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Cálculo de Perda de Carga em Fluidos: Coeficiente de Perda e Métodos de Determinação, Notas de estudo de Cálculo

Este documento aborda a determinação do coeficiente de perda de carga distribuída em fluidos, mais especificamente em escoamentos laminar e turbulento. Fornece métodos analíticos, através do diagrama de rouse e experimentalmente no laboratório. Apresenta equações para o cálculo do coeficiente de perda de carga, considerando o número de reynolds e a rugosidade relativa equivalente. Além disso, inclui um exemplo de programa em basic para o cálculo do coeficiente de perda de carga.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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376 Unidade 6 - Cálculo de Perda de Carga
Objetivos da terceira aula da unidade 6
Estudar a determinação do coeficiente de perda de carga distribuída “f” pela
maneira analítica; através do diagrama de Rouse e de forma experimental
(laboratório)
Exercício 6.12
6.6 Determinação do Coeficiente de Perda de Carga Distribuída (f)
Para a determinação do coeficiente de perda de carga distribuída (f) inicialmente
deve-se calcular o número de Reynolds, onde:
9 se Re 2000, ou seja escoamento laminar, temos que:
f=64
Re equação 6.7
Através da equação 6.7, podemos concluir que o coeficiente de perda de carga
distribuída para o escoamento laminar independe do material do tubo, ou seja da
rugosidade da parede interna.
9 se Re 4000, temos o escoamento turbulento, que pode ser subdivido em:
- hidraulicamente liso este regime de escoamento é estabelecido para uma
faixa de número de Reynolds variável, onde o limite inferior depende da
turbulência natural e o limite superior depende da rugosidade da parede. O
escoamento no interior do tubo é turbulento, porém existe próximo a parede
interna, devido ao princípio de aderência, uma subcamada (ou filme) laminar,
que cobre a rugosidade da parede. Neste caso a parede é denominada de
hidraulicamente lisa e o “f não depende” do material da tubulação.
- hidraulicamente rugoso este regime de escoamento é estabelecido quando a
rugosidade da parede torna-se maior que a espessura da subcamada (ou filme)
laminar . Neste tipo de escoamento o diagrama de velocidade aproxima-se do
estabelecido para o escoamento ideal, como mostra a figura 6.4.
Figura 6.4
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376 Unidade 6 - Cálculo de Perda de Carga

Objetivos da terceira aula da unidade 6

Estudar a determinação do coeficiente de perda de carga distribuída “f” pela maneira analítica; através do diagrama de Rouse e de forma experimental (laboratório)

Exercício 6.

6.6 Determinação do Coeficiente de Perda de Carga Distribuída (f)

Para a determinação do coeficiente de perda de carga distribuída (f) inicialmente deve-se calcular o número de Reynolds, onde:

9 se Re ≤ 2000, ou seja escoamento laminar, temos que:

f =

Re

equação 6.

Através da equação 6.7, podemos concluir que o coeficiente de perda de carga distribuída para o escoamento laminar independe do material do tubo, ou seja da rugosidade da parede interna.

9 se Re ≥ 4000, temos o escoamento turbulento, que pode ser subdivido em:

  • hidraulicamente liso → este regime de escoamento é estabelecido para uma faixa de número de Reynolds variável, onde o limite inferior depende da turbulência natural e o limite superior depende da rugosidade da parede. O escoamento no interior do tubo é turbulento, porém existe próximo a parede interna, devido ao princípio de aderência, uma subcamada (ou filme) laminar, que cobre a rugosidade da parede. Neste caso a parede é denominada de hidraulicamente lisa e o “ f não depende” do material da tubulação.
  • hidraulicamente rugoso → este regime de escoamento é estabelecido quando a rugosidade da parede torna-se maior que a espessura da subcamada (ou filme) laminar. Neste tipo de escoamento o diagrama de velocidade aproxima-se do estabelecido para o escoamento ideal, como mostra a figura 6.4.

Figura 6.

377 Curso Básico de Mecânica dos Fluidos

Para o escoamento hidraulicamente rugoso o “ f” depende somente do parâmetro denominado rugosidade relativa equivalente , que é um adimensional calculado pela expressão representada pela equação 6.

πi H

D

K

= ⇒ rugosidade relativa equivalente equação 6.

No caso de Re ≥ 4000, podemos determinar o coeficiente de perda de carga distribuída das seguintes formas:

I - maneira analítica → temos duas maneiras para obtenção do “ f ” :

a) método tradicional

a.1) para o escoamento hidraulicamente liso recorre-se a expressão estabelecida por Prandtl-Nikuradse, que é representada pela equação 6.9.

( )

f

= log Re f − , equação 6.

a.2) para o escoamento hidraulicamente rugoso recorre-se, ou a expressão estabelecida por Von-Karman-Nikuradse, que é representada pela equação 6.10, ou a expressão estabelecida por Blench, que é representada pela equação 6.11.

f

= − log

K

3,71 D H

equação 6.

f

K

D H

= 0 790,. equação 6.

Nota : o escoamento torna-se hidraulicamente rugoso praticamente para:

DH

K

Re >

379 Curso Básico de Mecânica dos Fluidos

1ª → Adota-se um erro “ E” , por exemplo 10 - 4^.

2ª → Sendo f = (^1 ) x

, adota-se um valor de xo, que geralmente

corresponde a f = 0,02, ou seja 0 , 02

x 0 =.

3ª → Através das equações 6.14 e 6.15 calcula-se x.

4ª → Se x − x 0 ≤E, calcula-se f = (^1 ) x

, caso x − x 0 >E, adota-se xo = x

e repete-se o procedimento.

A seguir, mostramos um fluxograma que permite escrever um programa para o cálculo de “ f” para qualquer tipo de escoamento.

“É importante que saibamos utilizar os recursos computacionais, já que eles facilitam os nossos trabalhos, porém é fundamental que não nos esqueçamos que é que está no comando.”

380 Unidade 6 - Cálculo de Perda de Carga

Início

Leia I=

Leia D, K, ν e Q

Calcule Re

Leia x 0 e E

Calcule A

Calcule x

Imprima I, x

Compare ⏐x-x 0 ⏐: E

Compare Re: 2000 (^) Re

64 f = Imprima f

Leia x0=x

I=I+ Imprima I

Calcule f = 1/x^2 Imprima f

382 Unidade 6 - Cálculo de Perda de Carga

II - Através do diagrama de Rouse

Para a utilização deste diagrama, seguimos a seguinte seqüência:

1º → Calculamos o número de Reynolds

Re

V DH

ν

equação 6.

onde a viscosidade cinemática é obtida em função do fluido e da sua temperatura. (diagrama 6.2)

2º → Se o Re ≤ 2000, podemos calcular o “ f ” como é mostrado na figura 6.5.

Figura 6.

3º → Se o tubo for considerado liso, marcamos o número de Reynolds (Re) e “ levamos” a curva do mesmo até cruzar a curva correspondente ao tubo liso, aí “ puxamos” uma horizontal e lemos “ f ” ( Figura 6.6 ).

Figura 6.

103 Re 2

Lemos “ f”

Lemos “ f”

Re

lisa

383 Curso Básico de Mecânica dos Fluidos

4º → Se o tubo não for considerado liso, calculamos a rugosidade relativa equivalente ( D (^) H K). Marcamos o número de Re e “ levamos” sua curva até cruzar a linha D (^) H K, calculado, aí “ puxamos” uma horizontal e lemos o “ f ” (Figura 6.7).

Figura 6.

III – Determinação experimental (laboratório)

Considere o trecho da instalação hidráulica esquematizada a seguir, onde se sabe que o nível do reservatório levou um tempo “ ∆t” para subir “ ∆h”. São dados: ¾ L comprimento do tubo entre as seções (1) e (2), que é diferente de zero ¾ Atanque – área da seção transversal do tanque; ¾ D – diâmetro interno da tubulação;

¾ os pesos específicos γ e γm

¾ o desnível do fluido manométrico h

Lemos “ f”

Re

DH/K

γ

L

h ∆h

m