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Os limites para a retirada de um bloco anatômico do crânio, incluindo os osso etmoidal, osso frontal, osso esfenoidal, ossos temporais e canais nervosos. O texto detalha a remoção do bloco anatômico, a dessecção da dura-máter e a identificação de estruturas específicas, como o seio cavernoso, nervos oculomotor, troclear e oftálmico. O documento também inclui medidas e relações entre diferentes estruturas.
Tipologia: Notas de estudo
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Estudaram-se 40 seios cavernosos de 20 cadáveres frescos, do sexo masculino, na faixa etária de 20 a 70 anos – média de 53 anos, obtidos ao acaso, oriundos do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Eslovênia e do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Geral de Lucerna, Suiça. A preparação anatômica ocorria 6 a 12 horas após o óbito, com atenção à integridade da região em estudo. Após a retirada da calvária, pelo uso de uma serra elétrica oscilatória com lâmina larga (Cast Cutter – Stryker), procedia-se a secção paramediana da dura- máter, a 2cm do seio sagital superior, ao nível da glabela até a confluência dos seios, bilateralmente. Exposto o encéfalo, retirava-se o seio sagital superior juntamente com a foice do cérebro pela secção da dura-máter aderida à crista frontal e à crista galli, e ao nível da protuberância occipital interna. Para a remoção do encéfalo, seccionavam-se os nervos cranianos o mais próximo possível do tronco do encéfalo, preservando-se as suas relações com a base interna do crânio e com a dura-máter. A artéria carótida interna era seccionada ao nível da emergência da artéria comunicante posterior, bilateralmente, e as artérias vertebrais, seccionadas com o bulbo. A seguir, estabeleciam-se os limites para a retirada do bloco anatômico contendo, na linha mediana, a lâmina crivosa do osso etmoidal, o jugo esfenoidal, a sela túrcica e o clivo; lateralmente, as partes orbitais do osso frontal, as asas menores e maiores do osso esfenoidal, as partes escamosas e petrosas dos ossos temporais e os canais dos nervos hipoglossos; e o conteúdo vasculonervoso do bloco anatômico. Lateralmente, em ambos os lados, traçava-se uma linha imaginária, de projeção paramediana, a 3cm lateral à eminência arqueada, até o ptérion homolateral. Ventralmente, uma linha de projeção coronal, a 4cm anterior ao
tubérculo da sela, com extensão até os limites laterais da fossa anterior do crânio. Dorsalmente, uma linha de projeção coronal, a 4 cm, posterior ao dorso da sela, com extensão até os limites laterais da fossa posterior do crânio, desenhando um plano com inclinação anterior e inferior (figura 1).
Figura 1 – Vista superior da base interna do crânio.
Em seguida, introduzia-se uma sonda de nelaton nº 6 em ambas as artérias carótidas internas, em nível supraclinóideo anterior e ao nível da abertura externa do canal carótido. Lavava-se cada segmento arterial com solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%, e perfundiam-se os segmentos arteriais com silicone (3110 RTV – Dow Corning) tingido por corante vermelho (Suvinil corante – Tintas Suvinil) (figura 3).
Figura 3 - Vista superior do bloco anatômico com as artérias carótidas internas perfundidas
A peça anatômica era, então, colocada em solução de formol a 10% por três dias e, em seguida, conservada em álcool etílico a 70º GL. Utilizaram-se pontos ósseos como referência à dissecção e melhor compreensão do estudo: os processos clinóides anterior e posterior, para a parede medial do seio cavernoso, e a fissura orbital superior, os forames redondo, oval e espinhoso, e o ápice da parte petrosa do osso temporal, para a parede lateral do seio cavernoso. Descreve-se, a seguir, a dissecção unilateral do bloco anatômico realizada com o auxílio de um microscópio óptico Zeiss, modelo OPMI-6, com aumento de 6 a 25x, e complementada por compasso e régua milimetrados. Iniciava-se a dissecção da dura-máter da parede lateral do seio cavernoso, após a retirada do terço posterior da parede superior da órbita, bem como das estruturas ósseas limitantes da região lateral da fissura orbital superior (asas maior e menor do esfenóide). Expunha-se a tenda dural, que é o encontro da dura-máter que recobre a fossa média do crânio e a parede lateral do seio cavernoso, com a periórbita. Desprendia-se a dura-máter da porção ínfero-lateral do segmento medial da asa menor do esfenóide e da porção ínfero-lateral do processo clinóide anterior (figuras 4 e 5).
Seccionava-se a tenda dural numa distância de 2 a 3 mm posterior ao ápice dessa duplicação dural, e separavam-se as duas lâminas que compõem a dura- máter, pelo desprendimento da lâmina externa ou endostal, identificando-se os nervos oculomotor, troclear e oftálmico (V1). Continuava-se a separação das lâminas durais até a evidência do forame redondo e do nervo maxilar (V2). Seguia-se a dissecção até o forame oval, onde se identificava o nervo mandibular (V3) e, mais posteriormente, o gânglio trigeminal (de Gasser) (figura 6).
Figura 6 – Vista da parede lateral do seio cavernoso após o desprendimento da lâmina dural endostal (lado esquerdo)
A.C.I. III P.C.P.
IV A.C.C.
V
V
V
Iniciava-se a drilagem do processo clinóide anterior, lateralmente, através do pilar óptico. Após, drilavam-se as paredes lateral e superior do canal óptico, cuidando-se para não abrir a parede do seio esfenoidal, medialmente (figura 7).
Figura 7 – Vista superior após drilagem do processo clinóide anterior (lado direito
Evidenciavam-se, lateralmente ao processo clinóide anterior, os nervos oculomotor e troclear; medialmente, o seio esfenoidal; superiormente, o nervo óptico e a artéria oftálmica; inferiormente, a curvatura anterior da parte cavernosa da artéria carótida interna (figura 8).
N.O. P.C.A.
A.O.
A.C.I. A.D.D. A.D.P.
prega petroclinóide anterior, que se estende do ápice da parte petrosa do osso temporal ao processo clinóide anterior (figura 9).
Figura 9 – Vista superior do trígono oculomotor
Em seguida, dissecava-se o nervo oftálmico até a fissura orbital superior, bem como os nervos maxilar e mandibular na fossa média do crânio, desde o gânglio trigeminal até os forames redondo e oval, respectivamente. Identificava-se a porção horizontal da parte petrosa da artéria carótida interna, e seguia-se até o forame lácero (figura 10).
P.C.A.
P.C.P.
A.P.
A.C.I. A.O.
III
III IV
V C.M. G.T.
V V
Figura 10 – Vista lateral da fossa média do crânio (lado esquerdo)
Póstero-lateralmente à parte petrosa arterial, identificavam-se a cóclea e o gânglio geniculado e, anteriormente à parte petrosa arterial, identificava-se o nervo petroso maior, bem como o músculo tensor do tímpano e a tuba auditiva (figura 11).
Figura 11 – Vista superior da cóclea, gânglio geniculado e nervo petroso maior
G.G. C
N.P.M.
A.C.P.
F.E.
Verificaram-se as relações dos anéis durais proximal e distal com o nervo óptico, o pilar óptico e o diafragma da sela. Os termos proximal e distal são descritos de acordo com o sentido da corrente sanguínea na curvatura anterior da parte cavernosa da artéria carótida interna.
3.2.3 Pontes ósseas e os processos clinóides
Anotou-se a freqüência de pontes entre os processos clinóides anterior e médio, assim como a distância entre os processos clinóides anterior e posterior.
3.2.4 Relação de vizinhança
Observaram-se os elementos anatômicos que circundavam o processo clinóide anterior, com ênfase à curvatura anterior da parte cavernosa da artéria carótida interna.
3.3 NERVOS CRANIANOS
3.3.1 Nervo oculomotor
3.3.1.1 Forame dural e o processo clinóide anterior
O forame dural que serve de passagem ao nervo oculomotor foi estudado em sua forma e no seu diâmetro, e anotada a sua distância com o processo clinóide anterior.
3.3.1.2 Relação com a parede lateral do seio cavernoso
Estudou-se o trajeto do nervo oculomotor na parede lateral do seio cavernoso e sua emergência do referido seio.
3.3.2 Nervo troclear
3.3.2.1 Forame dural e limites do triângulo paramediano
Anotou-se o diâmetro do forame dural atravessado pelo nervo troclear e estudaram-se os limites do triângulo paramediano (figura 12).
Figura 12 – Vista dos triângulos paramediano e de Parkinson (lado esquerdo)
III T.P.M. IV T.P. V
Figura 13 – Visão dos segmentos anterior, médio e posterior do nervo oculomotor (lado esquerdo)
3.3.3 Nervo trigêmeo
3.3.3.1 Nervo oftálmico (V1)
Mensurou-se a distância entre os nervos oftálmico e troclear no triângulo de Parkinson, nas projeções dos segmentos nervosos anterior, médio e posterior, descritos no item 3.3.2.3 (figura 12).
3.3.3.2 Nervo maxilar (V2)
Estudou-se o trajeto do nervo maxilar na parede lateral do seio cavernoso.
3.3.3.3 Triângulo anterolateral
Anotaram-se os elementos anatômicos situados no triângulo anterolateral, assim delimitado: superiormente, a margem inferior de V1; inferiormente, a margem superior de V2; anteriormente, a parede anterolateral da fossa média do crânio (figura 13).
3.4 FORAMES OVAL E ESPINHOSO
Mensurou-se o espaço que separa o forame oval do forame espinhoso, bem como as distâncias de ambos os forames com o segmento horizontal da parte petrosa da artéria carótida interna. As relações entre esses elementos foram analisadas.
3.5.1 Parte petrosa (porção horizontal)
Situou-se e mensurou-se a porção horizontal da parte petrosa da artéria carótida interna, exposta no assoalho da fossa média do crânio, bem como a sua relação com os gânglios trigeminal e geniculado.
3.6 NERVO PETROSO MAIOR, ORELHA MÉDIA E CÓCLEA
3.6.1 Nervo petroso maior
Conferiu-se, sob análise microscópica, a relação do nervo petroso maior com os gânglios geniculado e trigeminal, e com a porção horizontal da parte petrosa da artéria carótida interna (figura 11).
3.6.2 Orelha média
Anotaram-se as distâncias e as relações entre a tuba auditiva, o músculo tensor do tímpano e a porção horizontal da parte petrosa da artéria carótida interna (figura 11).