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meu Cinquenta Tons consegue ficar muito furioso às vezes... e depois ter pesadelos. ... De fato eu sou a única a usar biquíni completo. Suspiro.
Tipologia: Exercícios
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Não perca as partes importantes!
Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.
— Chiu , estou aqui. — Se aconchega ao seu lado, envolvendo-o, transmitindo seu calor para que as sombras se afastem e o medo desapareça. Ela é o sol, a luz... e é sua. — Não quero que voltemos a brigar, por favor. — Tem a voz rouca quando a envolve com seus braços. — Está bem. — Os votos. Sem obediência. Posso fazer isso. Encontraremos uma maneira. — As palavras saem apressadamente de sua boca numa mescla de emoção, confusão e ansiedade. — Sim, encontraremos. Sempre encontraremos uma maneira, — sussurra ela e cobre-lhe os lábios com os seus, silenciando-o e devolvendo-o ao presente.
Levanto a vista para olhar através das fendas do guarda-sol, admiro o mais azul dos céus, um azul veraneio, mediterrâneo. Suspiro satisfeita. Christian está ao meu lado, estendido em uma espreguiçadeira. Meu marido, meu sexy e lindíssimo marido, sem camisa, com um jeans cortado, está lendo um livro que prevê o colapso do sistema bancário ocidental. Sem dúvida se trata de uma leitura absorvente porque jamais o vi tão quieto. Agora mesmo parece mais um estudante do que o CEO de uma das principais empresas privadas dos Estados Unidos. São os últimos dias de nossa lua de mel e estamos descansando sob o sol da tarde na praia do hotel Beach Plaza Monte Carlo, em Mônaco, embora na realidade nós não tenhamos nos hospedado nele. Abro os olhos para procurar o Fair Lady , que está ancorado no porto. Nós estamos em um iate de luxo, claro. Construído em 1928, que flutua majestosamente sobre as águas, reinando sobre todos os iates no porto. Parece de brinquedo. Encantou Christian e suspeito que tem a intentação de comprá- lo. Os meninos e seus brinquedos… Acomodo-me na espreguiçadeira e começo a escutar a seleção de música que Christian colocou no meu iPod novo e cochilo sob o sol da última hora da tarde recordando seu pedido de casamento. Oh, esse maravilhoso pedido que ele me fez na casa de barcos... Quase posso sentir o aroma das flores do prado...
— Podemos casar amanha? — Christian sussurra no meu ouvido. Estou deitada sobre seu peito sob o florido quarto privado da casa de barcos, mais do que satisfeita após ter feito amor apaixonadamente. — Humm. — Isso é um sim? — Reconheço em sua voz uma certa surpresa e esperança. — Humm. — Ou é um não? — Humm. Sinto que sorri. — Srta. Steele, você está sendo incoerente?
— Você vai se queimar. — Christian sussurra no meu ouvido, me despertando bruscamente do meu cochilo. — Só de desejo por você. — Dedico-lhe o mais doce dos sorrisos. O sol vespertino mudou e agora estou totalmente exposta aos seus raios. Ele me responde com um sorrizinho e puxa a minha espreguiçadera com um movimento rápido para me colocar debaixo da sombra. — Melhor ficar longe deste sol do Mediterrâneo, Sra. Grey. — Obrigado por seu altruísmo, Sr. Grey. — O prazer é meu, Sra. Grey, mas não estou sendo altruísta em tudo. Se você se queimar, não vou poder te tocar. — Levanta uma sobrancelha e seus olhos brilham divertidos. Meu coração se derrete. — Mas suspeito que você já sabe disso e está rindo de mim. — Você acha? — Pergunto fingindo inocência. — Sim, acho. Você faz isso frequentemente. É uma das muitas coisas que eu adoro em você. — Se inclina e me dá um beijo, mordendo todo brincalhão o meu lábio inferior. — Tinha a esperança de que você quisesse passar mais filtro solar em mim. — Digo fazendo um beicinho muito perto de seus lábios. — Sra. Grey, você está me propondo algo sujo... porém não posso me negar. Se prepare — me ordena com uma voz rouca. Faço o que ele me pede e com movimentos lentos e meticulosos de seus dedos fortes e flexíveis, ele cobre o meu corpo com filtro solar. — Você é muito bonita. Sou um homem de sorte — murmura enquanto seus dedos passam roçando pelos meus seios para espalhar a filtro. — Sim, é verdade. Você é um homem de sorte Sr. Grey — Olho-o através dos cílios com tímida modéstia. — A modéstia fica-lhe bem, Sra. Grey. Vire. Vou passar nas suas costas. Sorrindo, dou a volta e ele desata a alça de trás do meu biquíni obscenamente caro. — O que você acharia se eu fizesse topless como as outras mulheres na praia? — Pergunto-lhe. — Não gostaria nada — ele diz sem hesitação. — Nem sequer gosto que você esteja usando tão
pouca coisa como agora. — Chega mais perto de mim se inclinando e sussurra em meu ouvido. — Não abuse da sorte. — Está me desafiando, Sr. Grey? — Não. Estou afirmando um fato, Sra. Grey. Suspiro e sacudo a cabeça. Oh, Christian... meu possessivo e ciumento maníaco por controle…. Quando termina me dá um tapa no traseiro. — Já está feito, senhorita. Seu BlackBerry, sempre presente e sempre ligado, começa a vibrar. Franzo o cenho e ele sorri. — Só para meus olhos, Sra. Grey. — Levanta a sobrancelha numa advertência brincalhona, me dá outro tapa e volta para sua espreguiçadeira para atender a chamada. Minha deusa interior ronrona. Talvez esta noite possamos fazer algum tipo de show só para seus olhos. Ela sorri cúmplice arqueando uma sobrancelha. Eu também sorrio por causa do que estou pensando e volto a me entregar ao meu chochilo.
— Mam’selle? Un Perrier pour moi, un Coca-Cola light pour ma femme, s’il vous plait.Et qualque chose à manger… laissez-moi voir la carte. [1] Humm... O francês fluente de Christian me desperta. Meus cílios vibram no brilho do sol, e eu vejo Christian me olhando, enquanto uma jovem mulher vai embora, segurando sua bandeja, seu rabo de cavalo loiro balançando provocativamente. — Está com sede? — me pergunta. — Sim — murmuro ainda meio sonolenta. — Poderia passar todo o dia te observando. Está cansada? Eu coro. — É que na noite passada não dormi muito. — Eu tampouco. — Sorri, deixa seu BlackBerry e se levanta. A bermuda curta cai um pouco, da forma sugestiva que tanto gosto, deixando visível a sunga que leva por baixo. Depois tira a bermuda e o chinelo e eu perco o fio de meus pensamentos. — Vem nadar comigo. — Estende a mão e eu olho para ele um pouco aturdida. — Nadar? — Repete inclinando um pouco a cabeça e com uma expressão divertida. Como não respondo, balança negativamente a cabeça — Acho que você precisa
— Um monstro feito à sua medida. Ia me querer de alguma outra forma? — Ia querer você de qualquer forma que pudesse lhe ter, já sabe disso. Mas agora mesmo não. Não com público. — disse indicando para a costa com a cabeça. O quê? É certo que várias pessoas na praia abandonaram sua indiferença e agora nos olham com verdadeiro interesse. De repente, Christian me agarra pela cintura e me lança para o ar, me deixando cair na água e afundar sob as ondas até tocar a suave areia que está no fundo. Subo para superfície tossindo, cuspindo e rindo. — Christian! — repreendo-lhe olhando-o fixamente. Pensei que íamos fazer amor na água... mas ele quis fazer outra coisa. Ele morde o lábio inferior para evitar rir. Eu salpico água nele e ele me responde salpicando também. — Temos a noite toda — me disse sorrindo como um idiota. — Até logo, bebê. — Ele mergulha sob a água e volta à superfície a um metro e meio de onde estou. Depois, com um estilo crawl perfeito e gracioso, nada afastando-se da costa e de mim. Oh, Cinquenta! Sempre tão sedutor e brincalhão … Protejo meus olhos do sol com a mão enquanto vejo-o afastar-se. Como ele gosta de me provocar... O que posso fazer para que retorne? Enquanto nado e retorno a costa, penso em minhas opições. Na área das espreguiçadeiras já havia chegado nossas bebidas. Dou um gole rápido na minha Coca-Cola. Christian é um pontinho fraco na distância. Humm... Deito de costas e, depois de brigar um pouco com as tiras, tiro a parte de cima do biquíni e deixo-a cair despreocupadamente sobre a espreguiçadeira de Christian. Para que veja a descarada que posso ser, Sr. Grey… Agora engole essa! Fecho os olhos e deixo que o sol aqueça a minha pele e os meus ossos… O calor me relaxa enquanto meus pensamentos voltam para o dia do meu casamento.
— Já pode beijar a noiva, — anuncia o reverendo Walsh. Sorrio para meu novo marido. — Finalmente, você é minha — ele sussurra me puxando para me envolver com seus braços e me dar um beijo casto nos lábios. Estou casada. Já sou a Sra. Christian Grey. Estou bêbada de felicidade. — Você está linda, Ana, — ele murmura e sorri com os olhos brilhando de amor... e algo mais, algo sombrio e luxurioso. — Não deixe ninguém que não seja eu lhe tirar esse vestido, entendido? —
Seu sorriso sobe minha temperatura enquanto com as pontas dos dedos acaricia minha bochecha, fazendo meu sangue ferver. Caramba... Como consegue me fazer isso, inclusive aqui, com toda essa gente olhando? Concordo em silêncio. Porra, espero que ninguém tenha nos ouvido. Por sorte o reverendo Walsh se afastou discretamente. Olho para a multidão ali reunida vestida com suas melhores roupas de gala… Minha mãe, Ray, Bob, e os Greys, todos aplaudindo. E também Kate, minha dama de honra, que está linda com um vestido rosa pálido e de pé junto com o padrinho de Christian: seu irmão Elliot. Quem teria imaginado que Elliot poderia ficar tão bem? Todos mostram uns sorrisos brilhantes de orelha a orelha… exceto Grace, que está chorando discretamente e cobrindo-se com um delicado lenço branco. — Preparada para a festa, Sra. Grey? — Murmura Christian, com um sorriso tímido. Me derreto ao vê-lo. Está fabuloso com um simples smoking preto com colete e gravata prateadas. Ele está... muito elegante. — Preparadíssima. — Eu sorriso, um sorriso totalmente bobo aparece em meu rosto. Um pouco mais tarde, a festa está no seu apogeu... Carrick e Grace se superaram. Montaram novamente uma tenda e decoraram com rosa pálido, prata e marfim, deixando os lados abertos com vista para a baía. Tivemos a sorte de o clima está maravilhoso, agora o sol de fim da tarde brilha sobre a água. Há uma pista de dança em uma extremidade da tenda e um buffet muito generoso na outra. Ray e minha mãe estão dançando e rindo juntos. Tenho uma sensação amarga ao vê-los assim. Espero que Christian e eu duremos mais; não sei o que faria se ele me deixasse. Casamento apressado, arrependimento assegurado. Esse ditado não deixa de se repetir na minha cabeça. Kate está a meu lado, está lindíssima com um vestido longo de seda. Me olha e franze a testa. — Ei, suposto que hoje deva ser o dia mais feliz de sua vida, — me repreende. — E é — digo-lhe em voz baixa. — Oh, Ana, o que se passa? Está olhando sua mãe e Ray? Concordo com ar triste. — Estão felizes. — Sim, felizes separados. — Estão deixando você com dúvidas? — me pergunta Kate alarmada. — Não, não, claro que não. É só que... amo-o muitíssimo. — Eu fico petrificada, sem poder ou
— Você me tem para toda vida, Sr. Grey. — Estou muito feliz de ouvir isso, Sra. Grey. — Oh, aqui estão vocês! Que dois pombinhos. Eu rosno para mim mesma... A mãe de Grace encontrou-nos. — Christian, querido, outra dança com a sua avó? Christian franze os lábios. — Claro, vovó. — E você, linda Anastásia, venha e faça um velho feliz, dance com o Theo. — Theo, é o Sr. Trevelyan? — É o avô Trevelyan. E acho que você já pode me chamar de vovó. Agora, vocês dois necessitam seriamente começar a trabalhar em meus bisnetos. Não vou durar muito mais. — Nos olha com um sorriso bobo. Christian olha-a sem piscar, horrorizado. — Vamos, vovó, — disse agarrando-a apressadamente pela mão e levando-a para a pista de dança. Me olha quase fazendo um beicinho e revira os olhos —. Mais tarde, bebê. Quando eu vou na direção do vovô Trevelyan, José me aborda. — Não vou lhe pedir outra dança. Acho que já monopolizei você demais na pista de dança... Alegro-me de vê-la feliz, mas falo sério, Ana. Estarei aqui… se você precisar de mim. — Obrigada, José. Você é um bom amigo. — Estou falando sério. — Seus olhos escuros brilham pela sinceridade. — Eu sei que sim. Obrigada de verdade, José. Mas se você me desculpa… Tenho um encontro com um idoso. Enruga a testa, confuso. — O avô de Christian — Esclareço. Ele sorri para mim. — Boa sorte com isso, Annie. E boa sorte com tudo. — Obrigada, José.
Depois de minha dança com o sempre encantador avô de Christian, fico de pé junto das portas vendo como o sol afunda por trás de Seattle provocando sombras de cor laranja e água-marinha na baía. — Vamos, — Christian insiste. — Tenho que mudar de roupa. — Agarro a sua mão com a intenção de arrastá-lo até a porta e subir as escadas comigo. Franze o cenho sem compreender e puxa suavemente a minha mão para me deter. — Pensei que você queria ser o único a tirar esse vestido do meu corpo — eu explico. Seus olhos se iluminam. — Certo. — Ele me olha com um sorriso lascivo. — Mas eu não vou despir você aqui. Nós não iríamos sair até... não sei... — disse agitando sua mão com dedos longos. Deixa a frase inacabada, mas o significado está mais que claro. Ruborizo e solto a sua mão. — E não solte o cabelo — ele murmura misteriosamente. — Mas... — Sem “mas”, Anastásia. Você está linda. E quero despir você. Franzo a testa. — Arrume sua bolsa de viagem — ele ordena. — Você vai precisar delas. Taylor já tem sua mala principal. — Está bem. O que terá planejado? Ele não me disse aonde vamos. Na verdade, eu acho que ninguém sabe de nada. Nem Mia nem Kate conseguiram obter a informação dele. Dirijo-me onde está minha mãe e Kate, conversando. — Eu não vou mudar de roupa. — O quê? — Minha mãe diz. — Christian não quer que eu mude. — Eu dou de ombros como se isso explicasse tudo. Ela enrruga a testa. — Você não prometeu obedecer, — ela me lembra com muita diplomacia. Kate tenta fazer com que seu riso abafado pareça uma tosse. Olho-a estreitando os olhos. Nem ela nem minha mãe têm ideia da luta que Christian e eu tivemos por causa disso. Não quero ressuscitar essa discussão. Porra, meu Cinquenta Tons consegue ficar muito furioso às vezes... e depois ter pesadelos. A recordação me
— Sim. Segurando a minha mão, ele me guia sob esses braços estendidos enquanto os convidados nos gritam felicitações e desejos de boa sorte e atiram arroz em nós. No final do corredor esperam por nós Grace e Carrick com largos sorrisos. Os dois nos abraçam e nos beijam cada um por sua vez. Grace está emocionada de novo. Despedimo-nos rapidamente deles. Taylor espera por nós junto do SUV Audi. Christian está segurando a porta do carro para que eu entre, mas antes me viro e atiro a buquê de rosas de cor branca e rosa para o grupo de jovens que reuniu-se. Mia agarra-o no ar e sorri de orelha a orelha. Quando entro no SUV rindo por causa da forma audaz de Mia pegar o buquê, Christian se agacha para me ajudar com o vestido. Quando já estou bem acomodada dentro, vira para se despedir dos convidados. Taylor mantém a porta aberta para ele. — Parabéns, senhor. — Obrigado, Taylor, — responde Christian enquanto se senta ao meu lado. Quando Taylor entra no carro, os convidados começam a atirar arroz no carro. Christian segura a minha mão e beija os nós dos meus dedos. — Tudo bem até o momento, Sra. Grey? — Até o momento tudo fantástico, Sr. Grey. Para onde vamos? — Para o aeroporto — diz com uma voz enigmática. Humm... o que ele está planejando? Taylor não se dirige para o terminal de embarque como eu esperava, mas sim cruza uma porta de segurança e vai diretamente para a pista. Que diabos…? E então vejo-o: o Jato de Christian com GREY ENTERPRISES HOLDINGS, INC. inscrito na fuselagem com grandes letras azuis. — Não me diga que vai voltar a fazer uso pessoal dos bens da empresa. — Oh, assim espero, Anastásia. — Christian sorri para mim. Taylor para o Audi ao pé da escada que leva ao avião e salta do carro para abrir a porta para Christian. Trocam umas palavras e depois Christian vem e abre a porta para mim. E em vez de se afastar para me dar espaço para sair, se inclina e me agarra nos braços. — Ei! O que você está fazendo? — Reclamo. — Carregando você, sobre a escada do avião — ele disse.
— Hã… Mas, isso não se faz apenas em casas? Sobe comigo pela escada sem esforço aparente e Taylor segue-nos levando minha mala. Deixa-a na entrada do avião e retorna para o Audi. Dentro da cabine reconheço Stephan, o piloto de Christian, com seu uniforme. — Bem vindo a bordo, senhor. Sra. Grey. — Ele nos saúda com um sorriso. Christian me coloca no chão e aperta a mão de Stephan. De pé junto de Stephan estava uma mulher de cabelo escuro de uns… o quê? Trinta e poucos? Ela também estava de uniforme. — Felicidades para os dois — Stephan continua. — Obrigado, Stephan. Anastásia, você conhece Stephan. Vai ser o nosso comandante hoje. E esta é a primeira oficial Beighley. A mulher cora quando Christian apresenta-a e pisca muito rápido. Tenho vontade de revirar os olhos. Outra mulher que está completamente cativada por meu marido, que é demasiado bonito mesmo para o seu próprio bem. — Prazer em conhecê-la — disse efusivamente Beighley. Sorrio para ela com amabilidade. Afinal de contas… ele é meu. — Tudo preparado? – pergunta Christian a ambos enquanto eu examino a cabine. O interior é de madeira de acer [2] clara e couro de uma suave cor creme. Há outra jovem mulher no outro extremo da cabine, também uniformizada; tem o cabelo castanho e é realmente bonita. — Já nos deram todas as permissões. O tempo está bom daqui até Boston. Boston? — Turbulências? — Antes de chagar a Boston não. Mas há uma frente sobre Shannon [3] que pode nos dar algum sobressalto. Shannon, Irlanda? — Já vejo. Bom, espero dormir durante o trajeto - disse Christian sem dar à mínima. Dormir? — Bem, vamos nos preparar para decolar, senhor. – anuncia Stephan.— Deixo-os nas mãos competentes de Natalia, nossa comissária de bordo. — Christian olha em sua direção e franze o cenho, mas depois volta para Stephan com um sorriso.
— E finalmente o sul da França. Uau! — Sei que você sempre sonhou em conhecer a Europa — disse em voz baixa. — Quero fazer todos o seus sonhos se tornarem realidade, Anastásia. — Você é o meu sonho tornado realidade, Christian. — Digo o mesmo, Sra. Grey — ele sussurra. — Oh meu Deus... — Aperte o cinto. Eu sorrio e faço o que ele me disse. Enquanto o avião vai para a pista, bebemos o champanhe sorrindo como dois babacas um para o outro. Não posso acreditar. Com vinte e dois anos finalmente vou sair dos Estados Unidos para ir para a Europa, Londres para ser mais exata. Depois de decolar Natalia serve-nos mais champanhe e prepara-nos o banquete nupcial. E que banquete: salmão defumado seguido de perdiz assada com salada de vagens e batatas dauphinoise [5], tudo cozinhado e servido pela tremendamente eficiente Natalia. — Deseja sobremesa, Sr. Grey? — pergunta-lhe. Nega com a cabeça e passa um dedo pelo lábio inferior enquanto me olha inquisitivamente com uma expressão sombria e inescrutável. — Não, obrigado — murmura sem romper o contato visual comigo. Quando Natalia vai embora, seus lábios se curvam num sorrisinho secreto. — A verdade — volta a murmurar — é que havia planejado que a sobremesa fosse você. Merda… aqui? — Vamos — me disse se levantando e estendendo a mão para mim. Me leva até o fundo da cabine. — Há um banheiro ali — disse assinalando uma portinha, mas segue por um curto corredor até cruzar uma porta que há no final. Porra… um quarto. Este local também é de madeira de arce e está decorado com cores creme. A cama de casal está coberta de almofadas de cores dourado e marrom. Parece muito cômoda. Christian se vira e me envolve com seus braços sem deixar de me olhar.
— Vamos passar nossa noite de núpcias a dez mil metros de altitude. É algo que nunca fiz. Caralho... Outra primeira vez. Fico observando-o de boca aberta e com o coração martelando no meu peito… o clube das alturas. Ouvi falar a respeito. — Mas primeiro tenho que tirar esse seu vestido tão fabuloso. Seus olhos brilham de amor e de algo mais sombrio, algo que me encanta e que desperta minha deusa interior. Começo a ficar sem respiração. — Vire-se. — Sua voz é baixa, autoritária e tremendamente sexy. Como pode uma só palavra conter tantas promessas? Obedeço de bom grado e suas mãos sobem até meu cabelo. Vai tirando os meus grampos, um depois do outro. Seus dedos especialistas acabam com a tarefa em um instante. Meu cabelo vai caindo sobre os ombros, mecha após mecha, cobrindo minhas costas e meus seios. Tento ficar muito quieta, mas desejo com todas as minhas forças seu contato. Depois deste dia tão excitante, mesmo que extenso e esgotador, desejo-o, desejo todo o seu corpo. — Você tem um cabelo maravilho, Ana. — Ele colocou a boca junto do meu ouvido e sinto sua respiração embora não me toque com seus lábios. Quando já não havia grampos, me penteia um pouco com os dedos e massagea suavemente a minha cabeça. Oh, meu Deus… Fecho os olhos enquanto desfruto da sensação. Seus dedos continuam percorrendo meu cabelo e depois agarra-o e me puxa um pouco para me obrigar a inclinar a cabeça para trás e expor a garganta. — Você é minha — suspira. Puxa o lóbulo da minha orelha com os dentes. Deixo escapar um gemido. — Silêncio — me ordena. Afasta o meu cabelo e, passando o dedo pela borda de renda do vestido, percorre a parte superior da minha coluna de um ombro para outro. Estremeço por antecipação. Dá um beijo terno nas minhas costas justo em cima do primeiro botão do vestido. — Você é tão bonita… — disse enquanto desabotoa com destreza o primeiro botão. — Hoje você me fez o homem mais feliz do mundo. — Com uma infinita lentidão vai liberando os botões um por um, descendo por toda a coluna. — Te amo muitíssimo. — Vai me dando beijos desde a minha nuca até ao extremo do ombro. Depois de cada beijo murmura uma palavra: — Desejo. Muito. Você. Quero. Estar. Dentro. De. Você. Você. É. Minha. As palavras são inebriantes. Fecho os olhos e inclino o meu pescoço para lhe facilitar o acesso e vou caindo cada vez mais profundamente sob o feitiço de Christian Grey, meu marido. — Minha — repete num sussurro. Vai deslizando o meu vestido pelos braços até que cai a meus