Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

A Crítica Marxiana ao Capitalismo: Alienação, Mais-Valia e a Evolução das Formas de Produç, Resumos de Sociologia

O resumo trata de temas como a alienação do trabalho, a evolução das formas de organização produtiva no capitalismo, o conceito de mais-valia, a relação entre mercadoria e exploração, a comparação entre abordagens filosóficas e econômicas nas obras de Marx, e as transformações contemporâneas do capitalismo.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 21/11/2024

beatriz-cavalcante-queiroz
beatriz-cavalcante-queiroz 🇧🇷

4 documentos

1 / 5

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Prova de sociologia - Segunda parte
1. Cooperação, manufatura, maquinaria e grande indústria são formas de organização da
produção no capitalismo. Segundo Marx, essas formas são distintas e caracterizam um
processo de aprofundamento da exploração do trabalho em relação ao capital. De que
forma Marx caracteriza esse aprofundamento? Quando ele se torna tipicamente capitalista e
por quê? Relacione suas argumentações com as formas de produção no capitalismo
contemporâneo
A forma industrial de produção é uma forma geral de produção de mais-valia.
Para Marx, a primeira divisão do trabalho é a divisão em classes, sem divisão de
classes, não a figura da classe trabalhadora, que irá produzir a serviço do capital, que
tem como pressuposto nessa produção industrial do capitalismo a produção de excedente
pelo excedente (através da exploração da força de trabalho).
A produção urbana inaugura a cooperação, os trabalhadores residem em suas casas e
são vinculados ao capitalista, eles cooperam entre si, morando em lugares distintos. Na
cooperação se forma o trabalhador coletivo, um conjunto de trabalhadores que cooperam
entre si. Nessa fase,não divisão do trabalho, cada um realiza seu trabalho ou parte dele.
Os trabalhadores têm o seu trabalho explorado individual pago, mas nunca o coletivo (uma
unidade), assim o capitalista se apropria dessa força produtiva sem pagar nada.
A cooperação é uma força produtiva, uma forma de organização do trabalho, a serviço do
capital e é a base de todas as outras formas de produção capitalista.
A cooperação é reproduzida na manufatura, mas é acrescida de um novo elemento. A
fim de explorar e dominar melhor a classe trabalhadora. A parcialização do trabalho
acarreta em uma mutilação no processo produtivo. Apesar disso, o trabalhador ainda
conserva o conhecimento, o saber fazer, assim mantém o caráter subjetivo, no sentido de
que a produção ainda depende daquele conhecimento, daquele ser. Assim, Marx argumenta
que até a manufatura, o que força o trabalhador a trabalhar, é uma subsunção formal.
Na maquinária, uma nova particularidade é inserida, pois é a primeira força produtiva
tipicamente capitalista. As outras forças produtivas eram pré - capitalistas, existiam antes
do capitalismo. A máquina é a primeira força produtiva tipicamente capitalista, torna a
produção objetiva e científica, na medida que tira o saber fazer e incorpora em si os
interesses do capital.
A máquina dentro, dita o ritmo, a cadência, o tempo. Ela é a voz, ela é o jeito, a maneira.
Ela é o domínio do capital dentro, no interior da produção. Ela faz com que os trabalhadores
trabalhem mais em menos tempo, mais mais-valia, mais produção, menos tempo.
“A história da produção capitalista pode ser lida como a história da progressiva
subordinação do trabalho em relação ao capital”.
As formas de produção foram se tornando cada vez mais controladoras e exploradoras em
relação à classe trabalhadora.
Após o falecimento de Karl Marx, as formas de organização do capitalismo seguiram o rumo
declarado pelo autor.
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe A Crítica Marxiana ao Capitalismo: Alienação, Mais-Valia e a Evolução das Formas de Produç e outras Resumos em PDF para Sociologia, somente na Docsity!

Prova de sociologia - Segunda parte

  1. Cooperação, manufatura, maquinaria e grande indústria são formas de organização da produção no capitalismo. Segundo Marx, essas formas são distintas e caracterizam um processo de aprofundamento da exploração do trabalho em relação ao capital. De que forma Marx caracteriza esse aprofundamento? Quando ele se torna tipicamente capitalista e por quê? Relacione suas argumentações com as formas de produção no capitalismo contemporâneo A forma industrial de produção é uma forma geral de produção de mais-valia. Para Marx, a primeira divisão do trabalho é a divisão em classes , sem divisão de classes, não há a figura da classe trabalhadora, que irá produzir a serviço do capital, que tem como pressuposto nessa produção industrial do capitalismo a produção de excedente pelo excedente (através da exploração da força de trabalho). A produção urbana inaugura a cooperação , os trabalhadores residem em suas casas e são vinculados ao capitalista, eles cooperam entre si, morando em lugares distintos. Na cooperação se forma o trabalhador coletivo , um conjunto de trabalhadores que cooperam entre si. Nessa fase,não há divisão do trabalho, cada um realiza seu trabalho ou parte dele. Os trabalhadores têm o seu trabalho explorado individual pago, mas nunca o coletivo (uma unidade), assim o capitalista se apropria dessa força produtiva sem pagar nada. A cooperação é uma força produtiva, uma forma de organização do trabalho, a serviço do capital e é a base de todas as outras formas de produção capitalista. A cooperação é reproduzida na manufatura, mas é acrescida de um novo elemento. A fim de explorar e dominar melhor a classe trabalhadora. A parcialização do trabalho acarreta em uma mutilação no processo produtivo. Apesar disso, o trabalhador ainda conserva o conhecimento, o saber fazer, assim mantém o caráter subjetivo, no sentido de que a produção ainda depende daquele conhecimento, daquele ser. Assim, Marx argumenta que até a manufatura, o que força o trabalhador a trabalhar, é uma subsunção formal. Na maquinária, uma nova particularidade é inserida, pois é a primeira força produtiva tipicamente capitalista. As outras forças produtivas eram pré - capitalistas, existiam antes do capitalismo. A máquina é a primeira força produtiva tipicamente capitalista, torna a produção objetiva e científica, na medida que tira o saber fazer e incorpora em si os interesses do capital. A máquina lá dentro, dita o ritmo, a cadência, o tempo. Ela é a voz, ela é o jeito, a maneira. Ela é o domínio do capital dentro, no interior da produção. Ela faz com que os trabalhadores trabalhem mais em menos tempo, mais mais-valia, mais produção, menos tempo. “A história da produção capitalista pode ser lida como a história da progressiva subordinação do trabalho em relação ao capital”. As formas de produção foram se tornando cada vez mais controladoras e exploradoras em relação à classe trabalhadora. Após o falecimento de Karl Marx, as formas de organização do capitalismo seguiram o rumo declarado pelo autor.

A tendência observada por Marx é ainda mais concretizada com a introdução do taylorismo e toyotismo. Durante a implementação desses novos modelos, h á uma perda ainda pior para a classe trabalhadora, já que antes havia uma conservação do saber fazer, e por ser um trabalhador artesanal conservava poder político , e a base da produção era dominada por trabalhadores organizados de forma partidária/sindical. No taylorismo, foi idealizado um tipo de linha de produção que diminui o tempo necessário para a realização do mesmo trabalho e torna o trabalhador artesão dispensável. Assim, o operário artesão é substituído pelo operário especializado. Além disso, há uma divisão dentro da produção, entre trabalho intelectual e o trabalho manual, os trabalhadores não pensam, somente executam o que é concebido pelo gerência capitalista. No fordismo, a esteira é implementada e além disso, um conjunto de ideias e regras ético-morais, que regulam o pensamento e o comportamento de um novo trabalhador coletivo, conhecido também como o american way of life. Outro atributo que caracteriza uma nova forma de produção no capitalismo é a introdução da ideia de auto-gerenciamento e auto-responsabilidade para os próprios trabalhadores, é um princípio gerencial e ideológico, já que estimula os trabalhadores a competirem entre si. Dentro desse cenário, o novo trabalhador coletivo é talhado à imagem de um empreendedor. Podemos analisar o cenário de modo de produção capitalista contemporâneo com o exemplo das plataformas digitais , onde o capitalista sequer precisa ter um vínculo trabalhista com o trabalhador, mas se utiliza de uma massa de trabalhadores disponíveis e baratos e dá a unidade para esse corpo social de trabalho , sem ao menos pagar algum tipo de salário, aumentando drasticamente o mais-valia. E além do controle sobre a força de trabalho, o capitalista contemporâneo controla essa grande massa de trabalhadores por meio de uma ideologia de “empreendedorismo”. A plataforma condensa os princípios gerais e estruturais da produção capitalista e, conforme previsto por Marx, radicaliza tais princípios com a finalidade de explorar incessantemente a miséria do trabalhador, e roubar para si toda a riqueza produzida por ele.

  1. Tanto nos Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844, quanto em O Capital de 1867 a tese de que: "(..) o trabalhador se torna tanto mais pobre quanto mais riqueza produz (.)" opera de forma decisiva na análise marxiana. Com base nos textos e nas discussões em aula, indique quais são os pontos de aproximação e distanciamento entre essas duas obras de Marx, sobretudo, no que diz respeito à relação contraditória entre miséria e riqueza do trabalho. A tese de que “o trabalhador se torna tanto mais pobre quanto mais riqueza produz” é uma constante em ambas as obras de Marx. Em manuscritos econômico-filosóficos , essa tese é abordada no contexto da alienação do trabalho , ele aborda a maneira no qual o trabalhador se torna um capital vivo já que sua vida se resume a gerar lucro e assim, ao produzir mais riqueza, mais pobre se torna. Esse empobrecimento não é apenas material, mas “espiritual”, pois o trabalhador se aliena da sua própria essência. Assim, Marx discute as 4 formas de alienação do trabalhador, sendo ela em relação ao produto ,que ao invés de pertencer a ele, se torna uma força estranha, que lhe confronta e agrava sua situação de miséria. Em relação a si mesmo , já que não se

é a "geleia de tempo de trabalho", o que realmente determina o valor da mercadoria no mercado. O trabalho concreto, por outro lado, é o que produz os valores de uso específicos. No processo de produção capitalista, o capitalista transforma capital em forma de dinheiro em mercadorias , sendo estas principalmente a força de trabalho (trabalho vivo), matérias-primas e outras forças produtivas (trabalho morto). Essas mercadorias passam por um processo de produção historicamente determinado, onde são transformadas em novas mercadorias , agora acrescidas de mais-valia , que é o excedente do tempo de trabalho médio socialmente necessário. No momento da venda acontece o que Marx chama de realização , o momento em que se torna real o tempo de trabalho no interior da mercadoria, já que é o tempo de trabalho socialmente necessário que estabelece o valor de troca. A partir desse momento, aquela mercadoria que possui valor de uso e valor de troca, mantém apenas seu valor de uso, sua utilidade para o comprador da mercadoria Marx divide o processo de produção capitalista em dois outros processos: o processo de trabalho e o processo de valorização. O processo de trabalho é onde a produção efetiva do valor de uso acontece, ou seja, é o momento em que o trabalho útil cria produtos que possuem utilidade material. O processo de valorização , de acordo com Marx, é o prolongamento do processo de formação de valor. Se o valor da força de trabalho paga pelo capitalista é apenas substituído por um novo equivalente, estamos diante de um processo simples de formação de valor. No entanto, quando esse processo ultrapassa o ponto de equivalência, gerando um excedente, ele se torna valorização. O processo de valorização, assim como o valor de troca, submete o processo de trabalho, e do valor de uso. Isso porque, o processo de valorização orienta e domina o processo de trabalho , já que ele é organizado nos interesses de produção de mais-valia. Então a vida

material e concreta é formada durante o processo de trabalho, esse é determinado pelo processo de valorização. Marx também argumenta que o processo de produção de mercadorias no capitalismo é, na verdade, um processo de autovalorização do capital, no qual a produção de mercadorias é utilizada para ampliar o excedente. Esse ciclo contínuo de produção e valorização não visa atender às necessidades humanas, mas a forma do capitalista se reproduzir como classe dominante ao mesmo tempo em que mantém o trabalhador em uma posição de subordinação. Marx argumenta que a produção de excedente no capitalismo, ao contrário dos sistemas de produção anteriores, não visa à subsistência, mas sim à reprodução ampliada do capital. O modo de produção capitalista é historicamente determinado para produzir e reproduzir a vida, com o objetivo de ampliar o excedente explorando o trabalhador assalariado. Essa exploração cria a mais-valia, que é a base da riqueza capitalista e também o núcleo do antagonismo classista.