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A extensão do cânon do Antigo Testamento, Trabalhos de Teologia

A extensão do cânon do Antigo Testamento, como a Bíblia chegou até nós.

Tipologia: Trabalhos

2016

Compartilhado em 26/04/2023

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adonai-barbosa 🇧🇷

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA CAXIENSE
Adonai da Silva Barbosa
A extensão do cânon do Antigo Testamento
Duque de Caxias
2013
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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA CAXIENSE

Adonai da Silva Barbosa

A extensão do cânon do Antigo Testamento

Duque de Caxias

A extensão do cânon do Antigo Testamento O cânon do Antigo Testamento até a época de Neemias compreendia 22 (ou 24) livros em hebraico, que, nas Bíblias dos cristãos, seriam 39, como já verificara por volta do século IV a.C. As objeções de menor monta a partir dessa época não mudaram o conteúdo do cânon. Foram nos livros chamados apócrifos, escritos depois dessa época, que obtiveram grande circulação entre os cristãos, por causa da influência da tradução grega de Alexandria. Visto que alguns dos primeiros pais da igreja, de modo especial no Ocidente, mencionaram esses livros em seus escritos, a igreja (em grande parte por influência de Agostinho) deu-lhes uso mais amplo e eclesiástico. No entanto, até a época da Reforma esses livros não eram considerados canônicos. A canonização que receberam no Concilio de Trento não recebeu o apoio da história. A discussão deu ensejo a que surgisse uma terminologia técnica. Os livros bíblicos aceitos por todos eram chamados "homologoumena" (lit, falar como um). Os livros bíblicos que em certa ocasião tivessem sido questionados por alguns foram classificados como "antilegomena" (falar contra). Os livros não-bíblicos rejeitados por todos foram intitulados "pseudepígrafos" (falsos escritos). Uma quarta categoria compreendia livros não-bíblicos aceitos por alguns, mas rejeitados por outros, dentre os quais os livros questionáveis, chamados "apócrifos" (escondidos ou duvidosos). Nosso tratamento girará em torno dessa classificação em quatro tipos. Os livros aceitos por todos — homologoumena A canonicidade de alguns livros jamais foi desafiada por nenhum dos grandes rabis da comunidade judaica. Desde que alguns livros foram aceitos pelo povo de Deus como documentos produzidos pela mão dos profetas de Deus, continuaram a ser reconhecidos como detentores de Inspiração e de autoridade divina pelas gerações posteriores. Trinta e quatro dos 39 livros do Antigo Testamento podem ser classificados como "homologoumena". Os cinco excluíveis seriam Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios. Os livros rejeitados por todos — pseudepígrafos Grande número de documentos religiosos espúrios que circulavam entre a antiga comunidade judaica são conhecidos como "pseudepígrafos". Nem tudo nesses escritos "pseudepigráficos" é falso. Com frequência a origem desses escritos estava na especulação espiritual, a respeito de algo que não ficou bem explicado nas Escrituras canônicas. Os pseudepígrafos do Antigo Testamento contêm os extremos da fantasia religiosa judaica expressos entre 200 a.C. e 200 d C Alguns desses livros são inofensivos teologicamente (e.g., Sl 151), mas outros contêm erros históricos e claras heresias. A coleção modelar de "pseudepígrafos" contém dezessete livros. Acrescente-se o salmo 151, que se encontra na versão do Antigo Testamento feita pelos Setenta. A lista principal é a seguinte: Lendários 1. O livro do Jubileu 2. Epístola de Aristéias 3. O livro de Adão e Eva 4.

  1. Eclesiástico (Siraque) (132 a.C.)
  2. Tobias (c. 200 a.C.)
  3. Judite (c. 150 a.C.)
  4. 1Esdras (c. 150-100 a.C.)
  5. 1Macabeus (c. 110 a.C.)
  6. 2Macabeus (c. 110-70 a.C.)
  7. Baruque (c. 150-50 a.C.)
  8. Epístola de Jeremias (c. 300-100 a.C.)
  9. 2Esdras (c. 100 a.C.)
  10. Adições a Ester (140-110 a.C.)
  11. Oração de Azarias (séculos I ou II a.C.)
  12. Susana (século I ou II a.C.)
  13. Bel e o Dragão (c. 100 a.C.)
  14. Oração de Manassés (século I ou II a.C.) Que os livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, comprova-se pelos seguintes fatos:
  15. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.
  16. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo Testamento.
  17. A maior parte dos primeiros grandes pais da igreja rejeitou sua Canonicidade.
  18. Nenhum concilio da igreja os considerou canônicos senão no final do século IV.
  19. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os livros apócrifos.
  20. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.
  21. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a premente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras. À vista desses fatos importantíssimos, torna-se absolutamente necessário que os cristãos de hoje jamais usem os livros apócrifos como se foram Palavra de Deus, nem os citem em apoio autorizado a qualquer doutrina cristã.

Com efeito, quando examinados segundo os critérios elevados de canonicidade , verificamos que aos livros apócrifos falta o seguinte: 1.Os apócrifos não reivindicam ser proféticos. 2.Não detêm a autoridade de Deus. 3.Contêm erros históricos (v. Tobias 1.3-5 e 14.11) e graves heresias teológicas, como a oração pelos mortos (2Macabeus 12.45[46]; 4).

  1. Embora seu conteúdo tenha algum valor para a edificação nos momentos devocionais, na maior parte se trata de texto repetitivo; são textos que já se encontram nos livros canônicos.
  2. Há evidente ausência de profecia, o que não ocorre nos livros canônicos. Os apócrifos nada acrescentam ao nosso conhecimento das verdades messiânicas.
  3. O povo de Deus, a quem os apócrifos teriam sido originariamente apresentados, recusou-os terminantemente. A comunidade judaica nunca mudou de opinião a respeito dos livros apócrifos. Alguns cristãos têm sido menos rígidos e categóricos; mas, seja qual for o valor que se lhes atribui, fica evidente que a igreja como um todo nunca aceitou os livros apócrifos como Escrituras Sagradas. Bibliografia: Norman L. Geisler e William E. Nix. Introdução Bíblica: Como a Bíbila chegou até nós. Vida. São Paulo. 1997