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Nascimento e encarnação
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
protestantes consistentes podem tê-lo de alguma forma como sagrado. No entanto, eu desejaria que houvesse dez ou doze dias de Natal por ano – porque há suficiente trabalho no mundo e um pouco mais de descanso não faria mal ao povo trabalhador.
O dia de Natal é realmente uma benção para nós, particularmente, porque nos congrega ao redor da lareira de nossas casas e nos reunimos uma vez mais com nossos amigos. No entanto, ainda que não sigamos os passos das outras pessoas, não vejo dano algum em pensarmos na encarnação e no nascimento do Senhor Jesus. Não queremos ser classificados entre aqueles que:
“Colocam mais cuidado em guardar o dia de festa De maneira incorreta Que o cuidado que outros têm Para guardá-lo de maneira correta”
Os antigos puritanos faziam ostentação do trabalho no dia de Natal, só para mostrar que protestavam contra a observação desse dia. Mas nós cremos que protestavam tão radicalmente, que desejamos, como seus descendentes, aproveitar o bem acidental conferido há essa data, e deixar que os supersticiosos sigam com suas superstições.
Vou de imediato ao ponto que tenho que comentar.
Vemos, em primeiro lugar, quem foi Aquele que enviou Cristo. Deus o Pai fala aqui, e diz: “de ti me sairá o que governará em Israel.” Em segundo lugar, de onde veio no momento de Sua encarnação? Em terceiro lugar, para que veio? “Para governar em Israel”. Em quarto lugar, Jesus já tinha vindo antes? Sim, já: “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
I. Então, em primeiro lugar, QUEM ENVIOU CRISTO? A resposta nos é dada pelas próprias palavras do texto: “De ti” , diz o Senhor, falando pela boca de Miquéias, “de ti me sairá.” É um doce pensamento que Jesus Cristo não veio sem a permissão, autoridade, consentimento e ajuda de seu Pai. Foi enviado pelo Pai para ser o Salvador dos homens. Ai! Estamos inclinados a esquecer que, se é certo que existe distinções quanto às Pessoas da Trindade, não existe distinção no tocante a honra – e frequentemente atribuímos a honra de nossa salvação, ou pelo menos as profundezas de Sua misericórdia e o extremo de Sua benevolência, muito mais a Jesus Cristo do que ao Deus Pai. Esse é um grande erro. Jesus veio? Por acaso o Pai não foi quem o enviou? E, se foi convertido em um bebê, acaso não foi o Espírito Santo que o gerou? Se falou maravilhosamente, não teria sido o Pai que derramou graça em Seus lábios, para que fosse um ministro capacitado do novo pacto?
Se seu Pai o abandonou quando tomou a amarga
de seus vestidos. Como os anjos se reúnem em volta, para ver o Filho de Deus tirar suas vestes! Colocou de um lado Sua coroa - disse “Pai, eu sou Senhor de tudo, bendito para sempre – porém, vou deixar minha coroa de lado, e serei como os homens mortais.” Então, despoja-se de sua brilhante veste de glória – “Pai,” diz, “colocarei uma roupa de barro, da mesma que os homens usam.” Logo, se despe de todas Suas joias com as quais era glorificado – coloca de lado Seus mantos bordados de estrelas e suas túnicas de luz, para se vestir com a simples roupa do campesino da Galileia. Quão solene deve ter sido esse despojar!
Em seguida, podem imaginar a separação? Os anjos servem ao Salvador ao largo das ruas, até que se aproximam das portas, quando um anjo exclama: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e sairá o Rei da Glória.” Ó! Sou do parecer que os anjos devem ter chorado quando perderam a companhia de Jesus – quando o Sol do Céu lhes arrebatou toda Sua luz. Porém, o seguiram. Desceram com Ele – e quando Seu espírito entrou na carne, e se converteu em bebê, foi servido por esse poderoso exército angelical – esses que depois de terem estado com Ele no casebre de Belém, e depois de vê-lo descansar no peito de Sua mãe, em seu caminho de volta ao alto, apareceram para os pastores e disseram para eles que tinha nascido o Rei dos judeus. O Pai o enviou! Contemplem esse tema. Suas almas devem se
agarrar nesse ponto, e em cada período de Sua vida pensem que Ele sofreu o que o Pai assim quis – que cada passo de Sua vida foi marcado com a aprovação do grandioso EU SOU. Cada pensamento que tenham sobre Jesus deve estar conectado com o Deus eterno, sempre bendito; pois “Ele,” disse o Senhor, “ME sairá.” Então, quem o enviou? A reposta: o Pai.
II. Agora, em segundo lugar, DE ONDE VEIO? Uma palavra ou duas relativas à Belém. Foi considerado bom e adequado que nosso Salvador nascesse em Belém, e isso devido à história dessa cidade, ao nome de Belém, e a posição de Belém: pequena em Judá.
1) Em primeiro lugar, considerou-se que Cristo nascesse em Belém, devido à história de Belém. A pequena aldeia de Belém era muito querida para todo israelita. Jerusalém podia brilhar mais que ela em esplendor, pois ali estava o Templo, a glória de toda a terra, e “formosa província, o gozo de toda terra, é o Monte Sião” – no entanto, em torno de Belém aconteceu um número de incidentes que a converteram para sempre em um lugar agradável de descanso para mente de cada judeu. Até mesmo o cristão não pode deixar de amar Belém.
Creio que a primeira menção que temos de Belém é triste. Ali morreu Raquel. Se buscarem no capítulo 35 de Gênesis, encontrarão que o versículo 16 diz:
uma filha da amargura. Noemi foi uma mulher que o Senhor tinha amado e abençoado, mas ela teve que marchar para uma terra estranha; e ela disse: “Não me chameis Noemi; chamai-me Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso” ( Rute 1:20) No entanto, ela não estava sozinha em meio de todas as suas perdas, pois Rute, a moabita. agarrou-se a ela, Rute que, cujo sangue gentil devia se unir com a torrente pura e sem mancha do judeu, que devia gerar ao Senhor nosso Salvador, o grandioso Rei tanto dos judeus como dos gentios.
O belíssimo livro de Rute tem todo seu cenário em Belém. Foi em Belém que Rute saiu a recolher espigas nos campos de Boaz; foi ali que Boaz a olhou, e lá que ela se prostrou em terra diante de seu senhor; foi ali que foi celebrado seu matrimônio, e nas ruas de Belém, Boaz e Rute receberam uma bênção que os fez frutíferos, de tal forma que Boaz converteu-se no pai de Obede, e Obede pai de Jessé, e Jessé gerou a Davi. Esse último feito adorna Belém com glória: o fato de Davi ter nascido ali – o poderoso herói que matou o gigante filisteu, que livrou os descontentes de sua terra da tirania de seu monarca, e que depois, com pleno consentimento de um povo que assim o queria, foi coroado rei de Israel e de Judá.
Belém era uma cidade real, porque reis foram gerados ali. Ainda que Belém fosse pequena, tinha
muito para ser estimada – porque era como certos principados que temos na Europa, que não são celebrados por nada além do fato de terem gerado consortes das famílias reais da Inglaterra. Era um direito, então, pela história, que Belém devia ser o lugar do nascimento de Cristo.
2) Mais adiante, existe algo no nome do lugar. “Belém Efrata.” A palavra “Belém” tem um duplo significado: quer dizer “casa de pão,” e “casa da guerra.” Cristo não devia nascer na “casa do pão?” Ele é o pão de seu povo, de quem recebe seu alimento. Como nossos pais comeram o maná no deserto, assim nós vivemos de Cristo aqui embaixo. Famintos frente ao mundo, não podemos nos alimentar de suas sombras, pois eles são porcos; já nós precisamos de algo mais substancial, e nesse pão do céu, feito do corpo ferido de nosso Senhor Jesus, e cozido no forno de Suas agonias, encontramos um bendito alimento. Não existe alimento como Jesus para a alma desesperada ou o mais forte dos santos. O mais humilde da família de Deus, vá a Belém por seu pão – e o homem mais forte, que come sólidos alimentos, vá a Belém por eles.
Casa do Pão! De onde poderia vir nosso alimento fora de Ti? Temos provado o Sinai, porém, em seus afiados picos não crescem frutos, e seus espinhos as alturas não produzem o trigo que possa nos alimentar. Fomos ao próprio Tabor, onde Cristo foi
“Paz na terra, e indulgente misericórdia; Deus e os pecadores reconciliados.”
Agora, vamos nos referir a essa palavra: “ Efrata”. Esse era o antigo nome do lugar, que os judeus conservavam e amavam. Seu significado é “Fecundidade” ou “ abundância” Ah! Que adequado foi que Jesus nasceu na casa da fecundidade – pois, de onde vem minha fertilidade e sua fertilidade, meu irmão, senão de Belém? Nossos pobres corações infrutíferos nunca produziram nenhum fruto, nenhuma flor, até que foram regados com o sangue do Salvador.
É a sua encarnação que enriquece o solo de nossos corações. Por toda terra havia espinhos salientes, e venenos mortais, antes que Ele viesse – porém nossa fertilidade vem Dele. “Sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto.” (Oséias 14:8) “todas as minhas fontes estão em ti.” (Salmo 87:7) Se nós somos como árvores plantadas junto à correntes das águas, dando fruto na estação própria, não é porque tenhamos sido naturalmente frutíferos, mas antes, por causa das correntes de águas juntos as quais fomos plantados.
Jesus é quem nos faz fecundos. “Quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto” (João 15:5) Gloriosa Belém- Efrata! Bem nomeada! Fértil casa de pão – a casa de abundante provisão para o povo de Deus!
3) Continuando, notemos a posição de Belém. É dito que é “pequena para estar entre as famílias de Judá.” Por que é dito isso? Porque Jesus Cristo sempre anda em meio dos pequenos. Ele nasceu na pequena aldeia “para estar entre as famílias de Judá.” Não na alta colina de Basã, nem no monte real de Hebron, nem nos palácios de Jerusalém, mas sim na humilde, porém ilustre, aldeia de Belém.
Há uma passagem em Zacarias que nos ensina uma lição: diz que um varão que cavalgava sobre um cavalo vermelho, estava entre as murtas que estavam na baixada. (Zacarias 1:8-10) Agora, as murtas crescem nas baixadas – e o homem cavalga seu cavalo que sempre trota ali. Ele não vai por cima da montanha – Ele cavalga entre os humildes de coração. “Olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra.” (Isaías 66:2)
Há alguns pequenos entre nós hoje: “pequena para se achar entre os milhares de Judá.” Ninguém jamais escutou o nome de vocês, não é verdade? Se os enterrassem e escrevessem seus nomes em suas tumbas, passariam despercebidos. Os que passassem ali diriam: “esse não significa nada para mim: nunca o conheci.”
Você mesmo não sabe muito de si próprio, nem possui uma grande opinião sobre si mesmo – talvez a duras penas possa ler. Ou, se têm algumas
sejam recenseados em Nazaré. Não – agradou a Ele que todos deveriam ir para Sua cidade. Mas, por que Augusto pensou nisso precisamente nesse momento em especial? Simplesmente porque enquanto o homem pensa seu caminho, o coração do rei está nas mãos do SENHOR. (Provérbios 21:1)
Mil variáveis se relacionaram entre si, como diz o mundo, para produzir esse evento! Antes de tudo, César tem uma disputa com Herodes – um certo alguém da família de Herodes foi deposto. César então diz: “Vou impor impostos à Judeia, e vou convertê-la em uma província, em vez de mantê-la um reino separado.” Pois bem, assim tinha que ser feito. Mas, quando isso deve ser feito? Essa lei impositiva, se diz, começou quando Cirino era governador da Síria. Porém, por que deve ser levada a efeito justo nesse exato momento, suponhamos, que em Dezembro? Por que não foi feito no mês de Outubro? E, por que o povo não poderia ser recenseado no local onde morava? Não era seu dinheiro tão bom ali onde vivia como em qualquer outro lugar? Era um capricho de César - porém, era o decreto de Deus.
Ó, nós amamos a sublime doutrina da absoluta predestinação eterna. Alguns têm duvidado que seja consistente com o livre-arbítrio do homem. Bem sabemos que é assim e nunca vimos nenhuma dificuldade no assunto – cremos que os filósofos
metafísicos são os que têm criado as dificuldades – nós não enxergamos nenhum problema. Corresponde-nos crer que o homem faz o que lhe bem parece, mas, no entanto, “para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. ” (Romanos 9:17) O homem faz o que quer – mas Deus também faz com que o homem faça o que Ele quer. E mais, não só a vontade do homem está debaixo da absoluta predestinação do SENHOR, antes, todas as coisas, grandes ou pequenas, são Dele. Bem disse o bom poeta: “sem dúvida, o navegar de uma nuvem tem a Providência como seu piloto; sem dúvida a raiz de um carvalho é encaroçada devido a um especial propósito, Deus rodeia todas as coisas, cobrindo o globo terrestre como o ar.” Não existe nada grande ou pequeno, que não seja Dele.
O pó do verão move-se em sua rota, guiado pela mesma mão que dispersa as estrelas pela extensão do céu – as gotas de orvalho têm seu Pai, e cobrem a pétala da rosa conforme Deus o ordena; sim, as folhas secas do bosque, quando são esparramadas pela tormenta, têm uma posição assinalada de onde devem cair, e não a podem modificar. No grande e no pequeno, Deus está ali: Deus em tudo, fazendo todas as coisas de acordo com o conselho de Sua própria vontade; e ainda que o homem busque ir contra seu Criador, ele não pode tal coisa.
Deus tem colocado um limite ao mar com uma
do sol, era rei – desde o instante que Suas pequeninas mãos tomaram alguma coisa, tomaram um cetro; logo que seu pulso pulsou e Seu sangue começou a fluir, seu coração bradou com batidas reais, e seu pulso pulsou com uma medida imperial, e seu sangue fluiu em uma corrente de realeza. Ele nasceu rei. Veio para “governar em Israel.” “Ah!” dirá alguém, “então veio em vão, pois exerceu muito pouco seu governo, pois ‘Veio para o que era seu, e os seus não o receberam,’(João 1:11) veio a Israel mas não foi seu Rei, antes foi mais bem ‘desprezado, e o mais rejeitado entre os homens’ ( Isaías 53:3) rejeitado por todos eles, e abandonado por Israel, por quem veio.”
Ora, mas “ nem todos os que são de Israel são israelitas;” (Romanos 9:6), nem tampouco porque sejam da semente de Abraão são todos também chamados. Ah, não! Ele não é Senhor de Israel segundo a carne, antes, é Senhor de Israel segundo o espírito. Muitos lhe obedeceram em seu caráter de Senhor. Por acaso os apóstolos não se inclinaram diante Ele, e não lhe reconheceram como rei? E agora, Israel não o saúda como seu Senhor? Acaso toda a semente de Abraão segundo o espírito, todos os crentes, pois ele é o “pai dos crentes,” não reconhecem que a Cristo pertencem os escudos dos poderosos, pois Ele é o Rei de toda a terra? Não governa em Israel? Ai sim, Ele verdadeiramente reina; e aqueles que não são governados por Cristo não são de Israel. Ele veio para ser Senhor de Israel.
Meu irmão, você já se submeteu ao governo de Jesus? É Senhor de seu coração, ou não? Podemos conhecer a Israel por isso: Cristo veio a seus corações, para ser Senhor deles. “Oh” dirá alguém, “faço o que me dá na telha, nunca estive debaixo da servidão de ninguém.” Ah! Então você odeia o senhorio de Cristo. “Oh”, dirá outro, “me submeto a meu ministro, a meu clérigo, a meu sacerdote, e penso que o que ele me diz é suficiente, pois ele é meu senhor.” É assim? Ah, pobre escravo, não conhece sua dignidade; pois ninguém é seu senhor legal senão o Senhor Jesus Cristo. “Ai,” diz outro, “professei Sua religião, e sou Seu seguidor.” Mas, Ele governa em seu coração? Tem Ele o comando de seu coração? Ele guia seu juízo? Você busca em Sua mão o conselho quando prova dificuldades? Está desejoso de honrá-Lo, e colocar coroas sobre Sua cabeça? Ele é seu Senhor? Se for assim, então você é um dos de Israel; pois está escrito: “governará em Israel.”
Bendito Senhor Jesus! Tu és Senhor nos corações dos que são Teu povo, e sempre o serás; não queremos outro senhor, salvo a Ti, e não nos submetemos a ninguém mais, além de Ti. Somos livres, posto que somos servos de Cristo; estamos em liberdade, já que Ele é nosso Senhor, e não conhecemos nenhuma servidão, nem alguma escravidão, porque somente Jesus Cristo é o monarca de nossos corações. Ele veio para ser “Senhor em Israel;” e atente bem, essa Sua missão não está, todavia, terminada, e não o estará