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Técnicas de Trabalho em Grupo e Conversação: Aplicações no Ambiente AulaNet, Notas de estudo de Comunicação

Este documento aborda o uso de dinâmicas de pequenos grupos e técnicas de trabalho em grupo para apoiar o processo de aprendizagem de alunos no ambiente aulanet. As técnicas de conversação disponíveis no mc2 são adaptadas de técnicas de trabalho em grupo e visam ajudar o mediador na condução da conversação entre os alunos. O documento discute a dinâmica de grupos, relações sociais dentro de grupos, tamanho do grupo e técnicas de trabalho em grupo, como brainstorming, discussão circular, votação e contribuição única.

O que você vai aprender

  • Como as técnicas de conversação no MC2 foram adaptadas de técnicas de trabalho em grupo?
  • Quais são as quatro técnicas de trabalho em grupo descritas no documento?
  • Qual é a importância do tamanho do grupo no trabalho em grupo?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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usuário desconhecido 🇧🇷

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Técnicas de Trabalho em Grupo e Técnicas de
Conversação
O objetivo é trabalhar com dinâmicas de pequenos grupos e técnicas de
trabalho em grupo [Minicucci, 1992] para tentar oferecer um suporte tecnológico
que ajude no processo de aprendizagem do aprendiz durante a utilização da
ferramenta de bate-papo.
As técnicas de conversação disponíveis no MC2 foram adaptadas das
técnicas de trabalho em grupo que serão apresentadas neste capítulo. O termo
“técnica de conversação” foi escolhido para definir as técnicas disponíveis no
MC2 pois o objetivo dessas técnicas é ajudar o mediador na condução da
conversação entre os aprendizes de um curso do ambiente AulaNet.
Desde que Kurt Lewin [Lewin, 1935] lançou a expressão dinâmica de
grupo, muito se tem escrito e pesquisado sobre o assunto, especialmente nas áreas
de comunicação, liderança, coesão de grupo, propriedades estruturais dos grupos e
padrões do grupo. O certo é que dinâmica de grupo é, antes de mais nada, a
reformulação de comportamento, isto é, a democratização de atitudes tão
necessárias ao trabalho produtivo [Minicucci, 1992] Apenas as técnicas de
trabalho em grupo não são suficientes para as atividades grupais. Elas são
complementares ao tratamento de reformulação de comportamento.
O grupo é entendido como um conjunto conhecido de pessoas que são
interdependentes na tentativa de realização de objetivos comuns, e visam a um
relacionamento interpessoal satisfatório. A tentativa da realização desses objetivos
cria, no grupo, um processo de interação entre pessoas que se influenciam
reciprocamente. Num grupo, cada uma das pessoas ajuda as outras e é apoiada por
elas, mas também surgem dificuldades causadas pelos outros, quer diretamente,
quer por projeção sobre seus problemas. Em todos os momentos encontramos
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Baixe Técnicas de Trabalho em Grupo e Conversação: Aplicações no Ambiente AulaNet e outras Notas de estudo em PDF para Comunicação, somente na Docsity!

Técnicas de Trabalho em Grupo e Técnicas de

Conversação

O objetivo é trabalhar com dinâmicas de pequenos grupos e técnicas de trabalho em grupo [Minicucci, 1992] para tentar oferecer um suporte tecnológico que ajude no processo de aprendizagem do aprendiz durante a utilização da ferramenta de bate-papo.

As técnicas de conversação disponíveis no MC2 foram adaptadas das técnicas de trabalho em grupo que serão apresentadas neste capítulo. O termo “técnica de conversação” foi escolhido para definir as técnicas disponíveis no MC2 pois o objetivo dessas técnicas é ajudar o mediador na condução da conversação entre os aprendizes de um curso do ambiente AulaNet.

Desde que Kurt Lewin [Lewin, 1935] lançou a expressão dinâmica de grupo , muito se tem escrito e pesquisado sobre o assunto, especialmente nas áreas de comunicação, liderança, coesão de grupo, propriedades estruturais dos grupos e padrões do grupo. O certo é que dinâmica de grupo é, antes de mais nada, a reformulação de comportamento, isto é, a democratização de atitudes tão necessárias ao trabalho produtivo [Minicucci, 1992] Apenas as técnicas de trabalho em grupo não são suficientes para as atividades grupais. Elas são complementares ao tratamento de reformulação de comportamento.

O grupo é entendido como um conjunto conhecido de pessoas que são interdependentes na tentativa de realização de objetivos comuns, e visam a um relacionamento interpessoal satisfatório. A tentativa da realização desses objetivos cria, no grupo, um processo de interação entre pessoas que se influenciam reciprocamente. Num grupo, cada uma das pessoas ajuda as outras e é apoiada por elas, mas também surgem dificuldades causadas pelos outros, quer diretamente, quer por projeção sobre seus problemas. Em todos os momentos encontramos

pessoas que trabalham em grupo para resolver seus problemas ou tomar decisões. Os grupos podem ser democráticos, formais ou informais. [Minicucci, 1992]

Todos fazem parte de grupos, mas normalmente o indivíduo não se conduz da mesma forma quando está só ou quando participa de uma reunião de grupo. Ao participar de um grupo o indivíduo pode adotar determinada atitude face a outros membros do grupo, dissimulando certos aspectos pessoais, ou pode sentir-se protegido no anonimato. Ele deve perceber que, mesmo fazendo parte de um grupo, cada pessoa é particular quer seja pelo seu modo de pensar, por suas percepções ou por sua envergadura pessoal. Dentro de um grupo, o indivíduo pode desempenhar dois tipos de relações sociais: verticais ou horizontais. As relações verticais ocorrem quando existe uma superioridade de posição, status , liderança ou chefia, enquanto as relações horizontais implicam em igualdade de condições entre os membros do grupo.

O grupo deve trabalhar evitando a formalidade, tanto para obter fluidez na comunicação como para conseguir uma boa resolução de problemas. Naturalmente, o excesso de informalidade poderá levar a desviar a atenção dos membros do grupo. A manutenção de um grau adequado de informalidade é uma habilidade que se adquire com treinamento e tem de ser desenvolvida por todo bom membro de grupo.

O tamanho do grupo é um fator que contribui à intimidação e ao caráter cerimonioso do mesmo. É difícil conseguir um bom debate ou discussão com muitos indivíduos, por isso, é aconselhável, tratando-se de grupos grandes, recorrer a técnicas para formar subgrupos e canalizar o problema para grupos pequenos. O tamanho do grupo e o dos subgrupos depende dos objetivos daquele e da experiência de seus membros.

Há várias normas de condução de reuniões presenciais, sendo que algumas delas acabaram de serem citadas. São elas: o uso de técnicas de trabalho em grupo não é suficiente para as atividades em grupo, os conceitos relativos ao grupo, os conceitos relativos ao indivíduo que faz parte de um grupo, as relações sociais desempenhadas em um grupo, a formalidade do trabalho em grupo e o tamanho

  1. Mediador inicia o debate. Antes disto a conversação é livre.
  2. Moderador, papel criado no TIAE para o aprendiz responsável pela moderação do debate da semana, sintetiza a primeira questão da Conferência realizada na semana.
  3. Cada aprendiz deve enviar uma contribuição indicando o que gostaria de discutir em relação àquela questão. (Observações: A contribuição só deverá ser enviada quando o mediador ou o sistema indicar de quem é a vez de falar. Os aprendizes deverão formular a sua contribuição antes de iniciar o debate.)
  4. Após a etapa 3, é feita uma votação e cada aprendiz indica qual contribuição gostaria de discutir com o grupo (indica o nome do aprendiz que enviou a contribuição, mas não pode se auto-indicar).
  5. Moderador inicia a discussão sobre a contribuição mais votada (os aprendizes estão livres para discutir aquela contribuição). Caso a discussão se esgote, o moderador inicia a discussão sobre a segunda contribuição mais votada. Este processo se repete até esgotar o tempo (que foi estabelecido pelos mediadores como sendo de aproximadamente 15 minutos para cada questão).
  6. Caso haja tempo, o moderador pode abrir espaço para quem quiser fazer uma conclusão ou comentário adicional. Repetem-se os passos 2, 3, 4, 5 e 6 para todas as questões da Conferência.
  7. Mediador finaliza o debate após uma hora de duração.

É possível para o mediador aplicar a dinâmica proposta fazendo uso apenas do protocolo social. Isto foi constatado nos quatro debates realizados utilizando o MC1. No MC2 existe um suporte tecnológico à coordenação da conversação, porém isso não exclui a necessidade do uso do protocolo social. Um exemplo do uso do protocolo social no MC2 pode ser visto no quinto passo da dinâmica. Neste caso o mediador continua lançando mão do protocolo social para definir o tempo que será gasto na discussão de uma determinada questão.

As técnicas de trabalho em grupo que compõem a dinâmica do debate em TIAE são o “ Brainstorming ”, a “Discussão Circular”, a “Votação” e a

“Assembléia”. Elas deram origem, respectivamente, às técnicas de conversação “Contribuição Livre”, “Contribuição Circular”, “Contribuição Única” e “Contribuição Mediada”.

Brainstorming e Contribuição Livre

O brainstorming é um tipo de interação em grupo, concebido para incentivar a livre promoção de idéias sem restrições nem limitações quanto à exiquibilidade das mesmas.

No MC2 esta técnica de trabalho em grupo deu origem à técnica de conversação “Contribuição Livre”, que permite que os aprendizes estejam livres para enviar suas contribuições a qualquer momento. Eles não precisam preocupar com o número de contribuições enviadas e nem com algum tipo de estruturação ou organização da conversação, por exemplo, seguir uma ordem pré-estabelecida. O objetivo principal é ter um momento onde todos participem livremente, sem qualquer limitação ou restrição.

Devido ao modo de funcionamento do MC1 é razoável considerar que nele a Contribuição Livre é a técnica que sempre estará em vigor na aplicação. Já no MC2 a Contribuição Livre é a técnica padrão, ou seja, enquanto o mediador não alterar a técnica esta será a técnica que estará em vigor na aplicação.

Discussão Circular e Contribuição Circular

Em uma reunião presencial a discussão circular começa com o estabelecimento do limite de tempo relativo a cada pessoa e a apresentação de uma questão que deverá ser respondida ou discutida pelo grupo. Quando se torna aparente que todos entenderam a questão, uma pessoa se apresenta para iniciar a discussão. Terminado o tempo que lhe cabe, seu vizinho continua em seu lugar e, assim por diante, até que todos tenham falado sobre o assunto. Cada participante deve contribuir com uma nova idéia, adicionar algo novo à idéia já apresentada ou

As alterações realizadas embutiram alguns aspectos do protocolo social nos elementos de coordenação da aplicação desenvolvida. É possível para o mediador, como foi feito usando o MC1, aplicar a discussão circular fazendo uso apenas do protocolo social, porém, com o suporte tecnológico dado pelo MC2 esta tarefa é facilitada.

Votação e Contribuição Única

Uma votação é realizada com o intuito de permitir que os seus participantes manifestem sua vontade ou opinião sobre um determinado assunto para que decisões sejam tomadas. Em um processo de votação cada membro tem direito a um voto, porém tais votos podem ter pesos diferentes.

O processo de votação pode ser realizado de várias formas, como por exemplo, concordando ou discordando sobre alguma questão, ou escolhendo uma dentre várias opções. Normalmente é dado ao participante o direito de abstenção. Existem também as votações secretas.

No MC2 a técnica de conversação “Contribuição Única” originou-se da necessidade criada na dinâmica do debate de realizar uma “Votação”. Nesta técnica cada aprendiz só pode enviar uma contribuição (que representa seu voto) e a contribuição pode ser enviada a qualquer instante (não há ordenação). É importante ressaltar que a técnica Contribuição Única pode ser utilizada pelo mediador com outros objetivos que não sejam uma votação propriamente dita.

Assembléia e Contribuição Mediada

Assembléia é uma atividade que normalmente é realizada por grupos grandes, com pautas abrangentes e envolvendo a tomada de alguma decisão. O termo assembléia veio ao idioma português através do francês e origina-se do verbo assembler e assimilare , no sentido de reunir. As pessoas se dirigem a uma

assembléia com a finalidade de reunir-se para assimilar conhecimento e ter intercâmbio com seus semelhantes.

Em uma assembléia todos os participantes têm os mesmos privilégios. Para facilitar a manutenção da organização da assembléia os participantes só podem expor seus pontos de vista após autorização da mesa diretora. Caso dois ou mais participantes solicitem a palavra em um mesmo instante, cabe à mesa diretora a responsabilidade pela definição dos critérios de desempate, ou seja, é ela que decide quem será o próximo a ter a palavra.

No MC2 a técnica de trabalho em grupo “Assembléia” deu origem à técnica de conversação “Contribuição Mediada”, onde os aprendizes solicitam a palavra selecionando o botão “Solicitar Palavra”. Nesse momento o aprendiz é inserido na fila de espera e aguarda até que o mediador decida sobre tal solicitação, de acordo com os seus critérios.

Enquanto estiver esperando por sua vez de falar, o aprendiz pode escrever a contribuição que deseja enviar. Quando a sua vez de falar chegar, o botão “Enviar” da sua interface será habilitado e ele poderá escrever sua contribuição ou enviar a contribuição previamente elaborada. Há também a possibilidade de selecionar o botão “Devolver a Palavra” para desistir de falar.

Chamam-se técnicas grupais ou de trabalho de grupo os meios, métodos ou processos utilizados para alcançar os objetivos propostos pelo grupo. Convém lembrar que a palavra técnica se origina do grego téchne que significa arte , no sentido de adequação da habilidade pessoal num desempenho eficaz. Qualquer técnica é eficaz, se a pessoa que a utiliza tiver “arte e engenho”, como disse o poeta Camões. [Minicucci, 1992]

As melhores técnicas não fazem um bom profissional ou um eficaz dirigente de grupo. Empregadas na forma e no ambiente adequado, as técnicas têm o poder de ativar o potencial e as motivações individuais, de estimular os elementos dinâmicos internos e externos e de mover o grupo a atingir as suas metas.

A habilidade de ler a situação, a flexibilidade para adaptar-se a situações novas e a capacidade de gestão situacional fazem a arte de conduzir grupos.