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A CONTABILIDADE GERENCIAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, Teses (TCC) de Contabilidade de Gestão

O estudo trata da importância da contabilidade gerencial nas micro e pequenas empresas, justificando-se da necessidade de se evidenciar os benefícios que as informações fornecidas pela contabilidade gerencial podem trazer para a continuidade das micro e pequenas empresas, uma vez que essas informações não são bem difundidas entre os micro e pequenos empresários.

Tipologia: Teses (TCC)

2020

Compartilhado em 18/03/2020

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Salvador
2019
ROBSON OLIVEIRA SAMPAIO DE SANTANA
A CONTABILIDADE GERENCIAL E SUA IMPORTÂNCIA
PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
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Baixe A CONTABILIDADE GERENCIAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS e outras Teses (TCC) em PDF para Contabilidade de Gestão, somente na Docsity!

Salvador 2019

ROBSON OLIVEIRA SAMPAIO DE SANTANA

A CONTABILIDADE GERENCIAL E SUA IMPORTÂNCIA

PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Salvador 2019

A CONTABILIDADE GERENCIAL E SUA IMPORTÂNCIA

PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIME, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Ciências Contábeis. Orientador: Elvis Albertin

ROBSON OLIVEIRA SAMPAIO DE SANTANA

“O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado.” (William Edwards Deming)

SANTANA, Robson Oliveira Sampaio de. A Contabilidade Gerencial e sua importância paras as Micro e Pequenas Empresas. 2019. 53 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – UNIME, Salvador, 2019. RESUMO Este estudo trata da importância da contabilidade gerencial nas micro e pequenas empresas. Este estudo justificou-se pela necessidade de se evidenciar os benefícios que as informações fornecidas pela contabilidade gerencial podem trazer para a continuidade das micro e pequenas empresas, uma vez que essas informações não são bem difundidas entre os micro e pequenos empresários. O objetivo geral do estudo é compreender os impactos que as informações fornecidas pela Contabilidade Gerencial podem trazer às micro e pequenas empresas. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi a revisão bibliográfica, realizando-se um levantamento de fontes teóricas por meio de pesquisa em livros, artigos científicos, monografias, dissertações e teses, de modo a interpretar as contribuições teóricas já existentes. Foram estudadas as definições de micro e pequenas empresas e sua importância social e econômica, bem como a evolução da contabilidade gerencial e como suas ferramentas podem contribuir na resolução dos problemas enfrentados pelas micro e pequenas empresas na tomada de decisão e monitoramento de desempenho. Palavras-chave: contabilidade gerencial; contabilidade gerencial estratégica; microempresa; pequena empresa.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABC Activity Based Costing BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CGMA Chartered Global Management Accountant DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos EPP Empresa de Pequeno Porte IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IFAC International Federation of Accountants MPE Micro e Pequenas Empresas ROI Retorno sobre investimento SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas VPL Valor Presente Líquido

SUMÁRIO

  • Figura 1 – Taxa de mortalidade de empresas de 2 anos por porte
  • Figura 2 – Foco dos estágios evolutivos da Contabilidade Gerencial
  • Figura 3 – Fontes de informação das pequenas empresas
  • Figura 4 – Processo de planejamento orçamentário
  • Figura 5 – Estrutura orçamentária
  • Figura 6 – Representação do Custeio ABC
  • Figura 7 – Mapa Estratégico
  • Figura 8 – Performance Prism
  • Tabela 1 – Custos Semifixos LISTA DE TABELAS
  • Tabela 2 – Definição da margem de lucro
  • Tabela 3 – Cálculo do Mark-up
  • Tabela 4 – Mark-up com tributos
  • Quadro 1 – Definições de micro e pequenas empresas LISTA DE QUADROS
  • Quadro 2 – Contabilidade Financeira x Contabilidade Gerencial
  • Quadro 3 – Estágios evolutivos da Contabilidade Gerencial
  • Quadro 4 – Contabilidade Gerencial no planejamento estratégico das MPE
  • Quadro 5 – Custeio por absorção x Custeio ABC
  • Quadro 6 – Capital de giro no balanço patrimonial
  • Quadro 7 – Balanço patrimonial no modelo Fleuriet
  • Quadro 8 – Tipos da estrutura e situação financeira
  • Quadro 9 – Balanced Scorecard x Performance Prism
  • empresas................................................................................................................... Quadro 10 - Benefícios da Utilização da Contabilidade Gerencial em pequenas
    1. INTRODUÇÃO
    1. REFERENCIAL TEÓRICO
  • 2.1 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
  • 2.2 CONTABILIDADE FINANCEIRA E CONTABILIDADE GERENCIAL
  • 2.3 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL
  • 2.4 CONTADOR GERENCIAL..............................................................................
    1. CONTABILIDADE GERENCIAL NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.....
  • 3.1 PLANEJAMENTO
  • 3.2 CUSTEIO
  • 3.3 TOMADA DE DECISÃO
  • 3.4 CONTROLE
    1. A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL....................................
    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS
    1. REFERÊNCIAS

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2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Não há unanimidade na definição conceitual de micro e pequena empresa (MPE). Segundo Souza (2008, apud SILVA e MARION, 2013) a primeira definição legal de pequena empresa surgiu nos Estados Unidos, em 1948, pelo Selective Service Act , uma espécie de estatuto da pequena empresa, naquele país, e as premissas básicas para o enquadramento de pequena empresa não poderia ter uma posição dominante no comércio ou na indústria; não poderia fazer a contratação de mais de 500 funcionários; e teria que ser possuída e operada de forma independente. No quadro 1 , são apresentados os principais critérios adotados para definir as empresas de micro e pequeno porte: Quadro 1 – Definições de micro e pequenas empresas Fonte: Adaptado de IBGE (2003) No Brasil, o conceito mais utilizado é o do Art. 3º da Lei Complementar 123, Porta da Empresa Valor da Receita Bruta Pessoas Ocupadas Lei nº 123/06, art. 3º, § 1º e § 2º Lei nº Complementar 139/ Microempresas Até 360 mil reais. Empresas de Pequeno Porte De 360 mil reais até 4, milhões de reais. Sebrae Microempresas Até 19 na indústria e construção e até 9 no comércio e serviços Empresas de pequeno porte De 20 a 99 na indústria e construção e de 10 a 49 no comércio e serviços. BNDES Microempresas Menor ou igual a 2,4 milhões de reais. Empresas de Pequeno Porte Maior do que 2,4 milhões de reais e menor ou igual a 16 milhões de reais.

15 de 14 de dezembro de 2006 (Brasil, 2006), que considera microempresas ou empresas de pequeno porte as empresas que aufiram, em cada ano calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) no caso de microempresa; e receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) no caso de empresa de pequeno porte.. As Micro e Pequenas Empresas têm considerável importância na economia brasileira. Segundo pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), em parceria com o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (DIEESE) (2018), as MPE respondem por mais da metade dos empregos privados no país. Ainda de acordo com a pesquisa, as micro e pequenas empresas foram responsáveis pelo pagamento de 44% da massa de salários no país. Silva e Marion (2013) destacam que as micro e pequenas empresas oferecem uma significativa contribuição na economia brasileira e mundial, pois além de produzirem bens e serviços e absorverem uma considerável mão de obra, também estimulam a competição entre as empresas, tem capacidade de inovação e apresentam um enorme potencial de crescimento. Apesar da sua grande função social e econômica, há, ainda, uma grande dificuldade na continuidade das microempresas. Segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE (2016), aproximadamente metade das microempresas não conseguem sobreviver por mais de 2 anos. A Figura 1 ilustra os dados obtidos nesse estudo:

17 normalmente são administradas pelos próprios sócios, que têm formação técnica ligada ao seu negócio, mas sem formação administrativa de gestão, o que tem levado a um grande número de encerramento dessas empresas nos seus primeiros anos de vida. 2.2 CONTABILIDADE FINANCEIRA E CONTABILIDADE GERENCIAL No estudo da Contabilidade, é necessário diferenciar a Contabilidade Financeira da Contabilidade Gerencial, tendo em vista que, apesar de ambas serem ramos da Contabilidade, possuem enfoques diferentes. De acordo com Marion e Ribeiro (2011), quando falamos em Contabilidade Financeira ou Geral, estamos nos referindo à contabilidade no seu sentido mais amplo, considerada a ciência social que tem por objetivo o controle do patrimônio de todas as organizações, sejam elas públicas ou particulares tenham ou não finalidade lucrativa. Já a Contabilidade Gerencial, na concepção de Padoveze (2012), caracteriza- se como o segmento da ciência contábil que congrega o conjunto de informações necessárias à administração que complementam as informações já existentes na Contabilidade Financeira. De acordo com Iudícibus (1987 apud Padoveze, 2012, p. 11): a Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade de Custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório. Sendo assim, a Contabilidade Gerencial não substitui a Contabilidade Financeira, ela complementa suas informações de modo a auxiliar os usuários internos no processo de tomada de decisão. O Quadro 2 ilustra as diferenças entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial: Quadro 2 – Contabilidade Financeira x Contabilidade Gerencial Itens Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Usuários as Informações Externo: acionistas, credores e autoridades fiscais. Interno: funcionários, gerentes e executivos.

18 Objetivo Reportar o desempenho passado com finalidades externas; contratos com proprietários e credores. Informar para tomada de decisões internas feitas por empregados, gestores e executivos: feedback e controle do desempenho das operações. Temporalidade Histórica; passada. Corrente; orientada para o futuro. Diretrizes restritivas Reguladas: regras direcionadas por princípios de contabilidade e por autoridades governamentais. Sem regras estabelecidas: sistemas e informações determinados por gerentes para encontro de necessidades estratégicas e operacionais. Tipo de informação Medidas financeiras somente. Financeiras mais medidas operacionais e físicas sobre processos, tecnologias, fornecedores, clientes e competidores. Natureza da informação Objetiva, auditável, confiável, consistente, precisa. Mais subjetiva e de juízos; válidas, relevantes, acuradas. Escopo Altamente agregado; relatórios sobre a organização inteira. Desagregado, de informação a ações e decisões locais. Unidades de mensuração Padrão monetário do país. Qualquer unidade física ou padrão monetário. Fonte: Crepaldi e Crepaldi (201 7 , p. 1 1 ) Diante do exposto, enquanto a Contabilidade Financeira evidencia a situação da empresa para os variados usuários externos de forma regulamentada, a fim de evitar imperícias, imprudências e facilitar sua compreensão, a Contabilidade Gerencial auxilia o gestor aliando as informações trazidas pela Contabilidade Financeira, juntamente com informações sobre planejamento, custos e desempenho, para tomada de decisão.

20 Entre 1965 e 1985 Redução de perdas de recursos em processos organizacionais. Preocupação com a redução de custos durante o processo operacional.

_- Gestão Baseada em Atividades (ABC)

  • Centros de Responsabilidade
  • Preço de Transferência
  • Custo Meta
  • Métodos de Custeio Kaizen
  • Custeio do Ciclo de Vida_ _A partir de 1985 Criação de valor através do uso efetivo dos recursos. Demonstra a preocupação com a criação de valor por meio do uso eficiente dos recursos.
  • Planejamento Estratégico
  • Balanced Scorecard
  • Métodos de Avaliação de Desempenho: EVA e MVA_ Fonte: Carraro et. al ( 2018 , p. 24 ) Como observado, a Contabilidade Gerencial passou de um foco mais voltado aos custos para avaliação mais estratégicas, incluindo indicadores financeiros e não financeiros, bem como informações internas e externas. Ressalta-se, no entanto, que a pesar de haver uma grande mudança no enfoque, os métodos mais modernos não substituem os métodos antigos. A Figura 2 ilustra os enfoques dos estágios evolutivos da Contabilidade Gerencial. Figura 2 – Foco dos estágios evolutivos da Contabilidade Gerencial

21 Fonte: Adaptado de IFAC (1998 apud Carraro et. al , 2018, p. 25) Destarte, é possível observar que os estágios mais avançados incorporam os estágios anteriores. Deste modo, compreende-se que não é possível haver uma contabilidade gerencial estratégica sem que haja o controle operacional presentes na contabilidade gerencial tradicional. 2.4 CONTADOR GERENCIAL No estudo da Contabilidade Gerencial, é importante entender o perfil do contador gerencial, uma vez que esse possui atribuições diferentes do contador financeiro. Crepaldi, S e Crepaldi, G (2017) ressaltam que o contador gerencial, necessitará de formação bem diferente daquela exigida para o profissional que atua na contabilidade financeira devido à natureza das funções que lhe são solicitadas a desempenhar. Os autores acrescentam que é necessário que os contadores gerenciais ultrapassem a informação contábil para serem proativos no fornecimento de dados pertinentes e oportunos sobre essas questões empresariais mais amplas. Sendo a Contabilidade Gerencial tão importante na tomada de decisão, é requisito ao Contador Gerencial conhecimento contábil, financeiro, estatístico, econômico, administrativo, uma vez que este lidará com informações financeiras e não financeiras, de ambientes interno e externo. Carraro et. al (2018, p. 14) avaliam que uma deficiência que se encontra na Contabilidade Gerencial é a necessidade de expandi-la, visto que muitas vezes ela se preocupa apenas com os custos da empresa e não com todo o conjunto de informações. Os autores sugerem que o Contador Gerencial deve desenvolver uma mentalidade voltada ao gerenciamento, bem como desenvolver habilidade de tratar adequadamente as informações operacionais e não operacionais, fornecendo informações úteis, fidedignas e tempestivas aos gestores responsáveis pela tomada de decisões. Para o Chartered Global Management Accountant (CGMA) (2014, p. 13), espera-se que o Contador Gerencial: (a) aplique as habilidades de contabilidade e finanças; (b) garantam que essas habilidades sejam aplicadas no contexto do negócio; (c) influenciem as decisões, ações e comportamentos dos outros; e (d) liderem a organização em diferentes níveis.