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Uma descrição histórica sobre a utilização de água em roma e suas colônias em portugal, com ênfase nas barragens e aquedutos utilizados para abastecer vilas e hortas. O texto aborda a escassez de precipitação anual e a distribuição sazonal, que determinaram a necessidade de construir barragens para armazenar água. Além disso, o documento descreve as características de diferentes barragens em portugal, como suas alturas, capacidades de armazenamento e materiais de construção. O texto também menciona a importância da mineração na utilização de água e a existência de poços e nascentes para a alinhantação de vilas.
O que você vai aprender
Tipologia: Exercícios
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Tratamento informático de textos MARI A ALI CE GONÇALVES MARIA L U I SA GUERRE I RO J AC INT O
Pré-impressão, impressão e acabamento CROMOTIPO ARTES GRÁF ICAS, LD A. LI SBO A
Depósito legal 11 3 211/
ISBN 972-8137-60-
PRECIPITAÇÃO anual m é dia em. mm
4 00 400- 500- 600- 700- 800- 1000- 1200
Carlll di' 111"('(;jf/If/{t/o (lima! millia em Pm'/lIga! f' _dislribuiflin dll_ II(IITllgt~ll.f f' do,~ (lflllrdlllo,~ 1'0111101/).\ jtí idr/llifirm/o,'.
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!í(III1i KI'1/i di ' /\11'10/;'1 '\ (Eh'm). FlJlugmfi(l (lh/'f/ dI' )lN/llle.
Barragens 2 Três i\lillilS 3 V. POUGl de Agu iar 4,5.6 .1 a 1cs c ~""1l1 91 8 Pcnamacor 9 L<tginha 10 Orca 11 Rocho so 12 Egit<lnia Ij NS de l\lércoles 14 rvlonforlc 15 L.a nH::: ira 16 SOUlO cio Pen edo 17 A ll c rrar t:de I~ '^ rapada^ Grande 19 Al l'll Hlj,io 20 Cano· Polllc dos Mouros 2 1 Mouri1l1m 22 0Ii'< 2:3 l\ l ul'O 24 l\ l onl l "cs 25 Carr, 29 Rio de Clérigos :10 :"JS de Represa :lI Grândob 32 Pisücs 33 l^ lur^ o^ da^ Prega 34 ll^ orla.~^ de^1 ^ ..^ lezc1o 35 i\ l uro dos 1 \ l ouros ~,(j (^) Monte Novo d e Caslclinho :Ii Alamo 3~ Santa^ RiLa :\9 Espidlt: 40 FOll w Cobe na 41 Presa dos ~ I ollros 42 Po nt e dos ~' I oll ro s Barragens e Aq uedutos I Abobeleira 26 Fcrre ir <l do Alent ejo 27 Cwc nqu t: 28 CO lll cn d<l 43 Vale Tesnado Aquedutos 7 Con imbrigCl
Uma villo era constituída por um conjunto de edificações destinadas a habitação (villa urbana) e a actividades agrícolas ou artesanais (vi/lo fustica). A maioria das vil/ae urbanae da Península Ibérica dispunha de UIll ou mais páteos fechados nos quais ri~equentenlente se encontravam tanques ou fontan,h-ios, os quais tinham não apenas luna função !üclica, Illas também estética ou refrescante, constituindo ao me S1l10 tempo reservatórios de água que facilitavam 'a rega do s jardins interiores. Para a colecta das éiguas pluviais, as vil/a e dispunhalTI de um cOllljJluvium, sendo aquelas depois recolhidas no i1JljJ/uviu'1II, O qual poderia comunicar com cisternas, em geral de pequenas dimensões, que permitiam O abastecimento quotidiano e regular das -o;L/ae, Jl1eSJll0 em épocas de escassez.
de jnstalaçües balneare s (terl!l(le), as quai s eram , em ~onas de maior aridez, frequenteJ11ente abastecidas por <:lg ua oriunda de pequenas albufeiras criadas por barragens.
Principais tipos de estruturas hidráulicas e sua utilização Barragens A relativa escassez de precipitação anual e m zonas não montanhosas 'e a s ua distribuição s azonal determinam Ulll regime muit o irregular elos cursos de água e m Portugal. Assim, a utiliza ção ela 'lgua su perficial nessas zonas só se tornava possível m edia nl e a acção re g ulari za dora de albufeiras, criadas p or barragens. Ve rifi ca-se, dos trabalhos de campo até hoj e erectuados, U111a distribuição não alealória das barragens pelo território, concentrando-se em zo na s cuja precipitação se situa abaixo de 800 n1m , descendo aquele valor, no sul do País, para 600 111111. Até ao presente , roram reconhecidos em Portugal vestíg ios de quarenta e oito barragens romanas , cerca ele dois terços das quais a su l do Tejo; distribuem-se pelo s seguintes tipos estruturaiS:
para cada uma das oito ban-agens inventariadas na região, com excepção da do Rochoso, pelo menos uma das seguintes situações:
- inexistência de villae **a jusante;
Jllundo romano. As capacidades de armazenamento das albufeiras assim criadas são, consequentemente , pequenas; as maiores, de que se obteve levantamento topográfico , correspondenl às barragens de Lameira, Vila Velha de Ródão (840 000 m"); Muro, Campo Maior e Egitânia , ldanha-a-Velha (180000 m' ); Muro elos Mouros, Serpa e Orca, Fundão (50 000 m ' ).
É d e sa li e ntar que três das cin co b ar rage ns re fe ri das (Lame ir a , Eg itâ n ia e Orca, todas de ter ra), se relac ionavam com a mineração, evidencia nd o a eleva da quan tid ade de água exigida por tal actividad e.
h or tas o u po mar es, que não ju sti fi cava m a co ns tru ção de est ru t ur as de gra nd es dim ensões. Por o utr o lad o, as pe qu enas á rea s de cap tação faziam co m qu e o r ep res am e nt o fosse esse ncialme nte destinado a fo rn ecer água à rega, ap e na s dur a nt e pa rt e do a no , talvez de c ultur as hortícolas , co mo ainda hoje se
Ba/"mgt'1II d, P i.liil!,~ (Beja). I'i.l la de jusante.
observa no s fé rt eis solos do Baixo Al e nt ejo ,
imediatame nt e adjace nt es e d e o utr os ag lomerado s urb anos. Co m efeito, se gundo V arrão e Co lum ela, as h ortas di s punham- se , especialme nt e, em to rn o dos ce ntr os urban os e
pr o du tos a gr ícolas pa ra esses ce ntro s. Poré m, pouco se sabe qu anto às c ultur as de r ega di o. Plínio, Ca iu mela e Ju sti no re fe re m-se à re ga d a v inha na Pe nínsu la Ibérica. Certas ár vo res d e fruto foram ce rt ame nt e irri gadas. Plínio menciona a cultu ra de alcach ofr as no s a rr e dor es de Córdoba e de alface em Ga des. S anto Isidoro de Sevilha (560-636 d. c.) oferece descrição pormenori zad a d as c ultur as d e regadio então praticadas. Refere c ul turas de co uves, nabo s, ra banete s, aipos, a lface s, alhos, fe ij ão-ve rde , pepinos , abóboras e espargos , entre o utro s. T a mb ém se refere a um tipo d e uvas culti vad as especialmente para consumo urbano. As ba rr age ns pa ra abastecime nto d e
encontram-se, C0 l11 0 é natural, junto ao litora l. Os dois exe mplos até ao pr ese nt e ide ntilicados são de pequ e na s dime nsões , co rr espo ndendo , em amb os os caso s, na actu alidade , a c ur sos se ág ua secos durant e O Verão (ba rr age ns d e Co menda , Setúbal e da Pr esa dos Mouro s, Lagoa ).
A prim e ir a atingia originalme nt e a ltur a pr óx ima de 14 m, s up eri or a qu alquer da s o utra s ba rr age ns identificadas em terri tório po rtu guês; porém , o seu d esenvolvimento, d e 78,5 m , é ul tra passado noutro s caso s; esta ba rr agem, talvez do século I d. c. , co rr espo nd e à única es trutur a
a pr ox ima nd o-se, sin gula rm e nt e , d as caracterís ti cas evidenciadas pela ba rr agem de Cornalvo, e m Es pa nh a. A seg unda corr espo nd e, como atrás se disse, ao maior exe mpl o, d o se u tipo, até ao pre s ente co nh ecido.
Na barragem de Vale Tesnado , Loulé , existia igualmente uma descarga de fundo, constituída por conduta abobadada que terminava por dois tubos cilíndricos obturados por rolhões de madeira de Pinus sp. A dat.ação pelo radiocarbono de um desses rolhões constitui o único elemento acerca da cronologia absoluta disponível de uma barragem romana do território português. O resultado obtido mostra que a referida barragem terá funcionado nos séculos 1 e II d.C. A análise química de outro fragmento lenhoso revelou concentração de cloreto daquele metal , que poderá ser explicada pela existência de um tubo de chumbo no troço final da descarga, que não se conservou. Reconheceram-se disposições para tomada de água na s barragens de Muro dos Mouros e de Vale Tesnado , para utilização ajusante. A prinleira era atravessada por um tubo cerámico, fixado por fiadas de tijoleira, localizado cerca de 2 111 abaixo do coroamento da barragem. Na segunda, a tonlada de água era constituída por muros e soleira de opu s incerlU/II, onde se inserialll blocos de pedra , os dos muros providos de ranhuras para a instalação de uma comporta. Ajusante desta estrutura , existia Ulll desarenador, a partir do qual se desenvolvia um aqueduto, coberto pelo terreno, com abóbada de tijoleira , percorrendo 1600 111 até ao local da villa do Cerro da Vila.
A qlldlu/ o dI' CO/l iw1!rigll. T(I/ 'I"I' r/I ' rlis/rilm içr;o. C(!I! i w!n ig ll. TOITI' r/ I' rli,,' rilmi(lio. !(1 'r(IIIJlillliriill I/'KlIlIIl u 1'.' /WfO J. Srln'I'J('(k (r i/11m/a. fCJ 77).
Aquedutos
nas supertlcies de contacto com a água , por forma a assegurar a necessária estanquiclacle. Trata-se , pois, de estruturas destinadas ao transporte da água , desde o local de captaç,lo (nascente ou albufeira) até ao local de utilização ou de distribuição. Erall1 severas as litnitações relativas ao seu desenvolvimento no terreno ; deste modo, os Romanos. nalguns casos ver-se-iam obrigados a abrir túneis e , noutos , a edificarenl suportes enl arcaria , con[onne os acidentes topográf:icos o exigiam. Para a transposição de vales, poderiam utilizar-se sifões em pressão, solução ainda não reconhecida no território português. Porém , na maior parte cio traçado, os canais seguiam rente ao solo, sustentados por muros. Os aquedutos ilustram as grandes necessidades de água dos ROlnanos para uso donléstico, no interior das urbes. Eln Pompeia , cada habitação não distava mais de 40 m de um dos numerosos fontan,írios públicos que distribuíam pela população a água canalizada pelos aquedutos. C onl o tenlpo , os caudais decrescianl , especiahnente nos casos de águas ricas de carbonato de cálcio, f~lCtO que exigia obras de Jinlpeza frequentes ou , mesmo , a construção de novos aquedutos. O aqueduto de Nimes viu diminuir o seu caudal de 124 000 para 14 500 m "/ dia e o de Colónia de 43 000
TI'II(III/o dI! III/'IN/'I/O di' (;(JI{lIII/mg(1 Ih'ldl' II 1{(1(f'lIlr di'. 1/((IvidN/UI· (I) Ii. , ItTIIIII I ( /fi 1111 rir! Frll"lU II (l). / JrlWIllr!O 111'/11 1m.,." rir' rfixlrilmi('liu (2 ).
para 20 000 m "/ dia. O ca udal do de Saint.es, em 50 anos, reduziu- se d e 3000 para 1500 m "/ dia e, um s egundo aqueduto , e ntretanto construído , te ve evolução ainda 111ais desfavorável , tendo o s eu caudal pa ssado d e 11 000 para 2200 m '/dia. Em Portugal , o aqueduto mais imponente e melhor estudado é o ele Conitnbriga, de época augustana. Com o cOlnprúnento de 3443,3 m, entre a piscina das termas onde termina o canal e a extremidade oposta, correspondente à capt.aç'lo da nascente de Alcabideque , viu também, no decurso da sua vida út.il , reduzir o seu caudal, de cerca de 18800, para apenas 5700 m "/ dia, nos séculos 11l/lV d. C. , por incrustações de carbonato ele cálcio. Este aqueduto possui trechos subterrâneos e aéreos,
di viso riwn , como é usual em todos os grandes aquedutos ronlanos. De um nlodo geral , a função destes ca slella não era, como actualmente, a de conservar a água, ITIaS somente a de prolnover a sua distribuição citadina: a água corria livrenlente em diversas direcções , por canalizações de cerâmica (tubuti) ou de chumbo ((istu/ae). Plínio e Vitrúvio preferiam os tubos cerâmicos , atribuindo-lhes água
hidráulicas, na junção das paredes laterais com o fundo, observa-se rebordo convexo, também
111au estado de co n se r vação, não se tendo reconhecido a sua altura primitiva nem, tão pouco , a existência de cobertu ra , cuja presença confirmar ia o uso doméstico da água nele conduzida; é, no entanto, estra nh o que em nenhum dos troços escavado se tenham encontrado vestígios dela.
do Vale Tesnado. Possui o desenvolvim ento aproximado de 1600 m, sendo cobe rto por abóbada de tijolos, de vo lta inteira , compatível com a sua finalidade doméstica. Trata-se de estr utur a constituída
abastecim ento independente de diversas áreas fun cionais.
Canais Os canais diferenciam-se dos aquedutos por serem excl usivame nte a céu aberto, com excepção do s troços em que a topografia exigisse percursos subterrâ neos. Porém, a maioria dos canais subte rrân eos ass in alados na bibliografia correspondem a galerias de captação e transporte de ,\gua a partir de nascentes. Os canais destinavam-se sobretudo à irrigação dos campos. Nestes casos, apresentavam-se, frequentemente , como simples caleiras escavadas no subso lo brando, com carácter permanente, como as id entificadas nos arre dores de Beja, na Quinta da Abóbada e na Herdad e da Almocreva, relacionadas
Poços Os poços d estinava m-se à captação da água s ubterr â nea para uso múltiplo: urbano, agrícola , industrial. A esta última finalidad e serviam os três poços identificados no complexo [abril de preparados piscícolas de Tróia (séculos I a V d. C.), de tipologia diversa.
observam -se três poços de planta circular, destinados tanto ao refor ço do abastecimento doméstico - na sua maior parte assegurado pelo aqueduto - como à rega de horta s e de pomares, sit uado s na
construíd a.
Cisternas As cisternas correspondem a grandes rese rv ató rios cobertos por abóbadas , destinados ao
vezes de grandes dimensões. Nalgun s casos, poderiam conectar-se com O sistema de distribuição dos aquedutos , no interior das urbe s.
mistura orgânica designada por lIlallha (cal, banha de porco e s umo de ligos verdes). Os especiais cuidados de imp ermeabilização justificavam-se atendendo à natureza destas estruturas, destinadas ao armazenamento permanente de água. Algumas cisternas romanas ocorrem em fortificações, como a do Castelo da Lousa, Marvão. Outras , como a do Creiro, Portinh o da Arrábida , destinava-se ao fornecimento de água à fábrica de preparados piscícolas ali existente.
Das seis cisternas rOJTI anas até ao presenle id ent ifi cadas em território português - além das duas já m enc ionada s, as de Casal do Bispo, Ses imbr a; Olival de São João , Alcácer do Sal; Bairro da Boavista, Portimão e Monte Molião, Lagos - é a penültin1a que se apresenta n1ais elaborada. T rata-se de construção co nstilLiída por dois co rpos de planta rectangul ar, intercomunicantes por três arcos de vo lta inte ira , situados na parte inferior do septo, ao nível do chão. Os muros são de al ven ar ia (ofius incerl1.l1n) possuindo , pelo menos, uma fiada de tijoleiras dispostas horizontalmente , sendo revestidos de uma argamassa fina. O fecho de cada compart im ento era e fe ct u ado por uma abóbada de berço , de tijoleira. Além do usual rebordo convexo na junção das paredes ao fundo do reservatório observava-se, na parte ce ntr al de, pelo menos, um dos cOlnpartimentos, uma
Ci.'/ITI/{/ dI' P or/iI/ui/!" R/"fol/I/ilni(litl f!(/Ii'III!O PIII r,l;m;o do !WW;I/{flfJ ""O , ""I //Ilgo, dp P ortimiio"" "
depressão circular destinada a facilitar os trabalhos periódicos de limpeza.
Tanques A água armazenada nos tanques se rvi a principahnente à agricultura e ao abastecimento doméstico. Correspondem a estrutur as ele armazena lnento n1 ui to frequenles clUa capacidade é va ri ável, consoante os fins a que se destinava a é:igua , podendo atingir dezenas de milhares de metros cúbicos. O maior tanque ron1ano identificado em território português é o Tanque dos Mouros, Estremoz, que retinha a ág ua captada por minas. Possui 90 111 de comprimento e 45 m de largura ; segundo referência de 1758, atingia a profundidade de 5 m, conferindo-lhe capacidade que ultrapassava 20 000 m '. As parede s sáo reforçadas no exterior por contra fo rte. O seu u so seria múltiplo, servindo sobretudo à agricultura, mas tan1bén1 ao abastecimento doméstico e, eventualmente, à produçé:io de força n10triz. Nas v illa e encontra-se, COll1 frequência , outro tipo de tanques, também de grande área 1l1 aS pouco fund os, usados como piscinas (l1alatios) e como apoio à rega de hort as e pomares. Na v illa de Pisões, Beja, o "alatio , com cerca de 340 m" de capacidade, era a limentado pe la albufeira ex istente nas proximidades, e nquanto que na de São Cucufate, Vidigue ira, o abastecimento do "alalio era asseg ur ado por outro ta nqu e, situado a cota superior; disposição seme lh ante pode observar-se na vil/a do Cerro da Vila, Loulé. Out ro grande nalalio situ a-se na área urbana de Évora, in teg rand o-se no comp lexo ter mal público id ent ifi cado sob o edifício da Câma ra Municipal. Desconhece-se as dimensões exactas desta est ru tura, bem como a origem do se u abastecimento, nâo se excl uind o a hipótese de a água ser conduzida para a antiga urbe por um aqueduto , referido em numerosa bibliografia, com origem em nascente situada a alguns quilómetros da cidade. De mencionar, ainda, a existência de tanques o u espelhos de é:lgua con1 finalidades exclusivamente estéticas, ambientais ou religiosas, co n1 0 o que envo lvia o templo el e Évora por três cios seus lados, clUa capacidade não excederia 70 m".