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MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ. ESCOLA BÍBLICA DISCIPULADORA. A DOUTRINA DE DEUS. Pr. Carlos Elias de Souza Santos. Módulo I – Doutrinas Bíblicas.
Tipologia: Exercícios
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Pr. Carlos Elias de Souza Santos Módulo I – Doutrinas Bíblicas. Curso de Verão
“Depois de dizer isso, Jesus olhou para o céu e orou: "Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique. Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer”. (João 17:1-4).
1. EMENTA: Refletir sobre a DOUTRINA DE DEUS acerca da pessoa e obras de DEUS, incluindo sua existência e conhecimento, seus nomes, ser e atributos de DEUS. Compreender acerca da doutrina da Trindade, o eterno propósito de Deus e as obras da criação do mundo invisível, do mundo visível e da providência divina sobre a criação. 2. OBJETIVO: Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de compreender, vivenciar e transmitir do ponto de vista teológico bíblico os conceitos nos quais se fundamentam os princípios doutrinários da igreja cristã, bem como relatar sua experiência na relação pessoal com o Criador. 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram”. (Romanos 1:18-21). II. A EXISTÊNCIA DE DEUS Aqueles que se dão ao estudo comparativo das religiões são unânimes em testemunhar que a crença na existência de Deus é de natureza praticamente universal. Essa crença acha-se arraigada até entre as nações e tribos menos civilizadas da terra. Contudo, isto não quer dizer que não exista aqui e ali indivíduos que negam completamente a existência de Deus, como nos revela a Escritura: um Ser supremo e pessoal, existente por si mesmo, consciente e de infinita perfeição, que faz todas as coisas de acordo com um plano pré- determinado. Outros creem na existência de Deus, porém não como a Bíblia ensina, o que se constitui noutra forma de negação de Sua existência. A forma de negação da existência de Deus é muito variada através da História. 2.1 - Formas de Negação da Existência de Deus “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”. (Salmos 53.1). Dentre as mais conhecidas formas de negação da existência de Deus, destacam-se as seguintes: O ATEÍSMO. Os ateus estão divididos em duas classes: a) o ateu prático; b) o ateu teórico. Os primeiros são sensivelmente gente sem Deus, que na vida prática não reconhecem a Deus, e vivem como se Deus não existisse (SI. 10.4). “Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus”. (Salmos 10:4) Os outros (teóricos) são geralmente de uma classe mais intelectual, e baseiam sua negação de Deus no desenvolvimento de um raciocínio. Tratam de provar por meios que eles consideram argumentos razoáveis e conclusivos, que não há Deus. O ateísmo visa suprimir a pessoa de Deus do coração e da mente do homem. O ateu, mente à sua razão, à sua própria consciência. Num delirante deboche sobre a fé, Richard Dawkins disse o seguinte: “Eu me divirto com a estratégia, quando me perguntam se sou ateu, de lembrar que o autor da pergunta também é ateu no que diz respeito a Zeus, Apolo, Amon Rá, Mithra, Baal, Thor, Wotan, o Bezerro de Outro e o Monstro de Espaguete Voador. Eu só fui um deus além”. É nesse nível de intelectualidade que o ateu teórico justifica o seu ateísmo e procura defender sua crença sobre a não existência de Deus.
O AGNOSTICISMO. A palavra ‘agnosticismo’ vem da grego e significa ‘não saber’. O defensor do agnosticismo crê que nem a criação, nem os conhecidos fatos testemunhando a existência de Deus podem fazê-lo conhecido. Todo adepto dessa teoria alega crer unicamente no que pode ver e apalpar. Assim, todas as demais coisas, incluindo a fé em Deus, são relativas, isto é, o homem não pode saber qualquer coisa sobre Deus, haja visto que as citadas provas de sua existência estão fora do domínio das coisas materiais. Para José Saramago, agnóstico convicto: “A Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”. O DEÍSMO. O Deísmo admite que Deus existe, contudo rejeita por completo a sua revelação à humanidade. Para o Deísmo, Deus não possui atributos morais nem intelectuais, sendo até duvidoso que ele tenha influído na criação do Universo. Noutras palavras, Deísmo é a religião natural baseada no raciocínio puramente humano. O MATERIALISMO. O materialismo declara que a única realidade é a matéria, e que o homem é um animal apenas, por isso não é responsável por suas atitudes e atos. Ele ensina que os diferentes comportamentos físicos e psíquicos humanos são simplesmente movimentos da matéria. Por conseguinte, o homem não tem do que, nem a quem prestar contas de seus atos. Como está patente, esta é uma outra forma ardilosa de negação da existência de Deus, pois se o homem, obra da criação divina, não é aquilo que a Bíblia diz ser, todos os perenes valores expressos nas Escrituras, inclusive a existência de Deus, são pura nulidade. Ex. Karl Marx. O PANTEÍSMO. O Panteísmo ensina que no universo, Deus é tudo e tudo é Deus. Deus não é só parte do universo, mas é o próprio universo. O Hinduísmo é adepto desse falso ensino. O erro filosófico e religioso do panteísmo é confundir o Criador com a criação. 2.2 - Provas Bíblicas da Existência de Deus “Acredito em Deus Pai Onipotente, Criador do Céu e da terra”. (Martinho Lutero). As Escrituras revelam o que Deus é, quantas pessoas há na Divindade. O que Deus é (O Ser de Deus – Hebreus 11.6; João 4. As pessoas na Divindade – 1 João 5.7; 2 Coríntios 13.14. Na primeira página da Bíblia encontramos a inequívoca declaração: “No princípio criou Deus o céu e a terra”. (Gên. 1.1). Ainda que a teologia tenha a existência de Deus como fato fundamental, e plenamente razoável e independente da fé, não se propõe a demostrá-la por meio de argumentos lógicos. A Bíblia não é nenhum diário de Deus, reunindo todas as indagações da mente humana sobre Ele. Há nela, sim, o suficiente à mente finita do homem limitado.
A revelação de Deus segundo a Bíblia é a base da nossa fé em sua existência. Por sua vez, nossa fé é edificada quando de coração aceitamos o conteúdo da Bíblia como inspirada por DEUS, a qual enfaticamente mostra que: Deus se revela através da sua doutrina (Jo. 7.17): “Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo”. (João 7.17) Deus se dá a conhecer àqueles que O buscam (Os. 6.3); “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”. (Oséias 6.3) Deus se manifestou ao mundo na pessoa de seu Filho Jesus Cristo (2Co. 5.19). “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação”. (2 Co 5.19).
2. 5 - Evidências racionais da existência de Deus. “Todos os homens têm algum conhecimento de Deus. Isto é, temos a convicção de que existe um Ser de quem somos dependentes e perante quem somos responsáveis”. (Charles Hodge). Qual é a fonte de tal convicção? Qual é a origem da idéia de Deus? Três possíveis respostas:
O Teísmo é a doutrina de um Deus extraterreno, pessoal, o criador, preservador e governador do mundo. O desígnio de todos os argumentos sobre este tema é mostrar que os fatos que nos cercam, e os fatos da consciência, carecem da hipótese da existência de tal Ser. Uma grande questão sobre esses argumentos apresentados é que cada um deles, parece provar apenas um elemento da vasta doutrina sobre Deus. O argumento cosmológico prova a existência de um ser necessário e eterno, enquanto o argumento teleológico prova que esse ser é inteligente, o argumento moral, que esse ser possui atributos morais; em sendo assim eles não tornam conhecido o único Deus vivo e verdadeiro revelado na Escritura Sagrada. Alguns desses argumentos vêm de Platão e Aristóteles, filósofos gregos que viveram mais de trezentos anos antes de Cristo. Outros argumentos foram formulados nos tempos modernos, pelos estudiosos da filosofia e da religião. Desses argumentos, vamos mencionar aqui os mais comuns. 2.5. 1 - O Argumento Ontológico “ Credo ut intelligam ”, ou "creio para entender”. (Anselmo da Cantuária). Este é um argumento metafísico a priori. O argumento ontológico tem sido apresentado sob diversas formas, por diferentes pensadores. Em sua mais refinada forma, foi apresentado por Anselmo, teólogo e filósofo agostiniano, de origem italiana. O lema de Anselmo é "a fé que procura entender" (fides quaerens intellectum). Se no "Monológio" Anselmo apresenta o seu conceito de Deus como pura essência, infinitude, eternidade, imutabilidade, perfeição e unidade (ao modo neoplatônico), no "Proslógio" ele buscará demonstrar a necessidade desse Deus, através do famoso argumento ontológico, que provocou inúmeras controvérsias e continua dividindo pensadores. Assim expõe Santo Anselmo: 1) percebemos uma hierarquia nos seres, tanto específica quanto genérica, e para cada ser deve haver um exemplar, o mais perfeito; 2) pode-se conceber um ser mais perfeito do que todos; 3) pode-se conceber um ser acima do qual nada se possa imaginar; 4) este ser existe necessariamente, pois, se não existisse, não seria o maior, e negá-lo seria negar a hierarquia dos seres. O que Anselmo afirma é que nenhum ser pode surgir do nada, e subjacente a todos esses seres contingentes tem de estar um ser necessário. O argumento é fundado, quase que na sua totalidade, sobre o pensamento platônico, utilizando a demonstração a priori - algo rechaçada na Escolástica, que em geral dava preferência às provas a posteriori. Resumindo, seu argumento é que o homem tem imanente em si a ideia de um ser absolutamente perfeito, por conseguinte deve existir um Ser absolutamente
O Universo se parece com os artefatos humanos. Por conseguinte o Universo é um produto de um plano inteligente. Mas o Universo é complexo e gigantesco, comparado com os artefatos humanos. Há provavelmente, pois, um Desenhista poderoso e imensamente inteligente que criou o Universo. Este argumento é simples de entender e tem um mérito pois os humanos são projetistas por natureza e é natural pensar em termos de coisas que tem propósito. É também consistente com Rom.1:20: “Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis”. 2.5. 4 - O Argumento Moral As raízes do argumento moral a favor da existência de Deus são encontradas em Romanos 2:12-15, onde o Apóstolo Paulo fala que a humanidade é indesculpável porque tem a “lei escrita no coração”. “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os”. (Romanos 2:12-15). Nos últimos 250 anos, este argumento tem sido proposto de diversas forma s, sendo que sua forma mais popular vem de C. S. Lewis (1898-1963), na primeira parte do seu conhecido livro Mere Christianity (Cristianismo Simples). O cerne do argumento segue a seguinte estrutura básica: (1) A Lei Moral implica um Legislador Moral. (2) Existe uma lei moral objetiva. (3) Portanto, existe também um Legislador Moral objetivo. A primeira premissa é auto-evidente. Uma lei moral é um preceito, e preceitos são passados por preceptores. Ao contrário das leis da natureza (que são somente descritivas), as leis morais são preceptivas: Elas não descrevem o que as coisas são; elas prescrevem como elas deveriam ser. Elas não são somente uma descrição da maneira como as pessoas se comportam, mas imperativos de como deveriam se comportar.
A força do argumento moral a favor da existência de Deus está na segunda premissa—aquela que afirma a existência de uma lei moral objetiva. Ou seja, existe uma lei moral que não somente é prescrita pelos seres humanos, mas também para os seres humanos. A questão é se existe alguma evidência a favor de um preceito objetivo e universal que englobe todos os seres humanos. O filósofo Kant partiu do raciocínio que deduz a existência de um Supremo Legislador e Juiz, com absoluto direito de governar e corrigir o homem. Esse filósofo era da opinião de que este argumento era superior a todos os demais. No seu intuito de provar a existência de Deus, ele recorria a este argumento. A teologia moderna utiliza este argumento afirmando que o reconhecimento por parte do homem de um bem supremo, e do seu anseio por uma moral superior, indicam a existência de um Deus que pode converter esse ideal em realidade. 2.5.5 - O Argumento Histórico Cícero, senador romano, parte da constatação da universalidade do fenômeno religioso. Não se tem notícia de sociedade humana que não tivesse culto à divindade, este grande consenso histórico e quase universal tem grande probabilidade de ser retrato da realidade existente. A exposição principal deste argumento é a seguinte: entre todos os povos e tribos da terra é comum a evidência de que o homem é um ser religioso em potencial. Sendo universal este fenômeno, isso deve ser parte constituinte da natureza do homem. E se a natureza do homem tende à prática religiosa, isto só encontra explicação num Ser superior, que originou uma tal natureza que sempre indica ao homem um ser superior. É aqui que milhões, por ignorarem o único e verdadeiro Deus, praticam as religiões mais estranhas e deturpadas. É o anseio da alma na busca do Criador que ela ignora, por ter dEle se afastado, conforme Romanos 1.20-23. “Santo e gracioso Deus e Pai, dá-nos sabedoria que te procure conhecer. Dá-nos juízo para compreender-te, zelo para procurar-te, paciência para esperar por ti. Dá um coração que medite em ti; dá uma vida que anuncie o teu nome – no poder do Espírito Santo de nosso Senhor Jesus Cristo”. (Benedito de Núrsia, 480-547). III- ESSÊNCIA OU NATUREZA DE DEUS: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. (1 Timóteo 6.16). Como pode aquilo que é finito compreender e expressar aquilo que é infinito? O próprio povo escolhido procurou representar e descrever Deus a seus semelhantes, quando na sua fraqueza fizeram ídolos de metal, coisa que ainda hoje é feito pelo homem (Êx. 32.4; Rm. 1.24-25).
“Os atributos de Deus podem ser definidos como as perfeições que constituem predicados do Ser Divino na Escritura, ou que são visivelmente exercidas por ele em Suas Obras de criação, providência e redenção. Se continuamos a empregar o nome “atributos”, é porque é comumente utilizado, e o fazemos com claro entendimento de que se deve excluir rigidamente a noção de algo acrescentado ao Ser de Deus”. (Louis Berhkof). Seria presunção de nossa parte achar que em poucos estudos poderíamos dizer tudo que a Bíblia nos fala acerca do caráter divino. Pois quando falamos de atributos divinos, estamos discorrendo acerca do caráter do próprio Deus. Assim, buscaremos classificar aqui quais os atributos ou qualidades de Deus que ele partilha conosco (Atributos Comunicáveis) e quais ele não partilha conosco (Atributos Incomunicáveis). Essa distinção, no entanto, não é perfeita, pois, não há atributo divino completamente comunicável nem totalmente incomunicável. Os atributos INCOMUNICÁVEIS – São aquelas qualidades singulares de Deus, para as quais não se encontra nenhuma correlação nos seres humanos. Exemplo simples, a Onisciência de Deus. Nenhum homem jamais terá todo o saber. “Quem nos céus é comparável ao Senhor? Entre os seres celestiais, quem é Semelhante ao Senhor?…quem é poderoso como tu és, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?” (Salmo 89:6,8). Deus é independente e auto existente. Deus é determinado por nado e tudo é por Ele determinado. Os atributos COMUNICÁVEIS – Os atributos comunicáveis são aquelas qualidades de Deus para as quais se pode encontrar ao menos uma correlação parcial em suas criaturas humanas. Deus é onisciente (Atributo INCOMUNICÁVEL). Ele tem capacidade de inteligência e raciocínio. Não Existe mistério para Deus. Raciocínio e inteligência são encontrados nos seres humanos, sendo assim são comunicáveis. Os atributos de Deus que tem o seu reflexo no ser humano, são entendidos e aceitos como comunicáveis. A) Atributos Naturais e Morais: Também chamados de "intransitivos e transitivos", "incomunicáveis e comunicáveis", "absolutos e relativos", "negativos e positivos" ou "imanentes e emanentes". **B) Atributos Naturais:
temporais (Jo.4:24; Dt.4:15-19,23; Hb.12:9; Is.40:25; Lc.24:39; Cl.1:15; ITm.1:17; IICo.3:17) 3) Personalidade : Existência dotada de auto-consciência e auto-determinação (Ex.3:14; Is.46:11). a) Volição ou vontade = querer (Is.46:10; Ap.4:11). b) Razão ou intelecto = pensar (Is.14:24; Sl.92:5; Is.55:8). c) Emoção ou sensibilidade = sentir (Gn.6:6, IRs.11:9, Dt.6:15; Pv.6:16; Tg.4:5) 4 ) Auto-Existência : Jerônimo disse: Deus é a origem de Si mesmo e a causa de Sua própria substância. Jerônimo estava errado, pois Deus não tem causa de existência, pois não criou a Si mesmo e não foi causado por outra coisa ou por Si mesmo; Ele nunca teve início. Ele é o Eterno EU SOU (Ex.3:14), portanto Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência (Jo.5:26; At.17:24-28; ITm.6:15,16). 5.) Infinidade ou Perfeição : É o atributo pelo qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos (Jó.11:7-10; Mt.5:48). A infinidade de Deus se contrasta com o mundo finito em sua relação tempo- espaço. a) Eternidade: A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade. Deus é Eterno (Sl.90:2; 102:12,24-27; Sl.93:2; Ap.1:8; Dt.33:27; Hb.1:12). A eternidade de Deus não significa apenas duração prolongada, para frente e para traz, mas sim que Deus transcende a todas as limitações temporais (IIPe.3:8) existentes em sucessões de tempo. Deus preenche o tempo. Nossa vida se divide em passado, presente e futuro. mas não há essa divisão na vida de Deus. Ele é o Eterno EU SOU. Deus é elevado acima de todos os limites temporais e de toda a sucessão de momentos, e tem a totalidade de sua existência num único presente indivisível (Is.57:15). b) Imensidão: A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada imensidão ou imensidade. Deus é imenso (Grande ou Majestoso; Jó.36:5,26; Jó.37:22,23; Jr.22:18; Sl.145:3). Imensidão é a perfeição de Deus pela qual Ele transcende (ultrapassa) todas as limitações espaciais e, contudo está presente em todos os pontos do espaço com todo o seu Ser PESSOAL (não é panteísmo). A imensidão de Deus é intensiva e não extensiva, isto é, não significa extensão ilimitada no espaço, como no panteísmo. A imensidão de Deus é transcendente no espaço (intramundano ou imanente = dentro do mundo - Sl.139:7-12; Jr.23:23,24) e fora do espaço (supramundano = acima do mundo; extramundano = além do mundo; emanente = fora do mundo - IRs.8:27; Is.57:15).
f) Imutabilidade de Deus em Seu conselho: Deus planejou os fatos conforme a sua vontade e decretou que este plano seja concretizado. Nada poderá se opor à sua vontade. O próprio Deus jamais mudará de opinião, mas fará conforme seu plano predeterminado (Is.46:9,10; Sl.33:11; Hb.6:17). 7 ) Onisciência: Atributo pelo qual Deus, de maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. O conhecimento de Deus tem suas características: a) É arquétipo: Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria idéia anterior à sua existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora, como o nosso (Rm.11:33,34). b) É inato e imediato: Não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó.37:16) c) É simultâneo: Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Is.40:28). d) É completo: Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente consciente (Sl.147:5). e) Conhecimento necessário: Conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua onipotência. É chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina. (Por exemplo: O conhecimento do mal é um conhecimento necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja conhecido (Hc.1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por experiência, que envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por simples inteligência, por ser ato do intelecto divino (veja IICo.5:21 onde o termo grego ginosko é usado). f) Conhecimento livre: É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É também chamado visionis, isto é, conhecimento de vista. g) Presciência: Significa conhecimento prévio; conhecimento de antemão. Como Deus pode conhecer previamente as ações livres dos homens? Deus decretou todas as coisas, e as decretou com suas causas e condições na exata ordem em que ocorrem, portanto sua presciência de coisas contingentes (ISm.23:12; IIRs.13:19; Jr.38:17-20; Ez.3:6 e Mt.11:21) apoia-se em seu decreto. Deus não originou o mal mas o conheceu nas ações livres do homem (conhecimento necessário), o decretou e preconheceu os homens. Portanto a ordem é: conhecimento necessário, decreto, presciência. A presciência de Deus é muito mais do que saber o que vai acontecer no futuro, e seu uso no N.T. é empregado como na LXX que inclui Sua escolha efetiva (Nm.16:5; Jz.9:6; Am.3:2). Veja Rm.8:29; IPe.1:2; Gl.4:9. Como se processou o conhecimento necessário de Deus nas livres ações dos homens antes mesmo que Ele as decretasse? A liberdade humana não é uma coisa inteiramente indeterminada, solta no ar, que pende numa ou noutra direção, mas é determinada por nossas próprias
considerações intelectuais e caráter (lubentia rationalis = auto-determinação racional). Liberdade não é arbitrariedade e em toda ação racional há um porquê, uma razão que decide a ação. Portanto o homem verdadeiramente livre não é o homem incerto e imprevisível, mas o homem seguro. A liberdade tem suas leis - leis espirituais - e a Mente Onisciente sabe quais são (Jo.2:24,25). Em resumo, a presciência é um conhecimento livre (scientia libera) e, logicamente procede do decreto, "...segundo o decreto sua vontade" (Ef.1:11). h) Sabedoria: A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na adaptação de meios e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os melhores meios possíveis para a consecução dos seus propósitos. H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz os melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis. Uma definição ainda melhor há de incluir a glorificação de Deus: Sabedoria é a perfeição de Deus pela qual Ele aplica o seu conhecimento à consecução dos seus fins de um modo que o glorifica o máximo (Rm.ll:33-36; Ef.1:11,12; Cl.1:16). Encontramos a sabedoria de Deus na criação (Sl.19:1-7; Sl.104), na redenção (ICo.2:7; Ef.3:10)
. A sabedoria é personificada na Pessoa do Senhor Jesus (Pv.8 e ICo.1:30; Jó.9:4; veja também Jó 12:13,16). 8 ) Onipotência : É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer qualquer coisa que Ele queira. A onipotência de Deus não significa o exercício para fazer aquilo que é incoerente com a natureza das coisas, como, por exemplo, fazer que um fato do passado não tenha acontecido, ou traçar entre dois pontos uma linha mais curta do que uma reta. Deus possui todo o poder que é coerente com Sua perfeição infinita, todo o poder para fazer tudo aquilo que é digno dEle. O poder de Deus é distinguido de duas maneiras: Potentia Dei absoluta = absoluto poder de Deus e potentia Dei ordinata = poder ordenado de Deus. Hodge e Shedd definem o poder absoluto de Deus como a eficiência divina, exercida sem a intervenção de causas secundárias, e o poder ordenado como a eficiência de Deus, exercida pela ordenada operação de causas secundárias. Chanock define o poder absoluto como aquele pelo qual Deus é capaz de fazer o que Ele não fará, mas que tem possibilidade de ser feito, e o poder ordenado como o poder pelo qual Deus faz o que decretou fazer, isto é, o que Ele ordenou ou marcou para ser posto em exercício; os quais não são poderes distintos, mas um e o mesmo poder. O seu poder ordenado é parte do seu poder absoluto, pois se Ele não tivesse poder para fazer tudo que pudesse desejar, não teria poder para fazer tudo o que Ele deseja. Podemos, portanto, definir o poder ordenado de Deus como a perfeição pela qual Ele, mediante o simples exercício de Sua vontade, pode realizar tudo quanto está presente em Sua vontade ou conselho. E' óbvio, porém, que Deus pode realizar coisas que a Sua vontade não desejou realizar (Gn.18:14; Jr.32:27; Zc.8:6; Mt.3:9; Mt.26:53). Entretanto há muitas coisas que Deus não pode realizar. Ele não pode mentir, pecar, mudar ou negar-se a Si mesmo (Nm.23:19; ISm.15:29; IITm.2:13; Hb.6:18; Tg.1:13,17; Hb.1:13; Tt.1:3), isto porque o poder absoluto Deus está sustentado sobre a Sua perfeição (Jó.11:7). Deus faz somente aquilo que quer fazer (Sl.115:3; Sl.135:6).
A vontade de eudokia não se refere somente ao bem, e nela não está sempre presente o elemento de deleite (Mt.11:26). A vontade de eudokia e a vontade de eurestia relacionam-se ao prazer em realizar algo. Vontade de Beneplacitum: Também chamada Vontade Secreta. Abrange todo o conselho secreto e oculto de Deus. Quando esta vontade nos é revelada, ela torna-se na Vontade do Signum ou Vontade Revelada. A distinção entre a vontade de beneplacitum e a vontade de signum encontra-se em Deuteronomio.29:29. A vontade secreta é mencionada em Sl.115:3; Dn.4:17,25,32,35; Rm.9:18,19; Rm.11:33,34; Ef.1:5,9,11, enquanto que a vontade revelada é mencionada em Mt.7:21; Mt.12:50; Jo.4:34; Jo.7:17; Rm.12:2). Esta vontade está mui perto de nós (Dt.30:14; Rm.10:8). A vontade secreta de Deus pertence a todas as coisas que Ele quer efetuar ou permitir, tal como acontece na vontade decretória, sendo portanto, absolutamente fixa e irrevogável. b) Liberdade: A perfeição de Deus no exercício de Sua vontade. Deus age necessária e livremente. Assim como há conhecimento necessário e conhecimento livre, há também uma voluntas necessária = vontade necessária e uma voluntas libera = vontade livre. Na vontade necessária Deus não está sob nenhuma compulsão, mas age de acordo com a lei do Seu Ser, pois Ele necessariamente quer a Si próprio e quer a Sua natureza santa. Deus necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições. As Suas criaturas são objetos de Sua vontade livre, pois Deus determina voluntariamente o que e quem Ele criará; e os tempos, lugares e circunstâncias de suas vidas. Ele traça as veredas de todas as Suas criaturas, determina o seu destino e as utiliza para Seus propósitos (Jó.ll:10; Jó.23:13,14; Jó.33:13. Pv.16:4; Pv.21:1; Is.10:15; Is.29:16; Is.45:9; Mt.20:15; Ap.4:11;Rm.9:15-22; ICo.12:11). “O Deus da Bíblia não é fraco; é todo-poderoso. Nada acontece sem a permissão dele ou fora de seus propósitos, nem o mal. Nada o perturba ou confunde. Seus propósitos são sempre realizados. Assim, aqueles que o conhecem de fato, agem com ousadia, seguros de que o Todo-poderoso está com eles para realizar Seus agradáveis propósitos na vida deles”. (James Boice). **C) Atributos Morais:
ou separar. Neste sentido também o Novo testamento utiliza as palavras gregas hagiazo e hagios. A santidade de Deus possui dois diferentes aspectos, podendo ser positiva ou negativa (Hb.1:9;Am.5:15; Rm.12:9). a) Santidade Positiva: Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (IJo.1:5; Is.57:15; IPe.1:15,16; Hc.1:13). A santidade positiva é amor ao bem. b) Santidade Negativa: Significa que Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal e de tudo quanto o aborrece (Lv.11:43-45; Dt.23:14; Jó.34:10; Pv.15:9,26; Is.59:1,2; Lc.20:26; Hc. 1:13; Pv.6:16-19; Dt.25:16; Sl.5:4-6). A santidade negativa é ódio ao mal. Além de possuir dois aspectos a santidade de Deus possui também duas maneiras diferentes de se manifestar: c) Retidão: Também chamada justiça absoluta, é a retidão da natureza divina, em virtude da qual Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (santidade legislativa). Sl.145:17; Jr.12:1; Jo.17:25; Sl.116:5; Ed.9:15. d) Justiça: Também chamada justiça relativa, é a execução da retidão ou a expressão da justiça absoluta (santidade judicial). Strong a chama de santidade transitiva. A retidão é a fonte da Santidade de Deus, a justiça é a demonstração de Sua santidade. A justiça de Deus pode ser retributiva e remunerativa. A justiça retributiva se divide em punitiva e corretiva. A justiça punitiva é aquela pela qual Deus pune os pecadores pela transgressão de Suas leis. Esta justiça de Deus exige a execução das penalidades impostas por Suas leis (Sl.3:5;11:4- 7 Dt.32:4; Dn.9:12,14; Ex.9:23-27;34:7). A justiça corretiva é aquela pela qual Deus "pune" Seus filhos para corrigi-los (Hb.12:6,7). Aqueles que não são Seus filhos, Deus pune como um Juiz Severo (Rm.11:22; Hb.10:31), mas aos Seus filhos, Deus "pune" (corrige) como um Pai Amoroso (Jr.10:24;30:11;46:28; Sl.89:30-33; ICr.21:13) A justiça remunerativa é aquela pela qual Deus recompensa, com Suas bênçãos, aos homens pela obediência de Suas leis (Hb.6:10; IITm.4:8; ICo.4:5;3:11-15; Rm.2:6-10; IIJo.8) e) Ira: Esta deve ser considerada como um aspecto negativo da santidade de Deus, pois em Sua ira Deus aborrece o pecado e odeia tudo quanto contraria Sua santidade (Dt.32:39-41; Rm.11:22; Sl.95:11; Dt.1:34-37; Sl.95:11). Podemos, então, dizer que a ira é a manifestação da santidade negativa de Deus (Rm.1:18; IITs.1:5-10; Rm.5:9 etc). A ira é também designada de severidade (Rm.11:22). 2) Bondade : É uma concepção genérica incluindo diversas variedades que se distinguem de acordo com os seus objetos. Bondade é perfeição absoluta e felicidade perfeita em Si mesmo (Mc.10:18; Lc.18:18,19; Sl.33:5; Sl.119:68; Sl.107:8; Na.1:7). A bondade implica na disposição de transmitir felicidade.