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Análise de Estabilidade Geotécnica: Equilíbrio Limitado e Fatias, Manuais, Projetos, Pesquisas de Cálculo

Uma revisão sobre os métodos de análise de estabilidade geotécnica, com ênfase nos métodos de equilíbrio limitado e de fatias. O texto aborda as hipóteses básicas consideradas em métodos de equilíbrio limitado, descreve alguns métodos de fatias comuns e analisa as vantagens e desvantagens de cada um. O método de bishop simplificado é discutido em detalhes, incluindo suas hipóteses, equações e aplicabilidade.

O que você vai aprender

  • Quais são os métodos de fatias comuns na análise de estabilidade geotécnica?
  • Qual é a vantagem do método de Bishop Simplificado em relação a outros métodos de fatias?
  • Como as equações de equilíbrio são aplicadas no método de Bishop Simplificado?
  • Em que situações o método de Bishop Simplificado pode apresentar resultados inexatos?
  • Qual é a hipótese básica do método de Bishop Simplificado?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Análises Determinísticas de Estabilidade
2.1
Introdução
Os métodos probabilísticos mais empregados em projetos geotécnicos,
os quais serão apresentados no próximo capítulo, utilizam análises
determinísticas em seus cálculos. A escolha do método determinístico, que fará
parte do estudo probabilístico, influencia diretamente o valor calculado para a
probabilidade de ruptura da obra. Como os estudos dos casos incluídos nos
capítulos 4 e 5 envolvem o cálculo da probabilidade de ruptura de uma barragem
e de um muro de contenção, descreve-se, a seguir, alguns métodos de análises
determinísticas aplicados a esses tipos de obras.
2.2
Métodos Determinísticos de Estabilidade de Taludes
Os métodos determinísticos de análises de estabilidade de taludes
estão divididos, basicamente, em dois grupos: os que se baseiam em análise de
deslocamentos e os que se baseiam em estado de equilíbrio limite. No primeiro
grupo, destaca-se o método de elementos finitos no qual poderosas técnicas
numéricas são empregadas com o auxílio de um computador, levando em
consideração as relações tensão/deformação dos diversos materiais. O segundo
grupo pode ser dividido em três subgrupos: métodos que consideram a massa
rompida como um corpo único, formulando-se hiteses sobre as tensões ao
longo das superfícies potenciais de ruptura; métodos que dividem essa massa
rompida em cunhas e métodos que dividem a massa rompida em fatias.
Utilizou-se no estudo probabilístico da estabilidade da barragem de
Cur-Una o método de Bishop Simplificado (1955), que é baseado em equilíbrio
limite e o maciço deslocado é dividido em fatias. Neste capítulo serão
apresentados diversos métodos que utilizam o método das fatias.
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Análises Determinísticas de Estabilidade

Introdução

Os métodos probabilísticos mais empregados em projetos geotécnicos,

os quais serão apresentados no próximo capítulo, utilizam análises

determinísticas em seus cálculos. A escolha do método determinístico, que fará parte do estudo probabilístico, influencia diretamente o valor calculado para a

probabilidade de ruptura da obra. Como os estudos dos casos incluídos nos

capítulos 4 e 5 envolvem o cálculo da probabilidade de ruptura de uma barragem

e de um muro de contenção, descreve-se, a seguir, alguns métodos de análises

determinísticas aplicados a esses tipos de obras.

Métodos Determinísticos de Estabilidade de Taludes

Os métodos determinísticos de análises de estabilidade de taludes

estão divididos, basicamente, em dois grupos: os que se baseiam em análise de

deslocamentos e os que se baseiam em estado de equilíbrio limite. No primeiro

grupo, destaca-se o método de elementos finitos no qual poderosas técnicas

numéricas são empregadas com o auxílio de um computador, levando em

consideração as relações tensão/deformação dos diversos materiais. O segundo

grupo pode ser dividido em três subgrupos: métodos que consideram a massa

rompida como um corpo único, formulando-se hipóteses sobre as tensões ao

longo das superfícies potenciais de ruptura; métodos que dividem essa massa

rompida em cunhas e métodos que dividem a massa rompida em fatias.

Utilizou-se no estudo probabilístico da estabilidade da barragem de

Curuá-Una o método de Bishop Simplificado (1955), que é baseado em equilíbrio

limite e o maciço deslocado é dividido em fatias. Neste capítulo serão

apresentados diversos métodos que utilizam o método das fatias.

Hipóteses Básicas Consideradas nos Métodos de Equilíbrio Limite

Os métodos de equilíbrio limite incorporam as seguintes hipóteses:

  • A superfície de ruptura é bem definida;
  • A condição de ruptura da massa de solo é generalizada e incipiente;
  • O critério de ruptura de Mohr-Coulomb é satisfeito ao longo da superfície potencial de ruptura;
  • O fator de segurança ao longo da superfície potencial de ruptura é único.

Método das Fatias

Este método consiste em dividir a superfície potencial de ruptura em

fatias, aplicando-se em cada uma delas as seguintes equações de equilíbrio:

∑ Forças horizontais = 0^ eq.(1)

∑ Forças verticais = 0^ eq.(2)

∑ Momentos = 0^ eq.(3)

As forças atuantes em uma fatia genérica estão mostradas na Figura 2.1.

Aplicando as Equações 1, 2 e 3, encontra-se um sistema no qual o

número de incógnitas é maior do que o número de equações. Para resolver o

problema, algumas hipóteses simplificadoras são necessárias. Estas hipóteses

simplificadoras é que diferenciam os diversos métodos, caracterizando-os como

menos ou mais conservadores.

A seguir serão apresentados alguns dos métodos de fatias mais

utilizados nas análises de estabilidade geotécnica.

Figura 2.2 – Forças atuantes em uma fatia pelo Método de Fellenius

Desprezando as forças nas laterais das fatias, considerando que a componente sísmica é nula, aplicando o equilíbrio de momentos em relação ao centro do círculo de ruptura (ponto O) e o equilíbrio de forças na direção perpendicular à superfície de ruptura pode-se determinar o fator de segurança (FS) através da Equação 4:

eq.(4)

onde: u = poropressão média na base da fatia; c’ = coesão efetiva do solo; φ = ângulo de atrito efetivo do solo.

Esse procedimento é repetido para diversas posições da superfície de ruptura. O fator de segurança crítico corresponde ao de menor valor encontrado para FS.

Wi

Yi +

Xi

Xi +

Ti

Ni

x

l = comprimento do trecho AB

R = raio b

O

A

B

[ ] ∑

=^ ∑^ + −

α

α α α φ sen

'( /cos ) ( cos ( /cos )). ' W

FS c b W ub^ tg

O método de Fellenius é muito conservador e pode apresentar erros de até 50%, quando utilizado em análises de taludes suaves com poropressões elevadas. No caso de ausência de poropressões, erros são da ordem de até 10%.

Método de Bishop Simplificado (1955)

O método de Bishop Simplificado, da mesma forma que o de Fellenius,

considera a superfície de ruptura com forma circular. Tem como hipótese que a

resultante das forças entre as fatias é horizontal. Partindo da Equação 4,

acrescenta-se a equação que impõem o equilíbrio das forças verticais. O fator de

segurança é dado pela Equação 2.5:

eq.(5)

onde

eq.(6)

A solução resulta de um processo iterativo, no qual é arbitrado o valor

do fator de segurança FSi da Equação 6 e calcula-se o fator FS. O processo

repete-se até que o valor calculado ( FS ) se iguale ao valor arbitrado ( FS i).

O método de Bishop Simplificado fornece resultados mais próximos aos

dos métodos mais rigorosos, quando comparado com o método de Fellenius.

Whitman e Bailey (1967) e Wright (1975), entre outros, registram a

ocorrência de problemas no método de Bishop Simplificado quando a superfície

de ruptura apresenta uma inclinação acentuada próxima ao pé do talude,

especialmente, na utilização de círculos de ruptura profundos.

[ φ] α α

cb W ubtg m W

FS ∑ + −

sen

FS i

m cos α 1 tg α.^ tg^ φ' α

Figura 2.3 – Variação do fator f 0 em função do parâmetro d/L e do tipo de solo.

Método de Spencer (1967)

O método de Spencer foi desenvolvido inicialmente para superfícies de ruptura de formas circulares, e depois adaptado para superfícies de deslizamento com formas irregulares. Ele é um método rigoroso, pois atende a todas as equações de equilíbrio de forças e de momentos.

Spencer considerou que as forças Xi, Yi e Xi+1, Yi+1 poderiam ser substituídas por uma resultante Qi inclinada de um ângulo δi com a horizontal. Supondo a componente sísmica nula, e satisfazendo o equilíbrio de momentos, a

d

L

Solos argilosos

Solos mistos

Solos arenosos

0 0,1^ 0,2^ 0,3^ 0,

L

d

f 0

força Qi deve passar pelo ponto de intercessão das forças Wi, Ti, e Ni, ou seja, pelo ponto médio da base da fatia. A Figura 2.4 ilustra as hipóteses de Spencer.

Figura 2.4 – Forças atuantes na base da fatia pelo Método de Spencer (1967)

Impondo o equilíbrio de forças nas direções normal e paralela à base da fatia e considerando o critério de ruptura de Mohr-Coulomb, encontra-se a Equação 9:

eq.(9)

Supondo que não existam forças externas atuando no talude, as componentes horizontal e vertical da força Q devem ser nulas. Portanto:

eq.(10)

eq.(11)

Como a soma dos momentos das forças externas em relação ao centro de rotação é zero, a soma dos momentos das forças entre as fatias em relação ao centro também é nula. Assim:

eq.(12)

Wi

Ti

Qi

Ni

b

h

cos( ).[ 1. (^ ) ]

'..sec '.( .cos. sec ) sen

F

tg tg

W

F

tg h u b F

c b Q φ α δ α δ

α φ α α α

− +^ −

+^ − −

Q .cos^ δ=^0

Q sen^ δ=^0

Q. R .cos(α− δ)= 0

por equilíbrio de forças, apresentem maiores divergências dos resultados fornecidos por métodos rigorosos.

Método de Morgenstern & Price (1965)

O método de Morgenstern & Price é um método rigoroso aplicado a superfícies de ruptura quaisquer. As condições de estabilidade satisfazem simultaneamente todas as condições de equilíbrio de forças e de momentos. A massa potencialmente instável é dividida em fatias infinitesimais e, para ser aplicado, o método necessita do auxílio de um computador para os cálculos. As forças atuantes nas fatias que são consideradas no desenvolvimento deste método estão mostradas na Figura 2.

Figura 2.6 – Forças atuantes em uma fatia pelo Método de Morgenstern & Price (1965)

Para resolver a indeterminação do problema, admite-se uma relação entre as forças E e T da seguinte forma:

T = λ.f(x).E eq.(16) onde:

Pw = Pressões neutras nas laterais da fatia dPb = Resultante das pressões neutras na base da fatia dW = Força peso da fatia T = Força tangencial entre as fatias E = Força normal entre as fatias dN = Força normal na base da fatia dS = Força cisalhante mobilizada na base da fatia

λ = constante a ser determinada por processo iterativo; f(x) = função que precisa ser especificada.

Geralmente, arbitra-se para f(x) a função arco de seno, pois é a função que menos influencia o valor final do fator de segurança, segundo Morgenstern & Price (1965). No entanto, outras funções são empregadas para f(x) como: constante, arco de seno incompleto, trapezoidal ou outra forma qualquer. O método é considerado um dos mais rigorosos.

Método de Sarma (1973)

O Método de Sarma (1973) é tão rigoroso quanto o de Morgenstern & Price (1965 ) e a força sísmica KWi pode ser levada em consideração para simulação de terremotos. O fator de segurança é calculado através de equilíbrio de forças e de momentos, podendo ser resolvido com o auxílio de apenas uma calculadora. O problema de indeterminação do sistema de equações de equilíbrio é resolvido admitindo como sendo conhecida a forma das distribuições das forças cisalhantes entre fatias, mas não a sua magnitude e que as forças normais atuantes na base das fatias passem pelo ponto médio da mesma. Presume-se, também, que o fator K seja conhecido e, desta forma, as equações de soluções são lineares, evitando-se problemas de convergência. Tal característica torna o método Sarma vantajoso aos demais métodos rigorosos. A grande vantagem do Método de Sarma sobre o de Morgenstern & Price é de não precisar de um programa para resolvê-lo, podendo o fator de segurança ser obtido através de planilhas eletrônicas ou com o auxílio de uma simples calculadora.

Comentários

Qualquer um dos métodos de análise de estabilidade, apresentados neste capítulo, está sujeito a erros ou alguma forma de instabilidade numérica. Desta forma, o projetista deve tomar cuidados especiais ao utilizar um método com o qual não esteja familiarizado.

Ching e Fredlund (1981 ) mostram que muitos problemas encontrados na utilização dos métodos das fatias são provenientes das seguintes condições:

A Figura 2.7 ilustra uma aplicação da teoria de Rankine, para o caso de um muro com lados verticais e altura H, contendo um solo não coesivo com ângulo de atrito φ e peso específico γ, considerando uma inclinação β com a horizontal. Os empuxos ativo ou passivo são calculados aplicando-se as Equações 18 ou 19, respectivamente.

Figura 2.7 – Empuxo de terra em um muro contendo um terreno com inclinação β em relação à horizontal

Ativo: eq.(18)

Passivo: (^) eq.(19)

No caso de um muro contendo um solo coesivo na horizontal, os empuxos ativo e passivo são obtidos através das Equações 20 ou 21 respectivamente. Nesta situação, considera-se o efeito de trincas de trações até a uma profundidade Z 0 , a partir da superfície do terreno, conforme ilustrado na Figura 2.8 e expresso pelas Equações 20 a 22.

β β φ

β β φ γ (^2) cos cos^2 cos

cos cos^2 cos^2 ..^2. 2

E (^) a = H

β β φ

γ β^ β^ φ cos cos^2 cos^2

cos cos^2 cos^2

..^2. 2

E = H +^ −

p

H

Figura 2.8 – Distribuição das tensões horizontais em um solo coesivo. No local onde há tração podem ocorrer surgimento de fendas.

eq.(20)

eq.(21)

eq.(22)

onde:

H = altura do muro; γ = peso específico do solo.

No caso da existência de um lençol freático a montante do muro de contenção, deve-se calcular o empuxo total somando-se o empuxo exercido pela água com o empuxo efetivo exercido pelo solo, levando-se em conta o peso específico submerso do solo. Esse procedimento é usado no caso da condição drenada. Na ocorrência de solos pouco permeáveis, aconselha-se empregar o peso específico do solo saturado no cálculo do empuxo.

Z 0

H

Fendas de tração

..^2.^2 ( 45 2 ') 2 .'.. ( 45 2 ' )

= 1 γ H tg −^ φ − cHtg −^ φ Ea

..^2.^2 ( 45 2 ') 2 .'.. ( 45 2 ' )

= 1 γ H tg +^ φ + cHtg +^ φ Ea

φ γ

Z =^ c tg +

muro

Superfície potencial de ruptura

Figura 2.10 – Equilíbrio das forças que atuam na cunha de ruptura

Neste problema, são conhecidas as magnitudes, as direções das forças S, P ,T e as direções das forças R e Ea.

Segundo Terzaghi (1943) o valor do ângulo de atrito solo/muro / pode

ser considerado na faixa de valores seguinte:

Dessa maneira obtém-se o valor do empuxo Ea para a possível cunha de ruptura por modo gráfico ou analiticamente. Esse procedimento é repetido para vários valores de . 2 HPSX[R TXH VHUá empregado no cálculo de estabilidade é o de maior valor encontrado. De maneira análoga, o empuxo passivo Ep é obtido invertendo-se os sentidos da forças S e T e desviando as forças R e Ea respectivamente de -φ, em relação à perpendicular à base da

cunha, e de −/em relação à perpendicular à parede do muro.

Método das Cunhas

O método das cunhas, diferentemente do método de Coulomb, pode ser aplicado a superfícies de terrenos com formas irregulares, maciços heterogêneos e presença de sobrecargas. Considerando o atrito e adesão entre o solo e o muro acha-se graficamente o empuxo Ea para as diversas cunhas formadas pelos diversos ângulos ρ (^) i. Para cada cunha formada por ρ (^) i, acrescenta-se: o peso da fatia formada entre os ângulos ρ (^) i e ρ (^) i-1 e as eventuais cargas na superfície do terreno que, por ventura, estejam em contato com essa fatia, conforme mostrado na Figura 2.11. O empuxo passivo será o empuxo de maior valor encontrado entre os ângulos ρ (^) i.

P

R

Ea

S

T

Figura 2.11 – Esquema de forças do Método das cunhas

Análise Determinística de um Muro de Contenção

Conhecidos os valores dos empuxos, deve-se verificar a segurança contra o tombamento, o deslizamento, a ruptura e deformação excessiva do terreno de fundação e ainda a ruptura do conjunto muro/solo.

Segurança Contra o Tombamento

A segurança contra o tombamento é verificada através do cálculo do momento em relação ao ponto O, localizado na extremidade externa da base do muro (Figura 2.12). Para que haja estabilidade, o momento exercido pelo peso

ρ 1 ρ^2 ρ (^) n

Pn

P 2

P 3

P 1

Q 1 Q^2 P^1

P 2 Q 1 P 3

Q 2 Pn

T

Sn

Rn Eai

ø

Pi = peso da cunha de ruptura i Qi = carga na superfície do terreno Ø = ângulo de atrito do solo

/ ângulo de atrito solo/muro

Si = força de coesão da cunha i T = fora de adesão solo/muro Ri = reação do terreno para a cunha i Eai = empuxo ativo para a cunha i ρ (^) i = ângulo da cunha de ruptura com a horizontal Z 0 = fenda de tração (Equação 2.47)

Z 0

Sn

Rn

T

Ean

Segurança Contra a Ruptura e Deformação Excessiva do Terreno de

Fundação

Quando a resultante R das forças P, Ea e Ep cair no terço médio da base do muro, a distribuição de pressões no solo será, aproximadamente, de forma trapezoidal, como mostra a Figura 2.13.

Figura 2.13 – Distribuição de pressões no solo.

Aplicando-se as equações de equilíbrio de forças e de momentos, as tensões σ 1 e σ 2 são obtidas através das Equações 24 e 25:

eq.(24)

eq.(25)

A condição de estabilidade será satisfeita, quando a maior das tensões for menor do que a pressão admissível do terreno de fundação.

Uma outra possibilidade é a resultante R estar aplicada fora do terço médio da base do muro, o que acarretaria uma distribuição aproximadamente triangular, como mostra a Figura 2.14. Neste caso, a tensão máxima σ 1 é dada pela Equação 26.

1 .(^16.^ )

L

e L

σ = R^ v^ +

Rv (^) R

L

L/3 L/

σ 2 σ 1

e

2 .(^16.^ )

L

e L

σ = R^ v^ −

Figura 2.14 – Distribuição triangular de pressões no solo

eq.(26)

Segurança Contra a Ruptura do Conjunto Solo/Muro

A segurança contra a ruptura do conjunto solo/muro pode ser verificada por qualquer um dos métodos de estabilidade de taludes apresentados neste capítulo. Os quatro tipos de instabilidade apresentados estão ilustrados na Figura 2.

Figura 2.15 – Formas de instabilidade em um muro de contenção.

Rv (^) R

L

L/3 L/

σ 1

e

3e

e

R v 3

Deslizamento

Ruptura da Fundação

Tombamento

Ruptura do conjunto solo/muro