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Trabalho de História da música
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Barroco: Música Instrumental no Barroco Primitivo
Num período de transformações no tratamento da música vocal, através do surgimento de
uma linha melódica com acompanhamento e do baixo contínuo (que contribuíram para a consolidação
da ópera), a música instrumental apresentou características que demonstravam tanto a emancipação da
composição instrumental em relação aos moldes vocais, mas ao mesmo tempo, uma certa influência
das novas técnicas composicionais da música vocal e também dos ritmos de danças.
Segundo Pisk e Ulrich (1963), antes do período Barroco não havia sido feito música pensada
para os instrumentos propriamente ditos, e sim música vocal (muitas vozes) que era adaptada aos
instrumentos (p. 276). No Renascimento, com a elaborada polifonia, isso era bastante evidente.
Porém, apesar dessa certa emancipação no início do Barroco, não quer dizer que as inovações na
composição da música vocal não tiveram alguma influência na música instrumental. Como explicam
Grout e Palisca (2007), a sonata para instrumento solo apresentou algumas características do canto e
“o violino, que teve proeminência no século XVII, imitava o canto solo, absorvendo muitas técnicas
de música vocal para o seu vocabulário” (p.308).
Apesar do conceito de “forma” ainda estar muito impreciso, alguns padrões ou tendências na
composição da música feita para instrumentos podem ser observadas. Duas principais, de acordo com
Pisk e Ulrich (1963), foram frequentes: a variação, no qual “uma melodia, frase ou uma composição
inteira era repetida um número de vezes, cada vez com um ou mais de seus componentes alterados ou
variados.” (p. 277).; e também a improvisação, que era muito presente principalmente em obras para
órgão, no qual havia trechos totalmente improvisatórios, sem escrita definida (p. 277). Já Bukofzer
(1947) afirma que três princípios gerais regeram a música instrumental desse período: estruturas com
muitas seções em relação à forma, extensas variações em relações ao procedimento melódico e
polaridade entre o baixo e as vozes superiores em relação à textura (p. 44).
Tais padrões ou princípios podem ser encontrados nas diversas categorias ou gêneros de
composição instrumental: peças fugadas em contraponto imitativo contínuo (ex: ricercare, fantasia,
fuga, capriccio, etc); peças tipo canzona em contraponto imitativo descontínuo (ex: sonata da chiesa);
peças que variavam uma melodia ou baixo dados (ex: partitas, passacaglia, chaconne, etc); danças e
outras peças em ritmos de dança mais ou menos estilizados (ex: suíte); e peças de estilo
improvisatório para instrumento solo de teclas ou alaúde (ex: toccata, fantasia, prelúdio) (GROUT;
PALISCA, 2007, p. 308).
Resumo.
BUKOFZER, Manfred. “Music in the Baroque Era: from Monteverdi to Bach”. Nova Iorque: Norton,
PISK, Paul A.; ULRICH, Homer. “A History of Music and Musical Style”. Nova Iorque: Hartcourt, Brace and World, Inc., 1963.
GROUT, Donald J.; PALISCA, Claude V. “História da Música Ocidental ”. 5. Ed. Trad. Ana Luísa Faria. Lisboa: Gradiva, 2007.