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“A igreja começou com o derramamento do Espírito, avançou sob a guia do Espírito e não ter, Resumos de Teologia

“A igreja começou com o derramamento do Espírito, avançou sob a guia do Espírito e não terminará sua missão a não ser pelo poder do Espírito.” Wilson Paroschi

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2023

avelarsousa
avelarsousa 🇧🇷

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SET-OUT • 2016 | 17
Talentos em ação
Como implementar ministérios de acordo com os dons na igreja local
CAPA
Orlando Jerônimo de Oliveira
Pastor em São Ro que, SP
Gentileza d o autor
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sugerir alternativas para que os departa-
mentos considerem a inter-relação entre
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tivos ministérios, a fim de promover a mis-
são da igreja.
Do departamento
ao ministério
Na Bíblia, a maioria das passagens que
destacam os dons espirituais (Rm 12:4-8;
1Co 12:2-11, 27-31; Ef 4:7-16; 1Pe 4:8-11) com-
para a igreja ao “corp o humano”, no qual
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SET-OUT • 2016 | (^) 1 7

Talentos em ação

Como implementar ministérios de acordo com os dons na igreja local

CAPA^ Orlando Jerônimo de Oliveira

Pastor em São Roque, SP Gentileza do autor

N

o livro Message, Mission and Unity of the Church, Denis Fortin explica que o Novo Testamento demons- tra com facilidade que o Espírito Santo é o responsável pelos vários ministérios da igreja. Ele ainda acrescenta que “a obra e atividade do Espírito Santo não po- dem ser circunscritas a um método radi- cal para as atividades existentes”.^1 Com isso em mente, quando falamos acerca da transformação de uma congregação numa comunidade que implemente seus respec- tivos ministérios, talvez venha à mente a ideia de que precisamos nos desfazer dos departamentos existentes, criando, as- sim, uma nova estrutura de funciona- mento. Contudo, esse não é o propósito deste artigo. É importante nos lembrarmos de que os departamentos constituem uma es- trutura que beneficia o funcionamento congregacional em muitos aspectos. Eles foram organizados ao longo dos anos vi- sando suprir as mais diversas necessida- des da igreja. Por isso, minha intenção é sugerir alternativas para que os departa- mentos considerem a inter-relação entre os dons de seus membros e seus respec- tivos ministérios, a fim de promover a mis- são da igreja.

Do departamento

ao ministério

Na Bíblia, a maioria das passagens que destacam os dons espirituais (Rm 12:4-8; 1Co 12:2-11, 27-31; Ef 4:7-16; 1Pe 4:8-11) com- para a igreja ao “corpo humano”, no qual todos os membros possuem uma função específica. A intenção é mostrar o funciona- mento orgânico regido por diferentes dons e ministérios. De acordo com Efésios 4, quando todos os membros do corpo traba- lham corretamente, ele é edificado segun- do a unidade e estatura de Cristo (Ef 4:13). Diante disso, precisamos compreender claramente que, enquanto os membros da igreja não descobrirem seu propósito pessoal no reino de Deus, sua vida como cristãos não terá sentido algum. Eles apre- sentarão rápidos sinais de desânimo e es- tarão cada vez mais próximos da apostasia. Assim, um membro só poderá descobrir sua função a partir do momento em que identificar claramente seu dom e, por con- seguinte, o ministério específico em que deve servir. De fato, a maioria dos cris- tãos não está preocupada com a aplica- ção de seus dons na missão apenas porque não foi educada para isso. Portanto, deve- mos aproveitar urgentemente essa gran- de quantidade de talentos desperdiçados. Nesse contexto, os líderes de depar- tamento exercem um papel fundamental para que os membros coloquem em prática seus respectivos dons e, com efeito, seus ministérios. A fim de alcançar esse objeti- vo, é necessária uma mudança na manei- ra de conduzir o departamento. Para que haja a transição do conceito de departa- mento, num sentido restrito e meramen- te administrativo, para ministério, o diretor precisará: 1) ter consciência de que sua elei- ção à liderança tem por objetivo auxiliar os crentes de sua igreja na descoberta de seus dons específicos, a fim de aplicá-los em seu ministério e; 2) reconhecer que sua responsabilidade é planejar ativida- des, levando em conta os dons individuais de cada membro, em vez de preparar pro- gramas à igreja. Em última análise, sua in- cumbência é discipular seus companheiros para que desenvolvam suas competências. Por exemplo, o Ministério da Mulher não se constitui um ministério apenas por receber esse título. Se a diretoria contri- buiu para ajudar as mulheres a exerce- rem seus próprios ministérios, pode sim, ser considerado um ministério. Entretan- to, se após um tempo de trabalho, as mu- lheres da igreja apenas acompanharam as Prawny / Fotolia

1 8 |^ SET-OUT • 2016 atividades desenvolvidas pela diretoria, se seus dons não foram descobertos, nem de- senvolvidos nem aplicados em ministérios; se elas continuaram ociosas, então, não pode ser genuinamente considerado um ministério, e sim um departamento. Para ser um ministério legítimo, as mulheres da igreja devem ser treinadas para descobrir em quais tarefas específicas elas poderiam atuar de acordo com seus dons e as neces- sidades locais. Contudo, a partir do mesmo exemplo acima, poderíamos indagar: quais seriam os ministérios específicos atribuídos às mulheres? De fato, essa pergunta só poderá ser respondida à luz das ne- cessidades e aptidões de cada uma dentro de seu contexto como igre- ja. De maneira mais genérica, pode- ríamos inseri-las em atividades que previnem a gravidez na adolescên- cia, em estudos bíblicos, trabalhos individuais com pessoas depressi- vas, visitação de doentes, educação culinária, alfabetização de adultos, atendimentos psicopedagógicos, en- tre outras ações. A simples existên- cia de um Ministério da Mulher, com todas as suas funções administrati- vas preenchidas, não representa um acréscimo real à missão. Isso pode ser dito em relação a todos os outros de- partamentos da igreja local. À luz de 1 Coríntios 12:4-6, cada departamen- to deve envolver os membros em ati- vidades regidas por seus ministérios específicos, a partir do conhecimen- to de seus dons pessoais. Os líderes dos departamentos po- derão produzir um impacto na missão somente se assumirem sua função como pastores-mestres, o que inclui pastoreio e ensino. Que tipo de ensi- no? Acerca dos dons espirituais e dos ministérios. Deve haver uma união de forças entre todos os líderes para que os membros estejam envolvidos na missão. Essa realidade ocorrerá ape- nas quando as habilidades individuais forem identificadas e aplicadas nos respec- tivos ministérios. Nesse sentido, qualquer atividade pro- movida pela igreja que envolva os mem- bros na missão, por generalizada ou coletiva que seja, assume uma caracte- rística individual. Isso ocorre justamen- te porque o membro possui uma função exclusiva no reino de Deus, embora seja orientado coletivamente. Assim, além dos trabalhos missionários convencionais como distribuir folhetos, visitar ou dar es- tudos bíblicos, existem muitas outras ati- vidades que podem ser realizadas a partir de competências pessoais que, muitas ve- zes, não costumam ser encaradas como ferramentas para a missão. Por exemplo, se um determinado grupo de pessoas qui- ser evangelizar crianças de uma comuni- dade, ele poderá fazer uso de trabalhos com encenação de bonecos e, a partir daí, após conquistar a simpatia delas, apresen- tar algum conteúdo bíblico. Desse modo, ambas as atividades estarão envolvidas na missão. Enquanto a igreja estiver estritamente interessada em concentrar seus esforços e atenção nos métodos de evangelização Departamento (tradicional) Departamento (ministérios) Os líderes desenvolvem as atividades sem levar em conta os dons. Os líderes veem nos dons a base para o desenvolvimento de todas as suas atividades. O foco principal está nas atividades. O foco principal está nas pessoas. O diretor faz e os membros observam. Os membros atuam e o diretor, sua equipe e o ancião conselheiro coordenam o que os membros fazem. O importante é que o diretor, sua equipe e o ancião conselheiro exerçam seus próprios dons e ministérios. O importante é que os membros exerçam os dons e ministérios deles. A meta reside no trabalho da diretoria. A meta reside no trabalho dos membros em geral. Não há preocupação em tirar as pessoas da inatividade. A preocupação é o envolvimento de todos na missão. Não há interesse na descoberta dos dons e ministérios individuais dos membros. Há um profundo interesse em descobrir os dons e em desenvolver os ministérios dos membros da igreja. O membro da igreja não sabe sua função no plano divino para a igreja local. O membro da igreja sabe qual é sua função na estrutura missionária da igreja local. O diretor trabalha de forma independente ou departamentalizada em relação aos demais cargos. O diretor trabalha interligado aos demais líderes, pois todos estão buscando o desenvolvimento dos dons dos membros para a ministração de necessidades específicas na missão. O diretor não visa ao desenvolvimento individual dos membros. O diretor busca identificar na igreja todos os membros que têm dons e ministérios que se afinam com o departamento que ele dirige. Cada diretor pensa só em si e no que gostaria de realizar. Os diretores se tornam apoiadores dos ministérios dos membros. Grande índice de apostasia. Diminuição da apostasia. As atividades são planejadas baseadas no pensamento dos líderes. As atividades são planejadas com o objetivo de suprir necessidades locais.