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Protocolos Clínicos para Rebaixamento do Nível de Consciência, Notas de estudo de Desvio

Os protocolos clínicos para o atendimento de pacientes com rebaixamento do nível de consciência, incluindo considerações especiais para avaliação, quadro clínico, tipos de herniação do snc, avaliação inicial e cuidados especiais. O texto aborda as causas, sintomas e exames necessários para o diagnóstico e tratamento de pacientes com estado de consciência alterada.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da história clínica no diagnóstico de pacientes com rebaixamento do nível de consciência?
  • Quais são os tipos de herniação do SNC e quais sintomas eles causam?
  • Quais são as medidas iniciais de cuidados a serem tomadas para pacientes com rebaixamento do nível de consciência?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Andre_85
Andre_85 🇧🇷

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Parte I – PROTOCOLOS DE CLÍNICA MÉDICA
[21]
2. REBAIXAMEnTO dO nÍVEL dE cOnScIÊncIA
a. cOnSIdERAÇÕES ESPEcIAIS dE AVALIAÇÃO
Coma é o estado de falta de responsividade total ou quase total, no
qual não é possível induzir uma ação do paciente dotada de propósito.
Estupor é um estado de redução da vigília no qual é possível obter
uma resposta do paciente aos estímulos vigorosos.
Letargia é um estado no qual a vigília está diminuída mas é mantida
apenas com estimulação leve.
Pode ser dividido em dois grupos de acordo com a causa:
a) Disfunção difusa do SNC por causas tóxicas ou metabólicas.
b) Estrutural: pode ser dividida em hemisférica e supratentorial.
b. QUAdRO cLÍnIcO
A história é muito importante para estabelecer o diagnóstico.
A causa pode ser evidente nos casos de TCE Traumatismo crânio
encefálico, parada cardíaca ou intoxicação exógena conhecida.
As características clínicas devem ser avaliadas:
circunstâncias e progressão dos sintomas neurológicos;
sintomas que antecederam o quadro (confusão, fraqueza muscular,
cefaléia, febre, convulsões, zumbido, diplopia ou vômitos);
uso de medicações, drogas ilícitas ou álcool;
doenças prévias como insuficiência hepática ou renal, cardiopatia ou
doença pulmonar.
Coma de início súbito sugere hemorragia cerebral e desenvolvimento
progressivo sugere causa metabólica ou tumor.
Em causas tóxicas, geralmente ocorre a ausência de achados focais, as
pupilas são pequenas e reativas a luz.
Coma resultante de lesões hemisféricas apresenta-se geralmente
com hemiparesia progressiva e assimetria de reflexos. Ocorre desvio
conjugado do olhar para o lado da lesão. Coma resultante de causas
infratentoriais é súbito, associado a postura de descerebração e perda
de reflexos pupilares.
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Parte I – P R O T O C O L O S D E C L Í N I C A M É D I C A [ 21 ]

2. REBAIXAMEnTO dO nÍVEL dE cOnScIÊncIA

a. cOnSIdERAÇÕES ESPEcIAIS dE AVALIAÇÃO Coma é o estado de falta de responsividade total ou quase total, no qual não é possível induzir uma ação do paciente dotada de propósito.

Estupor é um estado de redução da vigília no qual é possível obter uma resposta do paciente aos estímulos vigorosos.

Letargia é um estado no qual a vigília está diminuída mas é mantida apenas com estimulação leve.

Pode ser dividido em dois grupos de acordo com a causa: a) Disfunção difusa do SNC por causas tóxicas ou metabólicas. b) Estrutural: pode ser dividida em hemisférica e supratentorial.

b. QUAdRO cLÍnIcO A história é muito importante para estabelecer o diagnóstico. A causa pode ser evidente nos casos de TCE – Traumatismo crânio encefálico, parada cardíaca ou intoxicação exógena conhecida.

As características clínicas devem ser avaliadas: circunstâncias e progressão dos sintomas neurológicos; sintomas que antecederam o quadro (confusão, fraqueza muscular, cefaléia, febre, convulsões, zumbido, diplopia ou vômitos); uso de medicações, drogas ilícitas ou álcool; doenças prévias como insuficiência hepática ou renal, cardiopatia ou doença pulmonar. Coma de início súbito sugere hemorragia cerebral e desenvolvimento progressivo sugere causa metabólica ou tumor.

Em causas tóxicas, geralmente ocorre a ausência de achados focais, as pupilas são pequenas e reativas a luz.

Coma resultante de lesões hemisféricas apresenta-se geralmente com hemiparesia progressiva e assimetria de reflexos. Ocorre desvio conjugado do olhar para o lado da lesão. Coma resultante de causas infratentoriais é súbito, associado a postura de descerebração e perda de reflexos pupilares.

[ 22 ] P R O T O C O L O S^ D A S^ u^ N I D A D E S^ D E^ P R O N T O^ A T E N D I M E N T O^ 2 4^ h^ O R A S

Tipos de herniação do SNC. A h e r n i a ç ã o d o u n c u s (A) ocorre no mesencéfalo, resultando em midríase ipsilateral ( c o m p r o m e t e n d o o I I I p a r craniano) e hemiparesia com Babinski no lado oposto. A herniação central transtentorial (B) resulta, inicialmente, em pupilas mióticas e letargia (por comprometimento do mesencéfalo superior) e pode progredir para a postura de descerebração e parada respiratória (comprometimento de ponte e medular). A herniação hemisférica através da foice (C) pode resultar em comprometimento motor contra lateral associado ao desvio conjugado do olhar para o lado da lesão. A herniação das amígdalas através do forame magno (D) resulta em parada respiratória por compressão medular.

c. cOndUTA Avaliar o nível de consciência. Realizar exame neurológico e procurar por sinais de localização. Desobstruir vias aéreas: se o paciente apresentar respiração espontânea utilizar manobra manual de abertura observando cuidados com a coluna cervical caso indicado (possibilidade de trauma). Manter a permeabilização da via aérea com cânula orofaríngea. Avaliar a respiração. Administrar oxigênio 10 a 15 litros por minuto através de máscara com reservatório em pacientes apresentando respiração adequada. Assistir caso necessário a ventilação com bolsa e máscara, utilizando oxigênio suplementar.

[ 24 ] P R O T O C O L O S^ D A S^ u^ N I D A D E S^ D E^ P R O N T O^ A T E N D I M E N T O^ 2 4^ h^ O R A S

Medicamentos antagonistas de opiáceos e benzodiazepínicos MEDICAMENTO INDICAÇÃO (^) PRECONIZADADOSE COMENTÁRIOS

NALOXONA 1 ml = 0,4 mg

Intoxicação por opiáceo

0,4 mg a cada 2 minutos até 2 mg

Pode ser necessária a infusão contínua para manter o estado de alerta, pois a duração da ação é menor que a dos opiáceos.

FLUMAZENIL 5 ml = 0,5 mg

Intoxicações por benzodiazepínicos

0,2 mg IV em 30 segundos, seguido por 0,3 mg após um minuto e por 0,5 mg a cada minuto até dose total de 3 mg

Cuidado com transportes prolongados, pois o medicamento tem uma duração inferior à dos benzodiazepínicos.

d. ALGORITMO dE REBAIXAMEnTO dO nÍVEL dE cOnScIÊncIA

Algoritmo de atendimento a pacientes com rebaixamento do nível de consciência.