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Esta pesquisa investiga o conforto em bicicletas de estrada durante competições de longas distâncias, utilizando métodos hipotético-dedutivos e qualitativos. A pesquisa analisou documentos, realizou entrevistas a atletas e observou a volta ciclística de são paulo de 2005. Os resultados mostraram que os problemas de conforto não eram apenas relacionados à composição do material da bicicleta, mas também aos modelos de peças e como ela era ajustada.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 07/11/2022
4.5
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A pesquisa cujos métodos são descritos aqui tem como tema o conforto das bicicletas de estrada em competições de longas distâncias. Através do método hipotético-dedutivo, parte-se da idéia de que as bicicletas de estrada são construídas para otimizar o esforço do atleta através de uma geometria que permita o menor arrasto aerodinâmico possível, com a maior leveza possível, acarretando em custos humanos que podem decorrer dessas características. Através de uma abordagem qualitativa, buscamos identificar justificativas e padrões de comportamento entre os ciclistas, tentando compreender e classificar os processos e os motivos que os levam à escolha dos materiais e aos ajustes dos mesmos, levando em conta as particularidades do grupo. 6.1. DOCUMENTAÇÃO INDIRETA: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Inicialmente foi realizada uma análise de documentos, fontes primárias ou secundárias, dando preferência às contemporâneas: estudos publicados em revistas especializadas, informações de fabricantes, regulamentos de instituições que regem o universo, como UCI ( Union Cycliste Internationale ), CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo), e publicações relevantes nos campos de ergonomia, design e biomecânica. 6.2. DOCUMENTAÇÃO DIRETA: PESQUISA DE CAMPO
A pesquisa de campo foi realizada junto aos atletas em competições de longa distâncias realizadas no Brasil durante o ano de 2005. Isso permitiu que fossem encontrados muitos ciclistas de competições de longa distância agrupados e recém saídos de grandes pedaladas, situação em que os custos humanos chamariam mais a sua atenção. Um ponto positivo desta abordagem foi a interação entre os próprios atletas em volta do assunto durante as entrevistas, avaliando tamanho, modelo, e materiais da bicicleta utilizada na competição, e peso, preço e resistência dos materiais. A abordagem normalmente alimentava o interesse sobre o tema e permitia uma relação entrevistador/entrevistado mais espontânea e menos formal. Foi decidido que o público alvo seria formado apenas por homens, já que as diferenças anatômicas entre homens e mulheres obrigariam a existência de uma pesquisa em duas frentes, masculina e feminina, tornando a pesquisa pouco factível. Em toda a pesquisa de campo, a amostragem foi aleatória simples, já que as etapas da pesquisa foram realizadas durante provas de longas distâncias com atletas que estavam disputando as provas, e também devido ao universo relativamente pequeno de usuários, por categoria, com cerca de 100 atletas em cada competição. 6.3. OBSERVAÇÃO DIRETA INTENSIVA 6.3.1. OBSERVAÇÃO: ASSISTEMÁTICA Citando Lakatos (1988, p. 170), a observação assistemática, também chamada observação espontânea, informal, simples, livre ou ocasional, é a observação sem o emprego de qualquer técnica, sem planejamento, sem controle e sem quesitos observacionais previamente elaborados. E ainda, segundo Fernández-Ballesteros (1996), não há prévia especificação dos elementos a serem observados. Não utiliza critérios prévios para orientar o registro do fenômeno a ser observado e sim narrativas de formato flexível e de modo mais fiel possível.
Durante este período, foi possível conversar com participantes da prova, dirigentes de equipes, organizadores e técnicos. Como o local e o momento facilitavam a aproximação, ocorreram conversas informais sobre ciclismo e sobre o tema “conforto” neste tipo de competição, principalmente quando um grupo de ciclistas da equipe “Rio- Minas” debateu deliberadamente por mais de vinte minutos. Esse primeiro contato com o universo do estudo se provou valiosíssimo, pois trouxe todo o material da pesquisa bibliográfica, o problema e as hipóteses para dentro de universo estudado, comprovando que o desconforto era realmente um problema, principalmente em relação a assaduras, problemas nos joelhos e nas costas. Inicialmente a autor da pesquisa acreditava que a constituição do material do quadro e do garfo da bicicleta (em aço, fibra de carbono, etc...) era um fator determinante para os custos humanos, mas o contato com os profissionais revelou que seus problemas eram oriundos muito mais dos modelos de peças que era utilizado (formato do selim, qualidade da bermuda, espessura dos pneus, etc...) e como a bicicleta era ajustada (altura do banco, regulagem dos pedais e do guidom, etc...) do que propriamente do material (aço, alumínio,etc...) com o qual a bicicleta era construída. No dia 23 de janeiro, a pesquisa se deu na cidade de São Paulo, onde foi a chegada final da Volta de São Paulo, com o pódio armado, a imprensa e muitos curiosos. Neste dia os atletas percorreram cerca de cinqüenta quilômetros entre Campinas e São Paulo. Em decorrência de todo o aparato do evento, e da necessidade da organização de agrupar os competidores para fotografias e entrevistas com a mídia, e das próprias equipes estarem unidas debatendo resultados e posições finais na corrida foi inútil qualquer tentativa razoavelmente organizada para uma entrevista abordando o assunto da pesquisa. Com essas “novas” informações, que foram anotadas conforme as discussões aconteciam, foi possível elaborar uma entrevista (Apêndice 2) para ser aplicada numa próxima prova ciclística, a Prova Ciclística da Inconfidência, em Ouro Preto-MG, em junho de 2005.
Em julho de 2005, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, com um roteiro composto por dezesseis perguntas abertas (apêndice 2), o que dava a chance do entrevistado responder às perguntas com uma certa liberdade e permitia ao entrevistado também adentrar assuntos que não estavam originalmente no roteiro, sendo este o caso. A VCSP iluminou os aspectos que mais valiam aos ciclistas durante as provas de estradas de longas distâncias, e permitiu aprofundar o estudo sobre problemas vividos no dia a dia dos atletas. Viu-se que os problemas não eram apenas vividos nos dias de prova, e sim no dia a dia de treinamento. A XXVIII Prova Ciclística da Inconfidência foi uma prova válida para o circuito nacional de ciclismo de estrada e contou com a participação de cento e quarenta ciclistas, divididos nas categorias Elite, Junior, Master A, Master B, e Master C. Ela foi realizada nas montanhas de Minas Gerais, percorrendo um trajeto de cento e vinte quilômetros de ida e volta entre Ouro Preto - Nova Lima - Ouro Preto. Foram realizadas entrevistas com seis atletas após a realização da prova, no intervalo entre a chegada dos competidores e o final da premiação no pódio. Duas entrevistas com atletas da classe Elite e quatro entrevistas com atletas da classe Master A. Cada entrevista, que continha dezesseis perguntas abertas, levava aproximadamente dez minutos para ser realizada, o que limitou o seu número total, já que entre a chegada dos atletas (o fim da prova) e a premiação no pódio se mostrou um tempo demasiadamente curto. As perguntas foram feitas pelo próprio entrevistador e foram gravadas para posterior transcrição das respostas.
(masculino e feminino), Junior, Juvenil, Estreante, Master A, Master B, Master C, Sub- 30, Sub-23 e Para-Olímpicos. A prova foi realizada em um circuito de quatro quilômetros nas pistas do Aterro do Flamengo e tinha a distância total de quarenta quilômetros. Como nas etapas anteriores da pesquisa foi verificado que o público alvo competia em provas com distâncias variáveis, contava-se que os participante desta prova fariam parte do universo estudado, o de competidores de longa distância. Ao término desta fase da pesquisa verificou-se o que já se esperava: já que todos os questionados participavam de pelo menos uma prova acima de cem quilômetros de distância por ano e pedalava mais de duzentos quilômetros por semana em seus treinos. Foram realizados vinte questionários “Corlett” (Corlett, 1976) (Apêndice 4) e vinte e um questionários preparados durante a pesquisa, dentro do universo de noventa participantes. Um questionário foi descartado porque estava incompleto. Nesta competição, as categorias Junior, Juvenil, Estreante, Master A, Master B, Master C, Sub- 30, Sub-23 e Para-Olímpicos competiram antes da Categoria Elite, portanto foi mais fácil realizar os questionários com estes atletas pois se dispunha de mais tempo entre o final de suas etapas, e o final da prova da categoria elite. Ao final da prova da categoria Elite, os competidores de todas as categorias se agruparam ao redor do pódio e aguardaram as premiações. Neste período foram realizados os questionários com os atletas da categoria Elite. Ambos os questionários eram aplicados juntos, ou seja, cada ciclista respondia aos dois seguidamente. A divisão final de questionários entre as categorias foi: iniciante:1; Sub-23: 2; Sub-30: 5; Master A: 3; Master B: 4; Elite: 5. (Ver N.R. 2).