




























































































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Uma análise detalhada sobre a criação da atmosfera cinematográfica em filmes de chanbara, especificamente em 13 assassins e the twilight samurai. O texto aborda a importância da atmosfera no cinema japonês, as maneiras diferentes de sua criação e os temas explorados em filmes de jidaigeki. Além disso, são discutidos os papéis sociais e econômicos na formação do japão moderno e a influência desses filmes na crítica social.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 136
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação, do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Comunicação. Área de concentração: Comunicação e Linguagens. Linha de Pesquisa: Fotografia e Audiovisual. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Dídimo Souza Vieira FORTALEZA 2017
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação, do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Comunicação. Área de concentração: Comunicação e Linguagens. Linha de Pesquisa: Fotografia e Audiovisual. Aprovada em: __ / __ / ____. BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Marcelo Dídimo Souza Vieira (Orientador) Universidade Federal do Ceará (UFC)
Prof. Dr. Marcio Acselrad Universidade Federal do Ceará (UFC) / Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
Profa. Dra. India Mara Martins Universidade Federal Fluminense (UFF)
À minha mãe Ana Júlia. Obrigado por sempre ter estado ao meu lado.
A Chanbara , gênero cinematográfico japonês, popularmente conhecido no ocidente como cinema de samurai, tem como uma de suas principais características a atmosfera cinematográfica, preocupação recorrente do cinema do Japão. O presente trabalho procura aprofundar os estudos sobre o tema no cinema japonês do século XXI, através da pesquisa histórica e análise fílmica. O primeiro foco da pesquisa é entender as características que tornam o cinema produzido no Japão único e quais as particularidades do samurai, um personagem importante para a identidade japonesa e fundamental no cinema de Chanbara. Terminada a parte histórica, a pesquisa voltou atenção para os elementos da atmosfera cinematográfica e sua importância para o cinema de gênero. Em seguida, foi realizada uma análise da criação da atmosfera cinematográfica dos filmes 13 Assassinos (Takashi Miike, 2010) e O Samurai do Entardecer (Yoji Yamada, 2002), obras do século XXI que mereceram seu devido destaque no cinema japonês e no gênero Chanbara. Palavras-chave: Cinema. Atmosfera. Samurai. Japão.
Chanbara , the Japanese film genre popularly known in the West as samurai cinema, has as one of its main characteristics the cinematographic atmosphere, a recurring concern of Japanese cinema. This work seeks to deepen the studies on the subject in Japanese cinema of the 21st century through Historical research and film analysis. The first focus of the research is to understand the characteristics that make the cinema produced in Japan unique and what are the peculiarities of the samurai, an important character for the Japanese identity and fundamental in Chanbara cinema. After the historical part, the research turned its attention to the elements of the cinematographic atmosphere and its importance for genre cinema. Then, an analysis was made of the creation of the cinematic atmosphere of the films 13 Assassins (Takashi Miike,
13 A estética criada na tela e, como consequência, a atmosfera que essa composição cria para o filme, é uma característica vinda da cultura japonesa que está presente no cinema desse país desde o seu início. Segundo Donald Richie: “Talvez o mais tradicional aspecto não só dos filmes de Ozu, mas também do cinema japonês como um todo é a antiga e ainda contínua preocupação com a composição” (2005, p. 59). A preocupação com a composição e a unidade formada pela união de seus diversos elementos formadores é algo importante nas artes japonesas. “Dicionários definem composição como a combinação de distintas partes para criar um todo unificado, e o modo no qual as partes são combinadas ou relacionadas. Essa apresentação de uma visão unificada é um dos elementos da cultura japonesa” (RICHIE, 2005, p. 59). Grande parte da força da estética e da atmosfera dos filmes produzidos no Japão se deve ao modo como os japoneses enxergam realismo e realidade. Richie (2005, p. 25) relata que a apresentação tem mais ênfase do que a representação nos filmes desse país. Mesmo em obras que tem como objetivo representar o cotidiano, a apresentação é de extrema importância. Enquadramento, cor, música: tudo no filme tem como objetivo criar a atmosfera da obra cinematográfica. O homem é visto na cultura japonesa como parte do ambiente no qual ele vive. Esta integração entre homem e seus arredores é parte do que torna única a atmosfera dos filmes produzidos no Japão. Tudo deve fazer parte de um conjunto e tudo deve ser trabalhado de forma bela e harmônica. Estas características são vistas de forma clara nos filmes de diretores como Kenji Mizoguchi. Sempre interessado na beleza pictórica, tendo estudado para ser um pintor, ele se destacou na criação de atmosferas, aquele sentimento quase palpável de realidade que é a qualidade especial de um filme bem feito. Assim como Murata queria que seus personagens fossem reais, mas também maiores que a vida, Mizoguchi, e vários diretores mais tradicionais que o seguiram, queriam um mundo que fosse mais realista que a vida^1 (RICHIE, 1971, p. 13, tradução nossa). Isso faz com que, de forma geral, a atmosfera tenha uma grande importância em filmes japoneses. A criação de um todo, de uma realidade mais realista que a vida, torna a atmosfera um aspecto importante e central nos longas-metragens do Japão. Esse todo pode ser observado não só nos trabalhos de cineastas japoneses consagrados no ocidente como Yasujiro Ozu, Kenji Mizoguchi ou Akira Kurosawa, mas também no de cineastas menos conhecidos pelo público, como Sion Sono. (^1) Always interested in pictorial beauty, having studied to be a painter, he excelled in the creation of atmosphere, that almost palpable feeling of reality which is the special quality of the well-made film. Just as Murata wanted his characters to be real but also larger than life, so Mizoguchi, and those many more traditionally minded directos who followed him, wanted a world that was more realistic than life.
14 A importância da atmosfera no cinema japonês faz com que o estudo de sua criação seja extremamente rico e esclarecedor para a sua elaboração em filmes. Informação que pode ser usada para enriquecer os filmes feitos em qualquer parte do mundo. Nos filmes de Chanbara podemos ver de forma clara como todas as partes formadoras de um longa-metragem (roteiro, fotografia, som, etc.) são combinadas para criar a atmosfera. Pela complexidade do tema abordado, que engloba todas as áreas da arte cinematográfica, este trabalho foca os aspectos visuais que compõem a atmosfera, estudando como ela é criada através da direção de arte, fotografia e direção, ao passo que busca fazer menção aos seus demais aspectos. No estudo da atmosfera no cinema de samurai japonês foi feita uma pesquisa bibliográfica, com o uso de livros, da Internet e acessos a artigos de bibliotecas nacionais e internacionais de línguas portuguesa e inglesa. Também foram utilizados filmes de Chanbara , a fim de compreender como a atmosfera é criada no cinema japonês contemporâneo. A primeira parte do trabalho é composta por um histórico do cinema do Japão com ênfase nos filmes de Chanbara. Nesse capítulo também é apresentado um histórico do samurai. O surgimento e as mudanças passadas por esses guerreiros com o passar dos séculos são mostradas de forma sucinta, assim como suas principais características e posição dentro do sistema de castas do Japão. O principal objetivo do capítulo histórico é familiarizar o leitor com os filmes japoneses, suas peculiaridades históricas e com o samurai, figura central nas obras de Chanbara. O capítulo seguinte aborda a atmosfera cinematográfica. Nele é definido o conceito de atmosfera utilizado no trabalho. Os diferentes tipos de atmosferas presentes em um filme são delineados, assim como são vistos os modos como essas atmosferas se influenciam mutuamente. Com a finalidade de tornar a compreensão dos conceitos de atmosfera mais claros, nesse capítulo serão usados nos exemplos, além de filmes de samurais, obras de outros gêneros como terror e drama. Também serão utilizados, pela mesma razão, longas-metragens produzidos dentro e fora do Japão na exemplificação do conceito de atmosfera e seus elementos. Durante este capítulo também são estudados os elementos característicos dos filmes do gênero como um todo e da Chanbara em particular, destacando a relevância das peculiaridades do gênero para a atmosfera. Por fim, é visto de forma breve a relação da atmosfera com a edição, o som, a direção, a fotografia e a direção de arte em um longa-metragem. O próximo capítulo é composto pela análise de dois filmes: 13 Assassinos (2010), do diretor Takashi Miike; e O Samurai do Entardecer (2002), dirigido por Yoji Yamada. Inicialmente serão explicadas as razões para a escolha dos diretores e dos filmes, e são
16 2 CHANBARA: HISTÓRIA DO GÊNERO O samurai é uma figura constante no cinema japonês durante toda a sua história. Sendo uma parte importante da sociedade, esses guerreiros tiveram suas narrativas e personagens sempre persentes nas artes do Japão. No cinema o samurai é um dos protagonistas mais comuns em dramas de época japoneses chamados de jidaigeki e o personagem principal do gênero de Chanbara. Jidaigeki é a palavra japonesa usada para designar todos os filmes de época. Qualquer obra ambientada no passado japonês, de seu início histórico até o fim do século XIX, faz parte dessa classificação. Gueixas, imperadores, camponeses, mercadores, samurais, os personagens e temas presentes nesses filmes são extremamente variados. A única constante em todo jidaigeki é o fato de todos serem filmes de época. Os filmes de samurai ou Chanbara , termo pelo qual esse gênero é conhecido no Japão, tiveram sua origem a partir do jidaigeki. As produções de época que tinham como heróis os samurais com seus dramas pessoais e lutas de espada viraram seu próprio gênero. O Japão sempre foi fascinado com a figura desse guerreiro honrado capaz de colocar sua obrigação perante a sociedade e seus superiores acima de desejos pessoais. Suas habilidades nas artes e na guerra desenvolvidas em uma vida inteira na busca da perfeição. Esse capítulo irá tratar da figura do samurai, do gênero de Chanbara e sua evolução histórica na cinematografia japonesa. 2.1 Quem eram os samurais? O nome “samurai” é muitas vezes usado no ocidente como sinônimo para guerreiro japonês. Entretanto, Bryant (2000, p. 3) nos diz em seu livro sobre este personagem que “Nem todos os guerreiros do Japão histórico eram samurais; então não é uma surpresa descobrir que nem todos os samurais eram guerreiros”^2. Eles representavam o topo de uma sociedade dividida em guerreiros, fazendeiros, artistas e mercadores. Os samurais eram parte da elite, da classe dos guerreiros, mas não se dedicavam somente às lutas; praticavam também o exercício das artes e das letras. A palavra samurai tem sua origem a partir do verbo chinês “saburau”. O vocábulo teve sua pronúncia inicialmente mudada para saburai e significava “servir ou acompanhar de forma próxima a nobreza”^3 (WILSON, 2005, p. 17, tradução nossa). Segundo Wilson, as (^2) Not all of the warriors of historical Japan were samurai; so it is not surprising to find that not all of the samurai were warrior (tradução nossa). (^3) Those who serve in close attendance to the nobility.
17 primeiras referências escritas a esta palavra são encontradas no século X. Desde o período Heian (794 até 1185 d.C.) esses acompanhantes serviam como guardiões da alta nobreza e por essa razão carregavam armas. “Originalmente samurais vieram do interior, eles eram guerreiros individuais que lutavam apenas por seus interesses próprios. No século XI, eles emergiram como um grupo distinto que jurou aliança a clãs liderados por lordes feudais locais”^4 (COHEN, 2012, p. 208, tradução nossa). Os guerreiros eram chamados de bushi e com o passar do tempo os saburais foram adquirindo cada vez mais prerrogativas de guerreiros, até que no fim do século XII, as palavras saburai e bushi se tornaram sinônimos quase perfeitos. Após alguns anos, a palavra saburai sofreu uma transformação e tornou-se “samurai”. Com o passar do tempo, a palavra (saburai) se tornou intimamente associada com os escalões médios e superiores da classe do guerreiro e, especialmente, com aqueles envolvidos na administração do governo ou do clã, ou aqueles que eram vassalos diretos^5 (WILSON, 2005, p. 17, tradução nossa). A origem e importância dos samurais têm muito em comum com o desenvolvimento do sistema shoen no Japão. Nele, grandes propriedades privadas produtoras de arroz se tornaram posses hereditárias de grandes famílias aristocráticas. Estas famílias estavam isentas do pagamento de impostos e não sofriam qualquer interferência do governo central em suas terras. As terras públicas, por sua vez, eram governadas por pessoas indicadas pelos governadores das províncias e também tendiam a serem passadas de pai para filho. Muitas famílias administradoras de terras públicas usavam seu poder e influência para ampliar suas terras privadas. Como resultado dessas políticas, shoen e províncias públicas tornaram-se virtualmente independentes da autoridade do governo central (WILSON, 2005, p. 18). Tendo início durante o século IX e perdurando até o século XIX, a era do samurai é vasta e complexa. Para facilitar o entendimento da progressão e das mudanças pelas quais esses guerreiros passaram durante seus mil anos de história, Antony Cummins (2015, p. 27 -
19 poder ditatorial do xogum e, com o fim das guerras, os samurais passaram a ter um papel mais burocrático. As armas e armaduras eram principalmente decorativas e a ética e os ideais do confucionismo tornaram-se mais fortes havendo, nessa época, a exaltação da figura do guerreiro honrado e perfeito em batalha. A última fase é nomeada por Cummins de “Era Moderna”, tendo início na segunda metade do século XIX, com a Restauração Meiji. Os samurais, relíquia de eras passadas e então uma casta enfraquecida, tiveram sua classe dissolvida. O reinado de mil anos dos xoguns chegou ao fim e o poder dos imperadores foi restaurado com o governo de Meiji. O Japão feudal, no qual viveram os samurais, era dividido em quatro classes, seguindo uma estrutura piramidal: guerreiros, fazendeiros, artesãos e mercadores. Abaixo dessas classes, mas sem fazer parte da sociedade, ficavam os párias. Acima de todos estava o imperador e fora da estrutura de classes as ordens religiosas. Nesse sistema os samurais governavam e defendiam os diferentes feudos. Os fazendeiros alimentavam o país com os frutos de seu trabalho; os artesãos fabricavam os mais diversos produtos necessários para a vida de todos e os mercadores vendiam seus artigos por todas as ilhas do Japão. Apesar de “monges e seus monastérios possuírem uma vasta quantidade de poder político”^7 (CUMMINS, 2015, p. 35, tradução nossa), os homens e mulheres pertencentes às instituições religiosas eram considerados pessoas que existiam apenas para as coisas espirituais, ficando, dessa forma, fora da estrutura de classes. O imperador, considerado descendente direto da deusa Amaterasu, e as famílias nobres, por sua vez, estavam acima e não incluídos na estrutura de classes. Os párias eram formados pelas pessoas que realizavam os trabalhos não desejados pelas outras classes, como lidar com os corpos de humanos e animais mortos e trabalhos de limpeza. Artistas errantes, prostitutas, gueixas e cortesãs também faziam parte dos marginalizados. Até o início do século XVII, o sistema de classes japonês era fluido, a separação entre as divisões sociais era turva. “Os samurais eram uma classe com identidade claramente desenvolvida; ainda assim o movimento entre classes ou viver na fronteira de duas classes sociais era mais comum”^8 (CUMMINS, 2015, p. 31, tradução nossa). A economia do Japão, assim como em outras partes do mundo, era dependente da agricultura, mais especificamente da produção de arroz. A posse de terras indicava poder. As (^7) Monks and their monasteries held vast amounts of political power. (^8) The samurai were a social class with clearly developed identities; yet movement between or living on the border of two social classes was more common.
20 famílias samurais, sendo donas das terras, governavam e protegiam os fazendeiros. Cummins (2015, p. 45) nos diz que esses guerreiros protegiam suas terras de invasores vivendo do excedente de produção. A colheita em excesso só existia enquanto os samurais eram capazes de proteger seus domínios e seu povo, garantindo sua aposição de poder. Com a unificação do Japão no século de XVII todas as terras passaram a pertencer ao Xogum Tokugawa. O período de guerra civil dos séculos XV ao XVII terminou com a família Tokuagawa em uma posição na qual todas as outras famílias samurais lhe deviam obediência. Donos de todas as terras, elas eram distribuídas entres seus aliados. As famílias menores foram absorvidas pelas maiores e muitos samurais se viram sem senhores, tornando-se ronins. Os samurais, para manter seu status, deveriam ser necessariamente donos de terras ou empregados por um senhor dono de terras. Perdendo uma dessas duas posições o guerreiro se tornava um ronin. Antes do período Edo (1603 até 1868), virar ronin não era algo tão ruim ou permanente para o samurai. Havia fluidez entre as classes e com isso não encontrando posição de guerreiro com um novo senhor o samurai poderia encontrar sustento nas atividades de outras classes. “Entretanto, no fim dos anos de 1500 foram passadas leis proibindo os ronins de conseguir emprego sem a permissão do seu último empregador”^9 (CUMMINS, 2015, p. 79, tradução nossa). Com o fim das guerras no século XVII, muitas famílias samurais perderam seus domínios. Esses senhores e todos os samurais empregados por eles se tornaram uma grande massa de guerreiros errantes a vagar pelo país. Eventualmente essa lei foi revogada e alguns desses guerreiros puderam ser samurais novamente. A figura do ronin , guerreiro errante e sem mestre, é frequentemente vista em filmes de Chanbara. Os samurais não eram apenas guerreiros. Eles viviam pelo preceito do bunbu , palavra que significa o pincel e a espada. “Um samurai era obrigado a seguir dois caminhos: o caminho do soldado e também o caminho da educação e literatura”^10 (CUMMINS, 2015, p. 64, tradução nossa). Ele deveria ser um especialista em diversas armas entre as quais arco e flecha, espada, lança e mesmo desarmado, deveria saber lutar montado a cavalo e no solo. Além disso, também era exigido que fosse mestre em etiqueta, caligrafia, poesia, literatura, tratados de guerra chineses e japoneses e outras artes. O que tornava os samurais perigosos era a combinação de guerreiros capazes de lutar suas guerras e pensar estratégias tendo como base seus estudos nas artes e na guerra. (^9) However, in the late 1500s laws were passed that stopped rōnin from gaining employment without the permission of their last employer (^10) A samurai was required to follow two ways: the way of the soldier and also the way of education and literature.