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MONOGRAFIA APRESENTADA COMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA.
Tipologia: Teses (TCC)
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Não perca as partes importantes!
Monografia apresentada à Faculdade Albert Einstein, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.
Orientadora: Profª. Noemi Maria da C. Oliveira
SANTOS, Maria Luiza Pereira dos. The importance of Playfulness in Early Childhood Education. 2014. Leaves 24. Work completion of undergraduate degree in Pedagogy - School Albert Einstein, Brasilia / DF, 2014.
This work has as its theme the importance of playfulness in kindergarten, emphasizing how much can be favorable in learning more playful and dynamic classes process. You can tell that the play is an educational tool that teachers can use in the classroom as methodological resources for learning, since through playfulness pupils will learn more pleasurable, practical and also more significantly, resulting for a quality education. Specifically it was observed that the use of playful techniques during teaching practice, the results are satisfactory. Before the study it was concluded that it is important to note that games and games in the classroom, should be considered as being gifted social work specific essential interaction that ensure the interaction and knowledge construction of reality experienced by children and formation of the subject - child as an individual producer 's history. This study took place through a literature review, in which we sought authors, articles and materials already published on the subject.
Keywords : Playfulness. Learning. Early Childhood Education.
Justificativa
Questão norteadora 07
Objetivo Geral 07
Objetivos específicos 07
METODOLOGIA 07
CAPÍTULO I – O DESENVOLVIMENTO DO LÚDICO AO LONGO DA HISTÓRIA
CAPÍTULO II – O LÚDICO E A EDUCAÇÃO INFANTIL
CAPÍTULO III – O LÚDICO E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
3.1 O conceito do processo de ensino-aprendizagem e a Educação Infantil
3.2 O papel do brinquedo no desenvolvimento infantil 16
3.2 As técnicas lúdicas utilizadas na Educação Infantil 17
CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22
Esse trabalho tem como tema a importância do lúdico na Educação Infantil. Assim, no trabalho pedagógico atualmente propõe-se que sejam empregadas atividades lúdicas como maneira de tornar mais favorável a motivação do aluno,
Os jogos e brincadeiras podem ser trabalhados de diversas formas, baseando da perspectiva sociocultural, abordando a brincadeira como um instrumento facilitador da aprendizagem, destacando o brincar como uma forma prazerosa de se aprender, interagir com o mundo e fazer suas próprias descobertas. Para tanto, buscou-se saber se o lúdico propicia uma aprendizagem mais significativa na Educação Infantil?
Objetivo Geral
O objetivo geral desse estudo é refletir sobre o emprego de técnicas lúdicas no processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil na prática pedagógica do professor.
Objetivos específicos
A metodologia utilizada na pesquisa foi por meio de referências bibliográficas, observação, levantamento de dados, com o objetivo de analisar e conhecer a influência que o lúdico pode proporcionar no aprendizado na educação infantil. Segundo Lakatos e Marconi (2001, p.81), “a metodologia é utilizada para alcançar a clareza de fatos por mediação da constatação de teorias”. Este estudo implicará no levantamento de dados de diversas fontes, seguindo um método preciso, a partir de uma leitura interpretativa, com o intuito de levantar o maior número de dados atualizados.
É fundamental destacar que o lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Caso se encontrasse preso à sua origem, o vocábulo lúdico estaria se relacionando somente ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como linha essencial de psicofisiologia do comportamento humano.
diversas possibilidades de brincadeiras e brinquedos nessa época, como jogos de ossinhos, arcos, bonecas, cavalos, e outros.
O jogo dito de pentelitha, que consistia, originalmente, em lançar ao ar cinco pedrinhas, apanhando a maior possível nas costas da mão, atravessou os séculos e era certamente praticada com ossinhos. Jogava-se aos dados com o astrágalo do carneiro atribuindo-se um determinado valor a cada uma das suas quatro faces, mas também se encontraram dados de ouro e de prata (MANSON, 2002, p. 26).
Esses jogos eram avaliados como essenciais nos anos iniciais da criança. É importante destacar que os filósofos do período concediam muita importância ao corpo, pois conforme apresenta Aguiar (2006, p. 27), “[...] o jogo físico, de caráter reparatório dos militares, possuía um grande valor pedagógico, direcionado para o ensino-aprendizagem [...]”.
No período histórico abordado, possível notar que as crianças tinham aproximação com a brincadeira como auxiliador do aprendizado de conteúdos formais, para que fossem capazes de aprender as tarefas sociais, tendo contato com o processo de produção.
Dos pressupostos antropológicos que embasam a pedagogia, os romanos assim como os gregos representam a tendência essencialista, que atribui à educação a função de realizar ‘o que o homem deve ser’, a partir de um modelo, portanto, os modelos eram tão importantes para os antigos. (QUEIROZ, 2009. p. 15)
Para isso, tais padrões educacionais, de certa forma perduraram, no entanto, envoltos de conteúdos religiosos que assinalaram o Período Medieval, por cerca do século V ao XV, a igreja influencia tanto os princípios da educação, quanto morais, políticos e jurídicos.
Ariés (1986, p.101) reflete que “[...] qualquer que fosse o papel atribuído à infância e à juventude [...] ele obedecia sempre a um protocolo inicial e correspondia às regras de um jogo coletivo que mobilizava todo o grupo social e todas as classes de idade.”
Os jogos ficaram restritos à educação de cavaleiros, uma vez que a igreja não disponibilizava educação física.
A partir das invasões bárbaras do século V, os brinquedos deixam completamente de serem evocados. Apenas alguns raros textos, que falam de crianças educadas em instituições religiosas evocam arcos e jogos de paus, de modo bastante impreciso. É necessário esperar pelo final do século XII para ver ressurgir explicitamente, nas fontes escritas, a idéia de jogo [...]. (MANSON 2002, p. 33)
Desse modo, os jogos corporais foram sendo ignorados, onde ganharam destaque maior as atividades mentais. Alguns humanistas interferiram no emprego dos jogos, no entanto, ainda não eram vistos como tão relevantes para educação dos menores.
[...] é preciso esperar pelos primeiros ‘pedagogos’, os humanistas italianos, para assistir ao esboço de uma refl exão sobre as atividades lúdicas das crianças. Porém, a idéia da utilidade dos jogos está ainda longe de ser reconhecida no Renascimento. Tanto Rabelais como Montaigne falam dos brinquedos com desprezo e durante muito tempo estes serão considerados como um luxo inútil, até mesmo perigoso, pois desviam as crianças dos estudos [...] (MANSON, 2002, p. 51). Dessa forma, o conceito deixou de ser o simples sinônimo de jogo. Antunes (2005, p.33) aborda que “as implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo”.
O lúdico revela valores próprios para todas as etapas da vida humana. Desse modo, na idade infantil e na adolescência a finalidade é principalmente pedagógica. Segundo Neves (2009, p.45), “a criança e mesmo o jovem opõem uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não costuma ser prazerosa”.
Carneiro (1995, p.66) observa que “todas as pessoas têm uma cultura lúdica, que é um conjunto de significações sobre o lúdico”. Então, é possível dizer que a cultura lúdica é construída pelos indivíduos, sendo formada a todo tempo, por meio de brincadeiras que a criança desenvolve precocemente.
Além do que, Antunes (2005, p.34) revela que a concepção da cultura lúdica é um conhecimento historicamente construído ao longo do tempo e, por consequência, foi se transformando segundo as sociedades, não se portando da mesma maneira no contexto das sociedades e épocas.
Desse modo, o lúdico se revela desde os primitivos nas tarefas de dança, caça, pesca, lutas. Antunes (2005) apresenta que na Grécia antiga, Platão dizia que os primeiros anos de vida da criança tinham de ser ocupados por jogos. Com o cristianismo, os jogos vão sendo ignorados, vistos como profanos, sem nenhum significado.
Nota-se então que a noção de jogos e brincadeiras, nessa época, nasceu de uma valorização na Grécia Antiga para algo sem significado com o cristianismo. Isso
mortalidade infantil, devido ao alto risco de morte pós-natal e às precárias condições de saúde e higiene da população em geral, e das crianças especificamente. Em consequência disso, para cada criança morta outra colocada no lugar por outros e consecutivos nascimentos, uma vez que ainda não tinha, como há atualmente, a sensação de cuidado, ou paparicação (Áriès, 1981), pois as famílias, naquele período, compreendiam que a criança que viesse a óbito não faria falta e qualquer outra poderia ocupar o seu lugar. Ahmad (2009) esclarece que A partir do século XIX e XX, a infância começa a ocupar um lugar de fundamental importância para a família e para a sociedade, começa a se pensar neste ser de pouca idade como alguém que necessita de lugar, tempo, espaço e cuidados diferenciados, começando a delinear-se o que mais tarde evoluiu para o que hoje reconhecemos como infância. Como consequência, surgem, também, as primeiras instituições destinadas ao atendimento específico para crianças pequenas, destinados, inicialmente, para o cuidado e a assistência às crianças órfãs, filhas da guerra ou do abandono produzido pela pobreza, miséria e movimentos migratórios. Datam estas primeiras instituições de “Educação Infantil” a primeira metade do século XIX em vários países da Europa, e no Brasil, a partir da década de 1870. No decorrer do século XX, a educação infantil foi sendo desenvolvida e progrediu de várias formas, sob a influência de diversos pedagogos ou educadores, primeiramente com Froebel, conhecido pela formação dos jardins de infância. Este pedagogo, autor dos kindergarten, destacava a importância do jogo e do brinquedo no processo do crescimento infantil, sendo por essas razões, visivelmente o precursor de uma pedagogia diversificada para a educação das crianças e dos mais velhos, reunindo-os em diversas faixas etárias (AHMAD, 2009). A história da educação infantil em nosso país acompanhou características próprias de cada região. Até meados do século XIX, o atendimento educacional a crianças pequenas se dava longe da mãe e em instituições como creches ou parques infantis. Essa situação se modificou a partir da segunda metade do século XIX, período da abolição da escravatura no país, quando se acentua a migração para a zona urbana. Isso favoreceu o início do desenvolvimento cultural e tecnológico, culminando com a proclamação da República como forma de governo. (ÁRIES, 1978).
De acordo com o autor acima citado, nos meados dos séculos anteriores, o aprendizado na educação infantil era um tanto quanto deplorável, no qual as
crianças eram educadas distante do seio familiar, e criadas em creches num estado de pobreza e degradação social.
Segundo Bondioli (1996, p.41) “O surgimento da creche pública se deu em 1971 com a Lei 1.044 representada pela participação democrática e pela valorização do trabalho feminino dos anos 70, do qual foi se consolidando no esforço de administradores, estudiosos e educadores, uma cultura sobre a educação da infância”.
Para a autora, foi através do esforço e participação em massa da classe feminina dos anos 70 que contribuiu para o fortalecimento da educação infantil.
Para Kuhlmann (1998), o que referencia a esse assunto é: As tendências que acompanharam a implantação de creches e jardins de infância, no final do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX no Brasil, foram: a jurídico-policial, que defendia a infância moralmente abandonada, a médico-higienista e a religiosa, ambas tinham a intenção de combater o alto índice de mortalidade infantil tanto no interior da família como nas instituições de atendimento à infância. “Na realidade, cada instituição apresentava as suas justificativas para a implantação de creches, asilos e jardins de infância onde seus agentes promoveram a constituição de associações assistenciais privadas” (KUHLMANN, 1998, p.88).
Para o autor, com a evolução dos séculos, foram criados instituições para programar no auxílio da criação de creches e também atendimento à infância, promovendo assim associações assistenciais.
É possível dizer que o lúdico é qualquer tarefa realizada e que pode oferecer prazer, que haja espontaneidade em desenvolvê-la. Assim, segundo o pensamento de Bertoldo (2014), quando as pessoas realizam as suas vontades, considerando-se tanto a criança quanto o adulto, é assim que se nota a possibilidade, a facilidade de se aprender, no momento em que se está brincando, pois na tarefa lúdica, como na vida, existe um grande número de fins traçados e parciais, que são fundamentais e sérios, porque alcançá-los é importante para sucesso e, consequentemente, essencial ao prazer que o ser humano busca, a satisfação oculta, nesse sentido representaria o de aprender.
O lúdico vem alcançando atenção no contexto acadêmico pelo crescente número de contribuições para a sua definição e reflexão, mas poucos têm observado
das sombras, como entendia Platão e possa visualizar a possibilidade de desenvolver integralmente suas potencialidades. Segundo Gomes (2004, p.47), a ludicidade é uma extensão da linguagem humana, que viabiliza a “expressão do sujeito criador que se torna capaz de dar significado à sua existência, ressignificar e transformar o mundo”. E seguida considera: “Dessa forma, a ludicidade é uma possibilidade e uma capacidade de se brincar com a realidade, ressignificando o mundo” (GOMES, 2004, p. 145). Ainda abordando a questão do lúdico, Gomes (2004) concede a chave para determinar a premissa básica dessa abordagem quando observa que: Como expressão de significados que tem o brincar como referência, o lúdico representa uma oportunidade de (re) organizar a vivência e (re) elaborar valores, os quais se comprometem com determinado projeto de sociedade. Pode contribuir, por um lado, com a alienação das pessoas: reforçando estereótipos, instigando discriminações, incitando a evasão da realidade, estimulando a passividade, o conformismo e o consumismo; por outro, o lúdico pode colaborar com a emancipação dos sujeitos, por meio do diálogo, da reflexão crítica, da construção coletiva e da contestação e resistência à ordem social injusta e excludente que impera em nossa realidade (GOMES, 2004, p. 146).
Entende-se que a ludicidade representa uma necessidade em qualquer idade e não pode ser observada somente como diversão. O crescimento do aspecto lúdico favorece e viabiliza a aprendizagem, o crescimento pessoal, social e cultural, contribui para uma boa saúde mental, desenvolve um estado interior fértil, favorece a comunicação, expressão e formação do conhecimento. Assim, o trabalho lúdico compreendido como a ação de brincar das crianças possibilita uma imersão na sua trajetória no decorrer dos tempos, aglomerando informações. Sobre isso, Santos (2008) apresenta que este processo cíclico, revelado em cada atividade e em cada jogo, proporciona conhecer um pouco da evolução. Assim, compreender o brincar das crianças no contexto das civilizações representa conhecer um pouco da sua cultura.
A educação pela vida da ludicidade sugere uma nova postura existencial em que o padrão é um novo sistema de aprender brincando, baseado em uma concepção de educação para além do ensinar. Para isso ser possível é importante que os profissionais da educação reconheçam o verdadeiro sentido do lúdico para empregá-lo adequadamente, determinando a relação entre o ato de brincar e o de aprender.
No pensamento de Campos (2014), o jogo, nas suas variadas formas, contribui para o processo de ensino-aprendizagem, tanto no crescimento psicomotor, isto é, no crescimento da motricidade fina e ampla, como também no desenvolvimento de habilidades cognitivas, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, a seleção de hipóteses, o alcance e organização de informações e o emprego dos fatos e dos princípios a novas realidades que, por sua vez, surgem quando o indivíduo joga, obedece a regras, quando vivencia conflitos numa competição, entre outras situações.
No contexto educativo, especialmente, na Educação Infantil, o crescimento de trabalhos lúdicos precisa ser considerado como prioridade no estabelecimento de tarefas pedagógicas presentes no planejamento escolar traçado pelos professores e coordenadores. Essa inclusão tem como objetivo, dessa maneira, a flexibilização e dinamização das tarefas realizadas no decorrer de todo o trabalho docente, tornando possível a eficácia e o fortalecimento da aprendizagem.
É importante avaliar o verdadeiro universo mágico e encantador do lúdico em sala de aula, compreendendo toda a prática diária do aluno, uma vez que, é na educação infantil que as crianças têm a capacidade de construir a aprendizagem por meio do brincar, criando e imaginando contextos de representações simbólicas entre o mundo real e o mundo a ser formado com suporte nas suas expectativas e anseios.
Por meio das brincadeiras, as crianças conseguem desenvolver uma diversidade de competências importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória. E desenvolvem ainda as capacidades de socialização, através da interação, uso e experimentação de regras e funções.
A Educação Infantil é o período das brincadeiras, é a fase em que as crianças estão fazendo as suas descobertas a respeito do mundo, onde se destacam a criação e as experiências.
É por meio do trabalho lúdico que a criança é preparada para a vida, compreendendo a cultura da realidade em que está inserida, a ela se integrando, ajustando-se às condições que o mundo lhe proporciona e aprendendo a competir, cooperar em sociedade e conviver como um indivíduo social. Assim, os professores, na função não de simples transmissores de informações e conhecimentos sistemáticos, mas como mediadores dessas informações, precisam oferecer
A Educação apresenta muitos desafios aos que nela se dedicam e aos que se doam à sua causa. Pensar em Educação é também refletir sobre o ser humano, em sua integralidade, em seu ambiente, nas suas predileções. Nesse contexto, Friedmann (2003) observa que no contexto da Educação, a função do educador é essencial, pois é ele quem oportuniza espaços, disponibiliza os materiais e participa das brincadeiras, ou seja, intervém na mediação e na construção desse conhecimento.
Dessa forma, precisam-se selecionar materiais apropriados, o professor deve estar atento à idade e as necessidades de seus alunos para escolher e poder disponibilizar materiais adequados. O material precisa ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo interesse que suscitam, pelo material de que são construídos. Outro papel do professor é proporcionar a repetição de jogos. No pensamento de Moyles (2002), as crianças sentem imenso prazer fazer a repetição de jogos que conhecem bem, sentem-se seguros no momento em que observam que contam com cada vez mais habilidades em resolver ou executar o que é esperado pelo outro.
O educador torna-se mediador, proporcionando, assim, a aprendizagem de forma mais criativa e social possível. Para que o ensino se torne realidade é
importante que o aluno e o educador estejam envolvidos, o educador precisa ser o mediador/ facilitador do processo ensino-aprendizagem infantil. Assim, Teixeira (1995) aborda que é função do educador disponibilizar uma variedade de oportunidades para que seja prazerosa a aprendizagem por meio dos jogos e brincadeiras.
3.1 O conceito do processo de ensino-aprendizagem e a Educação Infantil
Santos (2008) reflete que a modalidade de ensino, designada como Educação Infantil aparece no Brasil por consequência das transformações ocorridas no núcleo familiar. Assim, a inclusão da mulher no mercado de trabalho provocou a necessidade da criação de organizações que prestassem assistências aos filhos dessas famílias, para isso foram criadas as creches com o propósito principal de ser assistencialista.
Abramovicz e Wasjkop (1995, p.33) avaliam que “essas instituições passaram por grandes modificações a partir da década de 1970, pois a sociedade civil organizada passou a exigir das autoridades uma melhor qualificação no processo de educação infantil”. Então progrediram de simples instituições assistentes e higienistas, para verdadeiras escolas, com a preocupação da formação integral do ser humano.
Seguindo esse pensamento, é importante observar que a Constituição Federal de 1988 estabeleceu que se tornassem lei os desejos dos movimentos sociais, fazendo existir em seu texto original como sendo um dever do Estado o direito à creche e pré-escola às crianças de o a 6 anos de idade, segundo o artigo 208 da CF, parágrafo IV.
Assim, em dezembro de 1996 ficou determinada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), reafirmando transformações e determinando de maneira incisiva o atendimento às crianças de 0 a 6 anos e estabelecendo dois níveis de educação, Educação Básica e Educação Superior, incluindo a educação infantil na primeira etapa da Educação Básica. E determinando um prazo de três anos a contar da publicação dessa Lei para sua efetivação legal nos estabelecimentos de ensino da rede regular de ensino de todo o país.