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Guias e Dicas
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Os Sete Chakras Principais e Sua Anatomia Energética, Notas de aula de Anatomia

Este documento aborda os sete chakras principais, sua localização no corpo, as glândulas, órgãos e psique relacionados, identidade, idade de desenvolvimento e desafios associados. Além disso, são fornecidas informações sobre a anatomia energética e a filosofia de vida relacionada aos chakras.

O que você vai aprender

  • Qual é a localização do Chakra Raiz e quais são suas glândulas, órgãos e psique relacionados?
  • Quais são as questões para avaliar o Chakra Esplénico?
  • Quais são os desafios associados ao Chakra do Plexo Solar?
  • O que é a anatomia energética e como está relacionada aos chakras?
  • Qual é a localização e a função do Chakra Cardíaco?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

EmiliaCuca
EmiliaCuca 🇧🇷

4.5

(111)

219 documentos

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Baixe Os Sete Chakras Principais e Sua Anatomia Energética e outras Notas de aula em PDF para Anatomia, somente na Docsity!

O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi

  • AGRADECIMENTOS Índice
  • INTRODUÇÃO
    • Como estudar e praticar este livro
      • Precauções
    • Para que serve trabalhar os Chakras
      • Isha Upanishad
  • I – CHAKRAS, A VISÃO CONTEMPORÂNEA
    • Os sete chakras principais
      • 1.º – Chakra Raiz
      • 2.º – Chakra Esplénico
      • 3.º – Chakra do Plexo Solar
      • 4.º – Chakra Cardíaco
      • 5.º – Chakra Laríngeo
      • 6.º – Chakra da Terceira Visão
      • 7.º – Chakra da Coroa
      • Resumo dos sete chakras principais
    • Os Chakras Secundários
      • Ao longo do eixo central
      • Fora do eixo central
      • Esquema dos chakras principais e secundários
    • Chakras, a perspetiva de Leadbeater
    • As Glândulas Endócrinas como centros energéticos
    • O Mesmerismo
      • O tratamento magnético
      • As 27 proposições de Mesmer
      • Reflexão
    • Resumo
  • II – ANATOMIA ENERGÉTICA E A SUA AVALIAÇÃO J 4 fi 4 M fl ū fl x i fi R
    • Os tipos de energia
      • Técnicas para a transformação da energia densa
    • As três camadas energéticas
      • O interior do corpo
      • A superfície do corpo
      • O campo envolvente do corpo
      • Exemplos da expressão da aura e canal energético
      • As interações da aura
    • A comunicação energética
      • As cores na aura
      • As formas na aura
      • Medir a Aura
    • Limpeza e Proteção Energética
      • Técnicas de limpeza
      • Técnicas de protecção
    • Os vários corpos
  • AVALIAÇÃO ENERGÉTICA - Como a energia comunica - A forma de um chakra - O tamanho de um chakra
    • Chakras de sensibilidade espiritual
      • Chakras capacitadores
      • Os chakras sensíveis
    • Os códigos para avaliação energética
      • O que é uma leitura energética
    • Como alinhar os chakras
      • Reiki para o alinhamento dos chakras
      • Os chakras e o seu entendimento pelos cinco princípios
      • Meditação
      • Os cristais
    • Resumo
  • III – CHAKRAS, A VISÃO ORIENTAL
  • LÉXICO CONCISO
  • O HINDUÍSMO O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi - Resumo dos conceitos hindus
    • Os princípios da manifestação, os Tattvas
      • Os princípios impuros
      • Asuddha-Suddha Tattvas – Princípios Puros / Impuros
      • Suddha Tattvas – Os tattvas puros
      • Paramashiva – A realidade Suprema
    • As nossas ações
      • Akasha ou registos akáshicos
      • Karma
      • As quatro funções da mente
  • PRANA - Os cinco tipos de prana
  • A ANATOMIA ENERGÉTICA - A constituição do corpo humano - Outra perspetiva dos corpos
    • A composição do canal energético
      • A coluna vertebral – Meru
      • Medula
      • Kanda
      • Os Nadis
      • O interior do canal energético
      • O Sushumna Nadi – o canal central
      • Ida e Pingala – Nadi esquerdo e direito
  • KUNDALINI - A Kundalini segundo Sri Ramakrishna - A Existência
    • Os nós
  • OS CHAKRAS - Chakra, a correspondência com a flor de lótus - Shatchara Upanishad
    • Várias representações de chakras
      • Um sistema de catorze chakras
      • Sistema de 20 Chakras
      • Sistema de 50 Chakras
    • Os chakras principais J 4 fi 4 M fl ū fl x i fi R
      • Muladhara Chakra
      • Svadhisthana Chakra
      • Manipura Chakra
      • Anahata Chakra
      • Vishuddha Chakra
      • Lalana ou Kala Chakra
      • Ajna Chakra
      • Bindu
      • Manas Chakra
      • Soma Chakra
      • Guru Chakra
      • Sahasrara
      • Brahmarandhra
      • Resumo dos 7 Chakras principais
    • Os chakras inferiores
      • Resumo das qualidades divinas e dos estados inferiores
    • A grande composição dos chakras
      • Mudras para a ativação dos Chakras
    • Yantras
      • Tattva Sadhana
      • Chayopasana
    • As divindades dos Chakras
  • MANTRAS - A composição de um Mantra - Exemplos de Mantras e os seus significados - OM – AUM, o maior de todos os Mantras
    • Mudras
    • Os poderes
      • Oito Siddhis principais
      • Os Siddhis menores
    • A Pesquisa dos Seis Chakras
      • Muladhara Chakra
      • Svadhisthana Chakra
      • Manipura Chakra
      • Anahata Chakra O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi
      • Vishuddha Chakra
      • Ajna Chakra
      • Sahasrara Chakra
      • Kundalini
    • Resumo da perspetiva hindu
  • A PERSPETIVA TIBETANA OU VAJRAYANA TANTRA - Os ventos - As bílis - A fleuma ou as mucosidades
    • Os tipos de doenças
      • Prática
    • Os canais energéticos
    • Os Chakras
      • Os chakras segundo o Kalachakra
      • Os Chakras segundo Naropa
      • Resumo dos Chakras
      • Os Mantras
      • Mantra Avalokitesvara – Om Mani Padme Hum
    • As nove respirações
      • Os três venenos
      • O conceito das nove respirações
      • A técnica das nove respirações
  • IV – FILOSOFIA DE VIDA
    • A filosofia de vida no Yoga, a perspetiva Hindu
      • A mente
      • Ética
      • Meditação
      • Integração Total
      • Os estágios do Yoga
      • Compreender a correta utilização da energia sexual
      • Viveka – Discernimento
  • O SAMADHI - O Samadhi - A perceção das formas e sons divinos J 4 fi 4 M fl ū fl x i fi R - O Samadhi e a realização de Brahman
  • UMA FILOSOFIA DE VIDA TIBETANA - Prática
    • Reflexões para o perdão
      • Meditação para o perdão interdependente
      • Meditação para a bondade
    • Resumo da Filosofia de Vida
  • REFLEXÕES FINAIS
  • LEITURAS RECOMENDADAS
  • BIBLIOGRAFIA

O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi

Agradecimentos

«O treino, de acordo com a lei natural deste mundo, desenvolve

a espiritualidade humana. Quando te convenceres de que isto é

verdade, o teu treino empenhado trará a unificação com o Universo.

As palavras que falas e as ações que tomas tornam-se unas com

o Universo e trabalham sem esforço como o absoluto ilimitado.

Esta é a verdadeira natureza do ser humano.»

Mikao Usui

E

ste livro é o resultado do apoio e participação de muitas pessoas, por-

que em tudo tem de haver prática para haver comprovação e as ideias

não são criadas, elas surgem de uma dinâmica de partilha entre nós e os

outros, assim como da observação da realidade.

Os meus agradecimentos genuínos vão para o Mestre Usui pelos seus

ensinamentos inspiradores, à Sílvia pela sua constante presença e par-

tilha de prática, à minha professora Ana Maria de Jesus, à Leonor Parra

pelas ilustrações, à Maria Ribeiro por ter participado nas fotografias, as-

sim como a todos aqueles a quem eu consultei desde os meus 1 9 anos

e cujo trabalho terapêutico me permitiu compreender os conceitos da

energia e do nosso corpo energético. Um muito obrigado a todos aque-

les que me pediram para escrever este livro e a todos os meus alunos

que me têm apoiado para estas práticas.

Não posso deixar de agradecer a toda a incrível equipa da Editora

Nascente, pelo grande apoio, auxílio, carinho e amizade.

J 4 fi 4 M fl ū fl x i fi R

Ainda com o meu querido avô, pude compreender outros aspetos da

energia telúrica: praticávamos, sentíamos, debatíamos e ouvia-o a escla-

recer outras questões deste ou daquele ponto. Lembro-me ainda de uma

experiência que fizemos com o Sri Yantra que nos trouxe grandes apren-

dizagens. Tudo isto para dizer que este campo é vasto, mas tem de ser

praticado, não é o saber de apenas um dia, de anos, é de uma vida ou de

vidas. Por isso mesmo, tudo o que aqui escrevo, quero que interpretes

apenas como uma partilha, por favor.

Um outro aspeto importante é que iremos abordar temas de espiri-

tualidade, de movimentos de caráter espiritual e ainda religiões. Não pre-

tendo, de forma alguma, criar-te confusão, divisão de pensamento, ou

instigar-te a outras religiões ou filosofias, nem pensar. Por favor, aborda

todos estes temas com lucidez, com racionalidade mental e espiritual,

com equilíbrio. Toma este livro como um ponto de partida e não como

um ponto de chegada, é apenas um pequeno saber para reflexão e práti-

ca, pois nada como experimentares, para poderes verificar, alargar pers-

petivas, criar horizontes.

COMO ESTUDAR E PRATICAR ESTE LIVRO

Apenas após ter acabado de construir todo o livro é que decidi alterar

a sua estrutura de três para quatro partes. Adicionei a filosofia de vida, ou

melhor, separei a filosofia de vida da parte 3 (Chakras, a visão oriental)

porque considerei que abordava tantos conceitos espirituais e mesmo reli-

giosos que não queria de todo estar a levar-te para fora do teu pensamen-

to habitual e sistema de crenças. Então estas são as suas quatro partes:

1. Chakras, a visão contemporânea;

2. Anatomia energética e a sua avaliação;

3. Chakras, a visão oriental;

4. A filosofia de vida.

O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi

Na primeira parte vamos abordar a forma como no ocidente reco-

nhecemos e aplicamos o conceito dos chakras. Esta parte tentei fazê-

-la da forma mais simples possível para quem queira apenas ter uma

abordagem introdutória e intermédia entre a cultura ocidental e orien-

tal. Não é de todo uma simplificação, mas é uma abordagem mais cla-

ra e, possivelmente, mais direta para aquilo que habitualmente temos

como conceitos.

Resumo Entendimento dos conceitos gerais dos Chakras, segundo as perspetivas ocidentais.

Na segunda parte iremos abordar conceitos da anatomia energé-

tica, a aura e também o corpo energético interior, assim como fazer

uma avaliação da mesma. Irei tratar dos corpos energéticos e da aura,

também.

Resumo O corpo energético interior e exterior.

Na terceira parte iremos aprofundar os conceitos milenares sobre os

chakras, a sua composição e também a perspetiva tibetana dos mesmos

e do corpo energético, que é uma adaptação dos conceitos da sabedoria

hindu. É uma secção um pouco mais difícil de «digerir» pois está muito

decorada com termos hindus ou tibetanos, o que dificulta um entendi-

mento claro e direto, no entanto, acredito que será de uma boa riqueza

para ti, pois irá ajudar-te a compreender a origem de todos os conceitos,

ou de muitos, que temos no ocidente.

Resumo Os Chakras e Corpo Energético segundo os Hindus e Tibetanos.

O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi

práticas como o Yoga e mesmo o Reiki. Há um bom tempo ainda havia

o conceito de procurar uma consulta de Reiki para «alinhar os chakras».

De facto, a prática de Reiki faz isso, alinha todo o nosso corpo energé-

tico e permeia esse equilíbrio e harmonia por todos os nossos corpos

— físico, mental, emocional e espiritual.

Quero fazer contigo um pequeno trabalho de reflexão. Sabemos que

o conceito dos Chakras é oriundo da sabedoria indiana e que as noções

que os envolvem são profundas e com o objetivo da total integração

do ser humano. Queria então que lêssemos o Isha Upanishad. Este é

um texto sobre a alma^1 e a dualidade. É também conhecido como Isha-

vasya Upanishad, que significa «Escondido no Senhor». Um Upanishad

é uma escritura que assenta o seu tema na meditação e filosofia, dando

assim instruções sobre a ação de um hindu, sendo que a maioria foi es-

crita entre os séculos xvi e vii a. C. A sua linguagem é, geralmente, rica,

descritiva, de profundo misticismo e clareza ética.

Por favor, não encares o texto com uma componente religiosa, mas

apenas tira dele as profundas lições filosóficas e espirituais que encerra.

ISHA UPANISHAD

Preenchidas totalmente com Brahman estão as coisas que vemos. Preenchidas totalmente com Brahman estão as coisas que não vemos. De Brahman^2 flui tudo o que existe: De Brahman tudo, todavia, ele ainda é o mesmo. OM... Paz, paz, paz. No coração de todas as coisas, de tudo o que existe no Universo, habita Deus. Somente ele é realidade. Portanto, renunciando às vãs aparências, rejubilai-vos nele. Não cobiceis a riqueza de ninguém. Bem pode ficar satisfeito de viver 100 anos aquele que age sem ape- go, que realiza o seu trabalho com zelo, porém sem desejo, não an- siando por seus frutos ele, e somente ele. Existem mundos sem sóis, cobertos pela escuridão. Para esses mundos vão depois da morte os ignorantes, assassinos do Eu. O Eu é um só. Sendo imóvel, ele move-

(^1) Atman. (^2) Princípio criador, permeia toda a criação. «Todo o universo é Brahman», segundo o Chandogya Upanishad, o que nos faz pensar na Energia Universal, ou na Força da Natureza que o Mestre Usui indicava, apesar de em contextos diferentes.

J 4 fi 4 M fl ū fl x i fi R

-se mais rápido do que o pensamento. Os sentidos não o alcançam, pois ele sempre vai primeiro. Permanecendo imóvel, ultrapassa tudo o que corre. Sem o Eu, não há vida. Para o ignorante, o Eu parece mo- ver-se embora ele não se mova. Ele está muito distante do ignorante embora esteja próximo. Ele está dentro de tudo, e está fora de tudo. Aquele que vê todos os seres no Eu, e o Eu em todos os seres, não odeia ninguém. Para a alma iluminada, o Eu é tudo. Para aquele que vê harmonia em todos os lugares, como pode haver ilusão ou pesar? O Eu está em todos os lugares. Ele é brilhante, imaterial, sem má- cula de imperfeição, sem osso, sem carne, puro, intocado pelo mal. Aquele que vê, Aquele que pensa, Aquele que está acima de tudo, o Auto-Existente, ele é aquele que estabeleceu a ordem perfeita entre objetos e seres desde o tempo que não tem princípio. À escuridão es- tão destinados os que se dedicam apenas à vida no mundo, e a uma escuridão ainda maior os que se entregam apenas à meditação. Viver somente no mundo leva a um resultado, meditar apenas leva a ou- tro. Assim falaram os sábios. Aqueles que se dedicam tanto à vida no mundo como à meditação superam a morte através da vida no mun- do e atingem a imortalidade através da meditação. À escuridão estão destinados os que cultuam somente o corpo, e a uma escuridão ain- da maior os que veneram apenas o espírito. Cultuar somente o cor- po leva a um resultado, venerar apenas o espírito leva a outro. Assim falaram os sábios. Os que veneram tanto o corpo como o espírito, pelo corpo vencem a morte, e pelo espírito atingem a imortalidade; a face da verdade está oculta por vosso obre dourado, ó Sol. Removei- -o, para que Eu, que sou dedicado à verdade, possa contemplar a sua glória. Ó vós que alimentais, o único que vê, o que tudo controla Ó Sol que ilumina, fonte de vida para todas as criaturas, retende a vos- sa luz, reuni os vossos raios. Possa Eu contemplar através da vossa graça a vossa forma mais abençoada. O Ser que aí habita — mesmo esse Ser sou Eu. Permiti que minha vida agora se una à vida que tudo permeia. As cinzas são o fim do meu corpo. OM...

Ó mente, lembrai-vos de Brahman. Ó mente, lembrai-vos das vossas ações passadas.

O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi

PARTE I

Chakras, a visão contemporânea

O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi

«A base da paz interior é samata, a capacidade de receber com calma

e com uma mente equânime, todos os ataques e aparências das coisas

exteriores, quer sejam agradáveis ou desagradáveis, de má fortuna ou

de boa fortuna, com prazer ou dor, honradas ou de má reputação,

aprazíveis ou de culpa, de amizade ou inimizade, de pecado ou

santidade, ou fisicamente, de calor ou frio, etc.»

Sri Aurobindo

N

este primeiro capítulo irei abordar os Chakras que mais comummente

conhecemos, mas também outros que foram inseridos ao longo do

tempo, como experiência sensorial de psicossensíveis, ou seja, pessoas

com uma sensibilidade da psique que lhes permitiu ter uma perspetiva

dos centros energéticos, principalmente fora do corpo. Mas o que são

Chakras e porque razão tanto falamos deles? De onde vem este cruza-

mento do oriente com o ocidente?

Em 1 875, Helena Blavatsky 4 , uma aristocrata ucraniana, fundou a so-

ciedade teosófica em Nova Iorque. Do seu passado trouxe várias experiên-

cias místicas de viagens que realizou pela Europa e pela Ásia, incluindo

o Tibete, país onde se deslocou e realizou um retiro por volta de 1 868 a

1 870. De 1 879 a 1 885, esteve na Índia com o seu marido, Olcott. Este mo-

vimento espiritual propunha três objetivos — a formação de um núcleo

de Irmandade Universal da Humanidade, sem distinção de raça, credo,

sexo, casta ou cor; encorajar os estudos da comparativa das religiões, fi-

losofias e ciência; investigar as leis da natureza inexplicáveis e os pode-

res latentes no homem. Este movimento foi também preenchido com

pessoas proeminentes como Alice Bailey, Annie Beasant, Krishnamurti

e Charles W. Leadbeater, que nos trará grandes tópicos de reflexão sobre

a anatomia energética. O século xix foi então um tempo de intercâmbio

(^4) Helena Petrovna Blavatsky ( 1831 – 1891 ).

O G 4 fi fl ū x L i 4 R ū R A C N fi D 4 fi A x ū fi A fl fi E R v i fi E fl x 4 O S E i H fi

OS SETE CHAKRAS PRINCIPAIS

É muito comum pesquisarmos por chakras no Google e vermos as

imagens de uma figura, ou uma pessoa, com umas bolinhas coloridas

ao longo de um eixo central no corpo, ou até com uma espécie de dese-

nhos em forma de flor nesse mesmo eixo. É uma representação comum

do que são os chakras, ou seja, os nossos centros energéticos, cuja ori-

gem sânscrita significa «roda». Os chakras são então partes do nosso

corpo subtil, energético, que funcionam como umas baterias que carre-

gam, mas ao mesmo tempo emitem energia. Eles absorvem, carregam

e interagem com as várias partes do corpo onde estão localizados, eles

interagem também uns com os outros e fazem de nós um sistema vivo

complexo com vários níveis de consciência.

Quando temos uma questão com um chakra, todos os outros irão

ajudar no esforço comum para que nos mantenhamos em equilíbrio e

harmonia. Como exemplo, vamos imaginar uma pessoa que terminou

um relacionamento que foi muito destrutivo, ela diz algo como «nun-

ca mais me quero relacionar com ninguém». Como o chakra que cuida

desse tipo de «tarefa» é o Chakra Cardíaco, então ele poderá fechar, é o

que nós designamos chakra bloqueado. Não é nada de extraordinário,

mas apenas um momento no tempo em que o chakra para de receber e

emitir energia, ele deixa de crescer com a interação e deixa também de

produzir a energia maravilhosa que deve produzir. Os outros chakras,

preocupados com a situação, irão auxiliar. Imagina o que é um Chakra

do Plexo Solar, que deve estar a gerir o poder pessoal, querer dedicar-se

às questões do amor incondicional ou da bondade. Algo irá correr mal,

pois é como um padeiro querer fazer o trabalho de um pedreiro. Ele fará

o seu melhor, mas realmente não tem a especialidade do outro para o

fazer corretamente.

Então esta é uma das grandes lições que os chakras nos trazem — nada

em nós trabalha por si mesmo, mas tudo trabalha numa incrível sincro-

nia, num amor perfeito, para que nos possamos manter vivos. Quan-

do algo entra em desequilíbrio e desarmonia, as coisas irão correr mal.

Vamos então observar alguns dos aspetos sobre os nossos chakras

principais, aqueles que estão ao longo do canal energético no eixo vertical

J 4 fi 4 M fl ū fl x i fi R

do nosso corpo, entre a primeira vértebra, a Atlas e o cóccix. Os chakras

contam-se de baixo para cima, ou seja, da frequência mais baixa (verme-

lho) para a mais alta (violeta). Em cada chakra coloco um quadro des-

critivo do mesmo, o que me parece ser útil para ter uma síntese, umas

questões para perceberes se o teu está em equilíbrio, umas afirmações

que te poderão auxiliar e ainda a sua posição relativa no corpo que podes

usar para o tratar, principalmente se fores praticante de Reiki.

1.º – CHAKRA RAIZ

Figura 2 – O Chakra Raiz, Muladhara Chakra.

Nome Chakra Raiz, Base, Muladhara

Elemento Terra

Cor Vermelho

Forma Quadrado

Pétalas 4

Som LANG

Glândulas Ter

Órgãos Ovários e Testículos

Psique Sangue, esqueleto, intestinos

Identidade Sobrevivência

Idade de desenvolvimento Da gestação aos 12 meses

Desafio Medo