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A importância do estudo dos animais em extinção dentro da ..., Notas de estudo de Ciências Biologicas

(2002) na Lista de Referência da Fauna Ameaçada de. Extinção do Rio Grande do Sul, nas últimas quatro décadas já foram extintas mais de 450 espécies de animais.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Nazario185
Nazario185 🇧🇷

4.7

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R e v i s t a M i r a n t e F A C O S / C N E C O s ó r i o
V o l . 3 N º 1 D E Z / 2 0 1 3 I S S N 2 1 7 9 6 5 5 6
Página 83
A importância do estudo dos animais em extinção dentro da escola
para a conservação das espécies a partir de relatos dos presentes
na I Feira de Ciências da Escola 16 de Dezembro
Vitor Gayger Dias
1
A cada vez que é lançada uma lista vermelha de Fauna ameaçada de extinção, o
número de espécies aumenta. Grande parte desse processo de perda de nossa
riquíssima fauna se deve a alguns fatores que por muitas vezes praticamos sem
saber, tais como a caça, a biopirataria, a degradação de habitats, a poluição, entre
outros. As escolas têm um papel fundamental para combater esses problemas, pois
é um espaço educador que busca a conscientização dos frequentadores. Por isso
propõe-se que os estudos dos fatores vitais da perda de biodiversidade sejam
incluídos no dia a dia escolar, para assim então formarmos adultos mais
conscientes.
De acordo com o documento Hotspots da IUCN o Brasil é o país que abriga a maior
biodiversidade no mundo, mas é também um dos que mais perde suas riquezas
naturais. Esse processo de perda deve-se a diversos fatores, tais como a
biopirataria, a caça, a degradação dos habitats, a exploração descontrolada dos
recursos. A cada ano as listas vermelhas aumentam de tamanho e as notícias de
apreensões de animais que seriam traficados tornaram-se rotineiras.
Esses fatos se evidenciam segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção (2008), publicado pelo Ministério do Meio Ambiente, ao
comparar a até então última lista vermelha, que possuía 218 táxons, com a mais
atual, possuindo 627 táxons, notando-se uma enorme diferença entre o número de
espécies. Muitas dessas espécies de nosso patrimônio natural são fontes de
diversos recursos renováveis, tais como alimentação, para as indústrias
farmacêuticas e cosméticas, etc.
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Acadêmico do curso de licenciatura em Ciências Biológicas FACOS/CNEC. Bolsista do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID.
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R e v i s t a M i r a n t e – F A C O S / C N E C O s ó r i o

A importância do estudo dos animais em extinção dentro da escola

para a conservação das espécies a partir de relatos dos presentes

na I Feira de Ciências da Escola 16 de Dezembro

Vitor Gayger Dias^1

A cada vez que é lançada uma lista vermelha de Fauna ameaçada de extinção, o número de espécies aumenta. Grande parte desse processo de perda de nossa riquíssima fauna se deve a alguns fatores que por muitas vezes praticamos sem saber, tais como a caça, a biopirataria, a degradação de habitats, a poluição, entre outros. As escolas têm um papel fundamental para combater esses problemas, pois é um espaço educador que busca a conscientização dos frequentadores. Por isso propõe-se que os estudos dos fatores vitais da perda de biodiversidade sejam incluídos no dia a dia escolar, para assim então formarmos adultos mais conscientes.

De acordo com o documento Hotspots da IUCN o Brasil é o país que abriga a maior biodiversidade no mundo, mas é também um dos que mais perde suas riquezas naturais. Esse processo de perda deve-se a diversos fatores, tais como a biopirataria, a caça, a degradação dos habitats, a exploração descontrolada dos recursos. A cada ano as listas vermelhas aumentam de tamanho e as notícias de apreensões de animais que seriam traficados tornaram-se rotineiras.

Esses fatos se evidenciam segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (2008), publicado pelo Ministério do Meio Ambiente, ao comparar a até então última lista vermelha, que possuía 218 táxons, com a mais atual, possuindo 627 táxons, notando-se uma enorme diferença entre o número de espécies. Muitas dessas espécies de nosso patrimônio natural são fontes de diversos recursos renováveis, tais como alimentação, para as indústrias farmacêuticas e cosméticas, etc.

(^1) Acadêmico do curso de licenciatura em Ciências Biológicas – FACOS/CNEC. Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID.

R e v i s t a M i r a n t e – F A C O S / C N E C O s ó r i o

Segundo Marques et al. (2002) na Lista de Referência da Fauna Ameaçada de Extinção do Rio Grande do Sul, nas últimas quatro décadas já foram extintas mais de 450 espécies de animais. Segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (2008), conforme os dados de distribuição dos táxons listados, mais da metade das espécies ameaçadas (aproximadamente 60%) concentra-se na Mata Atlântica, devido ao alto grau de endemismo e a acentuada devastação e fragmentação florestal a Mata Atlântica apresenta os mais elevados números de espécies ameaçadas. Devido a esses dados, segundo a classificação da IUCN, a Mata Atlântica é considerada um dos 17 Hotspots mundiais.

Portanto, torna-se de fundamental importância ao menos um breve conhecimento sobre a fauna local, pois sem esse não se viabiliza a preservação. A escola, como é um espaço que atua para educar as crianças, deve colaborar para a transmissão desse conhecimento prévio, com a finalidade de fomentar a preservação. Atuando em espaços escolares, as informações podem ser passadas para um público multiplicado, pois além das crianças, atingem-se os pais e familiares das mesmas.

Evidenciar a importância do estudo dos animais em processo de extinção em espaços escolares e incentivar a inserção desse tema na súmula de conteúdos das escolas para assim promover a conscientização do público atingido, a fim de contribuir na preservação dos ambientes que os cercam. Conhecer a opinião dos presentes na Feira de Ciências sobre os problemas enfrentados na conservação das espécies, tais como a caça, a biopirataria, etc. Identificar os principais problemas que divergem à conservação da biodiversidade nas proximidades da escola.

Foi elaborado um questionário contendo cinco questões objetivas de múltipla escolha, enfatizando os principais problemas enfrentados na conservação da biodiversidade, onde alguns dos presentes na I Feira de Ciências da Escola Municipal de Ensino Fundamental 16 de Dezembro preencheram. A seguir está anexado o questionário completo.

R e v i s t a M i r a n t e – F A C O S / C N E C O s ó r i o

Resultados

A partir dos dados obtidos nos questionários, foram elaborados gráficos contendo a pergunta que foi aplicada e as respostas.

0

10

20

30

40

50

60

Pessoas participantes

Você apoia o estudo dos animais em

extinção nas escolas?

Sim Não Não sei

0

10

20

30

40

50

60

Pessoas participantes

Você acha que estudando esses animais se

torna mais fácil conservá-los?

Sim Não Não sei

R e v i s t a M i r a n t e – F A C O S / C N E C O s ó r i o

0

10

20

30

40

50

60

70

Pessoas participantes

Você apoia a caça?

Sim Não Não sei Não responderam

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Pessoas participantes

Você já comeu ou come carne de caça, com

que frequência?

Sim, raramente Sim, ás vezes Sim, frequentemente Não Não sei

R e v i s t a M i r a n t e – F A C O S / C N E C O s ó r i o

Discussão

Analisando os resultados obtidos, nota-se que a grande maioria dos participantes acha de fundamental importância o estudo dos animais em processo de extinção para assim poder conservá-los. Também verifica-se que a maior parte dos entrevistados é contra a caça, mas quase metade das pessoas come ou já comeu carne proveniente de animais silvestres. Outro fator percebido é que quase metade das pessoas possui ou conhece alguém que possua animais silvestres em cativeiro, e ainda que as aves sejam o grupo que mais sofre com a biopirataria.

Se os próprios alunos acham importante o estudo desses fatores no dia a dia escolar, deveria ser pensada uma forma de introduzir este tema como um conteúdo formal, e não somente como um conteúdo opcional. Observa-se a partir dos resultados que por ser em uma área bem preservada de Mata Atlântica, os principais problemas que barram a conservação no local são a caça e a biopirataria, vendo-se assim uma grande oportunidade para um trabalho de conscientização com os moradores das redondezas da escola, além de um trabalho com os alunos, formando uma rede de conscientização.

Conclusão

O presente trabalho apresentou a opinião de pessoas pertencentes a diversas faixas etárias em relação ao estudo dos animais em extinção dentro do espaço escolar. Os resultados obtidos nesse trabalho serão usados posteriormente para a criação de um programa de Educação Ambiental no bairro onde se encontra a escola.

Bibliografia

Hotspots. Cartilha da IUCN sobre os 17 Hotspots mundiais.

R e v i s t a M i r a n t e – F A C O S / C N E C O s ó r i o

Livro Vermelho Da Fauna Brasileira Ameaçada De Extinção. / editores Ângelo Barbosa Monteiro Machado, Gláucia Moreira Drummond, Adriano Pereira Paglia. - 1ed. - Brasília, DF: MMA; Belo Horizonte, MG: Fundação Biodiversitas, 2008. 2v. (1420 p.): il. - (Biodiversidade; 19)

MARQUES, A. A. B. et al. Lista de Referência da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul. Decreto nº 41.672, de 11 de junho de 2002. Porto Alegre: FZB/MCT–PUCRS/PANGEA, 2002. 52p.