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O plano de desenvolvimento para o 2º bimestre do 7º ano em arte, que inclui objetivos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados, práticas de sala de aula, pesquisas, desenvolvimento de processos criativos em artes visuais e uso de materiais digitais. Além disso, ele enfatiza a importância de relacionar os estudos com o cotidiano dos alunos e refletir sobre a função social da arte.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Este Plano de desenvolvimento contém informações complementares ao Manual do Professor (impresso). O Plano apresentado explicita os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro do Aluno , bem como sugere práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da metodologia adotada. Este Plano de desenvolvimento é composto dos seguintes tópicos:
1. Objetos de conhecimento e habilidades da BNCC 2. Atividades recorrentes na sala de aula 3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o desenvolvimento de habilidades 4. Gestão da sala de aula 5. Acompanhamento do aprendizado dos alunos e indicação das habilidades essenciais para a continuidade dos estudos 6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para apresentar aos alunos 7. Projeto integrador
Referências no material didático Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Capítulo 3 Artes visuais Contextos e práticas (^) (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. Artes visuais Contextos e práticas (^) (EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço. Artes visuais Contextos e práticas (^) (EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc.
Artes visuais Elementos da linguagem (^) (EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas. Artes visuais Materialidades (^) (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.). Artes visuais Processos de criação (^) (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais. Artes visuais Processos de criação (^) (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais. Música Contextos e práticas (^) (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. Música Contextos e práticas (^) (EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos culturais de circulação da música e do conhecimento musical. Música Contextos e práticas (^) (EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e gêneros musicais. Música Contextos e práticas (^) (EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética musical. Música Elementos da linguagem (^) (EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música e das propriedades sonoras (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais.
Artes visuais Materialidades (^) (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.). Artes visuais: Processos de criação (^) (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais. Artes visuais: Processos de criação (^) (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais. Teatro Contextos e práticas (^) (EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro. Teatro Contextos e práticas (^) (EF69AR25) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral. Teatro Contextos e práticas (^) (EF69AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários. Teatro Processos de criação (^) (EF69AR27) Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo. Teatro Processos de criação (^) (EF69AR28) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
Teatro Processos de criação (^) (EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico. Teatro Contextos e práticas (^) (EF69AR30) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador. Artes integradas Contextos e práticas (^) (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. Artes integradas Matrizes estéticas e culturais (^) (EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.). Artes integradas Arte e tecnologia (^) (EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
Neste bimestre, vamos trabalhar a ideia de arte pública e o conceito de intervenção urbana. Esta é uma ótima oportunidade para relacionar os estudos do componente com o cotidiano dos alunos, além de possibilitar a reflexão a respeito da função social da arte. Bons estudos!
Neste bimestre, os alunos vivenciarão atividades com música e teatro. Por isso, atente-se por deixar clara a função dos variados elementos da linguagem, como a audição, o canto, o corpo, o gesto. É importante que cada estudante tome conhecimento de seu corpo, suas possibilidades e limitações. Durantes essas atividades, faça-os perceber que não há vergonha em não conseguir atuar ou cantar diante de um público. Todos devem ter as mesmas possibilidades de experimentação, mas isso não deve se tornar um fardo, principalmente um aluno muito tímido, por exemplo. Para esses alunos, procure funções alternativas dentro de cada atividade, como cuidar do som, do cenário e do figurino ou ser o responsável pelo registro de fotos ou vídeo. Neste bimestre também tem música e teatro. Precis acrescentar os elementos de linguagem como audição, canto, corpo, gestual.
A compreensão de um texto é uma habilidade essencial para toda a vida. O aluno desenvolve diariamente, durante o Ensino Fundamental II, sua capacidade de leitura e escrita. Para que esse processo seja menos solitário, a leitura coletiva em voz alta de textos do livro é uma atividade privilegiada. Uma estratégia interessante é propor que cada aluno leia um parágrafo. É importante criar um ambiente de solidariedade, em que alunos com maior dificuldade de leitura não se sintam excessivamente expostos. Afinal, o que está em pauta é a compreensão coletiva das ideias do texto, e não um julgamento sobre a velocidade de leitura de cada um deles. Após a leitura de cada parágrafo, incentive os alunos a dividir suas impressões e dúvidas. Essa é uma maneira de exercitar a expressão oral e de garantir que os debates sobre arte proporcionados por esta coleção criem um repertório comum a todos.
As atividades de pesquisa visam ao desenvolvimento da autonomia do estudante. É importante que cada um deles entre em contato com seus próprios interesses, curiosidades e dificuldades. A arte é um assunto privilegiado nesse sentido: o aluno está cercado por manifestações culturais diversas e pode trazer para a sala de aula essa riqueza.
Incentive os estudantes a buscar informações em diversas fontes de pesquisa: entrevistas com familiares, consultas a livros na biblioteca da escola, pesquisas em sites da internet. É importante ressaltar que eles devem procurar sites confiáveis. Você pode sugerir páginas que já conhece e também incentivá-los a trocar endereços de sites entre si. Um procedimento útil a ser ensinado é o de verificar as informações coletadas e comparar as diferentes fontes. Ao circular por fontes diversas de conhecimento, o aluno aprende onde poderá buscar informações nas próximas consultas. Cada uma delas oferece diferentes tipos de informação, por meio de linguagens próprias. Dessa forma, ele vai aprender a valorizar tanto a memória oral de manifestações populares como as inovações trazidas pela tecnologia. Serão propostas, neste bimestre, pesquisas de fotografias da família em espaços públicos de manifestações musicais tradicionais da região e grupos de teatro de rua. Essas pesquisas são ótimas oportunidades para acolher dados do cotidiano dos alunos e refletir sobre as relações entre arte e vida. É importante valorizar essas contribuições. A coleção traz boas referências de arte pública no Brasil e no mundo, mas é importante apresentar também as manifestações artísticas em sua cidade. Pelo contrário, a ideia é incentivar o interesse e o desejo de intervir artisticamente no espaço urbano.
Se, ao pesquisar, o aluno desenvolve a autonomia, por outro lado, a apresentação e o compartilhamento são fundamentais para coletivizar suas descobertas. É nesse momento que ele pode valorizar o que aprendeu e também o que os colegas aprenderam. Não se trata de competição, mas de colaboração: a turma toda cresce com as trocas. No componente curricular Arte, as apresentações podem assumir os mais diversos formatos: exposições variadas em paredes e varais na sala ou em outros espaços da escola, apresentações musicais, teatrais ou de dança, seminários e saraus. A coleção oferece propostas diversificadas, de acordo com a especificidade de cada pesquisa. É característica específica deste bimestre o incentivo à realização de apresentações em espaços públicos. Ao estudar o tema da intervenção urbana, é interessante que os alunos possam experimentar a sensação de se apresentarem fora da sala de aula, de intervirem na cidade e de interagirinteragir com os cidadãos. Falaremos mais desse tema no subitem Gestão de sala de aula.
Observar uma imagem pode parecer algo óbvio ou inato, mas não é. É com o trabalho continuado que se aprende a analisar os diferentes aspectos de uma obra visual. Passamos a “ler” o
As habilidades nas aulas de Arte acontecem sem linearidade ou hierarquia. Diferentemente das aulas de outros componentes curriculares, como Matemática, em que a aquisição de um conhecimento é necessária para o desenvolvimento do próximo, em Arte as habilidades se desenvolvem em espiral: uma mesma habilidade aparece diversas vezes ao longo do ano, de maneira cada vez mais aprofundada. Este Plano de desenvolvimento busca auxiliar você nesse planejamento. Existem educadores formados em Artes Visuais, Música, Dança e/ou Teatro. Por esse motivo, você talvez se sinta mais à vontade quando atua na linguagem com a qual tem mais afinidade. Longe de ser um problema, essa particularidade pode enriquecer a troca com os alunos – que percebem que aquilo que você divide com eles é objeto de pesquisa interessada. Ao mesmo tempo, o livro serve de apoio para que você inclua em seu planejamento o trabalho com as demais linguagens artísticas. É você quem conhece a realidade em que atua: as características da comunidade escolar, os interesses dos alunos, as práticas culturais do entorno. Esta coleção pretende ser uma ferramenta útil para o dia a dia na sala de aula. Além das especificidades de linguagem, existem questões temáticas tratadas no livro que podem ecoar de diferentes maneiras no contexto em que você atua. As seções apresentam propostas de debates diversas, que você poderá conduzir levando em consideração o seu conhecimento sobre a comunidade escolar. Esta coleção frequentemente sugere atividades a serem realizadas em computador. Se a sua escola não tiver uma sala de informática (ou horários disponíveis para sua utilização), procure verificar que outras possibilidades de acesso à internet os alunos teriam. Alguns deles podem não ter computador ou acesso à internet em casa. Por isso, deve-se estimular a turma a dividir os recursos disponíveis, consultando a internet em pequenos grupos. Caso boa parte dos alunos tenha computador ou internet em casa, que possa ser acessada por meio de equipamentos móveis como smartphones e tablets , peça à turma que se organize para compartilhar esses recursos. Também vale verificar se existe algum equipamento público na região que ofereça uma sala de informática. Nesse caso, lembre-se de organizar uma visita coletiva a essa sala de informática para a realizar a atividade. A BNCC prevê seis dimensões de conhecimento para o componente curricular Arte: criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão. Esta coleção é muitas vezes lida com essas dimensões em conjunto, pois elas se interpenetram; portanto, as atividades propostas frequentemente mobilizam mais de uma dessas dimensões. Desenvolvê-las é importante não apenas para a aquisição das habilidades previstas em Arte, mas também para o crescimento global de cada aluno. Estimular a criação, por exemplo, pode reverberar positivamente no desempenho escolar nas demais disciplinas, bem como na relação mais ampla do aluno com diversos aspectos de sua vida.
Compreender os alunos como um sujeitos culturais e valorizar as características da cultura local pode enriquecer muito o processo educativo. O ensino de Arte alia-se ao desenvolvimento da socialização e da interação da turma com a comunidade escolar e do entorno. Nos anos finais do Ensino Fundamental, os estudantes podem vivenciar um alargamento de suas relações, inclusive com familiares. A arte é uma das maneiras de diálogo frutífero dos jovens com o mundo à sua volta. É importante lembrar que a expressão artística de cada aluno é única. Na medida do possível, é preciso evitar comparações. O trabalho coletivo pode incentivar a colaboração, mais do que a competição: um aluno pode ter facilidade em Música e dificuldade em Artes Visuais, por exemplo. Assim, ele pode obter ajuda de um colega em uma linguagem artística e oferecer apoio em outra. Deve-se evitar a ideia prejudicial do “dom”: as habilidades variam de indivíduo para indivíduo e, por meio do trabalho, todos podem desenvolvê-las. É fundamental que a turma perceba que, nas atividades propostas, o processo de aprendizagem interessa mais do que o produto final. As afinidades e os interesses de cada estudante devem ser estimulados. A prática e a fruição artísticas podem ultrapassar os limites da sala de aula e compor de maneira intensa o cotidiano do aluno. O Ensino Fundamental II é um momento-chave para o desenvolvimento do jovem como indivíduo, e dar continuidade aos estudos de Arte pode contribuir particularmente para a formação de sua identidade.
Incluímos aqui algumas reflexões que podem auxiliar na organização do dia a dia. As propostas desta coleção envolvem certas aventuras. Há atividades que não cabem no formato tradicional da sala de aula – carteiras enfileiradas voltadas para o professor. O processo de educação artística pode ser muito enriquecido com experiências culturais extraclasse, o envolvimento da comunidade e a incorporação de novas tecnologias. A oportunidade de que cada aluno se expresse artisticamente conduz a caminhos imprevisíveis e interessantes. Para possibilitar tudo isso, você precisa ter seu próprio espaço de autocuidado e de reflexão.
As atividades propostas frequentemente sugerem que os alunos trabalhem em espaços escolares fora da sala de aula. A quadra, o pátio, os corredores podem se tornar espaços de criação e de exposição. A BNCC prevê essa exploração, que pode ajudar a tornar a escola um espaço de pertencimento dos alunos. Seguem algumas orientações para auxiliá-lo nessa empreitada.
O espaço da escola é público. Planejar a exposição de produções das turmas é uma prática que aumenta a qualidade das aulas de Arte. Criar uma obra sabendo que ela será compartilhada com espectadores agrega muito mais consistência à experimentação artística. É importante conversar com as diversas turmas para que os momentos de socialização sejam também de troca, e não de superexposição ou de competição. Os alunos devem apresentar seus trabalhos à medida que se sentirem à vontade para tanto. Pode ser interessante dividir em espaços coletivos trabalhos em processo, e não apenas as obras finalizadas. Cultivar o prazer no compartilhamento das produções é um aspecto importante do trabalho. Se for possível, incentive a realização de conversas sobre as apresentações. A arte pode tornar-se um catalisador de reflexões e bons encontros entre toda a comunidade escolar e a não escolar. Neste bimestre, um trabalho com potencial interessante para ser socializado é a curadoria de fotos da cidade. O próprio material didático sugere a organização de uma exposição. Essa é uma boa oportunidade para incentivar toda a escola a conversar sobre a cidade em que vive. Essa experiência também vai trazer para as demais turmas os temas da curadoria (como a função profissional e suas especificidades) e da fotografia como obra de arte.
A arte pode agregar muito ao espaço da escola. Ao mesmo tempo, a realização de visitas
dos alunos mais significativa. Esse trânsito entre escola e cidade por meio da arte tem muito a contribuir para as aulas e para estudantes. É verdade que existem desafios envolvendo a saída da escola em horário de aulas. Mudanças no cotidiano trazem novos receios, assim como novas alegrias e bons encontros. Oferecemos aqui algumas sugestões para ajudá-lo a organizar esse processo Neste bimestre, em que o tema é “cidade”, você pode aproveitar o planejamento das visitas para propor à turma uma discussão sobre o direito à cidade com a turma ao organizar visitas planejadas a espaços urbanos e a apresentações fora da escola. Explicitar as eventuais dificuldades envolvendo essa atividade é uma maneira de tornar os alunos sujeitos do seu próprio processo educativo.
As visitas planejadas têm por base seu próprio repertório. É interessante que você conheça a programação cultural de sua cidade e da região em torno da escola. Essa investigação não precisa ser encarada como uma tarefa pesada – ela deve partir de seus interesses, de sua disponibilidade e de seu desejo. Vale lembrar que o museu é um espaço importante, mas não é a única alternativa para as visitas planejadas. Algumas cidades nem possuem museus, mas a cultura brasileira é muito rica e muito diversa! Você pode investigar centros culturais, feiras de cultura regional, sítios de patrimônio histórico, teatros, praças que abriguem eventos de arte de rua. A dica é valorizar a cultura local.
desenvolvimento global do aluno, e não apenas para o componente curricular Arte. Explorar a cidade com um olhar interessado provoca aprendizagens de todos os tipos. É possível que professores de outros componentes se interessem por construir a visita em parceria com você. A coordenação também pode ter boas sugestões e ajudá-lo nos acertos com a instituição escolar. Dividir a responsabilidade das saídas com outro professor alivia bastante as preocupações com a turma. Além disso, abre o olhar dos alunos para uma maior complexidade: o professor de Geografia pode incluir no roteiro perguntas sobre a organização da cidade, o professor de História pode atentar para as mudanças da cidade ao longo do tempo, e assim por diante.
É importante que o espaço a ser visitado esteja preparado para receber os seus alunos. Alguns centros culturais podem oferecer visitas guiadas. Em certos espaços é necessário fazer reservas com
cada espaço. Privilegie atividades gratuitas. Se alguma atividade ingressos, é importante conferir se isso é viável para os alunos (tomando o cuidado de não expor nenhum deles). Converse com os alunos sobre a organização das visitas e das apresentações em espaço público. Combine com antecedência os horários de saída e de chegada e o modo de transporte; verifique se em algum momento será necessário fazer uma pausa para comer e, se for o caso, peça aos alunos que tragam um lanche de casa.
Cada vez mais jovens utilizam telefones celulares, mas nem todos possuem um. É preciso lidar com essa questão com delicadeza. Ninguém é obrigado a ter um celular. É importantíssimo que os alunos não entrem em competição a respeito de quem tem o melhor celular. É necessário que os telefones não sejam uma presença constante nas aulas – diversas atividades requerem concentração exclusiva, e esse aparelho pode provocar distrações. Ao mesmo tempo, celulares e computadores serão ferramentas úteis em diversos processos. Com o uso deles, é possível filmar, fotografar, editar vídeos e áudios, pesquisar referências. A chave aqui é a não competição e, na medida do possível, o compartilhamento dos recursos entre os alunos.
É comum que, em certas atividades, você ofereça seu próprio celular ou computador para facilitar alguma etapa criativa ou registro. Certos professores decidem trazer outros materiais de casa, quando a escola não dispõe de determinado recurso. O importante é que isso não se torne uma obrigação ou um peso para você. A sugestão é que você experimente em quais situações se sente confortável para disponibilizar objetos pessoais no trabalho. Defina as possibilidades e os limites conforme se sentir bem. Respeitar-se é fundamental para a sua saúde e para sua relação com os alunos.
A questão do registro das atividades escolares encontra-se hoje em um território complexo. Por um lado, as novas tecnologias têm invadido o cotidiano: tudo vira fotografia, qualquer ocasião pede uma filmagem. Esses recursos (frequentemente oferecidos pelos telefones celulares), quando bem utilizados, são preciosos. Por outro lado, gerar imagens em excesso não significa necessariamente elaborar a experiência vivida. As aulas de Arte podem auxiliar os alunos nesta reflexão sobre o registro.
Um desenho, uma coreografia, uma canção ou uma cena teatral condensam em si mesmas uma série de reflexões. Converse com a turma sobre essa capacidade da obra de arte de materializar debates, sentimentos, sensações. Recomende aos alunos que organizem suas produções e registros ao longo de todo o ano. Ao reunir o trabalho do ano inteiro, o aluno poderá perceber seu crescimento e lembrar das experimentações vividas. Ressalte que vivenciar essas experiências é mais importante que documentá-las.
Ao longo de cada ano as experiências nas aulas vão mobilizar diversos temas e procedimentos formais. Vale privilegiar o antigo recurso do registro escrito. É interessante que cada aluno tenha um diário de bordo, um caderno, de preferência sem pauta, no qual ele possa anotar pensamentos e sentimentos. As informações contidas nesse caderno não precisam ser avaliadas; não se trata, nesse caso, de um mecanismo de controle da aprendizagem. Pelo contrário, o caderno deve ser uma “zona livre”, de elaboração do que está sendo vivido. Nesse sentido, seria interessante que você também tivesse seu próprio diário de bordo. Pode ser um caderno com subdivisões para cada turma, ou um pequeno bloco para cada sala. O interessante é que você também encontre, entre tantos alunos e tantas turmas, o espaço para registrar e pensar sobre o dia a dia.
Uma fotografia pode ser uma obra de arte. O Capítulo 1 servirá como material precioso para trabalhar essa percepção. Um vídeo ou a gravação de uma canção também podem ser obras de arte. É interessante discutir as diferenças entre a fotografia artística e a fotografia como simples forma de registro, e pensar sobre gradações e nuances entre essas categorias. Partindo do pressuposto de que o processo interessa mais que o produto, é possível combinar maneiras criativas de registrar as etapas das criações em Arte. Pode haver, por exemplo, um aluno responsável por registrar cada processo (em cada capítulo ou atividade) por meio de fotografias. Isso evita a banalização dos materiais – é a vez daquele aluno fotografar, e ele vai valorizar cada escolha. No caso das artes performativas, é importante valorizar o momento presente. O espectador deve viver o aqui e o agora da obra. Filmar uma peça teatral ou uma apresentação de dança pode prejudicar a experiência de fruição, pois se olha através de câmeras o que se poderia ver ao vivo. É
Por fim, reflita coletivamente sobre a melhor maneira de socializar esses registros. As redes sociais apresentam certa tendência de tornar tudo público. Convém escolher o que se deseja socializar, e com qual mediação. Trata-se inclusive de um pacto de confiança: resguardar o que diz respeito apenas àquele coletivo e só compartilhar o que for acordado.
A avaliação individual, que em outros componentes é a mais frequente, aqui só deve ser utilizada quando o aluno não estiver acompanhando a turma. Um aluno tímido, com dificuldade de se expressar, pode demandar esse formato em alguma ocasião. Não se trata de penalizá-lo, e sim de acolhê-lo. Vale incentivá-lo a participar das atividades coletivas nas próximas ocasiões. É essencial acompanhar de perto os alunos que necessitem de maior investimento na aquisição das habilidades previstas, para que todos tenham condições de avançar em suas aprendizagens. Claro que você é responsável por toda a turma e precisa dividir sua atenção entre todos. Mas a abertura para a conversa, nos momentos em que a dinâmica da sala de aula permitir, contribui muito para a qualidade do processo educativo.
A criação em arte muitas vezes acontece em grupo; existem grupos de teatro, companhias de dança, conjuntos musicais, coletivos de criação em artes visuais. Na sala de aula, as atividades em grupo contribuem para a socialização dos alunos. Elas também oferecem uma maneira mais solidária (e menos solitária) de enfrentar os desafios. É interessante variar o modo de dividir os grupos, dando também aos alunos a oportunidade de escolha. Dessa forma, eles aprenderão a se organizar por conta própria, reunindo-se com pessoas com as quais têm afinidade e interesses parecidos. Por outro lado, nos momentos em que você organizar os grupos, os alunos poderão exercitar a habilidade de trabalhar em equipe com parceiros diversificados. Em ambos os casos, os alunos desenvolverão sua capacidade de expressão e também de escuta do outro – o senso de alteridade.
A autoavaliação é uma maneira de o próprio aluno perceber em quais aspectos ele se aprimorou e quais dificuldades ainda merecem ser enfrentadas. Esse instrumento avaliativo explicita para a turma que a comparação entre produtos finais não é fundamental; para o componente curricular Arte, o que interessa é como cada aluno pode se desenvolver. É essencial que a autoavaliação seja realizada por escrito, a partir de questões norteadoras propostas por você. Ao lidar com um enunciado claro, o aluno encontra contornos que o auxiliam a refletir sobre o próprio processo de aprendizagem.
No Livro do Estudante há seções dedicadas à autoavaliação. Nelas, são apresentadas perguntas específicas relacionadas com a atividade realizada no capítulo. Sugerimos aqui algumas questões adicionais, que podem ser reformuladas de acordo com o seu método de ensino e o contexto específico em que você leciona:
Em um bimestre organizado em torno de projetos, uma boa estratégia é oferecer aos alunos referencias artísticas que lhes auxiliem em sua criação. Seguem algumas propostas! Festival do Minuto. Tema: Escola Pública. Trabalho realizado pelo 2º Ano da E. E. Pedro Alexandrino. Prof. Nicole Campanella. 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5mvK_D8y2cg Acesso em: set. 2018. Esse vídeo, realizado em uma escola pública (E. E. Pedro Alexandrino) tem como tema a própria escola pública. Confira! Festival do Minuto: Missão Possível. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vxOA3INGc0U Acesso em: set. 2018. O vídeo ganhador do Festival do Minuto em 2010 é uma prova de que é possível comunicar através da linguagem audiovisual a partir de recursos muito simples. Enciclopédia Itaú Cultural: Teatro de Rua. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo882/teatro-de-rua. Acesso em: set.
Esse texto realiza uma boa síntese sobre o teatro de rua: sua história, suas diferentes modalidades e sua importância na vida social.