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Neste documento, aprenda a estrutura de roteiros audiovisuais em ficção e documentário. Saiba quais são as funções dos roteiristas, como as produções circulam e recebem feedback, e como analisar a relação entre roteiro e realização. Aprenda a identificar diferentes tipos de sequências e elementos de roteiros, e explore exemplos de roteiros de curta-metragens e documentários.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
O objetivo desta sequência didática é levar os alunos a conhecer a estrutura do gênero roteiro e desenvolver a habilidade de compreender a relação entre sua estrutura composicional e os efeitos de sentido produzidos no filme. Outro propósito é que eles aprendam a relacionar a análise estrutural e temática do filme com a análise sociocultural, considerando o contexto histórico de produção da obra. Esta sequência didática colabora com a Competência Geral 1 para o Ensino Fundamental (BNCC, p. 9 ), que visa “valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.
Objetos de conhecimento Habilidades Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos (EF89LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro, televisão, cinema , identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização como peça teatral, novela, filme etc. Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo , em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
Duração: cerca de 45 minutos Local: sala de aula ou sala de informática Organização dos alunos: em círculo Recursos e/ou material necessário: giz, lousa, cópias do texto, computador com acesso à internet e projetor multimídia, caderno, caneta, lápis e borracha. Sugestão de curta-metragem e roteiro de curta-metragem ‒ ficção: MASCARENHAS, Iziane Filgueiras (direção). Dona Carmela. CE, 2004. Duração: 13 min. Disponível em: http://www.curtanaescola.org.br/filme/?name=dona_carmela. Acesso em: 19 nov. 2018. Atividade 1: Introdução ( 10 minutos) Inicie a aula perguntando aos alunos se eles sabem quais são os profissionais envolvidos na produção de um filme. Ajude-os, mencionando alguns: atores/atrizes, sonoplasta, figurinista, diretor, assistente de direção, câmera e seus assistentes e o roteirista. Informe que se o filme for uma animação, é necessário a participação de atores e atrizes para gravar a voz dos personagens (no caso de filmes falados), além de designers gráficos e ilustradores para construir os personagens e os cenários virtuais. Destaque, em seguida, a função do roteirista: escrever um texto (roteiro) para guiar a produção do filme. Nele devem estar presentes a sequência das cenas, com a descrição e a ambientação; a mudança de cenas; a fala dos personagens; o modo como eles devem se expressar; a inclusão de personagens; além do argumento, a síntese da história que deu origem ao roteiro. Comente com eles que durante a produção audiovisual, o roteiro (ou guião) deve circular entre os profissionais envolvidos na gravação do filme, funcionando como uma espécie de guia para as filmagens. Mencione, também, as diferenças entre a predominância do caráter narrativo dos filmes de ficção. Em seguida, pergunte a eles se acompanham alguma série televisiva ficcional e qual é a série preferida deles. Peça que pensem na elaboração dos roteiros dessas séries, em como se organiza a produção. Explique que, nesse caso, é comum que cada episódio seja assinado por um roteirista e que, para garantir a unidade da série, uma equipe de roteiristas se reúne para discutir em conjunto o rumo do enredo, que depois é escrito de forma individual. Atividade 2 : Leitura e análise da estrutura de roteiro ( 15 minutos) Projete ou distribua cópias do roteiro escrito por Iziane Filgueiras Mascarenhas e Daniel Adjafre, Dona Carmela. ( link em Recursos e/ou material necessário ). Antes de iniciar a leitura, mostre como se organiza um roteiro. Informe que não existe um padrão de formatação universal para os roteiros, mas eles geralmente são estruturados como explicado a seguir. Demonstre as ocorrências no próprio roteiro.
Atividade 3 : Exibição do curta-metragem e discussão ( 20 minutos) Exiba o curta-metragem e pergunte aos alunos qual é a principal crítica do filme. Espera-se que eles apontem que é a insensibilidade diante dos sentimentos alheios, identificando o diretor do filme como aquele que só se volta para seus interesses profissionais. Chame também a atenção deles para as transformações que os personagens sofrem no decorrer da narrativa, e como esse recurso é fundamental para a construção de sentido da obra. Como exemplo, peça a eles que comentem as cenas iniciais e finais do filme. Em seguida, solicite aos alunos que comentem a fidelidade da filmagem ao roteiro: por meio das descrições e rubricas foi possível imaginar o cenário, a ambientação, a atuação, as situações vividas, os sentimentos dos personagens? É possível continuar perguntando se as especificações do roteiro criaram expectativas que se harmonizaram com o curta tal como foi filmado. Peça-lhes que se atenham de modo especial às cenas finais do filme e exemplifiquem suas respostas. Os alunos podem comentar que há diferenças entre roteiro e realização do filme em relação a detalhes do que acontece enquanto Augusto e Sérgio esperam para serem chamados e também quanto à cena final, à qual o diretor dá maior dramaticidade ao enfatizar a decepção e o desconsolo do protagonista e não a irritação. Termine chamando a atenção para os recursos cinematográficos utilizados: a história é contada linearmente ou usa o recurso do flashback? Como é feita a iluminação? (verifique se percebem como há pouca iluminação nos ambientes internos contrastando com a luminosidade da última cena externa). Perceberam o blackout que ocorre antes da cena final? Como o interpretam? (Os alunos poderão mencionar que a função dele é deixar que o espectador imagine como foi a cena final ocorrida no estúdio, pois isso já não é importante.). Em seguida, pergunte-lhes o que repararam em relação à trilha sonora (Por exemplo, indica passagem do tempo enquanto Augusto se veste; ou se torna mais intimista para pontuar o desconsolo do personagem, ou mais alegre na última tomada.)
Duração: cerca de 45 minutos Local: sala de aula ou sala de informática Organização dos alunos: em círculo Recursos e/ou material necessário: giz, lousa, caderno, caneta, lápis, borracha, cópias do texto, projetor multimídia. Sugestão de curta-metragem e roteiro - Documentário: BERLINER, Roberto (direção). Som da Rua ‒ Mestre Nado. Documentário, RJ, 1997. Duração: 3 min. Disponível em: http://portacurtas.org.br/filme/?name=som_da_rua_mestre_nado. Acesso em 22 nov.2018.
Atividade 1: Diferença entre sequências narrativas e dissertativas ( 10 minutos) Inicie a aula perguntando aos alunos se eles já assistiram a algum documentário em curta, média ou longa-metragem, ou até um episódio de série documental. Peça a eles que comentem alguns dos temas dos documentários a que assistiram e discutam as características desse gênero cinematográfico. Solicite que pensem no título, no tema discutido, no posicionamento do filme, e se o documentário promoveu alguma mudança na sua forma de pensar o mundo. Reflita com eles sobre as diferenças entre um filme de ficção e um documentário, apontando que, enquanto nas ficções predominam sequências narrativas, vivenciadas por personagens, nos documentários as sequências dissertativas – em que um ou mais temas são debatidos, defendidos ou simplesmente observados – estão em evidência, além de sequências descritivas e expositivas. É importante ressaltar, no entanto, que nem sempre as obras são puras, existe um hibridismo tanto no roteiro ficcional como no documentário, ou seja, há sequências narrativas em documentários, assim como existe uma tese, uma ideia, sendo defendida em um texto ficcional. Há também falsos documentários que misturam fatos e ficção. Atividade 2 : Exibição e discussão temática de um documentário ( 15 minutos) Você pode apresentar o curta em sala de aula, por meio de um projetor ou pedindo, se achar conveniente, que os alunos utilizem seus celulares. Comece contando-lhes que se trata de um filme não ficcional que nos mostra pedaços da vida e as atividades artísticas de Mestre Nado, nascido em Olinda, Pernambuco. Oleiro de profissão, dedicou-se especialmente à fabricação de recipientes de barro chamados quartinhas. Como a produção desses objetos foi diminuindo com o passar do tempo, ele começou a fabricar instrumentos, ocarinas, instrumentos de sopro de vários formatos, geralmente de porcelana, pedra ou madeira. Em seguida, projete o curta. Depois da exibição, peça aos alunos que falem sobre o que observaram de peculiar no filme. Espera-se que mencionem que todo o curta é composto de um longo depoimento. Há um monólogo no qual Mestre Nado fala de seu trabalho, mas não há diálogos entre ele e os outros personagens nem com o cinegrafista, que provavelmente lhe fez algumas perguntas para orientar o depoimento. Pergunte-lhes se há outras pessoas em cena, quem são e o que fazem. O esperado é que digam que sim, são os filhos de Mestre Nado e algumas crianças, mas nenhum deles tem falas. É possível completar a resposta dizendo que são apenas figurantes, brincando no caso das crianças, ou, no caso dos filhos, tocando e cantando junto com ele. Pergunte também como se explica a opção do roteirista por um filme sem falas. No contexto do filme, isso pode ser atribuído ao objetivo central de mostrar como um oleiro trabalha e como pode ser criativo em sua atividade. Sobre o conteúdo do documentário, é possível ainda fazer outras perguntas, que verifiquem o grau de compreensão do filme. Por exemplo, como e por que se deu a evolução da atividade de seu Nado. (Primeiro fazia e vendia quartinhas; depois, por necessidade, começou a construir e vender instrumentos musicais em barro.) Que tipo de instrumento ele fabricava, o que tinha de inovador e onde ele o vendia? (Ocarinas, feitas de barro por ele e vendidas na praça.) O que tem de especial em
A avaliação da aprendizagem desta sequência didática deverá ser processual e poderá ser aferida em alguns momentos com mais eficiência: durante as discussões após a exibição dos filmes, a partir das respostas e das proposições dos alunos acerca dos filmes assistidos.
1. Leia este trecho do roteiro do curta metragem e responda: Qual o efeito de sentido gerado pelas reticências? “LUÍSA (para si mesma) Alencar.... 06. INT. CORREDOR – DIA ALENCAR anda apressado levando um tubo de cola na mão. Passa por Augusto e Sérgio e se aproxima da porta do estúdio que está entre aberta.” MASCARENHAS, Iziane Figueiras. Dona Carmela. Roteiro. Disponível em: <www.curtanaescola.org.br/filme/?name=dona_carmela> Acesso em: 21 nov. 2018. 2. Releia este trecho do roteiro do curta-metragem e responda: O que é possível entender pela rubrica “(Off)” e a repetição do “í”? “GONZAGA (off) Luíííííííza!” MASCARENHAS, Iziane Figueiras. Dona Carmela. Roteiro. Disponível em: <www.curtanaescola.org.br/filme/?name=dona_carmela> Acesso em: 21 nov. 2018.
1. As reticências indicam um prolongamento do chamado, uma hesitação. 2. A rubrica indica que o personagem não aparece em cena e a repetição da letra indica que possivelmente ele está gritando.