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Os métodos e técnicas de coleta de dados utilizados em uma pesquisa sobre transporte de carga perigosa, incluindo entrevista, questionário, teste de produção, teste de eleição e associação entre cores e palavras. A entrevista envolve interação entre entrevistador e entrevistado, com foco em aspectos relevantes para a pesquisa. O questionário é impessoal e objetiva traçar o perfil do motorista. O teste de produção analisa variações de repertórios de imagens e avalia a representação de conceitos. O teste de eleição é usado como teste final em experimentos de avaliação e o teste de associação entre cores e palavras é uma adaptação de um experimento realizado por griffith e leonard.
Tipologia: Slides
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Neste capítulo pretende-se apresentar os métodos e as técnicas selecionadas através de revisão bibliográfica e adaptações necessárias para o desenvolvimento da pesquisa na coleta de dados. O capítulo se divide em dois blocos: as técnicas realizadas com especialistas e as técnicas realizadas com os usuários 2. A seguir apresentam-se as técnicas e os seus objetivos, além do plano de aplicação de cada uma delas.
(^2) No caso, os motoristas.
Segundo Gressler (2003), a entrevista consiste em uma conversação com o propósito de obter informações para uma investigação, envolvendo duas ou mais pessoas. Contudo, não é somente uma simples conversa, mas sim uma conversa orientada para um objetivo definido. Ela é constituída por um interrogatório direto do informante pelo pesquisador, durante uma conversa face a face. À medida que se desenvolve a entrevista, ocorre uma interação entre o entrevistado e o entrevistador, não apenas por meio das palavras, mas também pela inflexão voz, gestos, expressão fisionômica, modo de olhar, aparência e demais manifestações comportamentais. Foi desenvolvido um roteiro abordando alguns aspectos relevantes para a pesquisa no que diz respeito ao transporte de carga perigosa, tais como entender os riscos de cada produto e o comportamento de uma empresa frente aos acidentes, entre outras questões. O local escolhido para a pesquisa foi a BR Transportadora, responsável por 60% do abastecimento deste tipo de carga no Brasil. Os profissionais entrevistados foram dois engenheiros: um que atua na área de normatização e outro no atendimento a emergências. O roteiro da entrevista encontra-se no apêndice I. Adicionalmente, pretende-se com estes profissionais conhecer com mais detalhes os produtos e seus riscos. Para isso foi elaborado um formulário referente a cada rótulo para avaliar questões como periculosidade, gravidade do produto, além da avaliação dos símbolos. As questões e a escala de avaliação são apresentadas no apêndice II. Estas perguntas foram adaptadas do experimento realizado no mestrado de Martin (2003). É interessante observar que a pergunta 4 se refere à opinião do profissional quanto ao fato do rótulo chamar a atenção a pergunta 5, seus cuidados pessoais ao vê-lo. Conforme o profissional respondia as questões foi possível perceber diversos comentários relacionados aos rótulos. Obviamente, cada profissional respondeu com mais clareza perguntas referentes a sua área de atuação.
Cervo e Bervian (2002) apontam diversos parâmetros que caracterizam as vantagens de utilização do questionário. Afirmam também que o questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. Refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche e contém um conjunto de questões, todas logicamente relacionadas com um problema central. O questionário deve ter natureza impessoal para assegurar uniformidade na avaliação de uma situação para outra. Possui a vantagem de os respondentes se sentirem mais confiantes, dado o anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas mais reais (o que pode não acontecer na entrevista). Deve, ainda, ser limitado em sua extensão e finalidade. É necessário que se estabeleça, com critério, quais as questões mais importantes a serem propostas e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos. (Cervo e Bervian, 2002) Devem ser propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas de forma a não insinuar outras colocações. Se o questionário for respondido na ausência do investigador, deverá ser acompanhado de instruções minuciosas e específicas. Para desenvolver o questionário foram elaboradas diversas perguntas objetivando traçar o perfil do motorista: sexo, escolaridade, tempo de direção, freqüência de direção em estradas e sua experiência passada com acidentes envolvendo carga perigosa. Se ele já presenciou algum e qual atitude tomou. O questionário sempre foi aplicado juntamente aos testes, é apresentado no apêndice III.
Segundo Formiga (2000), neste método os participantes da pesquisa reproduzem em desenho, conceitos que foram expressos verbalmente ou por escrito numa pré-apresentação.
Figura 6-1 - Demonstração do teste de produção: folha com conceito e espaço em branco para o desenho.
Alguns objetivos deste método são: analisar as variações de repertórios de imagens, de acordo com a cultura, nível social ou intelectual dos participantes; avaliar maior dificuldade ou facilidade de representar cada conceito e analisar conteúdos que permitam estimar quais os elementos gráficos que são usados com maior freqüência para exprimir cada conceito. Para esta pesquisa o teste foi aplicado em alunos de Desenho Industrial, tanto de pós-graduação quanto de graduação. Este grupo foi selecionado a partir de experimentos prévios que utilizaram o teste de produção e diversos participantes afirmaram não saber desenhar ou sentiram-se intimidados. As fichas utilizadas estão no apêndice IV.
Os participantes no experimento elegem o pictograma que lhes parece preferível para cada conceito, entre uma série de pictogramas alternativos. Da avaliação por percentual resulta uma ordem de preferência para os pictogramas do mesmo conceito. Este teste é muito usado como teste final em experimentos de avaliação. (Formiga, 2000) Segundo Formiga (2000), o teste de eleição foi aplicado na pesquisa internacional da ICTSS - Comitê Internacional de Signos e Símbolos para o Turismo - e na pesquisa subsidiária feita com estudantes de Arquitetura de Stuttgart, Krampen & Sevray (1969). Neste caso o teste contou com os pictogramas da norma , os desenhos resultantes do consenso no grupo focal, alguns pictogramas alternativos para representação dos produtos encontrados em aeroportos, (conforme visto na tabela 5) e também os desenhos resultantes do teste de produção que foram
dois também resultados do teste de produção. É possível ver todas as alternativas usadas no teste de eleição no apêndice V. Os referentes foram distribuídos por 3 folhas A4 de forma que os produtos que tivessem a característica inflamável em comum (sólido inflamável, líquido inflamável e gás inflamável, por exemplo) foram mantidos o mais distante um do outro possível na disposição dos referentes. Também foram agrupados na mesma categoria os peróxidos orgânicos e substâncias oxidantes por conta de utilizarem o mesmo pictograma e, mais que isso, terem sido considerados pelo especialista iguais com relação ao risco. Cada participante obteve as 3 folhas em uma ordem diferente, aleatória.
Neste teste o participante marca em uma tabela simples a cor que associa imediatamente às palavras da primeira coluna conforme a figura abaixo.
Figura 6-4 – Tabela do teste de associação entre cores e palavras. (Fonte: a autora,
Este teste é uma adaptação do experimento realizado por Griffith e Leonard (1996), onde os participantes recebiam uma palavra e era pedido que respondessem com a primeira cor que lhe viesse a cabeça. Nesta pesquisa, por motivos de viabilização, ou seja, tornando o teste capaz de ser aplicado em diversas pessoas ao mesmo tempo, construiu-se uma tabela, onde os
participantes deveriam marcar a cor que lhe viesse imediatamente à cabeça no momento que leu a palavra. Por conta de alguns conceitos dos produtos perigosos serem um tanto complexos foram acrescentadas palavras mais comuns como “perigo”, “cuidado”, “não” e “importante”, presentes em outras sinalizações de segurança. O formulário é apresentado no apêndice VI.
Pensou-se em incluir um teste que focasse nos pictogramas dos rótulos risco exclusivamente. Em um primeiro questionário piloto (que teve 20 respondentes) os símbolos foram abordados da seguinte maneira: pedia-se ao participante que marcasse qual das alternativas ele não considerava representante de um produto perigoso. Neste caso, portanto, a resposta correta seria não marcar nenhuma alternativa. Mas, durante a aplicação muitas pessoas comentaram sentir dificuldade em não marcar nenhuma alternativa e somente duas pessoas das 20 que responderam o fizeram. Sendo assim optou-se por transformar o teste em uma escala de avaliação, onde o participante marcasse de 1 a 5 o quanto considera aquele pictograma representante de um produto perigoso (figura 6-5). Desta maneira fez-se com que cada pessoa analisasse com mais atenção os símbolos individualmente.
Figura 6-5 – Parte final do questionário, que aborda os pictogramas através de uma escala de avaliação.