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A DIVERSIDADE CULTURAL IMENSA DO BRASIL, Transcrições de Sociologia

A população brasileira originou-se da miscigenação de vários povos. Por isso apresenta grande diversidade cultural, manifestada na religião, na música, na dança, na alimentação, na arquitetura, no vestuário etc. Um exemplo dessa diversidade é a língua portuguesa, que possui palavras únicas, como Tietê, caatinga, sucuri, pitanga, mocambo, cafuné, fubá, cuíca, berimbau, etc.

Tipologia: Transcrições

2023

Compartilhado em 12/08/2023

lilian-l-flamino
lilian-l-flamino 🇧🇷

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A DIVERSIDADE CULTURAL IMENSA DO BRASIL
A população brasileira originou-se da miscigenação de vários povos. Por isso apresenta grande
diversidade cultural, manifestada na religião, na música, na dança, na alimentação, na arquitetura, no
vestuário etc. Um exemplo dessa diversidade é a língua portuguesa, que possui palavras únicas, como
Tietê, caatinga, sucuri, pitanga, mocambo, cafuné, fubá, cuíca, berimbau, etc.
Os recursos culturais, que correspondem a matéria-prima dos atrativos turísticos culturais, se
dividem em quatro tipos, a saber: museus e manifestações culturais; folclore; realizações técnicas,
científicas ou artísticas contemporâneas; e acontecimentos programados. A escolha do samba foi muito
bem pensada, devido ao ritmo que leva nosso país aos cantos mais remotos do planeta, teve suas raízes
nas músicas africanas tocadas e cantadas em senzalas e terreiros na época colonial. Para chegarmos ao
que hoje se conhece dessa manifestação musical, faz-se necessário, conhecer um pouco da história
desse povo. (MORAES FILHO; 2002, p.41)
Figura 1 Dança africana Figura 2 Culinária africana Figura 3 Samba de roda
A diversidade de sua cultura
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, presente também na música, levou à idéia de que no Brasil a
cultura popular é fruto de miscigenação e de “misturas culturais, das mais diversas origens.
Na cultura no âmbito das populações tradicionais indígenas foram considerados os 206 grupos
indígenas
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identificados pelo Instituto Socioambiental (ISA, 1996) e foram consideradas populações
tradicionais não-indígenas os grupos: caiçara, açoriano, caipira, babaçueiro, jangadeiro, pantaneiro,
pastoreio, quilombola, ribeirinho/caboclo amazônico, ribeirinho/caboclo não-amazônico (varjeiro),
sertanejo/vaqueiro e pescador artesanal.
Segundo Botelho, (2012), com todas essas limitações, e nesse campo político e ideológico
problemático, até recentemente no Brasil era identificado apenas com o índio, havendo pouca
preocupação com outras formas de alteridade. O surgimento de outras identidades socioculturais, como
a caiçara, é fato mais recente, tanto no campo dos estudos antropológicos quanto no plano do
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A riqueza da cultura brasileira vem da diversidade
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Os índios brasileiros se alimentam exclusivamente de alimentos retirados da natureza (peixes, carnes de animais, frutos, legumes e
tubérculos); - Costumam tomar banho várias vezes por dia em rios, lagos e riachos; - Os homens saem para caçar em grupos; - Fazem
cerimônias e rituais com muita dança e música.
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A DIVERSIDADE CULTURAL IMENSA DO BRASIL

A população brasileira originou-se da miscigenação de vários povos. Por isso apresenta grande diversidade cultural, manifestada na religião, na música, na dança, na alimentação, na arquitetura, no vestuário etc. Um exemplo dessa diversidade é a língua portuguesa, que possui palavras únicas, como Tietê, caatinga, sucuri, pitanga, mocambo, cafuné, fubá, cuíca, berimbau, etc. Os recursos culturais, que correspondem a matéria-prima dos atrativos turísticos culturais, se dividem em quatro tipos, a saber: museus e manifestações culturais; folclore; realizações técnicas, científicas ou artísticas contemporâneas; e acontecimentos programados. A escolha do samba foi muito bem pensada, devido ao ritmo que leva nosso país aos cantos mais remotos do planeta, teve suas raízes nas músicas africanas tocadas e cantadas em senzalas e terreiros na época colonial. Para chegarmos ao que hoje se conhece dessa manifestação musical, faz-se necessário, conhecer um pouco da história desse povo. (MORAES FILHO; 2002, p.41) Figura 1 Dança africana Figura 2 Culinária africana Figura 3 Samba de roda A diversidade de sua cultura^1 , presente também na música, levou à idéia de que no Brasil a cultura popular é fruto de miscigenação e de “misturas culturais, das mais diversas origens. Na cultura no âmbito das populações tradicionais indígenas foram considerados os 206 grupos indígenas^2 identificados pelo Instituto Socioambiental (ISA, 1996) e foram consideradas populações tradicionais não-indígenas os grupos: caiçara, açoriano, caipira, babaçueiro, jangadeiro, pantaneiro, pastoreio, quilombola, ribeirinho/caboclo amazônico, ribeirinho/caboclo não-amazônico (varjeiro), sertanejo/vaqueiro e pescador artesanal. Segundo Botelho, (2012), com todas essas limitações, e nesse campo político e ideológico problemático, até recentemente no Brasil era identificado apenas com o índio, havendo pouca preocupação com outras formas de alteridade. O surgimento de outras identidades socioculturais, como a caiçara, é fato mais recente, tanto no campo dos estudos antropológicos quanto no plano do (^1) A riqueza da cultura brasileira vem da diversidade (^2) Os índios brasileiros se alimentam exclusivamente de alimentos retirados da natureza (peixes, carnes de animais, frutos, legumes e tubérculos); - Costumam tomar banho várias vezes por dia em rios, lagos e riachos; - Os homens saem para caçar em grupos; - Fazem cerimônias e rituais com muita dança e música.

autorreconhecimento dessas populações como portadoras de uma cultura e um modo de vida diferenciado de outras populações, portanto, facilitando a visão na diversidade, sendo deste modo a diversidade étnico racial na educação para que possibilite a inclusão, o respeito, conteúdo e solidariedade às crianças e aos jovens que carregam estigma dessa diferença, seja pela cor de sua pele, sua religiosidade, sua orientação social, seu grupo étnico ou apenas por serem diferentes daquilo que é considerado o ideal ou padrão. (PERES, et al., 2017). Figura 4 Caiçara Figura 5 Comidas tradicionais indígenas Figura 6 Dança indígena É necessário que se entenda que o Brasil, além de apresentar uma das maiores taxas de diversidade biológica do planeta, é um dos países de maior diversidade cultural. Existem no país mais de 500 áreas indígenas reconhecidas pelo Estado, habitadas por cerca de 200 sociedades indígenas culturalmente diferenciadas, as quais desenvolveram, ao longo dos séculos de sua existência, formas de adaptação a toda variedade dos ecossistemas presentes no território nacional como citado acima pelo Instituto Socioambiental (DIEGUES, 2000). Não podemos deixar de citar a colonização do Brasil empreendida pelos portugueses a partir do século XVI formou entre a população rural não-indígena um modelo sociocultural de adaptação ao meio que, malgrado suas diferenças regionais e as que se podem detectar ao longo do tempo, apresenta características comuns que marcam ainda hoje as comunidades humanas em regiões isoladas do país. Esse modelo sociocultural de ocupação do espaço e de utilização dos recursos naturais deve a maior parte de suas características às influências das populações indígenas e ao caráter cíclico e irregular do avanço da sociedade nacional sobre o interior do país. Em linhas bastante gerais, a colonização portuguesa dedicou-se à exploração intensiva de certos produtos valiosos no mercado internacional, promovendo o adensamento populacional apenas nas regiões em que essa exploração era melhor sucedida (DIEGUES, 2000). Sobre Portugal e a influência europeia na cultura brasileira que era um país extremamente católico, trouxe ao Brasil suas procissões e festas. Os portugueses também trouxeram as festas juninas e o carnaval, além de folguedos influenciados por eles como o bumba-meu-boi, a farra do boi, as cavalhadas e o fandango, no entanto, a herança mais evidente deixada pelos portugueses é, claro, o nosso idioma, falado em todo o território nacional, apesar das suas variações regionais. Arte, culinária

hábitos da culinária italiana. O famoso spaghetti de domingo, o panettone de natal e o hábito de comer pizza são alguns dos exemplos que podemos citar. Ainda no campo da comida, os italianos trouxeram consigo novas técnicas agrícolas que são utilizadas até hoje, principalmente no Sul. Na arquitetura, a Itália deixou seu legado principalmente no Sul do país. Até hoje as casas nas cidades mais interioranas possuem revestimentos em madeira ou materiais mais baratos que eram usados na época em que os imigrantes se estabeleceram no Brasil. Outros aspectos arquitetônicos são as estruturas simétricas, tijolos e ornamentos em vidro e janelas estreitas. De Norte a Sul, a riqueza cultural do Brasil é inegável. São as diferenças regionais que tornam o Brasil tão único e isso não poderia ser feito sem a influência de outras culturas. A forte influência portuguesa no Norte, por exemplo, criou manifestações culturais que são próprias da região. O maracatu, ritmo tradicional do estado de Pernambuco, é um exemplo de dança que reúne elementos da cultura portuguesa. No Sul, as tradições germânicas e a influência italiana fizeram parte da construção da cultura gaúcha, por exemplo. A Festa da Uva é uma celebração que ocorre anualmente em Caxias do Sul para celebrar a cultura italiana. Enquanto em Blumenau, a Oktoberfest inspirada na Alemanha tem manifestações locais que são próprias da cidade de Santa Catarina. CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim sendo, a importância de trabalhar relações étnico-raciais na infância reside no fato de que é o período da vida em que as pessoas começam a construir a capacidade de acreditar no próprio potencial. Também é o momento em que começam a aprender a respeitar o próximo. Com os projetos, brincadeiras e pequenas práticas, podemos sim diminuir o preconceito no futuro o conhecimento desse tema tão rico e importante, principalmente no nosso país sendo muito diversificado tendo todas as etnias, culturas, cores e religião aprender sobre isso é essencial. Você já havia identificado todos esses pontos da influência europeia na cultura brasileira? Claro que ainda existem vários outros aspectos que dariam um livro, mas é sempre bom conhecer um pouco melhor das nossas origens.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIEGUES, Antonio Carlos (Org.). Os saberes tradicionais e a biodiversidade no Brasil. São Paulo: MMA/COBIO/NUPAUB/USP, 2000. 211 p. Disponivel em: http:/livroaberto.ibict.br/handle/1/ Acesso em: 10 de ago. de 2023. DIAS, Luiz Sergio. Da Turma do Lira ao cafajeste: A sobrevivência da capoeira no Rio de Janeiro.

  1. 222 f. Tese (Doutorado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000. Disponível em: http://objdig.ufrj.br/34/teses/LuizSergioDias.pdf Acesso em: 10 de ago. de 2023. MORAES FILHO, Melo. Festas e tradições populares no Brasil. Brasília: Senado Federal, 2002. PERES, Vinícius de Almeida, et al. A educação e as questões étnico-raciais: o RPG como ferramenta para reflexão. 2017. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/173757 Acesso em: 10 de ago. de 2023. POSEY, Darrell Addison - Etnobiologia e Ciência de Folk: sua importância para a Amazônia. In: Tübinger Geographische Studien, 95, 1987: 95-108.