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a importância da avaliação e intervenção psicopedagógica de ..., Notas de estudo de Psicopedagogia

aceitar este sujeito e fazer com que ele aprenda de verdade” (Jorge Visca) ... destacam-se: E.O.C.A. – Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem; Provas ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO
PSICOPEDAGÓGICA DE ACORDO COM A EPISTEMOLOGIA
CONVERGENTE DE JORGE VISCA
Andréia Ramos Assunção 1
Maria Laura Araújo2
Augusto Cesar Romero de Resende3
Resumo: A avaliação psicopedagógica busca analisar a relação entre o nível de
desempenho acadêmico da criança, sua faixa etária e ano escolar. Esta análise busca
enfatizar as áreas de leitura, escrita, matemática e habilidades correlatas. Este estudo
indagará a contribuição da avaliação e intervenção psicopedagógica de acordo com
a epistemologia convergente de Jorge Visca. Tendo em vista a importância da
psicopedagogia para o auxílio e o estímulo dos processos de aprendizagem, dando
origem a uma nova forma de pensar, sentir e agir. Desta forma, busca-se investigar
se houve aumento no número de crianças com demandas para acompanhamento
psicopedagógico, bem como demonstrar como a avaliação psicopedagógica junto a
outros métodos podem auxiliar a criança, pais e instituições escolares efetuando o uso
de instrumentos estratégicos. Considerando como base, publicações e estudos. As
informações alcançadas serão analisadas, a fim de prover elementos para atingir os
objetivos indicados. A coleta de dados será realizada através de pesquisas
bibliográficas. Desta forma nosso estudo apontou que há muitas àreas para a
realização de estudos e que muito ainda há para se discutir sobre o tema. Finalmente,
depois do longo caminho percorrido, concluimos que a epistemologia convergente,
foi um marco teórico e conceitual que muito ajudou e ajuda os profissionais que se
dedicam a trabalhar com os processos de aprendizagem, a entender o que acontece
em cada caso.
Palavras chaves: Convergente, Avaliação, psicopedagogia, epistemologia e
aprendizagem.
Abstract: The psychopedagogical assessment seeks to analyze the relationship
between the child's academic performance level, age and school year. This analysis
seeks to emphasize the areas of reading, writing, mathematics and related skills. This
study will investigate the contribution of psychopedagogical assessment and
intervention according to Jorge Visca's convergent epistemology. Bearing in mind the
importance of psychopedagogy for helping and stimulating learning processes, giving
rise to a new way of thinking, feeling and acting. In this way, we seek to investigate
whether there was an increase in the number of children with demands for
1 Graduanda do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra-ES.
2 Graduanda do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra-ES
3 Professor orientador do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra, ES
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Baixe a importância da avaliação e intervenção psicopedagógica de ... e outras Notas de estudo em PDF para Psicopedagogia, somente na Docsity!

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO

PSICOPEDAGÓGICA DE ACORDO COM A EPISTEMOLOGIA

CONVERGENTE DE JORGE VISCA

Andréia Ramos Assunção 1 Maria Laura Araújo Augusto Cesar Romero de Resende^3

Resumo: A avaliação psicopedagógica busca analisar a relação entre o nível de desempenho acadêmico da criança, sua faixa etária e ano escolar. Esta análise busca enfatizar as áreas de leitura, escrita, matemática e habilidades correlatas. Este estudo indagará a contribuição da avaliação e intervenção psicopedagógica de acordo com a epistemologia convergente de Jorge Visca. Tendo em vista a importância da psicopedagogia para o auxílio e o estímulo dos processos de aprendizagem, dando origem a uma nova forma de pensar, sentir e agir. Desta forma, busca-se investigar se houve aumento no número de crianças com demandas para acompanhamento psicopedagógico, bem como demonstrar como a avaliação psicopedagógica junto a outros métodos podem auxiliar a criança, pais e instituições escolares efetuando o uso de instrumentos estratégicos. Considerando como base, publicações e estudos. As informações alcançadas serão analisadas, a fim de prover elementos para atingir os objetivos indicados. A coleta de dados será realizada através de pesquisas bibliográficas. Desta forma nosso estudo apontou que há muitas àreas para a realização de estudos e que muito ainda há para se discutir sobre o tema. Finalmente, depois do longo caminho percorrido, concluimos que a epistemologia convergente, foi um marco teórico e conceitual que muito ajudou e ajuda os profissionais que se dedicam a trabalhar com os processos de aprendizagem, a entender o que acontece em cada caso.

Palavras chaves : Convergente, Avaliação, psicopedagogia, epistemologia e aprendizagem.

Abstract: The psychopedagogical assessment seeks to analyze the relationship between the child's academic performance level, age and school year. This analysis seeks to emphasize the areas of reading, writing, mathematics and related skills. This study will investigate the contribution of psychopedagogical assessment and intervention according to Jorge Visca's convergent epistemology. Bearing in mind the importance of psychopedagogy for helping and stimulating learning processes, giving rise to a new way of thinking, feeling and acting. In this way, we seek to investigate whether there was an increase in the number of children with demands for

(^1) Graduanda do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra-ES. (^2) Graduanda do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra-ES (^3) Professor orientador do Curso de Psicologia da Faculdade Doctum de Serra, ES

psychopedagogical follow-up, as well as to demonstrate how the psychopedagogical assessment with other methods can help the child, parents and school institutions using the use of strategic instruments. Considering as a base, publications and studies. The information obtained will be analyzed in order to provide elements to achieve the stated objectives. Data collection will be performed through bibliographic searches. Thus, our study pointed out that there are many areas for carrying out studies and that there is still much to discuss on the topic. Finally, after the long journey, we concluded that the convergent epistemology was a theoretical and conceptual framework that greatly helped and helps professionals who are dedicated to working with the learning processes, to understand what happens in each case.

Keywords : Convergent, Evaluation, psychopedagogy, epistemology and learning.

1 INTRODUÇÃO

“Conhecer verdadeiramente como um sujeito aprende é um conceito revolucionário, no sentido de aceitar este sujeito e fazer com que ele aprenda de verdade” (Jorge Visca) De acordo com Schekiera (2017), a Psicopedagogia é a área do saber construída a partir das somas dos conhecimentos da pedagogia e a psicologia. A psicologia escolar surgiu para compreender as causas do fracasso de certas crianças no sistema escolar enquanto a psicopedagogia nasceu para o cuidar de determinadas dificuldades de aprendizagem específicas. Falando de maneira mais simples a psicopedagogia é uma ciência que estuda o aprendizado. A avaliação psicopedagógica auxilia no sentido de investigar os processos e os mecanismos de aprendizagem da criança e do adolescente. A avaliação psicopedagogica é realizada de maneira estratégica e pontual e deve contemplar inicialmente os aspéctos da anamnese, que se trata de uma entrevista com os pais ou cuidadores da criança, ou do adolescente em questão. E também será realizado uma avaliação dos potenciais dessa criança, tais como: Habilidade de leitura, escrita, cálculos, habilidades psicomotoras e também a relação da vinculação da criança com aprendizagem. Desta forma, a avaliação psicopedagogica é de fundamental importância para crianças que venham a apresentar alguma dificuldade de aprendizagem escolar. No entando a avaliação psicopedagogica não tem como finalidade apenas identificar problemas de aprendizagem, mas também traçar estratégias de intervenção

aprendizagem humana: como se aprende; como esta aprendizagem varia evolutivamente e está atrelada a vários fatores; de que forma são produzidas as mudanças na aprendizagem; como reconhecê-las; tratá-las e a preveni-las. Dentre as diversas estratégias de intervenção psicopedagógicas, Cruvinel (2014) cita o uso das seguintes ferramentas: jogos lúdicos, entrevistas, trabalhos em equipe multidisciplinares, utilização de grupos terapêuticos, técnicas de recolocação de informação diagnóstica, estratégias terapêuticas, assessoramento, coordenação de projetos educativos institucionais e projetos pedagógicos inovadores, entre outros. A Psicopedagogia tem por principal finalidade envolver de forma mais completa possível os processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos, e pedagógicos que intervêm na aprendizagem. O estudo tem como intuito mostrar a importância do acompanhamento do desenvolvimento infantil, principalmente no que tange à avaliação psicopedagógica, impedindo que a criança sofra no início da vida escolar com dificuldades na aprendizagem, de onde venha ocorrer negligência por parte dos docentes que podem vir a enxergar este aluno com maiores dificuldades de aprendizagem como um aluno desinteressado e preguiçoso. O psicopedagogo é um profissional que pode atuar em diferentes setores onde existem situações onde envolvem aprendizagem, como: empresas, clínicas, escolas, etc., em cada ambiente de trabalho a intervenção do psicopedagogo apresentará sua especificidade. Nas empresas a abordagem do psicopedagogo é prestar assistência no desenvolvimento do sujeito para desempenhar suas funções.

2 METODOLOGIA

Os métodos de pesquisa serão fontes bibliográficas, onde realizaremos a leitura de materiais físicos (obras de referência, teses e dissertações, anais de encontros científicos e periódicos de indexação e resumos). Analisaremos também materiais digitais disponíveis em sites oficiais de pesquisa na internet (Google Acadêmico, SciELO e PePSIC) como artifício e meio de buscas. Foram utilizadas as palavras chaves para realização das buscas:

aprendizagem, avaliação, psicopedagogia, educação, infantil. Convergente, Avaliação, psicopedagogia, epistemologia e aprendizagem. Segundo (Gil, 2002, p. 17), podemos definir pesquisa como:

...um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. O tipo de pesquisa utizada neste trabalho é a exploratória que tem como propósitode estudar um problema de maneira a oferecer informações para uma averiguação com maior precisão. Este tipo de pesquisa tem com principal objetivo se manter mais próximo ao tema, que poderá ser levantado baseando-se em conjecturas ou percepções, e tem como proposta encontrar conceitos e pensamentos. Pode ser classificada como não estruturada e qualitativa. A coleta de dados será realizada através de pesquisas bibliográficas. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa em pesquisa se opõem ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, baseado no modelo de estudo das ciências da na natureza. (GOLDENBERG, 2004) A forma de avaliar e os instrumentos assumem um papel de extrema importância, tendo em vista que cooperam para a reflexão necessária por parte dos profissionais acerca do processo de ensino. No entanto, é de conhecimento de todos que a ação docente sofre forte influência por pressupostos teóricos, neste caso, pelas tendências pedagógicas que na atualidade na rotina escolar de instituições educacionais infantis. Realizada leitura exploratória de todo material sobre o tema rejeitamos as informações analisadas como antigas, obsoletas, não compatíveis como estudo. Fatores de inclusão foram à exploração da importância da avaliação psicológica, a epistemologia convergente de acordo com o autor Jorge Visca e as novas tendências pedagógicas de aprendizagem.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Operatórias; TDE – Teste de Desempenho Escolar; Sessão Lúdica; Anamnese; Provas Projetivas Psicopedagógicas. Ainda de acordo com o autor, as técnicas projetivas psicopedagógicas objetivam investigar os seguintes vínculos que a criança pode estabelecer: familiar; escolar; consigo mesma. Cada um destes vínculos é analisado de maneira individualizada e vale ressaltar que uma criança é diferente da outra e cada análise deve ser feita de forma criteriosa e cuidadosa. O material necessário para a aplicação da prova é: folhas de papel sulfite; lápis preto; e borracha. As provas devem ser aplicadas individualmente e em cada sessão de aplicação a solicitação dos vínculos pode variar de acordo com o aspecto da aprendizagem que se quer avaliar. Segundo com Jorge Visca (2011) são inúmeros os aspectos que devem ser levados em consideração quando da aplicação das provas projetivas psicopedagógicas: a posição do desenho na folha; as pessoas que estão presentes na produção da criança; os detalhes das pessoas e/ou objetos que constam no desenho; e a descrição verbal que a criança faz de seu desenho. Jorge Visca (1987) alega que o objeto de estudos da Psicopedagogia é “o processo de aprendizagem - e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios.” Esse objeto de estudos adquire características distintas dependendo do tipo de trabalho: o clínico ou apenas de prevenção. O trabalho clínico tem procedência por meio da influência mútua que a criança faz com a sua história pessoal buscando entender o motivo do não aprender da criança. A partir das experiências de Piaget (2007), uma das teorias mais importantes na educação, a construtivista que teve inicio no século XX, o qual analisando crianças desde o nascimento até a adolescência - como um recém-nascido passava do estado de não reconhecimento de sua individualidade frente ao mundo que o cerca indo até a idade de adolescentes, onde já se tem o início de operações de raciocínio mais complicadas - percebeu que o conhecimento se edifica na interação do sujeito com o meio em que ele vive. De acordo com o autor, o conhecimento.

...não pode ser concebido como algo predeterminado nem nas estruturas internas do sujeito, porquanto estas resultam de uma construção efetiva e

contínua, nem nas características preexistentes do objeto, uma vez que elas só são conhecidas graças á mediação necessária dessas estruturas, e que essas, ao enquadrá-las, enriquecem-nas (PIAGET, 2007, p.1). Para Piaget (1982), a criança quando ainda pequena age como um cientista, ela consegue pesquisar as causas de um fenômeno, daí parte-se da ideia de que o ser humano busca conhecimento. A criança tem essa necessidade de construir tudo, mesmo o que pareça mais evidente, é a percepção do universo que a cerca. Ele afirma ainda, que infância é marcada por etapas de adaptação aos meios físico e social. Nela são formadas as estruturas cognitivas e o desenvolvimento da inteligência, um desenvolvimento não linear, mas em saltos, intermitente. Em uma lógica que sempre será substituída por outra mais avançada. O referido autor se auto denominou construtivista e dizia que o conhecimento se realizava através de construções restauradas continuamente por uma conexão com o real. O conhecimento não está pré formado, nem no sujeito, nem nos objetos, o que existe é uma ordenação e como resultado uma construção e reconstrução contínua. De acordo com ele a epistemologia genética é uma junção do que é natural, inerente ao ser humano, com o meio que o cerca, diz respeito ao desenvolvimento a formação da inteligência, demonstra como o homem constrói a inteligência. Segundo Alves (2007), a psicopedagogia nasceu no final do século XIX, com a distinção de uma pedagogia clínica. Ou seja, surgiu com propósito de cuidar das crianças com lesões cerebrais e neurológicas adquiridas ou herdadas geneticamente. A partir daí, surge também o propósito de recuperação das crianças com dificuldades de aprendizagem, que não conseguiam acompanhar o ritmo de aprendizagem dos colegas na escola. Hoje em dia a psicopedagogia vai bem além de trabalhar crianças com lesões cerebrais e neurológicas. Aos primeiros sinais de dificuldade de aprendizagem da criança os pais e professores devem analisar se a dificuldade de aprendizagem está fora do padrão normal, e buscar ajuda profissional, de um psicopedagogo, para analisar a necessidade de estar realizando uma avaliação psicopedagógica. Na atualidade, ainda de acordo com Alves (2007), com a educação acessível a todos, ainda assim, os pais bem como os docentes devem ter consciência da importância de trabalharem juntos na busca por qualidade na educação infantil, pois,

SEGUNDA SESSÃO

É o momento em que o psicopedagogo estará sozinho com o paciente, onde é recomendado iniciar com os testes projetivos, que são os desenhos, e partir destes desenhos é que o psicopedagogo começa a ter análise do vínculo familiar, social e escolar.

TERCEIRA SESSÃO

Onde se recomenda usar a EOCA (Entrevista Operatória Centrada na Aprendizagem), é nesta sessão onde é observada as modalidades da aprendizagem do educando. É neste momento que se percebe a interação deste paciente com as questões escolares, os medos, as angústias e a forma como este paciente pensa na estratégia, e na maneira como ele saem de uma determinada situação, e é quando funções executivas são possíveis serem percebidas pelo psicopedagogo.

QUARTA SESSÃO

Nesta sessão é muito comum o psicopedagogo usar a “caixa de Piaget” que são as provas operatórias fundamentais para estudar o cognitivo do paciente. Nas provas operatórias são utilizadas duas sessões, em seguida são realizadas as sessões lúdicas onde são obtidas as análises do nível de leitura, da escrita e as dificuldades com cálculos. Moreira (2015), deixa claro que no momento em que a criança chega ao consultório com dificuldades escolares não é recomendado que o profissional lhe apresente textos, livros, caderno para realizar alguma análise de leitura e escrita, pois a criança ficará assustada. Neste momento recomenda-se utilizar como recursos jogos previamente pensados para se descobrir o nível de leitura, da escrita e as dificuldades com cálculos.

DEVOLUTIVA PSICOPEDAGÓGICA

Na devolutiva é necessário ter muito cuidado e muita empatia com a família deste paciente, pois é quando levanta-se uma hipótese diagnostica, pois, o psicopedagogo não fornece diagnostico, pois, quem é responsável por fornecer o diagnóstico é o médico,). Geralmente são realizadas em média oito sessões e cada uma dessas sessões com sua especificidade. No entanto, quantidade de sessões a serem realizadas é de acordo com o ritmo, o trabalho e o perfil de cada profissional, pois não existe um número especifico de sessões a serem realizadas, de acordo com a verdade de cada profissional, segundo Moreira (2015).

3.2 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

A necessidade da presença do psicopedagogo escolar se faz necessário uma vez que nem todas as famílias possuem situação financeira adequada para procurar um atendimento particular. Além da falta de tempo, por trabalharem fora durante a semana toda, alguns pais que acabam tendo que deixar os seus filhos aos cuidados de terceiros de forma que uma visão de um profissional de pedagogia poderia fazer toda diferença na vida de uma criança, através de um acompanhamento assim que a criança iniciasse a vida escolar. Rotta (2016), destaca a importância da avaliação infantil, além dos testes psicológicos, onde se destacam a necessidade de um acompanhamento familiar e escolar no dia a dia da criança, mostrando a importância do acompanhamento de psicólogos, pedagogos, psicopedagogos e professores, além de toda uma equipe multidisciplinar, para acompanhar o desenvolvimento da criança, logo no início da idade escolar, com acompanhamento até a adolescência, caso necessário. Para Moraes (2010), a função inicial da psicopedagogia é ter uma atenção voltada ao estudo do processo de aprendizagem, diagnóstico e tratamento de suas barreiras. Analisando a situação do aluno para poder oferecer o diagnosticar os

A projeção é um termo freudiano, advindo da psicanálise que tem a ver com o inconsciente. Para Hogan (2006), teste projetivo é um tipo de teste livre no qual o testando irá ter um estímulo seja uma imagem, uma frase, algo que faça com que o testando crie uma resposta consciente ou inconsciente para o estimulo dado. As técnicas projetivas podem ser empregadas nas clinicas, em aconselhamento, em escolas e também usadas em pesquisas. Jorge Visca (2011) afirma a importância do inconsciente e diferencia os aspectos do inconsciente, o pré-consciente e o consciente. O consciente corresponde a tudo aquilo do que estamos conscientes no momento, no agora. Nele está tudo aquilo que podemos perceber e acessar de forma intencional. O pré-consciente são conteúdos que podem facilmente chegar ao consciente, mas que lá não permanecem. São as informações sobre as quais não pensamos constantemente, mas que são necessárias para que o consciente realize suas funções, como o nosso endereço, o segundo nome, nome dos amigos, etc. Inconsciente é onde permanecem as memórias que acreditamos estarem perdidas para sempre, todos os nomes esquecidos, os sentimentos e medos que conseguimos, de alguma forma, ignorar… todas as lembranças que temos desde a infância. Então as crianças vão revelar para o psicopedagogo como são seus vínculos na escola, na família e consigo mesmo e é aí que o psicopedagogo entra para analisar o vínculo relacionado à aprendizagem. Mas a aprendizagem não se destina apenas no campo da educação, como campo escolar, se aprende em todos os ângulos. De acordo com o autor Jorge Visca (2011), o objetivo das técnicas projetivas psicopedagógicas é o estudo das redes de vínculos que um sujeito estabelece em três grandes domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo. Em cada um desses domínios - com diferenças individuais - é possível reconhecer três níveis em relação ao grau de consciência dos distintos aspectos que constituem um vínculo: neste caso o vínculo de aprendizagem. Um nível inconsciente, no qual um conjunto de conteúdos não é reconhecido e, apesar de sua tentativa de emergir no campo pré-consciente ou consciente, permanece ignorado. Um nível pré-consciente, cujos conteúdos e mecanismos, sem ser estritamente inconscientes, fogem do campo da consciência,

mas podem ter acesso ao mesmo. e um nível consciente, no qual os conteúdos e mecanismo, as percepções internas e externas são conhecidas e representadas em pensamentos, palavra, desenhos, entre outros. Ainda de acordo com o autor existem três principais domínios que são o escolar, o familiar e o consigo mesmo. E pra esses ambientes existem testes específicos e consignas especificas. Consignas são os comandos dados às crianças, são perguntas direcionadas. No ambiente escolar tem-se o “par educativo”, “eu com meus colegas”, “a planta da sala de aula”, sendo que cada um desses testes estão relacionados com a faixa etária específica. O “par educativo” são para crianças entre 06 e 07 anos, a “planta da sala de aula” é direcionada a crianças dos 07 aos 08 anos e o “eu com meus colegas” dos 08 aos 09 anos. Para o ambiente familiar o autor traz “a planta da minha casa”, “família educativa” e “as quatro partes de um dia”. A “planta da minha casa” é direcionada a crianças entre 08 e 09 anos que já tem uma consciência e compreensão de uma noção espacial e uma localização geográfica, e consegue simbolizar mais as coisas. A “família educativa” e “os quatro momentos de um dia” são para criança entre 06 e 07 anos.

FAMÍLIA EDUCATIVA

Solicita-se ao entrevistado que desenhe sua família, cada fazendo o que sabe fazer. Indicadores mais significativos: Indicar nomes e idades. Perguntas regulares e complementares. Atividades de cada personagem. Objetos utilizados. Idade e sexo. Relação de parentesco. Relato do processo.

OS QUATRO MOMENTOS DE UM DIA

O entrevistado dobra uma folha em quatro partes iguais, solicita que o entrevistado faça o mesmo com outra. Solicita que desenhe quatro momentos do seu dia, desde que acorda até a hora de dormir. Os indicadores mais significativos:

maturidade e a conduta molar e molecular, o autor apresentou em plano progressivo de aprendizagem, onde se avalia o sujeito como o todo.

De acordo com os elementos apresentados, é possível apontarclaramente a importância de uma avaliação psicopedagógica, principalmente no tange o âmbito escolar e as classes menos favorecidas que não possuem acesso. Essa discussão torna-se importante uma vez que muitos pais deixam que seus filhos cresçam e se torne um adulto que não obteve acesso à educação de maneira correta. Pois, quando criança este aluno sem foi tratado como o aluno “problema”, sofrendo bullying, sendo visto como o aluno “preguiçoso” e “burro” por colegas de sala e até mesmo por professores. Sendo que o que faltou para esta criança em idade escolar foi apenas um acompanhamento psicopedagógico adequado, seguido de uma avaliação psicopedagógica, uma intervenção e tratamento acertado. E neste caso nem podemos culpar os professores, pois, estes atuam em ambiente escolar dentro de sua realidade, pois, o professor até encaminha o aluno ao pedagogo e nem sempre a família consegue levar para realizar um diagnóstico. Uma possibilidade para ultrapassar esse problema está no acesso a todas as escolas a psicopedagogos, onde estes possam atender a todos os alunos, pois, a realidade atual da escola pública é um pedagogo para dezenas de alunos, onde este profissional ainda que possua muita força de vontade não possuem capacidade de chegar a todos os estudantes. Sem contar que o pedagogo pode enviar este aluno para uma avaliação, mas nem sempre poderá garantir a realização desta. O estudo teve como objetivo analisar a importância da avaliação psicopedagógica na educação infantil. Para tanto, buscou-se examinar as percepções pedagógicas que embasam e influenciam a avaliação na Educação Infantil, apontar quais são os instrumentos avaliativos presentes na educação infantil. É possível afirmar em resposta aos questionamentos iniciais, que avaliação psicopedagogia pode contribuir de modo significativo para o diagnóstico precoce dos transtornos de aprendizagem, evitando assim problemas futuros na vida da criança. Nesse sentido, vale ressaltar que são muitos os desafios encontrados pelo psicopedagogo, principalmente no espaço escolar, visto que a inserção desse profissional nas escolas ainda é demasiadamente pequena. No entanto, existe um

interesse mútuo, tanto das escolas em contar com o psicopedagogo em seu quadro funcional, em compartilhar esses espaços, quanto do profissional de psicopedagogia. Dessa maneira, os resultados comprovam a premissa de que há muito para se evoluir para que o sistema educacional tenha conhecimento da importância da avaliação psicopedagógica.

REFERÊNCIAS

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BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed, 2007.

BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed, 1994

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DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 2. ed.– Porto Alegre : Artmed, 2008.

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GIL, A C. Como elaborar um projeto de pesquisa. [recurso eletrônico] 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. [recurso eletrônico] - 8. Ed. - Rio de Janeiro: Record, 2004