ao ambiente escolar, gostam muito da educação infantil, porque é muito voltada para os métodos lúdicos e ao ingressarem na educação básica as atividades são mais direcionadas aos livros e cadernos, utilizando-se assim poucos métodos com ludicidade.
Infelizmente ainda existem escolas arcaicas e nada é mudado. A história da Educação Brasileira apresenta poucos estudos sobre os jogos e brincadeiras no processo de ensino e aprendizagem. As brincadeiras, normalmente faziam parte da vida das crianças fora da sala de aula como, por exemplo, nas brincadeiras de: correr pelas ruas, pular muros, brincar de pega- pega, amarelinha, caçador... E por isso era difícil um professor adequar ao seu currículo escolar ou propor algum tipo de jogo ou brincadeira para auxiliar na alfabetização de seus alunos. Neste caso o Referencial Curricular (1998, p.28) apresenta o quanto há importância no uso do brincar em sala de aula. O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constrói; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam, brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar com regras. O Brincar contribui de forma qualitativa para o desenvolvimento da fala e do físico individual de cada criança. Algumas situações vividas no contexto escolar já têm sido mudadas, ou pelo menos já são normas a serem seguidas, pois o próprio Referencial Curricular Nacional (1998, p. 28) já traz as contribuições que as brincadeiras oportunizam aos alunos inseridos no ambiente escolar. Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhes são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos. E essa questão do jogo e da brincadeira poderia ser um grande problema para o processo de aprendizagem, pois sabemos que a busca por conhecimento e o desenvolvimento do ser humano tem seu ponto inicial no ato de brincar.
Já nas primeiras fases da infância a criança conhece e explora seu mundo a partir dos brinquedos. E como diz Vygotsky (1991, p. 45). ”Brincar é de suma importância para que a criança desenvolva seu lado cognitivo”. Segundo Fortuna (2000, p. 56) “as pessoas que se utilizam do ato de brincar aumentam muito seu campo intelectual. Sendo assim, o individuo tem condições de se apropriar do mundo de uma maneira mais ativa”. E ainda, pode-se relatar o trabalho de MOYLES (2002) que enfoca que o brincar para a criança não é só um meio para que se atinja a aprendizagem, mas também é uma forma de o adulto perceber dentro do âmbito escolar as necessidades que cada criança tem em seu desenvolvimento. O conhecimento conquistado através de métodos lúdicos apresenta muita satisfação por parte das crianças. Vygotsky (1991, p. 52) “ressalta que a brincadeira cria as zonas de desenvolvimento proximal e que estas proporcionam saltos qualitativos no desenvolvimento e na aprendizagem infantil”. No âmbito escolar a brincadeira tem um papel fundamental porque quando a criança ou até mesmo o adulto brinca, suas emoções tomam forma e conduzem ao conhecimento e a assimilação dos conteúdos formais aplicados em todos os anos escolares. Segundo Pereira (2004, p. 08): O ato de brincar é um legado de nossos antepassados. Faz parte da vida e sobrevivência de cada criança, está no alicerce e cultura de um povo. Brinquedos e brincadeiras são patrimônios que pertencem à humanidade. Brincar é uma peça fundamental no desenvolvimento cognitivo do ser humano.
brincadeiras, os quais não servem mais apenas ao divertimento e sim para um processo de crescimento físico e intelectual de uma criança. É somente no século XVIII que as questões da infância passam a indicar novos rumos, ou seja, se tornam objetos de estudos científicos, então a criança começa a ser diferenciada na sociedade, principalmente com relação ao seu desenvolvimento e o papel que precisa conquistar no meio social. Assim ressalta Pozas (2011) que no século XVIII a criança começa a ter seu desenvolvimento visto de um ângulo mais especifico e tem suas necessidades estudadas de uma forma mais ampla e condizente com suas reais necessidades. Segundo Pozas (2011) um dos precursores das atividades infantis com o uso da ludicidade é Froebel (1782-1852) e seu “seguidor” Kramer que denomina os períodos anteriores à escola como um jardim de infância. No Brasil pouco se tem de estudos sobre os brinquedos e brincadeiras do passado, e também com relação aos estudos voltados para a criança em pleno desenvolvimento, muitas das vezes as crianças não estudavam e tinha apenas o domingo livre para brincar, pois o país era composto de uma sociedade mais ruralista e desde muito cedo as crianças tinham que se inserir no mundo de trabalho do adulto. É somente no final do século XX que o Brasil passa a ter uma preocupação maior com o desenvolvimento psicomotor e cognitivo das nossas crianças, pois até então, a maioria das escolas, principalmente as infantis eram um centro de assistencialismo. Essas mudanças ocorrem com as reformulações das leis educacionais e com os direitos e deveres das crianças propostos no Estatuto da Criança e do Adolescente e com isso as escolas e também os profissionais de educação passam a buscar meios mais lúdicos de motivar a aprendizagem e tornar a sala de aula um ambiente mais interessante e cativante, e o brincar assume um novo papel dentro do âmbito educacional, passa a ser visto como mais uma ferramenta de ensino e não mais como apenas um passatempo prazeroso para os momentos de descontração dos alunos. Todas essas questões legais apresentam medidas de mudanças na Educação Infantil, principalmente, porque trata do ato de brincar como um status que até alguns anos atrás não existia dentro do âmbito escolar. E estes amparos legais em defesa das crianças, fizeram com que os cursos de licenciatura se reformulassem e atualmente a grande maioria dos professores das
universidades apresenta aos seus acadêmicos métodos de ensino voltados à ludicidade, porém, muitos desses formados não aplicam esses métodos ao ingressarem nas escolas de todo o nosso país, principalmente, porque, os brinquedos e as brincadeiras precisam de muito mais tempo na preparação das aulas e também requer conhecimento sobre como trabalhar e inserir cada um deles ao decorrer do processo de ensino e de aprendizagem. 2.1.2 A Importância dos Jogos e Brincadeiras no Desenvolvimento da Criança Para Piaget (1966) a inteligência é adaptação e a evolução do ser ocorre em estágios assim como o desenvolvimento do corpo, as quais se modificam através de movimentos, o autor determina dois, a assimilação e a acomodação, um se dá pelas ações externas e o outro pelas questões internas. Sendo assim, tudo se organiza através das atividades envolventes ao ser humano. Já Vygotsky (1989) analisa o desenvolvimento humano como um ser que se dá a partir das relações que cada indivíduo tem com o mundo em que vive, pois, o homem evolui com suas ações sócio-históricas. Essas duas teorias são as mais estudadas nos meios acadêmicos e fazem uma análise do ser humano, tanto biologicamente como socialmente, e a criança é um ser único e em constantes mudanças e transformações, sejam elas psíquicas, motoras ou emocionais, cada qual evolui de uma forma distinta da outra, porém os jogos e as brincadeiras perpassam a teoria e apresentam às crianças métodos e formas de conhecer o mundo e também se colocarem diante das condições afetivas e psicológicas transmitidas através da maneira em que vive um adulto, sendo assim um precisa do outro. Correlaciona Pozas (2011) que é com a maturidade que cada pessoa tem sua afetividade evoluída e é com o outro que todas essas situações afetivas adquirem significados devido às experiências vividas pelos indivíduos ao longo da vida. E ainda segundo Pozas (2011, p. 29) “essa construção de significados pela criança se dá pela intervenção do adulto e esse movimento se processa do social para o individual, e a intensidade e a diversidade dessas relações possibilitarão
2.2.1 O Brincar e o Jogo para a Criança Tanto os jogos como as brincadeiras são resultados de processos históricos e culturais. Principalmente, as brincadeiras que na maioria das vezes são transmitidas através da história oral, ou seja, passada de geração em geração. O ato de brincar é capaz de fazer com que a criança possa se identificar no meio social em que está inserida e assim o observa espiritualmente e corporalmente. Sendo que dessa maneira distingue o que tem significados positivos ou negativos para sua vida. Pozas (2011, p. 15) defende que: Brincar é uma das principais atividades da criança. É por meio da brincadeira que ela revive a realidade, constrói significados e os ressignifica momentos depois. Dessa forma, aprende, cria e se desenvolve em todos os aspectos. Com o jogo a criança percebe que na vida nem tudo se ganha e aprende que uns ganham enquanto outros perdem e nem por isso alguém perde sua vida porque foi derrotado em um determinado jogo. Assim utilizando jogos é possível desenvolver na criança fatores importantíssimos na sua vida que é o fato de “ganhar ou perder”, pois geralmente o ser humano deseja apenas as vitórias e em hipótese alguma as derrotas, portanto as crianças precisam compreender que nem sempre as pessoas saem vitoriosas em todas as situações. Os jogos permitem com que uma criança se desenvolva adequadamente e preencha suas necessidades simbólicas, fazendo de todas essas ações fatores que os levam para seu próprio crescimento e conhecimento. O brincar com jogos ainda proporciona bons relacionamentos em grupos. Brincar é um meio que favorece e propicia muito as formas de uma criança se comunicar.
Brincar não é apenas um momento de prazer ou diversão é também a construção por parte da criança, do seu próprio conhecimento, tornando-se assim uma pessoa única, autônoma e capaz de futuramente tomar suas próprias decisões. Dessa maneira afirma Aranão (2004) é preciso que a criança explore o mundo em que vive e construa seu conhecimento a partir de suas interações com o meio e o professor deve ser o mediador dessa construção, proporcionando aos seus alunos o maior número possível de materiais necessários para enriquecer essas experiências. Então, brincar é a peça fundamental para que a criança consiga atingir seu pleno desenvolvimento, seja ele psíquico, motor ou emocional, portanto, desenvolva- se integralmente. 2.2.2 O Papel do Professor X Aluno Em uma sala de aula as emoções devem fluir com muita intensidade, pois dessa forma o desenvolvimento é mais rápido, natural e com mais qualidade. A escola não deve ter seu foco apenas na cabeça da criança. Principalmente, porque como relata a Teoria de Wallon (1989) os pequenos não são dotados apenas de cérebro, então a escola não pode desenvolver apenas o intelectual do ser humano. É preciso saber que as crianças têm corpo e emoção e há uma grande necessidade que os ambientes escolares desenvolvam ou busquem desenvolver o ser humano integralmente, não que a escola seja responsável por todo o desenvolvimento de um pequeno ser em constante transformação, mas suas linhas pedagógicas precisam proporcionar meios para que o processo de desenvolvimento motor, emocional e intelectual decorra com mais qualidade e que priorize o desenvolvimento completo de uma criança. Por essas razões as metodologias em sala de aula devem buscar meios, no qual a criança consiga se identificar como parte daquele processo de ensino e aprendizagem. Nessa questão vale notar a sustentação de Haetinger (2005, p. 83)