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A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e suas Relações Econômicas, Notas de estudo de Comércio

A história da comunidade dos estados independentes (cei), formada por rússia, ucrânia e belarus, e suas relações econômicas antes e depois da sua criação. O texto aborda a importância da cei para manter a unidade e a soberania dos estados-membros, a desagregação da união soviética e o sistema econômico anterior, a burocratização e a falta de competitividade, e o comércio entre os países da cei.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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ESCOLA MUNICIPAL
PROFESSORA JANDIRA PEIXOTO
BORDIGNON
ATIVIDADE PEDAGÓGICA
Ano de escolaridade: 9º
Nome: _________________________________________________________Turma_________________
SEMANA 13 (GEOGRAFIA)
A COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES (CEI)
Rússia, Ucrânia e Belarus, as três repúblicas mais importantes da extinta União Soviética, fundaram
a CEI, uma organização confederativa que visa manter a unidade e a soberania dos Estados-membros, com
certa autonomia política e econômica. Parte de seus membros localiza-se na Europa e em parte na Ásia. As
ex-repúblicas soviéticas Estônia, Letônia e Lituânia não aderiram à CEI. Após se declararem independentes,
elas iniciaram um processo de integração à União Europeia, concluído em 2004. Já a Geórgia se integrou à
CEI em 1994 e saiu em 2009, por ser contra o apoio da Rússia aos movimentos separatistas da Abkasia e
da Ossétia do Sul.
O fim da União Soviética e a formação da CEI
Em 1991, após a desagregação da União Soviética, iniciaram-se esforços para a criação da CEI. Era
essencial para a Rússia manter relações com as outras repúblicas independentes, tanto por interesses
militares (pois parte do arsenal nuclear e da frota da extinta União Soviética havia ficado em território de
nações agora independentes) como por questões energéticas (para manter o fornecimento dos oleodutos e
dos gasodutos que atravessam várias dessas repúblicas). Essa postura da Rússia gerou diversos conflitos
entre os pró-russos e os pró-europeus.
Relações econômicas antes da CEI
Embora a CEI tenha sido fundada em 1991, a integração entre os países-membros precede o
surgimento do bloco, e as relações econômicas do Leste Europeu foram construídas ao longo das décadas
anteriores.
Durante o regime socialista, as economias do bloco oriental fortaleceram o sistema baseado na
reforma agrária, realizada a partir de 1917 para obter controle total dos setores agrícola e industrial, e se
tornarem autossuficientes e independentes do comércio com países capitalistas. Esse sistema promoveu a
coletivização das propriedades agrícolas, que passaram a ser controladas pelos governos. Criaram-se,
assim, cooperativas de propriedades privadas denominadas kolkhoses e fazendas coletivas altamente
mecanizadas e gerenciadas diretamente pelo governo chamadas sovkhoses, para controlar toda a
produção agrícola e aumentar o excedente do setor.
Com a desagregação da União Soviética, esse sistema foi praticamente abolido. As propriedades
agrícolas foram privatizadas, tal como outras áreas da economia. A criação do Conselho de Assistência
Econômica Mútua (Comecom), em 1949, também representou o aprimoramento das relações comerciais
anteriores ao surgimento da CEI. O intuito era contrabalancear o Plano Marshall, isto é, a aliança capitalista
edificada pelos Estados Unidos para apoiar a reconstrução da Europa, arrasada pela Segunda Guerra
Mundial, além de promover a integração econômica. A maior parte das trocas comerciais ocorria de maneira
bilateral, e os demais países influenciados pelo regime socialista orbitavam a União Soviética. O Comecom
também foi desfeito no começo da década de 1990, após a desagregação da União Soviética.
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ESCOLA MUNICIPAL

PROFESSORA JANDIRA PEIXOTO

BORDIGNON

ATIVIDADE PEDAGÓGICA

Ano de escolaridade: 9 º Nome: _________________________________________________________Turma_________________ SEMANA 13 – (GEOGRAFIA)

A COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES (CEI)

Rússia, Ucrânia e Belarus, as três repúblicas mais importantes da extinta União Soviética, fundaram a CEI, uma organização confederativa que visa manter a unidade e a soberania dos Estados-membros, com certa autonomia política e econômica. Parte de seus membros localiza-se na Europa e em parte na Ásia. As ex-repúblicas soviéticas Estônia, Letônia e Lituânia não aderiram à CEI. Após se declararem independentes, elas iniciaram um processo de integração à União Europeia, concluído em 2004. Já a Geórgia se integrou à CEI em 1994 e saiu em 2009, por ser contra o apoio da Rússia aos movimentos separatistas da Abkasia e da Ossétia do Sul. O fim da União Soviética e a formação da CEI Em 1991, após a desagregação da União Soviética, iniciaram-se esforços para a criação da CEI. Era essencial para a Rússia manter relações com as outras repúblicas independentes, tanto por interesses militares (pois parte do arsenal nuclear e da frota da extinta União Soviética havia ficado em território de nações agora independentes) como por questões energéticas (para manter o fornecimento dos oleodutos e dos gasodutos que atravessam várias dessas repúblicas). Essa postura da Rússia gerou diversos conflitos entre os pró-russos e os pró-europeus. Relações econômicas antes da CEI Embora a CEI tenha sido fundada em 1991, a integração entre os países-membros precede o surgimento do bloco, e as relações econômicas do Leste Europeu foram construídas ao longo das décadas anteriores. Durante o regime socialista, as economias do bloco oriental fortaleceram o sistema baseado na reforma agrária, realizada a partir de 1917 para obter controle total dos setores agrícola e industrial, e se tornarem autossuficientes e independentes do comércio com países capitalistas. Esse sistema promoveu a coletivização das propriedades agrícolas, que passaram a ser controladas pelos governos. Criaram-se, assim, cooperativas de propriedades privadas — denominadas kolkhoses — e fazendas coletivas altamente mecanizadas e gerenciadas diretamente pelo governo — chamadas sovkhoses, para controlar toda a produção agrícola e aumentar o excedente do setor. Com a desagregação da União Soviética, esse sistema foi praticamente abolido. As propriedades agrícolas foram privatizadas, tal como outras áreas da economia. A criação do Conselho de Assistência Econômica Mútua (Comecom), em 1949, também representou o aprimoramento das relações comerciais anteriores ao surgimento da CEI. O intuito era contrabalancear o Plano Marshall, isto é, a aliança capitalista edificada pelos Estados Unidos para apoiar a reconstrução da Europa, arrasada pela Segunda Guerra Mundial, além de promover a integração econômica. A maior parte das trocas comerciais ocorria de maneira bilateral, e os demais países influenciados pelo regime socialista orbitavam a União Soviética. O Comecom também foi desfeito no começo da década de 1990, após a desagregação da União Soviética.

A burocratização e a falta de competitividade O controle estatal sobre todos os ramos da economia e da política soviética consolidaram uma enorme e ineficiente estrutura burocrática governamental. A planificação centralizada levou à criação de um sistema hierárquico que tornava lentas as tomadas de decisão e dificultava a transmissão de informações relevantes sobre a situação econômica e social. Assim, a implementação de medidas sociais, econômicas e políticas envolvia um processo demorado. Os países-membros da CEI apresentavam um sistema produtivo pouco diversificado e tecnologicamente atrasado. Diante dessa defasagem, muitos setores produtivos desse bloco tiveram de se adaptar à estrutura competitiva do mercado internacional. A conversão das economias planificadas em economias de mercado provocou, em um curto prazo, desemprego e diminuição de renda das camadas sociais mais desfavorecidas. A falta de competitividade e de investimentos em pesquisa, em setores como o automobilístico e o de eletrodomésticos, provocou uma estagnação das economias do Leste Europeu, somando-se à limitada produtividade e à baixa qualidade dos bens de consumo. No mesmo período, a produtividade dos países do bloco ocidental crescia rapidamente. Apesar dessas limitações, alguns países da CEI são grandes produtores agrícolas, especialmente de grãos. É o caso, por exemplo, da Ucrânia, que está entre os maiores produtores de trigo e milho do mundo. O comércio entre os países da CEI O controle rigoroso exercido pela Rússia, que antes garantia o equilíbrio entre as demandas e as ofertas do comércio regional, promoveu o rompimento dos vínculos existentes entre os países que depois vieram a constituir a CEI, especialmente em relação às trocas comerciais, que sofreram uma queda drástica. Com o fim da centralização, cada país procurou se integrar ao comércio internacional da maneira mais favorável a seus interesses. Desde sua criação, a CEI encontra dificuldades para se manter. Muitas das repúblicas que a integram se aproximaram da União Europeia. Apesar disso, a Rússia tenta manter certa hegemonia sobre esse bloco, muitas vezes à custa de conflitos (veja a seguir). A Revolução Laranja Um exemplo da luta pela hegemonia sobre as antigas repúblicas soviéticas foi a Revolução Laranja. Em 2004, nas eleições presidenciais da Ucrânia, houve uma fraude para evitar que o candidato pró-europeu chegasse à presidência. Como resposta, a população organizou diversos protestos e ocorreram atos de desobediência civil, além de greves. O partido pró-russo tentou evitar de todas as formas que Viktor Yushchenko ocupasse o poder em Kiev. A eleição teve de ser refeita, e a vitória do partido europeísta foi reconhecida. Confrontos semelhantes entre pró-russos e pró-europeus ocorreram em outras ex-repúblicas soviéticas, como a Geórgia.

  1. Leia o texto abaixo e responda às questões. [...] A revolta húngara aconteceu logo após o XX Congresso do Partido Comunista da URSS. [...] Duas propostas do PC húngaro chamavam a atenção: a formação de um governo que representasse todas as tendências políticas do país e a retirada da Hungria do Pacto de Varsóvia. [...] Doze anos mais tarde, em 1968, acontecimentos mais ou menos semelhantes ocorreram na Tchecoslováquia. [...] A terceira grande crise no Leste Europeu ocorreu no início dos anos 1980 e teve lugar na Polônia [...]. Essas três crises mostraram que, enquanto a URSS fosse forte, o modelo por ela imposto aos países do Leste Europeu permaneceria com poucas modificações. Mas começava a ficar claro que, se fracassos ocorressem no interior do sistema soviético, isso aceleraria o desgaste da doutrina socialista como elo unificador desses países. a) É possível estabelecer uma relação entre as três crises descritas no texto? Justifique.



b) Apenas a doutrina socialista era suficiente como “elo unificador”? Justifique.




  1. Leia o trecho da reportagem a seguir. Autoridade Geral de Fornecimento de Commodities (Gasc, na sigla em inglês) do Egito comprou 420 mil toneladas de trigo da Rússia, Ucrânia e França em leilão realizado na quarta-feira (15/3). São sete carregamentos. Deste total, 300 mil toneladas são da Rússia, 60 mil toneladas da Ucrânia e outro volume igual a este da França. Considerando o cenário econômico retratado na reportagem, o que é possível afirmar em relação aos países do Leste Europeu? _____________________________________________________________________