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Uma revisão da literatura sobre a importância da biossegurança nos consultórios odontológicos. O objetivo é verificar a importância do uso das medidas de biossegurança nesses ambientes. O estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica em bases de dados especializadas. Os resultados mostram que as normas de biossegurança são fundamentais para a segurança dos pacientes e profissionais, pois a contaminação pode ocorrer de diversas formas. O documento aborda as principais medidas de controle de infecção, como o uso de equipamentos de proteção individual, a esterilização e desinfecção de instrumentos, e a importância da vacinação dos profissionais. Conclui-se que a adoção de práticas de biossegurança é essencial para garantir a segurança de todos os envolvidos no atendimento odontológico.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
TIAGO STIVAL DO AMARAL^1 , GIOVANNI MONTEIRO RIBEIRO^2
Resumo
O odontologista, é um profissional que, devido a natureza de sua profissão, lida diariamente com risco de adquirir doenças virais e bacterianas altamente contagiosas, que em muitos casos podem ser fatais. Por esse motivo, pensando na proteção do profissional, surgiram regulamentos de biossegurança que visam controlar e impedir a disseminação de doenças infectocontagiosas importantes com exemplo, o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Além disso, tratam-se de padrões, procedimentos e cuidados que devem ser tomados ao atender pacientes ou manipular instrumentos contaminados para evitar o risco de contaminação. Assim, o presente artigo tem como objetivo geral verificar a importância do uso das medidas de biossegurança nos consultórios de odontologia. Para isso, realizou- se um estudo bibliográfico em literaturas especializadas na temática presentes nas seguintes bases de dados foram Sc ientific Electronic Library Online- (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico, além de manuais de biossegurança do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, monografias, dissertações e teses. As buscas foram feitas por artigos que se atendessem nos critérios de inclusão. Os resultados mostram que as normas de biossegurança são fundamentais para a segurança dos pacientes e também dos profissionais de odontologia. Concluindo- se tudo o que é feito para proteger os pacientes e os profissionais resultará em uma prática odontológica cada vez mais bem-sucedida e confiável para todos.
Descritores: Biossegurança. Controle de infecção. Esterilização e desinfecção.
(^1) Acadêmico do curso de Odontologia integral pelo Centro Universitário do Planalto Central Aparecido dos Santos- Uniceplac. Email: tiagoamaral.odonto@gmail.com (^2) Mestre em microbiologia e imunologia pela Universidade Federal de São Paulo - Unifesp. Email: giovanni.ribeiro@uniceplac.edu.br O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representam conflito de interesse, nos produtose companhias citados nesse artigo.
Grande parte de todos os procedimentos odontológicos são invasivos e as atividades relacionadas são de alto risco para profissionais de saúde e pacientes. Portanto, é necessário adotar uma atitude responsável, que gere mudanças comportamentais e tome decisões sábias, tanto para a equipe odontológica, quanto para planejadores e gestores de saúde, no desenvolvimento das atividades dessa especialidade em saúde^1. A biossegurança em odontologia e em todas as disciplinas da saúde é estabelecida para controlar e prevenir a disseminação de doenças infecciosas e contagiosas. A palavra biossegurança vem de "bio", que significa vida e "segurança", que é a situação livre de riscos^2. Assim, o presente artigo trata-se de estudo de revisão de literatura por meio do uso de literaturas especializadas na temática entre os anos de 2006 a 2019. As presentes bases de dados foram eleitas para busca dos estudos: Scientific Electronic Library Online - ( SciELO ), e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVSMS) e Google Acadêmico, além de manuais de biossegurança do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, monografias, dissertações e teses.
REVISÃO DE LITERATURA
Os procedimentos realizados em odontologia, assim como os artigos
utilizados no atendimento ao cliente são classificados em críticos, sem- críticos e não críticos. Os instrumentos críticos penetram nos tecidos moles ou nos ossos. Os instrumentos semi-críticos entram em contato com o tecido bucal sem penetração e os instrumentos não críticos entram em contato com a pele intacta^3. A contaminação com agentes infecciosos na prática odontológica pode ocorrer de formas muito diferentes, desde o contato direto com a pele ou nas mucosas erodidas com sangue ou saliva, até a inalação inadvertida de aerossóis contaminados produzidos durante o uso de peças de alta velocidade. e equipamento ultrassônico ou salpicos de sangue, saliva ou secreções nasofaríngeas. Também pode ser administrado por instrumentos, equipamentos e superfícies ambientais contaminados^4. Desta forma é fundamental que haja a adoção de rotinas básicas de prevenção de que resultem no bloqueio da transmissão de microorganismos patogênicos a fim de interromper o risco de contaminação cruzada, tanto para o odontologista quanto para o cliente^5. Os riscos mencionados conferem ao odontologista a um grau maior ou menor de suscetibilidade a determinadas doenças, tais como: doenças bacterianas, virais, fúngicas e outras doenças parasitárias que podem causar doenças. É importante levar em consideração as doenças transmissíveis e suas rotas de transmissão^6.
profissional e dos pacientes^11. Além da vacina contra Hepatite B recomenda-se que o odontologista se imunize contra a influenza, cujo modo de contágio ocorre pelo contato direto com gotículas expelidas pela boca ou nariz, e também pelo contato com objetos infectados. Além disso deve-se tomar a vacina SRC (Tríplice viral) que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola; e a vacina DT (dupla adulta) contra a difteria e tétano^12. O uso de barreiras de proteção como luvas, máscara, óculos de proteção e jalecos impedem a disseminação de micróbios para as mãos, mucosas dos olhos, nariz e boca e roupas de rua, roupas de trabalho ou pele. As luvas também protegem o paciente do contato com micróbios nas mãos do odontologista^14. Os equipamentos que visam a proteção da equipe odontológica citados no parágrafo anterior exercem as seguintes funções: Gorro: barreira individual que protege contra possíveis contaminações ocasionadas por secreções, aerossóis e produtos, e também evitam a queda de cabelo nas áreas de procedimento odontológico^13. Óculos de proteção: protegem os olhos contra produtos químicos, secreções e aerossóis^13. Máscaras: filtram partículas de aerossóis produzidas durante a fala, espirro, tosse e respiração. Devem ser
descartáveis e de filtro duplo^13. Uniforme para procedimentos não-invasivos: avental e calça limpos, que devem ser trocados diariamente, protegem contra fluídos corporais e geradores aerossóis^13. Luvas: impedem o contato direto com saliva, sangue ou microorganismos. Devem ser de cano longo. A depender da natureza do procedimento a ser realizado podem ser de borracha, látex, plástico ou couro^13. Sapatilhas: controlam as sujidades do piso, reduzindo o risco de contaminação por microorganismos estranhos ao ambiente^13. As barreiras são essenciais para evitar a exposição direta ao sangue e outros fluidos orgânicos potencialmente contaminados através do uso de materiais adequados que interfiram em seu contato. O uso dessas barreiras não exclui acidentes de trabalho, mas reduz o risco e as consequências^15. A lavagem das mãos é o procedimento mais importante para reduzir a quantidade de microrganismos presentes na pele e nas unhas, tornando-se o método de prevenção por excelência. É fundamental lavar as mãos antes e depois de realizar o trabalho, antes e depois de colocar as luvas, depois de tocar em qualquer objeto inanimado suscetível à contaminação com sangue, saliva ou secreções respiratórias do paciente^16.
Esterilização e desinfecção
O material e os instrumentos, assim como o equipamento dental, podem se tornar um veículo para a transmissão indireta de agentes infecciosos. Assim é fundamental a realização de ações que visem a eliminação de microrganismos, de forma a garantir a eliminação ou redução do risco de infecção^11. Os métodos de eliminação de microorganismos são todos os procedimentos, com o objetivo de garantir a eliminação ou redução de microrganismos de objetos inanimados, destinados ao atendimento ao paciente, com o objetivo de interromper a cadeia de transmissão e oferecer uma prática segura ao paciente, dentre eles a esterilização e a desinfecção^3. O processo de esterilização pode ser realizado por meio químico ou por calor. O processo químico ocorre por meio de produtos químicos e sua eficácia depende de vários fatores como o tipo e a magnitude da contaminação microbacteriana dos instrumentos a serem esterilizados. Além da concentração da solução química a ser usada; a presença de materiais, presentes nos instrumentos, que podem inativar o agente químico; o tempo de exposição o e os procedimentos de limpeza prévios. Os produtos utilizados neste método são o glutaraldeído e o óxido de etileno. O glutaraldeído é solução aquosa que pode ser mais ácida ou mais alcalina, não devendo ser utilizada em
materiais metálicos, pois pode provocar corrosão. o óxido de etileno é um gás altamente inflamável e requer muito cuidado^17. A esterilização por calor ocorre por meio do uso de dois equipamentos, a autoclave e a estufa. Na estufa (calor seco) a descontaminação ocorre por meio da circulação do ar quente, e devido a ausência de umidade, ocorre a destruição das bactérias. A temperatura deste equipamento deve ser de 170ºC e o tempo de exposição do material ao calor vai depender da sua natureza. A autoclave (calor úmido) realiza a descontaminação por meio da combinação das ações temperatura, pressão e umidade, o tempo de duração do processo depende da temperatura e da pressão, em autocláves com temperatura de 121 ºC e 1atmosfera o tempo de duração do processo é de 30 minutos^3. A complexidade da atenção e a diversidade de artigos utilizados na odontologia tornam necessário que, em muitos casos, alguns equipamentos sejam analisados em particular e a decisão seja tomada com base nas características e riscos associados. Por outro lado, para selecionar o método de eliminação de microrganismos, também deve ser considerado o tipo de material a partir do qual o artigo dentário é fabricado. Nesse sentido, o pessoal responsável pelo processamento dos artigos deve conhecer as características dos diferentes materiais,
comportamental que visa visando atingir atitudes que reduzem o risco do odontologista adquirir infecções no local de trabalho, e em consequência, garante também, a segurança do paciente^4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, o gerenciamento dos equipamentos e instrumentos utilizados na clínica odontológica constitui fator de risco para exposição aos diversos tipos de agentes mencionados ao longo da revisão bibliográfica. Além disso, a biossegurança e seus padrões devem ser respeitados por todos, a fim de proteger o paciente, a sociedade, o pessoal auxiliar e técnico e a saúde do cirurgião-dentista, interrompendo a cadeia de transmissão do agente infeccioso e da própria doença.
O desafio da medicina odontológica consiste, entre outros, definir um sistema de trabalho, equipamentos e métodos que permitam aumentar a cobertura e manter o nível necessário e adequado de assepsia para cada serviço odontológico realizado. As medidas apresentadas neste estudo, sobre os métodos adequados de esterilização, desinfetantes e barreiras de proteção, reduzem os riscos à saúde da pacientes e do profissional e devem ser rigorosamente respeitadas pelo cirurgião- dentista e seus assistentes. Por esse motivo, é de grande importância a execução dos métodos de montagem e biossegurança em uma clínica odontológica para garantir a segurança de todos os envolvidos.
Abstract
The dentist is a professional who, due to the nature of his profession, deals daily with the risk of acquiring highly contagious viral and bacterial diseases, which in many cases can be life threatening. For this reason, thinking about the protection of the professional, biosafety regulations have emerged that aim to control and prevent the spread of important infectious diseases such as the human immunodeficiency virus (HIV). In addition, these are standards, procedures, and care that must be taken when treating patients or handling contaminated instruments to avoid the risk of contamination. Thus, this article aims to verify the importance of using biosecurity measures in dental offices. To this end, a bibliographic study was conducted in literature specialized in the theme present in the following databases were Scientific Electronic Library Online- (SciELO), Latin American and Caribbean Center for Health Sciences Information (LILACS) and Virtual Library in Health (VHL). The searches were made for articles that met the inclusion criteria. The results show that biosafety standards are fundamental for the safety of patients as well as dental professionals. In conclusion, everything that is done to protect patients and professionals will result in an increasingly successful and reliable dental practice for all. Descriptors: Protection. Standards. Contamination. Infectious diseases.
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