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Procedimentos seguros para armazenar e manter diferentes tipos de depósitos na agricultura, Notas de estudo de Biologia

Este documento fornece instruções sobre como armazenar e manter diferentes tipos de depósitos na agricultura, incluindo bujões de gás, grãos, defensivos agrícolas, adubos químicos e combustíveis. Além disso, ele fornece orientações sobre como proceder em caso de incêndios e queimadas autorizadas.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 08/12/2010

Alfredo_88
Alfredo_88 🇧🇷

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BIOSSEGURANÇA NO CAMPO
Módulo 1
Este curso se propõe a prestar informações importantes sobre a
biossegurança no campo. Este curso foi elaborado pelo Prof. Estevão Keglevich e
Profª. Ivonete Parreira. Caso possuir sugestões ou informações complementares,
contate-nos.
Todas as referências bibliográficas no final do segundo módulo. Ao concluir o
estudo deste módulo, solicite o PRIMEIRO ESTUDO DIRIGIDO, para verificar sua
aprendizagem e dúvidas.
1. SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
Cuidados para evitar incêndios:
- Assegurar o bom estado dos quadros da rede elétrica;
- Assegurar o uso adequado das tomadas conforme recomendações técnicas;
- Armazenamento dos bujões de gás em local bem ventilado fora das benfeitorias;
- As benfeitorias devem ser fechadas adequadamente, porém, permitir o acesso
para contenção de incêndio;
- Ter e manter o aceiro nas divisas da propriedade sempre conservado e,
especialmente, ao redor de áreas de matas, reflorestamentos e capoeiras;
- Os depósitos de armazenamento de grãos devem ser bem ventilados;
- Os depósitos de defensivos agrícolas, de medicamentos veterinários, de adubos
químicos devem ser dispostos de maneira tal que permitam uma boa ventilação;
- Os combustíveis devem ser acondicionados em recipientes adequados, dispostos
na garagem agrícola, em área isolada com grades de proteção, que possam ser
trancadas e com a devida sinalização;
- Não utilizar a queimada como preparo de solo para o cultivo;
- Na queima de restos culturais contaminados com microorganismos patogênicos,
ou corpos de animais mortos, fazer aceiro;
- Fazer a manutenção da cerca elétrica conforme recomendação do fabricante;
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Baixe Procedimentos seguros para armazenar e manter diferentes tipos de depósitos na agricultura e outras Notas de estudo em PDF para Biologia, somente na Docsity!

BIOSSEGURANÇA NO CAMPO

Módulo 1

Este curso se propõe a prestar informações importantes sobre a biossegurança no campo. Este curso foi elaborado pelo Prof. Estevão Keglevich e Profª. Ivonete Parreira. Caso possuir sugestões ou informações complementares, contate-nos. Todas as referências bibliográficas no final do segundo módulo. Ao concluir o estudo deste módulo, solicite o PRIMEIRO ESTUDO DIRIGIDO, para verificar sua aprendizagem e dúvidas.

1. SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS

Cuidados para evitar incêndios:

  • Assegurar o bom estado dos quadros da rede elétrica;
  • Assegurar o uso adequado das tomadas conforme recomendações técnicas;
  • Armazenamento dos bujões de gás em local bem ventilado fora das benfeitorias;
  • As benfeitorias devem ser fechadas adequadamente, porém, permitir o acesso para contenção de incêndio;
  • Ter e manter o aceiro nas divisas da propriedade sempre conservado e, especialmente, ao redor de áreas de matas, reflorestamentos e capoeiras;
  • Os depósitos de armazenamento de grãos devem ser bem ventilados;
  • Os depósitos de defensivos agrícolas, de medicamentos veterinários, de adubos químicos devem ser dispostos de maneira tal que permitam uma boa ventilação;
  • Os combustíveis devem ser acondicionados em recipientes adequados, dispostos na garagem agrícola, em área isolada com grades de proteção, que possam ser trancadas e com a devida sinalização;
  • Não utilizar a queimada como preparo de solo para o cultivo;
  • Na queima de restos culturais contaminados com microorganismos patogênicos, ou corpos de animais mortos, fazer aceiro;
  • Fazer a manutenção da cerca elétrica conforme recomendação do fabricante;

Como proceder em caso de queimadas autorizadas pelo órgão competente:

  • Avisar os vizinhos e confrontantes antes da realização da queimada;
  • A região a ser queimada deve ser isolada e dividida em pequenas áreas, sendo efetuada a operação em apenas uma das áreas de cada vez;
  • O isolamento da região a ser queimada se faz retirando-se de suas divisas os materiais combustíveis;
  • Deve-se escolher o horário adequado para efetuar a operação, ou seja, período que não faça muito calor;
  • Deve-se evitar dias de sol quente ou de ventania;
  • O fogo deve ser iniciado de maneira que os ventos locais estejam impossibilitados de transportar faíscas às regiões não programadas;
  • Enquanto houver vestígios de fogo, a permanência de pelo menos uma pessoa no local se faz necessária, para combater a propagação das chamas em locais não programado.

Materiais e Equipamentos para controlar incêndios:

  • Ter a disposição e em local de fácil acesso, próximo ao depósito de defensivos agrícolas e da garagem agrícola, especialmente, um extintor de espuma. Esse extintor é indicado especialmente para incêndio com material inflamável (álcool, gasolina, querosene), e pode ser utilizado com bom resultado para materiais como madeira, papel e tecido.
  • Os extintores devem estar dentro do prazo de validade;
  • Ter abafadores de incêndio, que são utilizados para combate de queimadas em pastagens;
  • Fazer pequenos reservatórios de água em pontos estratégicos (próximos a mata, a depósitos, e as benfeitorias), com saídas de água com engates para acoplar as mangueiras, ou que permitam a adaptação do sistema de irrigação, que poderia ser aproveitado quando adaptado para combate de incêndio;
  • Ë importante ter pelo menos uma pessoa treinada e responsável por esses procedimentos e fazer um treinamento com os empregados e familiares; ou ter na comunidade rural uma equipe, composta por trabalhadores e proprietários das

Este método não pode ser adotado para incêndios de grande proporções ou naqueles que irradiam muito calor.

  • Ataque paralelo: consiste na execução de uma faixa de controle, denominada cortafogo, paralela às margens da área incendiada, a uma distância que permita segurança, fora da zona de calor e fumaça. O corta-fogo é uma faixa onde foram retirados todos os materiais combustíveis, tais como: mato, arbustos, palhas, árvores, etc., com a finalidade de isolar o incêndio;
  • Ataque indireto: é utilizado de preferência nos grandes incêndios ou naqueles em que se tornam impraticáveis os métodos anteriores. O ataque indireto é o combate ao fogo, trabalhando a alguma distância de seu perímetro, isto é, quando se faz com o arado uma faixa em torno do fogo (barreira natural) ou então coloca-se fogo de encontro a partir da linha construída;
  • Fogo de encontro (SENAR, 1995).

Como proceder em caso de tempestade de raios:

  • Desligar os equipamentos da rede elétrica, mantendo-se apenas um aparelho da rede conectado, normalmente em residências é a geladeira, e na área de trabalho um rádio se puder desligar o tanque de resfriamento;
  • Não utilizar o telefone, recomenda-se desligá-lo.
  • No campo não ficar embaixo das árvores, próximo de cercas; não abrigar-se em cataventos; não deitar no chão;
  • No campo agachar-se de cócoras e apoiar a cabeça no joelho entre as pernas ou abrigar-se em construções; não ficar com as roupas molhadas; 2. DO SANEAMENTO BÁSICO RURAL: São cuidados a serem tomados no ambiente, de trabalho de campo em geral, no intuito de minimizar as situações de risco as quais o trabalhador está exposto. abordados por Barreto (1984). A zona rural, além de oferecer melhores condições para a proliferação de vetores biológicos de várias moléstias, é, também , menos protegida que o centros urbanos. É muito importante se ter a consciência que o controle de mosquitos, moscas e roedores, da proteção do abastecimento de água e do sistema de esgotos no ambiente rural, é fundamental para controlar as moléstias transmitidas ao homem

através de vetores biológicos, de água, de alimento crus, peculiares a animais, mas suscetíveis de atacar o homem, aos quais ele está exposto no trabalho rural.

Moléstias transmitidas por vetores biológicos:

  • Úlcera-de-Bauru: transmitida pelo inseto flebótomo ou birigui, cuja profilaxia é o uso de inseticida ou, a defesa contra a picada do inseto ao evitar a permanência nas florestas ao entardecer ou em dia nublados, protegendo as partes expostas com luvas e polainas, construindo habitações ou acampamentos retirados das matas no mínimo 1500m; providenciando o entelamento das portas e janelas.
  • Leishmaniose visceral: transmitida pelo inseto flebótomo ou birigui ou por ingestão de água ou alimento contaminado com o agente patológico. Profilaxia idêntica a anterior.
  • Moléstia de Chagas: transmitida pelo inseto barbeiro ( Triatoma infestans ). Profilaxia: combater o vetor através da melhoria das habitações e da educação sanitária do povo.
  • Malária: constitui num dos maiores flagelos das zonas rurais. Os mosquitos vetores dispõe-se nas águas doces, salinas, alagadiços. A profilaxia consiste em isolar o paciente de modo que curado deixe de ser foco de dispersão da doença.
  • Filariose. Transmitida pelo mosquito doméstico de hábitos noturnos, o Culex fatigans. A profilaxia, para defesa pessoal, consiste no uso de repelentes e de mosquiteiros e entelamento das habitações e benfeitorias rurais. Ao nível coletivo, a eliminação do Culex em estado larvário, pela extinção de poças de água, e contra o Culex adulto, uso de inseticida.
  • Tifo enxantemático: são causadas por germes transmitidos por artrópodes, como o piolho do corpo. A profilaxia é a higiene corporal, aplicação de parasiticida e desinfeção das roupas na estufa.
  • Febre maculosa: o vetor tem um hospedeiro diferente em cada estádio evolutivo. Na fase larval parasita o homem, é o piolho pólvora ou carrapatinho-micuim ou piolhoestrela. A profilaxia é o combate ao carrapato pela rotação e limpeza dos pastos. Banho carrapaticida no gado, limpeza dos lugares onde ele vive habitualmente e facilidade no desenvolvimento dos inimigos naturais, tais como aves, formigas, etc.
  • Febre Recorrente: transmitida pelo piolho do corpo, raramente pelo da cabeça.
  • Mormo: doença dos equídeos. Doença crônica, muito patogênica ao homem. A Profilaxia é a assepsia e educação sanitária, mostrando a gravidade da moléstia e os cuidados que devem ser observados para evitá-la.
  • Brucelose: Doença que causa a o aborto nos animais. Pode ser transmitida ao homem pelo leite de cabra ou de vaca, pela poeira dos currais, anteriormente empapada com a urina do animal contaminado, e, por, contágio direto, do animal ao homem ao tratar as vacas e cabra ao abortarem, conseqüência da doença.
  • Tétano: encontra-se no trato alimentar de cavalos e vacas, sendo expelida com as fezes. Inofensivas quando entram pela boca, são extremamente perigosas quando entram em feridas. A profilaxia é a vacina e a educação sanitária.
  • Raiva: Doença peculiar de animais de sangue quente., como o gato, o cavalo e a vaca. O homem pode adquirí-la pela mordida de animais raivosos ou pelo contato da saliva destes com escoriações da pele. A profilaxia é a vacinação de cães, eliminação de animais suspeitos, educação sanitária.
  • Aftosa: doença primária de bovinos, transmite-se ao homem pelo leite ou por contágio direto, pelas mãos. A profilaxia é a fervura ou pasteurização do leite, educação ambiental.

Outras moléstias comuns nas zonas rurais: Existem moléstias bastante freqüentes e cuja disseminação se faz principalmente através da poluição do solo pelas descargas intestinais. Juntamente com as fezes, os ovos do parasita vão ter ao solo, de onde passam aos indivíduos. Encontram-se, nesse grupo de doenças, o amarelão (ancilostomose), a lombriga (ascaridose) , etc. Outras doenças, como o tracoma, são transmitidas através do uso de objetos, como toalhas, lenços, etc., contaminados por secreções conjuntivais de indivíduos doentes. O hábito de várias pessoas utilizarem-se da mesma água de um recipiente para lavagens de mãos, rosto, etc., constitui uma das possibilidades de transmissão do tracoma (conjuntivite granulosa). A profilaxia dessas doenças baseia-se principalmente na disposição sanitária dos esgotos e em suprimento de água seguro do ponto de vista sanitário.

Proteção do abastecimento de água na zona rural Devido ao movimento das bactérias no solo, as distâncias mínimas que as

fontes de abastecimento devem guardar dos focos de poluição são fixadas com grande margem. A distância mínima segura para solo argiloso é de 15 metros, quando o foco de contaminação for fossa seca, tanque séptico ou linha de esgoto; 30 metros, quando se tratar de estábulo ou linhas de irrigação subsuperficial e, de 45 metros, no caso de fossas negras. A instalação de poço deve ser em terrenos de cota superior ao da fossa; afastamento de enxurradas das suas proximidades; impermeabilização das paredes até a profundidade mínima de três metros e revestimento com tijolos a seco na parte restante, tampa de concreto, cobertura razoável ,instalação de bomba (a extração de água por balde e corda é perigosa, o manipulador pode ser portador de germes patogênicos e contaminar, com as mãos a corda, o balde e por sua vez a água; a laje de cobertura deve ter declive para o exterior.

Disposição do esgoto no ambiente rural O número de fazendas sem privadas de qualquer espécie, ou com privadas mal construídas e mal localizadas, foco permanente de contaminação ainda é muito grande. Os esgotos são meios de transmissão de moléstias por poluição não só de cursos de água superficiais, como também do solo, de animais domésticos e de moscas. Existe grande interesse, tanto de ordem econômica quanto sanitária e social, em que os despejos sejam submetidos a tratamento adequado antes de seu lançamento nos corpos d'água. No caso do lançamento contínuo de despejos in natura num corpo receptor (rios, lagos, etc.), pode ocorrer o esgotamento do oxigênio disponível em solução, como conseqüência da estabilização da matéria orgânica, criando condições anaeróbicas. Com isso, ocorre o desaparecimento dos microorganismo aquáticos originais e a morte dos peixes e vegetais, deixando o corpo receptor inviável para uso como fonte de abastecimento de água potável e para recreação (GESP, 1989). Os sistemas de esgoto estático, no qual o dejeto não sofre veiculação através de canalização são: fossa negra, privada seca, privada tubular, privada química. Sistema de esgoto semidinâmico, no qual necessita-se de transporte hídrico, tem-se a fossa séptica (Barreto, 1984).

  • não usar o gelo de conservação das vacinas para conservar alimentos de consumo humano;
  • recolher as embalagens utilizadas em recipientes (no caso de agulhas) apropriados e armazená-los em locais seguros para aguardar a disposição final;
  • higiene na ordenha: a unha cortada do ordenhador evita ferimentos na teta, traumatismo e qualquer lesão do tecido glandular deixa-o sensível à invasão de microorganismos patogênicos ao animal.
  • evitar a contaminação entre os animais: as toalhas de pano são desaconselháveis para higienização das tetas por serem um dos principais meios de contaminação de um animal para outro.
  • observar características particulares de cada medicamento, sendo que alguns são absorvidos por mucosas, e exigem a proteção do aplicador com luvas e até máscara.
  • No caso do trabalho com algum tipo de ormônio, a precaução deve ser redobrada.
  • No caso de vacinação prolongada, Programar intervalor para descanso dos aplicadores que coincidam com as horas mais quentes do dia.

Alimentação dos animais:

  • Pastagens sem ervas espinhentas, ou fornecer pastagens em bom estado de conservação e nutricional, evitando que o animal, em busca de alimento, pastoreie em áreas com ervas espinhentas que causem traumatismo na úbere;
  • Da mesma forma fornecer água em quantidade e qualidade suficiente, de modo a não contrair uma doença;
  • Fornecer volumoso em bom estado, não fermentado 4. Cuidados com as construções rurais Nas construções rurais segundo (MYRRHA, 199?): As construções rurais destinadas ao manuseio do gado é importante ter algumas benfeitorias destinadas a contenção dos animais para segurança do animal e do operador:
  • Curralete de aparte: são áreas cercada do curral de manobra destinadas a separar animais em diferentes categorias. Por exemplo, bezerros, novilhas, garrotes, vacas em lactação, etc.
  • Seringa: serve para conduzir os animais até o tronco de contenção. Ela é formada por duas cercas que se afunilam em direção ao brete, cada uma em ângulo de 45

graus.

  • Tronco de contenção: serve para imobilizar os animais para marcação, vacinação, vermifugação e cura. Em geral, é coberto, para evitar que a chuva ou sol prejudiquem, por exemplo, a vacinação.
  • Apartador: usado para separar o gado, é um pequeno recinto, com espaço apenas para um animal de cada vez, no final do tronco de contenção individual, com acesso para os curraletes de aparte. Em geral, o apartador conduz os animais à rampa de embarque (Myrrha, 199?). 5. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS:

A descoberta dos inseticidas orgânico-sintéticos trouxe ao homem meios poderosos e eficazes de controle de pragas. Desde a introdução do DDT, a partir de 1940, a humanidade passou a usufruir de uma maior disponibilidade de alimentos e segurança, em relação aos insetos vetores de doenças. No entanto, é preciso ter em mente que os inseticidas devem ser empregados com inteligência, evitando que surjam efeitos indesejáveis (Nakano, 1986). Muitos dos pesticidas que as nações industrializadas baniram ou restringiram ainda são usados largamente nos países em desenvolvimento, e os pesticidas que são exportados para países em desenvolvimento, são freqüentemente usados por produtores e incapazes de ler as instruções nos rótulos e avisos de precaução. A quantidade de pesticidas que realmente atingem as pestes eqüivale a uma porcentagem muito pequena do total aplicado. Geralmente, menos de 0,1% do pesticida usado nas plantações alcança o alvo, e grande parte do restante pode contaminar o solo e as áreas de suprimento de água (Corson, 1996). Os maiores problemas de contaminação por defensivos agrícolas concentram-se em frutas, principalmente no morango, na batata, no tomate e no fumo, segundo técnicos da área de saúde. Amir Bertoni Gebara, citado na Gazeta Mercantil (2001), afirma que por falta de informação alguns produtores rurais usam determinado defensivo inadequado para sua cultura, o que é condenável porque pode eventualmente deixar resíduo no alimento, considerando que é prejudicial à saúde. A campanha sustenta que o uso de substância tóxica na indústria deveria:

  • Substituir a matéria prima

Cuidados no Uso de Defensivos Agrícolas: Precauções Gerais por Novo (1983).

  • Evitar o uso de defensivo, empregando técnicas alternativas como: métodos culturais, os físicos, os de controle por comportamento, os biológicos, os químicos e o controle integrado de pragas.
  • Sempre que for necessário o uso de um defensivo agrícola, aconselhamos procurar a orientação do engenheiro agrônomo;
  • Adquirir o produto mediante a posse do Receituário Agronômico, de forma a resguardar-se diante de danos físicos e materiais;
  • Os defensivos agrícolas são substâncias ou misturas de substâncias destinada a prevenir ou controlar as pragas e organismos causadores de doenças. Podemos classificá-los em função do organismo que vai ser controlado e, assim temos: inseticidas, acariciadas, inseticidas-acaricidas, nematicidas, fungicidas, bactericidas, herbicidas.
  • Todo defensivo agrícola deve ser usado com muito cuidado, pois a aplicação indiscriminada pode trazer inúmeros problemas, tanto para a saúde dos aplicadores e dos consumidores, como para o meio ambiente, que pode ser prejudicado de inúmeras maneiras, como por exemplo, na contaminação das águas, de solos, contaminação e morte de plantas e animais. O defensivo pode deslocar-se no meio ambiente, através de ventos, chuvas, etc., causando problemas locais muito distantes de onde foi aplicado. Por tudo isso, e pelo fato de não restarem dúvidas sobre a importância do uso de defensivos agrícolas para a produção de alimentos, que mais uma vez se afirma: é preciso muito cuidado no uso de defensivos agrícolas.
  • Verificar a validade do produto;
  • Manter a embalagem longe do fogo (Elanco Química LTDA , 1987)
  • Observar o período de carência para colher o fruto. Antes de vencer o período de carência , os frutos ainda contêm resíduos de defensivos que podem intoxicar as pessoas e/ou animais que tiverem contato com eles.
  • Classes Toxicológicas: estão classificados em quatro classes toxicológicas, de acordo com o perigo que representam para os seres humanos. A classe toxicológica é um indicador para o agricultor do grau de perigo que cada produto representa. São identificadas por uma faixa colorida existente na parte inferior do rótulo conforme a tabela abaixo:

Tabela: Classe Toxicológica dos Defensivos Agrícolas CLASSE TOXICOLÓGICA TOXICIDADE COR DA FAIXA I Altamente tóxico Vermelha II Medianamente tóxico Amarela III Pouco Toxico Azul IV Praticamente não tóxico Verde Fonte: (NOVO, 1983)

Deve-se ter em mente que os defensivos de todas as classes são tóxicos (nocivos), dependendo da forma como são usados. Alguns cuidados são recomendados, conforme a classe do produto que está aplicando: Classe I e II : durante a manipulação, preparação da calda ou a aplicação, use macacão com mangas compridas capa ou avental impermeável, chapéu impermeável de abas largas, botas, e máscaras protetoras especiais, providos de filtros adequados a cada tipo de produto; para a classe I acrescentar: óculos protetores, luvas impermeáveis; Classe III e IV : durante a manipulação, preparação da calda ou a aplicação, use macacão com mangas compridas, chapéu de abas largas (impermeável para a classe III) Proteção Pessoal:

  • Ter no escritório ou ambiente que sirva para tal, um local onde serão guardadas as bulas que acompanham os defensivos, para consulta quanto aos procedimentos de manuseio e, especialmente nos casos de acidente;
  • Registrar todos os acidentes ocorridos em um livro de ocorrência;
  • Recomenda-se o uso de roupas de adequadas como calça comprida, camisa de manga comprida ou macacão, estes podem ter adaptações especiais para o aplicador de defensivos, considerando ainda o tipo e o estágio da lavoura que será tratada, chapéu ou boné, máscara, luva; aconselha-se material leve, como algodão, para maior ventilação, cores claras para dissipação do calor e mesmo para facilitar a localização do indivíduo na lavoura, por questões operacionais do trabalho que estiver executando ou por ocorrência de acidente. Quando se trabalha com materiais de média ou alta toxicidade estes cuidados são obrigatórios;
  • É expressamente proibido fumar no local onde são guardados os defensivos,
  • Guarde o produto sempre na embalagem original e com etiqueta legível, vidros e pacotes devem estar bem fechados e lacrados (Gelmini & Tessarioli Neto, 1982).
  • Não armazene junto com alimentos, rações e produtos agrícolas;
  • O local de armazenamento deve ficar longe das habitações e abrigos para animais;
  • Evite o contato das embalagens com pisos, colocando-os sobre estrados de madeira;
  • Armazene somente embalagens fechadas e sem vazamentos;
  • Não permita o acesso de crianças e animais domésticos, no local de armazenamento.

No manuseio do produto (preparação e aplicação):

  • Ler e entender as instruções do rótulo antes de abrir a embalagem. Se outras pessoas deverão entrar em contato com o produto durante sua utilização, alertá-las no sentido de tomarem conhecimento das precauções a serem adotadas. Em caso de dúvida consulte seu superior, o técnico agrícola ou o engenheiro agrônomo (Gelmini & Tessarioli Neto, 1982);
  • Respeite sempre as precauções para cada classe toxicológica;
  • Ao abrir a embalagem, não toque o produto com as mãos, abrir cuidadosamente para não ser atingido por respingos ou pelo pó desprendido; nunca fure as embalagens, se for necessário utilize ferramentas adequadas para remover a tampa;
  • Provetas, copos graduados, funis, balanças, filtros, baldes, canecas, vasilhames e outros são os utensílios recomendados para o preparo das caldas; nunca use utensílios domésticos;
  • Faça as medidas de diluição com bastante precisão, em produtos muito concentrados gotas podem fazer bastante diferença.
  • Lembre-se que aplicar defensivo em quantidade acima do recomendado causa PREJUÍZO FINANCEIRO E AMBIENTAL.
  • Não utilize equipamentos de proteção individual e de aplicação danificadas e/ou defeituosos (Herbitécnica, 199?)
  • Para colocar o defensivo preparado no aparelho aplicador, utilize um funil adequado, isso evita que o produto caia fora do aparelho, contaminando outras áreas;
  • Se o tratamento não deu certo, não o repita. Procure o Técnico. Ele saberá o motivo pelo qual a aplicação não trouxe resultado e dará as devidas orientações.
  • Os equipamentos de Proteção Individual utilizados também devem ser lavados e guardados em local seguro.
  • Os aparelhos utilizados na aplicação dos defensivos agrícolas deverão ser guardados em local seguro e fora do alcance de crianças e animais;
  • Manipule o produto ao ar livre ou em ambiente ventilado, estando vestido de acordo, evitar aspirar vapor e o pó, inclusive por ocasião da aplicação efetuá-la na direção favorável do vento;
  • Evite encher o pulverizador até a boca, para que o produto não derrame;
  • Só faça pulverização nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde, quando o sol não está muito forte, pois a evaporação do produto diminui a sua eficiência. Não aplique em dias de vento forte.
  • Nunca lave os equipamento ou roupas de proteção em riachos, açudes ou rios; as quais devem ainda, ser lavadas separadamente das demais vestimentas comuns;
  • Evite sobras do produto e/ou da calda. Prepare somente a quantidade necessária à aplicação a ser feita. Nunca prepare produto para deixar armazenado.
  • Se a embalagem for totalmente esgotada, faça a tríplice lavagem Manipule o produto ao ar livre ou em ambiente ventilado, estando vestido de acordo, evitar aspirar vapores e pó, inclusive por ocasião da aplicação efetuá-la na direção do vento;
  • Evite o acesso de crianças no local de preparar a calda e no local de aplicação;
  • Não desentupa com a boca os bicos e outras partes das máquinas;
  • Não permita que a aplicação seja feita por pessoas sem condições de saúde;
  • Não permita que crianças preparem a calda e/ou apliquem defensivos;
  • Troque de roupa todos os dias e tome banho no término do serviço;
  • Não permita o acesso de pessoas e animais domésticos à cultura tratada por no mínimo três dias, a menos que o período de carência seja menor;
  • Não coma ou fume durante a manipulação dos produtos;
  • Utilizar equipamentos ou implementos adequados e em perfeito estado de conservação para evitar vazamentos e ter contato com o operador (Gelmini, 1983)
  • Preparar o equipamento adequadamente para a aplicação como limpeza e calibragem;
  • A calibragem deve ser feita com água limpa, calculando-se a quantidade de produto a ser aplicada. Geralmente se utilizam sacos plásticos amarrados aos aspersores, pare verificar a quantidade.

enquanto as demais apenas armazenam adequadamente o material recebido pelos agricultores (Gazeta Mercantil, 2001). DICA IMPORTANTE: O processo de tríplice lavagem NÃO deve ser realizado em cursos dágua, lagos, próximo à residências ou ainda a locais que tenham acesso de animais.

O processo de limpeza de embalagem já ocorre em algumas regiões produtoras. As revendas associadas, no ato da venda do defensivo, devem fornecer um manual para o agricultor, com as orientações para o procedimento a ser adotado com as embalagens a serem descartadas. No Posto de coleta credenciado, o agricultor receberá um comprovante confirmando a entrega da embalagem. Quando o posto acumular uma certa quantidade de embalagens, o material será coletado por uma empresa de coleta que dará a seqüência a reciclagem do material. Uma das alternativas é a transformação em tubos para fiação de transmissão de energia. Gaetan Dubois, biólogo do departamento de qualidade ambiental do Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), citado na Gazeta Mercantil (2001) afirma que com a falta de informação, muitos produtores rurais dão destinação inadequada às embalagens vazias de defensivos, como enterrar ou queimar estes materiais. Ao enterrar o material vazio, o agricultor diminui a área útil de sua lavoura e cria um foco permanente de contaminação do solo e subsolo, podendo contaminar os lençóis freáticos e águas superficiais (Gazeta Mercantil, 2001). Sobre a Lavagem Adequada das Embalagens (AEASP, 1992) afirma: Tríplice Lavagem é o procedimento que implica em enxaguar três vezes a embalagem vazia, internamente. Este processo deverá ser executado imediatamente após o esvaziamento da embalagem, durante o preparo da calda, porque, os restos do produto poderão secar dentro das embalagens e dificultar ou mesmo impedir a sua retirada. Com isso, o usuário tem a oportunidade de utilizar o líquido da lavagem na pulverização e não desperdiçar um produto, muitas vezes de custo elevado. Após este procedimento, a embalagem estará devidamente lavada e possível de destinação final adequada. É importante salientar, que mesmo com a Tríplice

Lavagem as embalagens vazias não podem ser reutilizadas pelo usuário para armazenar água, bebidas, alimentos, medicamentos e rações: apenas estar com níveis de resíduos adequados para o manuseio, o transporte e destinação final, seguros.

As embalagens rígidas são produzidas com:

  • vidro;
  • metálicas; aço, alumínio; folha de flandres;
  • plásticas: PEAD (polietileno de alta densidade); PET (polietileno tereftalato); COEX (polietileno co-extrudado).

Tríplice Lavagem: Procedimento para o sistema da Tríplice Lavagem:

  • Drene todo o conteúdo da embalagem no tanque pulverizador. Mantenha na posição vertical por pelo menos 30 segundos.
  • Adicione água até cerca de 1/4 do volume da embalagem. Feche a embalagem.
  • Agite ou role a embalagem para atingir todas as áreas do seu interior. A seguir, drene o líquido de lavagem no tanque do pulverizador. Tome cuidado para não ser atingido pelo líquido.
  • Repita o procedimento de lavagem e drenagem mais duas vezes.
  • Perfure as embalagens metálicas e plásticas lavadas, para evitar sua reutilização.
  • Use sempre equipamento adequado de proteção individual.
  • A redução de resíduos de defensivos agrícolas (0,3% do produto é retido na embalagem após o uso) na Tríplice Lavagem, avaliada através da análise da água de lavagem de diversas embalagens e formulações, é da ordem de 99,99% (AEASP, 1992). Para ter mais detalhes, assista uma animação em vídeo sobre a tríplice lavagem no seguinte endereço: http://www.inpev.org.br/responsabilidades/triplice_lavagem/responsabilidade_agricult or/responsabilidade_agricultor.asp

Posto de Recolhimento de Embalagens:

  • A Associação Nacional de Defensivos Agrícolas (ANDEF), entidade que administra, supervisiona o uso de defensivos desenvolveu um novo programa de gerenciamento