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Este documento aborda a importância dos grãos na alimentação humana, destacando sua origem, classificação e papel fundamental na dieta de diversas civilizações ao redor do mundo. Os grãos, que incluem cereais como trigo, arroz e milho, são plantas cultivadas por seus frutos comestíveis e representam a maior fonte de calorias para a humanidade. O texto discorre sobre a seleção e cultivo desses alimentos desde os primórdios da agricultura, bem como sua disseminação global através das grandes navegações. Além disso, são mencionados os pseudocereais, como o trigo sarraceno e a quinoa, que também possuem propriedades nutricionais relevantes. Ao final, o documento destaca a integração da pecuária com a agricultura, dando origem ao termo 'agropecuária'. Com uma abordagem abrangente e informativa, este texto pode ser útil para estudantes de diversas áreas, como nutrição, agronomia e história da alimentação.
Tipologia: Resumos
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Grãos são as plantas cultivadas por seus frutos (do tipo cariopse ) comestíveis, normalmente chamados cereais e são na maior parte gramíneas , compondo uma família com mais de 6 mil espécies. Os grãos são produzidos em todo mundo em maiores quantidades do que qualquer outro tipo de produto e são os que mais fornecem calorias ao ser humano. Em alguns países em desenvolvimento, os cereais (grãos) constituem praticamente a dieta inteira da população. Nos países desenvolvidos, o consumo de cereal é mais moderado mas ainda substancial. A palavra cereal tem sua origem na deusa romana do grão, Ceres. O trigo sarraceno, a quino-a e o amaranto são plantas consideradas pseud.cereais, plantas de famílias diferentes a dos cereais mas que apresentam valores próximos de carboidratos, lipídeos, proteínas e fibras em relação aos cereais. Destacam-se pelo alto teor e qualidade da proteína, com ausência de glúten, possuindo ainda algumas vitaminas e minerais em maior quantidade.
Os primeiros tipos de grãos cultivados foram a cevada e uma variedade do trigo (espeita). Pouco depois, passaram a cultivar também o centeio e a aveia. A seleção de grãos deve ter sido descoberta logo no início e de forma quase automática, comparando a germinação de grãos que caíam durante a colheita com o desenvolvimento daqueles grãos especialmente escolhidos para replantio, que originavam plantas mais fortes. Por sua vez, plantar em terra fértil estimulava novas e melhores variedades, o que também deve ter sido levado em conta pelos primeiros agricultores. Com o passar do tempo, essas mesmas técnicas foram aplicadas com sucesso a outros cultivos, como legumes e frutas. Por fim, surgiu a pecuária, que permitiu a reprodução de ovinos, bovinos, suínos e caprinos para o consumo humano. Essa atividade encontra-se, hoje, intimamente integrada à própria agricultura, o que explica a popularização do termo agropecuária. Os deslocamentos populacionais e a inter-relação entre os agrupamentos humanos, por sua vez, explicam por que um pequeno número de plantas espalhou-se pelo restante do planeta. Algumas dessas plantas passaram a desempenhar importante papel na própria cultura de algumas civilizações. É o caso do milho para as civilizações pré- colombianas, do arroz para o Extremo Oriente, e do trigo e da cevada para a Europa e o Oriente Médio. As grandes navegações difundiram ainda mais algumas plantas, que se tornaram alimentos importantes toda a humanidade. São exemplos clássicos o milho, originário da América, que passou a ser consumido na Europa, Ásia e África; a cana-de-açúcar e o arroz, que saíram da Ásia para o resto do mundo.