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Este documento discute a importância do acolhimento na equipe de saúde da família, enfatizando sua eficácia na prestação de serviços de saúde eficientes e humanizados. O acolhimento é mais do que uma simples recepção do usuário e envolve prestar atendimento com resolutividade, responsabilidade e compromisso, orientando-os em relação a outros serviços de saúde para continuidade de assistência. O documento também aborda a necessidade de educação permanente para formar profissionais aptos e a importância de uma administração descentralizada para a consolidação da relação entre sujeitos sociais.
Tipologia: Resumos
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Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família do Núcleo de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG, como parte dos quesitos para conclusão do curso. Tutora: Kátia Campos Orientadora: Profª Dra. Maria José Moraes Antunes
Agradeço a Deus pela oportunidade, ao NESCON /UFMG por proporcionar meu ingresso no curso de Especialização em atenção básica em Saúde da Família, aos mestres e professores pelo ensinamento e profissionalismo, em especial ao Max, que proporcionou uma grande contribuição para a mudança da direção do meu olhar em relação à saúde pública. Ressalvo também o exímio estímulo proporcionado pelo meu sogro, Nelson Machado, na realização deste curso e a Maria José Moraes Antunes minha competente orientadora que esteve me acompanhando na conclusão desta jornada. Finalizando, agradeço a minha esposa Anamaria, minha maior incentivadora, que soube me conduzir e acreditou com muito amor, respeito e paciência na realização do meu crescimento profissional.
Muito Obrigado!
“Ser feliz não é uma casualidade do destino e sim uma conquista de quem sabe sonhar e também lutar pelo sonho...” Nayra Christiny
The host is a phase of care in health services that has gained greater importance every day and concepts, not allowing its vulgarization (as mere receipt of the user). After the evolution of public health policies notes that the host is to involve integrated activity in the consequence of the organizational structure already known such as receiving, sorting, access and more every effort not to empty it of its own meaning intended by the National Policy Humanization of Care and Management of the NHS. The host must be practiced as action approach, a "being with" and "near", ie, with a connotation of inclusion. Since the refinement of the procedure, its faults are glaring and highly damaging to the service you want to offer. Beginning the approach of the subject, I must say that the issue is primarily for education and training of those involved in the subject, relying primarily on a partnership with the manager. Education produce clerk at the necessary degree of professionalism and attended the understanding needed to respond to interview the user's home, family or community. When we talk about education, it is intended in this case, give the term its broader conception. The training will result in quality, solidarity and public spirit that will produce a conscientious professional who will develop essential practical sense without prejudice to the respect and tolerance with the user. The quality of care in primary care is directly linked to several factors, cited in this work, interacting or not and therefore will cause responses that will certainly interfere in the work of members of the multidisciplinary team, strengthening the system or disrupting Unified Health System.
Keyword: care, education, public service, decentralization.
La acogida es una fase de atención en los servicios de salud que ha adquirido mayor importancia cada día y los conceptos, no permitiendo su vulgarización (como mera recepción de parte del usuario). Después de la evolución de las políticas de salud pública tenga en cuenta que el anfitrión es la participación de la actividad integrada en la consecuencia de la estructura organizativa ya se conoce como la recepción, selección, acceso y más cada esfuerzo para no vaciarla de su significado propio destinados por la Política Nacional Humanización de la Atención y Gestión de la Seguridad Social. El conductor debe ser practicado como método de acción, un "ser con" y "cerca", es decir, con una connotación de inclusión. Desde el perfeccionamiento del procedimiento, sus fallas son evidentes y altamente perjudicial para el servicio que desea ofrecer. A partir del enfoque del tema, debo decir que el problema es principalmente para la educación y la capacitación de los involucrados en el tema, basándose principalmente en una asociación con el gerente. Educación producir empleado en el grado necesario de profesionalismo y asistió a la comprensión que se necesitan para responder a la entrevista personal del usuario, familia o comunidad. Cuando hablamos de educación, se pretende en este caso, dar el término de su concepción más amplia. La capacitación se traducirá en la calidad, solidaridad y espíritu público que producirá un profesional de conciencia que se desarrollará sentido práctico esenciales, sin perjuicio del respeto y la tolerancia con el usuario. La calidad de la atención en la atención primaria está directamente relacionada con varios factores, citados en este trabajo, interactuando o no, por lo que hará que las respuestas que sin duda va a interferir en la labor de los miembros del equipo multidisciplinario, el fortalecimiento del sistema o interrupción Único de Salud.
Palabra clave: educación para el cuidado, la descentralización del servicio público.
Este trabalho tem por finalidade atender a exigência do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família “Latu-sensu” ministrado pelo NESCON, da UFMG. A escolha do tema – A importância do Acolhimento no processo de trabalho das equipes de saúde da família se deu por força de nossa atividade profissional onde constatamos e convivemos diariamente com as falhas no acolhimento e suas conseqüências para o usuário, para os funcionários envolvidos e para a pretensão governamental. Nesse trabalho Acolhimento é abordado como o momento em que o usuário chega à Unidade de Saúde e faz o primeiro contato com aquele que imagina ser o atendente que o ouvirá e o acolherá com presteza. Na realidade o usuário já no primeiro momento deposita nas mãos do atendente, que pode ser qualquer membro da equipe de saúde da família, todas as suas expectativas. E efetividade é entendida como “ faculdade de produzir um efeito real, de funcionar normalmente, de atingir um objetivo rea l” (HOUAISS, 2009) Este trabalho não pretende esgotar o assunto, mas tem por objetivo fazer uma pequena avaliação e digressão da tecnologia do “Acolhimento” alertando para suas falhas e reflexos no atendimento e na satisfação do usuário. Naturalmente, o trabalho tem ainda o condão de pretender contribuir na eliminação das falhas para melhoria dos referidos serviços, o que justifica a sua realização. Vivenciando a situação de uma demanda espontânea excessiva na unidade básica de saúde a qual pertenço, foi possível perceber como um bom acolhimento é fundamental para a atenção primária. Digo “bom acolhimento” porque existem várias formas de abordar a família, indivíduo e comunidade, mas acredito que apenas, as eficientes é que podem contribuir para o êxito da equipe de saúde da família. E por falar em coletividade talvez essa seja a maior dificuldade em ser excelência no ato de acolher bem. Indivíduos com educações diferentes, com ou sem preparações e capacitações para tal função, insatisfação profissional, falta de perfil para estar na atenção primária entre outros fazem a diferença no serviço público que conseqüentemente fica desorganizado, acumulando atendimentos sem resolubilidade, destruindo vínculos, gerando assim mais
O acolhimento não é um local, nem um espaço, mas uma postura ética, não exige hora ou profissional, implica saberes, escutar angústias, procurar solucioná-las, tomando para si a responsabilidade de “abraçar” o usuário ou comunidade com resolubilidade. Essas são as principais diferenças da triagem, pois ele não se constitui como etapa de um processo, mas como uma ação que deve ocorrer em todos os momentos em uma unidade básica de saúde. Para Abbês, 2010: “... é importante ressaltar que “o acolhimento não é triagem e sim implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para continuidade da assistência estabelecendo articulações com estes serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos; é uma postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário que inclua sua cultura, saberes e capacidade de avaliar riscos; é a construção coletiva de propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências centrais e distritais, ou seja, é o rompimento com a lógica da exclusão”, finalizou. ”(ABBÊS, 2010)
O acolhimento passa ser então uma nova ferramenta da estratégia saúde da família, colocando a ação como diretriz operacional solicitando assim uma nova atitude de mudança no fazer em saúde e sendo assim, valoriza a abertura e encontro profissional de saúde com o usuário ou comunidade; observa a problematização dos processos de trabalho, de modo a responsabilizar a equipe multiprofissional na escuta e resolução das necessidades; procura humanizar o cuidado e estabelece vínculos e
também compromissos ao dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário, família ou comunidade. Uma postura acolhedora implica em estar atenta a diversidade étnica cultural e racial, ou seja, conhecer bem o contexto em que a comunidade da área de abrangência está inserida. A humanização é um dos pilares fundamentais para sucesso da assistência prestada pelo programa de saúde da família e o acolhimento é a porta de entrada para se tornar mais humano. É imprescindível citar que essa ferramenta: “o acolhimento” não funciona sozinho, sendo assim alguns complementos são fundamentais. Por isso a relação gestor e equipe têm que ser muito estabelecida e conjunta. Dentre ela se faz necessário uma educação permanente aprimorando e fornecendo dados para formar profissionais aptos e com perfil suficiente para assistir a saúde da família, possuir equipe e gestor visando à construção de saberes e gerenciar com competência sempre atenta a real saúde da comunidade, fornecer qualidade de trabalho à equipe multiprofissional, permitir um processo de trabalho sempre dinâmico na área de abrangência, ter resolubilidade das ações e respeitar o profissional da área de saúde pública.
3.1 O avanço do Sistema Único de Saúde e o surgimento da tecnologia do acolhimento
É possível perceber que a Estratégia de Saúde da Família passou por uma renovação no processo de trabalho. Na reorganização dos serviços de saúde pelo SUS, ferramentas são imprescindíveis para a consolidação da relação entre sujeitos sociais. A implantação dessas ferramentas como o acolhimento, humanização do atendimento, integralidade da atenção e vínculo aparecem como proposta de mudança no modelo assistencial, fortalecendo o trabalho em equipe. Sendo assim todos os profissionais passam a ter responsabilidades, conduzindo as ações, do diagnóstico até a resolução, por meio de fluxos por onde passarão os usuários, tanto no seu planejamento como na organização da atenção. De acordo como Ministério da Saúde, 2003:
“A Política Nacional de Humanização existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no
implantação do PSF (programa de Saúde da família), rebatizado, mas sem mudar a essência, com o nome de Estratégia de Saúde da Família. Segundo Rezende, 2008: “ A saúde da família tem se constituído em estratégia para a reorganização da atenção básica e da produção em saúde proposta à partir de 1994, pelo governo brasileiro e sustentada pelos princípios e diretrizes do sistema único de saúde(SUS). ( REZENDE, 2008) O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado no bojo da Constituição Federal de 1988 oferecendo a garantia para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Os princípios do programa, “Saúde da Família” tem a descentralização dos serviços e capacitação profissional local transferindo responsabilidades, prerrogativas e recursos para os governos municipais. O SUS, que ainda tem muito a realizar, revelou-se um grande instrumento de mudança na história da saúde pública do nosso país. É possível que com seu amadurecimento venhamos ter um serviço de saúde digno, humano, eficaz e universal. A especialista Virgínia Alonso Horteale, 2000 ensina:
“Consideramos que um sistema de saúde descentralizado, em uma dinâmica de transferência de recursos e autoridade às diferentes instâncias do sistema de saúde, causa um impacto positivo na gestão e nas diferentes modalidades de atenção e dá oportunidade para que os processos de reforma permitam a geração e desenho de novos modelos de atenção, papéis e funções, modalidades de capacitação, sistemas de remuneração e novas formas de participação das instituições, sindicatos e setores acadêmicos" (HORTALE; 2000).
A descentralização é nova experiência administrativa com vistas à melhora dos serviços públicos de saúde no Brasil. Por essa via busca-se maior envolvimento dos níveis locais e maior proximidade com as populações permitindo melhor controle, eleição de prioridades, entre outras. Nosso país, por força de suas dimensões continentais apresenta-nos desigualdades diversas, tais como desigualdades sociais, econômicas , culturais e sanitárias. Diante de tal diversidade não se conseguiu ainda, a nível nacional, aplicar uma administração
descentralizada para determinados serviços e em especial para o serviço de saúde pública. De qualquer forma deve-se s louvar as iniciativas quase que laboratoriais que surgem aqui e ali sinalizando para dias melhores no atendimento ao público usuário. A administração descentralizada dos serviços de saúde reserva aos municípios um papel de total importância na prestação dos referidos serviços. A experiência vem se revelando em vários municípios, plena de sucesso refletido em qualidade técnica, economia e satisfação dos envolvidos tais como autoridades, profissionais da área e, sobretudo dos usuários, beneficiários dos serviços. Benevides e Passos, 2005 definem que: “A humanização se apresenta para nós como estratégia de interferência no processo de produção de saúde levando em conta que sujeitos, quando mobilizados, são capazes de transformar realidades transformando-se a si próprios neste mesmo processo. Investíamos na produção de um novo tipo de interação entre os sujeitos que constituem os sistemas de saúde, retomando a perspectiva de rede descentralizada e co-responsável que está na base do SUS .” (BENEVIDES E PASSOS, 2005) A construção de um modelo eficiente de atendimento e prestação dos serviços de saúde haverá de passar sempre pela conjugação das seguintes etapas: 'Saúde da Família', 'Vigilância da Saúde', 'Promoção da e 'Acolhimento' interligando os vários elementos.
3.3 A implantação da ESF e o acolhimento
“O Brasil, inspirado no exemplo do Canadá, Inglaterra e mesmo Cuba, tratou de assimilar as práticas desses países vitoriosos no campo da saúde pública. Nosso serviço de saúde pública continuava combalido e deficiente ocorrendo todos os dias situações constrangedoras e desumanas nos corredores dos nossos hospitais e postos de saúde”. (ROSA, 2005).
O SUS é a fórmula que se revela mais eficiente, moderna e abrangente na prestação de serviços à população de todos os níveis e o PSF é uma das maiores
Apesar de escrito há 12 anos, a afirmação da autora aplica-se aos dias de hoje e chama atenção para a interdependência e complementaridade dos profissionais da equipe no processo de acolher, envolver e resolver. Se bem integrada e envolvida o resultado do trabalho da equipe pode gerar no usuário um estado de bem estar e compromisso com o auto cuidado.
3.4 Acolhimento e eficácia da assistência
O profissional de saúde lotado em PSF (Programa Saúde da Família) com funções de chefe da equipe tem uma visão completa do seu local de trabalho conhece os membros de sua equipe e, portanto está em condições de aplicar seus conhecimentos administrativos para a melhoria do desempenho de sua equipe visando à satisfação de seu público alvo. Em princípio, todos os funcionários lotados no PSF devem conhecer as recomendações e orientações que regem o “acolhimento” para praticá-lo de forma correta, integrada e satisfatória. O acolhimento na unidade básica de saúde como instrumento de eficácia no atendimento envolve todos os membros da equipe multiprofissional e não admite qualquer negligência. Não há mais espaço para aquele funcionário público que durante o seu horário de trabalho está “folheando” o folder da Avon, ou em longas conversas no celular, falando baboseiras enquanto o usuário (contribuinte) espera. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS, requerendo maior vínculo entre equipe, serviço e usuário, produzindo a humanização do atendimento. Os estudiosos Silva Júnior e Mascarenhas; citados por Solla em 2005 apontam nesse sentido: “O acolhimento significa a humanização do atendimento, o que pressupõe a garantia de acesso a todas as pessoas. Diz respeito, ainda, à escuta de problemas de saúde do usuário, de forma qualificada, dando-lhe sempre uma resposta positiva e responsabilizando-se pela resolução do seu problema. Por conseqüência, o Acolhimento
deve garantir a resolubilidade que é o objetivo final do trabalho em saúde, resolver efetivamente o problema do usuário. A responsabilização para com o problema de saúde vai além do atendimento propriamente dito, diz respeito também ao vínculo necessário entre o serviço e a população usuária ...” (SOLLA, 2004)
Observa-se que trabalhar o “acolhimento” pressupõe uma atitude da equipe de saúde que permita receber bem os usuários e escutar de forma adequada e humanizada as suas demandas. Devendo na medida do possível construir relações de confiança e apoio entre os membros da equipe e usuários.
3.5 O acolhimento e o perfil sócio profissional de quem acolhe
Sobre o ponto de vista deste item é importante ressaltar uma tríade de relações observando a equipe como um conjunto, membros da equipe individualmente e gestor. Cotta et al ., 2006 definem que: “Os profissionais da atenção básica devem ser capazes de planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que respondam às necessidades da comunidade, na articulação com os diversos setores envolvidos na promoção da saúde. A qualidade dos serviços de saúde, dessa forma, passa a figurar como resultado de diferentes fatores ou dimensões que constituem instrumentos, de fato, tanto para a definição e análises dos problemas como para a avaliação do grau de comprometimento dos profissionais sanitários e gestores (prefeitos, secretários e conselheiros municipais de saúde, entre outros) com as normas técnicas, sociais e humanas”.(COTTA, 2006) Atualmente, o perfil dos profissionais para atuar na Estratégia Saúde da Família (ESF) é um problema importante para a qualificação do acolhimento na Atenção Básica no Brasil. Dentre os fatores que podem interferir no perfil da equipe que acolhe, a rotatividade profissional surge significamente, pois contribui para a interrupção do processo de trabalho que estava sendo realizado.