







































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento discute sobre a utilização de agentes térmicos, como a crioterapia e termoterapia, na prática da fisioterapia. Ele aborda as contraindicações e indicações para a aplicação de calor e frio, além dos efeitos terapêuticos de cada um. O texto também menciona a história do uso de exercícios terapêuticos na fisioterapia e a importância da ação muscular do paciente na terapia. Adicionalmente, o documento apresenta a fisioterapia aquática como uma área em expansão e sua importância na reabilitação de pacientes.
Tipologia: Resumos
1 / 47
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA – UNISEPE FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO RIBEIRA - FVR
2 INSTITUIÇÃO ORGANIZADORA UNISEPE União das Instituições de Serviços, Ensino e Pesquisa Ltda. Faculdades Integradas do Vale do Ribeira – FVR COMISSÃO ORGANIZADORA Adriana Leite Martins Aline Tatiane Almeida Monma Anderson Martins da Silva Dair de Almeida Nelson José de Oliveira Junior José Martim Marques Simas COMISSÃO CIENTÍFICA Prof. Msc. Adriana Leite Martins Prof. Msc. Anderson Martins da Silva Prof. Msc. José Martim Marques Simas Prof. Msc. Guilherme de Jesus Ibrahin
4 APRESENTAÇÃO O desafio do ensino superior hoje é formar indivíduos capazes de buscar conhecimentos e de saber utilizá-los. Ao contrário de outrora, quando o importante era dominar o conhecimento, hoje penso que o importante é "dominar o desconhecimento", ou seja, estando diante de um problema para o qual ele não tem a resposta pronta, o profissional deve saber buscar o conhecimento pertinente e, quando não disponível, saber encontrar, ele próprio, as respostas por meio de pesquisa. É dentro desta perspectiva que a inserção precoce do aluno de graduação em projetos de pesquisa se torna um instrumento valioso para aprimorar qualidades desejadas em um profissional de nível superior, bem como para estimular e iniciar a formação daqueles mais vocacionados para a pesquisa. Na construção de conhecimentos, a idéia de pesquisa é vista como um princípio educativo que é a base pertinente, referente da aprendizagem. A Iniciação Científica (IC) desenvolvida no curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira, caracteriza-se na realização por parte dos alunos, de projetos de pesquisa, de estudos de casos e/ou estudos dirigidos, visando uma primeira experiência no universo da pesquisa científica, possibilitando ainda, um momento da integração teórico-prática, em que não apenas se estuda um tópico novo, mas se aprende a pensar de forma criativa e a resolver problemas, além de se socializar o conhecimento adquirido, seja no meio acadêmico como junto à comunidade. O Caderno de Resumos é uma atividade que os alunos da graduação podem e devem fazer, para aprender melhor e tornarem-se profissionais capazes de usarem a pesquisa como processo permanente de renovação de seu conhecimento e de sua competência, bem como qualquer artigo que se faz para publicar em revistas ou apresentar em seminários. Sendo assim, esperamos que esta publicação contribua de alguma forma como inventivo àqueles que pretendem iniciar-se no mundo da pesquisa e do conhecimento.
5 01 - AGENTES TÉRMICOS EM FISIOTERAPIA Lilian Yuriko Yamamoto Mori (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Naara Caroline de Azevedo (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Valriele Rodruiges da Silva Vassão (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Yde Amendola de Moraes (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) José Martim Marques Simas (orientador - FVR) RESUMO O presente resumo expandido tem por objetivo apresentar as finalidades fisiológicas específicas, da aplicação da termoterapia (tratamento através do calor) e crioterapia (tratamento através do frio) como recursos fisioterápicos. O estudo apresenta ainda, os procedimentos aplicados, suas indicações e precauções na prática visando o bem estar do paciente no ambiente hospitalar e em suas atividades de vida diária. Palavras Chaves: termoterapia, crioterapia, recursos fisioterápicos. 1. INTRODUÇÃO Classificam-se agentes térmicos a variação de temperatura (calor ou frio) como recursos terapêuticos na fisioterapia. A Crioterapia é a utilização do frio em tratamentos fisioterápicos, onde o calor do corpo é absorvido obtendo os benefícios terapêuticos. A modalidade do calor em recursos terapêuticos é classificada como Termoterapia , onde os métodos aplicados podem ser tanto superficiais como profundos (Starkey, 2001).
7 pressão sanguínea. É indicado principalmente em quadros inflamatórios subagudos e crônicos de determinada lesão. Em alguns casos a aplicação da termoterapia é indicada para as técnicas de cinesioterapia, manipulações e eletroestimulação (Agne, 2004). Dependendo da enfermidade e sua instalação, os recursos termoterapêuticos podem ser divididos em superficial ou profundo. Superficialmente são utilizados meios de Condução e Convecção onde se baseia em torno de 15% da perda calórica total, é um mecanismo de troca da energia interna entre áreas de distinta temperatura (área de maior energia se mistura com uma zona de menor energia). Há também o modo de conversão, na qual a elevação de temperatura é realizada por outras formas de energia em energia térmica. Já o recurso profundo é utilizado apenas por meio de conversão (Starkey, 2001). Os meios de Condução utilizados são: compressas, envolturas, almofadas, elétricas, bolsas quentes, areia quente e parafina. Por meio de Convecção , são utilizados banho, ducha quente e sauna. Por Conversão superficial é utilizado o infravermelho. Para o profundo são aplicados ondas curtas, micro-ondas e ultra-som (Hayes, 2004). Os efeitos fisiológicos produzidos pela termoterapia são: diminuição da dor; o aumento dos processos metabólicos; a maior circulação sanguínea e a estimulação na aceleração de contração. A temperatura tecidual também age na diminuição de rupturas de músculos, tendões, ligamentos e de lesões em movimentos esportivos que necessitam ao máximo dos aparelhos locomotores ativos e passivos. A elevação da temperatura geral amplia a capacidade das articulações de sustentar cargas que conseqüentemente elevará a produção de líquido sinovial fazendo com que seja hidratada aumentando sua espessura resultando com a melhor assimilação das forças de pressão (Agne, 2004). A utilização do calor é contra-indicada em regiões com alteração da sensibilidade; em áreas anestesiadas; em pacientes inconscientes; em casos de suprimento vascular inadequado; regiões com hemorragias; suspeita de tumores; próximo ao útero de gestantes e região de gônadas e em partes do corpo que possuem regiões metálicas (Arnould-Taylor, 1999). 2.2 Crioterapia A Crioterapia é um recurso terapêutico usado na Fisioterapia, onde é usado gelo ou a aplicação do frio para a remoção do calor corporal que conseqüentemente, levará a
8 diminuição da temperatura dos tecidos corporais, que resultará em uma lesão com índice menor de gravidade e com maior sucesso em sua reabilitação (Starkey, 2001). A terapia com o frio é indicada para que ocorra a vaso constrição, a diminuição da taxa metabólica, diminuição da inflamação e da dor devido à queda da temperatura local. Em processos inflamatórios a aplicação do frio é o mais eficaz, também é indicado em situações de lesões agudas, dor, espasmo muscular e restauração da amplitude de movimento (Hayes, 2004). O termo crioterapia também abrange técnicas específicas de acordo com os objetivos e a finalidade aplicada em cada paciente. Dessa forma podemos dividir o agente crioterápico de acordo com as suas técnicas: atendimento imediato, reabilitação, auxiliar cirúrgico, criocirurgia (Arnould-Taylor, 1999). No atendimento imediato a prioridade é resfriar os vasos sanguíneos limitando a hemorragia e o edema nos tecidos. Na reabilitação o uso do frio é utilizado para diminuir a dor e o espasmo muscular, sendo assim necessário para facilitar a pratica e a progressão dos exercícios. Como auxiliar cirúrgico a crioterapia é usada em todas as suas fases com o intuito de diminuir o metabolismo e a hipoxia secundária decorrentes da lesão. A criocirurgia é uma técnica que envolve o congelamento utilizando o nitrogênio liquido (Agne, 2004). Os métodos mais comuns para a aplicação do frio como agente térmico são: compressas de gelo, compressas de gel frio, compressas de cubo de gelo artificial, compressas frias químicas, imersão em gelo, piscinas geladas e massagem com gelo (Hayes, 2004). A utilização do frio como agente térmico é contra- indicada em casos de incapacidade de tolerar a temperatura, hipersensibilidade ou insuficiência circulatória, ferimentos abertos, pele anestesiada, distúrbio cardíaco, comprometimento da circulação local (Arnould-Taylor, 1999). Ao fazermos o uso da crioterapia para a reabilitação de um paciente devem-se tomar algumas medidas preventivas para que não ocorram lesões mais graves. Algumas precauções na administração da crioterapia são: evitar aplicar qualquer tipo de técnica crioterápica por mais de uma hora continuamente na pele, para se evitar a ulceração pelo frio; não aplicar compressa de gel frio sobre a bandagem de compressão; deve-se ter muito cuidado na aplicação da crioterapia em indivíduos que estão em coma ou possuem algum tipo de paralisia (Hayes, 2004).
10 02 – CINESIOTERAPIA – MÉTODOS E TÉCNICAS Maria Júlia Mariano P. Lins dos Santos (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Taline França (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Dair de Almeida (orientador - FVR) RESUMO A Cinesioterapia pode ser definida como a arte de curar, fazendo uso do movimento e do exercício como forma de terapia. A partir da primeira Guerra Mundial, com o grande número de feridos houve um aumento demasiado da utilização de tal recurso com o fim de reabilitar os pacientes. Seus efeitos estão baseados no desenvolvimento, na restauração e conservação da força, na melhora da mobilidade e da coordenação motora, no aumento da flexibilidade, no relaxamento, bem como, pode atuar na função respiratória do paciente. O fisioterapeuta se utilizará do movimento que é realizado pela atividade muscular do paciente com fim terapêutico, assistindo e auxiliando, para atingir um objetivo específico do tratamento. A pesquisa atual tem como objetivo demonstrar as técnicas utilizadas, bem como os exercícios e os movimentos necessários para melhorar a qualidade de vida do paciente, através da coordenação motora, mobilidade e flexibilidade. Palavras- chave: cinesioterapia, exercícios, terapia física.
1. INTRODUÇAO O movimento humano era utilizado no tratamento de disfunções desde o período datado antes de Cristo. Houve uma interrupção dos estudos na área da saúde, no período da Idade Media, pois nessa época o corpo era considerado sem importância e priorizava-se o estudo da alma e do espírito. Com o início do Renascimento, começaram a valorizar as belezas físicas, e o exercício foi ligado à cultura da beleza física (Oliveira, et al, 2009). Assim, no final do referido período, em meados de 1779, Don Francisco e Ondeano Amorós, dividiram a ginástica em quatro pontos, sendo o terceiro ponto a cinesioterapia (Guimarães & Cruz, 2003).
11 A cinesioterapia tinha a finalidade de manter a saúde forte, bem como tratar as enfermidades e corrigir as deformidades, e assim, logo após essa divisão, surge à diferença entre a ginástica para manter a condição normal do corpo e a com fins terapêuticos. Assim, com o desenvolvimento industrial, surgiram as patologias decorrentes do trabalho, além de outras doenças, sendo empregadas novas técnicas para melhorar a saúde direcionada para promover a cura, a recuperação e a reabilitação. No período da guerra, houve inúmeras mutilações e lesões, levando a alterações físicas de diversos graus. Assim, se expandiu a cinesioterapia, bem como o crescimento da fisioterapia. Contudo, os estudos sobre a utilização dos exercícios terapêuticos, iniciaram-se na Grécia e em Roma, porém, fica claro que a partir da I Guerra Mundial, devido ao grande número de enfermidade de diversos modos, que houve uma expansão acentuada deste recurso para a reabilitação desses pacientes (Guimarães & Cruz, 2003).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. CINESIOTERAPIA Podemos descrever que a cinesioterapia tem como objetivo, reabilitar, curar, prevenir, tratar utilizando técnicas onde é feita conforme a necessidade do paciente, usando a criatividade, entendendo de fisiologia, anatomia e biomecânica (Xhardez, 2001). Podemos descrever a Cinesioterapia como: (...) a parte da Fisioterapia que utiliza o movimento provocado pela atividade muscular do paciente com uma finalidade precisamente terapêutica. É o que há muito tempo se chamou de ginástica médica em oposição à ginástica geral, cujos propósitos são essencialmente higiênicos ou estéticos. Entretanto, essa noção de movimento é muito restritiva, portanto se incluem inteiramente no quadro da cinesioterapia ativa, solicitações musculares de estabilizações que não induzem nenhum deslocamento das alavancas ósseas.
13 força muscular, a amplitude de movimentos, bem como a rapidez dos mesmos (Hallis, 2004). Os movimentos empregados nos exercícios terapêuticos são definidos como: passivo, ativo, assistido e resistido. As tipicidades dos exercícios consistem em: Coordenação, Postural, Reeducação muscular, Resistência, respiratório, alongamento, dentre outros, que objetivem melhorar os movimentos de acordo com a debilidade de cada paciente (Bandy & Sanders, 2003). 2.3. MOVIMENTOS USADOS NOS EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS Existem movimentos específicos usados para realizar os exercícios terapêuticos para que assim seja possível alcançar o potencial de recuperação desejado. Diante disso: “ O exercício terapêutico é considerado um elemento central na maioria dos planos de assistência da Fisioterapia, complementado por outras intervenções, com a finalidade de aprimorar a função e reduzir uma incapacidade” (Xhardez, 2001). Nesse mesmo sentido, define Carolyn Kisner e Lynn Allen Colbi ; “ O exercício terapêutico é uma das ferramentas-chave que um fisioterapeuta usa para restaurar e melhorar o bem estar músculo-esquelético ou cárdio-pulmonar do paciente”. Assim, os movimentos usados nos exercícios terapêuticos são classificados com: 1 - Passivo: É o movimento feito na Amplitude Máxima do Movimento (ADM) feita somente pelo fisioterapeuta e não há nenhuma contração muscular voluntaria, pois o paciente não tem condições de realizar o movimento por si mesmo. 2 - Ativo: É o movimento feito na Amplitude Máxima do Movimento (ADM) feita pelo paciente sem a ajuda do fisioterapeuta, usando em alguns casos resistências para aumentar a capacidade ou a força do movimento.
14 3 - Assistidos: É o movimento feito na Amplitude Máxima do Movimento (ADM) feita pelo paciente com ajuda do fisioterapeuta, pois o músculo não tem força suficiente para realizá-los sozinhos com ajuda mecânica ou na água. 4 - Resistidos: É feito o movimento pelo fisioterapeuta exercendo uma força manual ou mecânica com o intuito de aumentar a força e a resistência muscular aumentando sua potencia. A tipicidade dos exercícios pode ser dividida em: 1 - Reeducação muscular: é usado para ajudar um músculo ou mais a voltar as suas funções normais após fraturas, paralisia ou cirurgias. 2 - Exercícios de resistência à pressão : é usado para aumentar a resistência e força do músculo, feito com as mãos ou aparelhos, sustentando as articulações. 3 - Resistência: é usada para aumentar a resistência muscular, são exercícios repetitivos e com pouca resistência. 4 - Coordenação: é usado para melhorar a precisão dos músculos com sua força e utilização adequada.. 5 - Relaxamento: é usado para ensinar o paciente a perceber suas tensões musculares aprendendo a controlar e inibir, proporcionando alivio. 6 - Postural: é usado para manter a postura exata do corpo. 7 - Condicionamento: é usado para aumentar e manter a força de alguns ou toda a musculatura do corpo. 8 - Estiramento/alongamento: é usado para restabelecer o movimento normal utilizando métodos ativos ou passivos quando a perda de elasticidade resulta em limitação das articulações. 9 - Respiratório: são usados exercícios respiratórios para melhorar a estabilidade postural do tronco, reduzir e corrigir problemas respiratórios 2.4. METODO MACKENZIE O fisioterapeuta, Robin Mackenzie , em 1981, desenvolveu um diagnóstico através da dor, com um método composto de movimentos repetidos com máxima amplitude, mobilizações e posições fortalecendo os extensores para voltar à posição normal. Mackenzie identificou três síndromes mecânicas: postural, disfunção e degeneração. (Bogduk, 2002).
16
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOGDUK, N. Preface. IN: McKenzie, R. MDT: The Lumbar Spine. Spinal Publications, NZ, 2002. Fonte: Instituto Mckenzie no Brasil. GUIMARÃES, L. de S. e CRUZ, M. C. Exercícios terapêuticos: a cinesioterapia como importante recurso da fisioterapia. Lato & Sensu, Belém, v. 4, n. 1, p. 3-5, out, 2003 HALLIS, Margaret. Exercícios Terapêuticos práticos. 4. ed. São Paulo: Ed. Santos,
KISNER, Carolyn; COLBI, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005. OLIVEIRA,G.R; TUBINO,M.G, FERNANDES, F.J; Os Períodos de Evolução da fisioterapia Esportiva no Futebol Latino-Americano , RJ, BRASIL. Revista Científica Internacional indexada ISSN 1679-9844. Ano 2 - N º 07 Maio/Junho – 2009 BANDY, W. D. e SANDERS, B. D. Exercícios Terapêuticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. XHARDEZ, Y. Vade- Mécum de Cinesioterapia e Reeducação Funcional. 4 ed. São Paulo: Andrei, 2001.
17 03 - FISIOTERAPIA AQUÁTICA: PRINCÍPIOS E PRÁTICA Anderson Pereira Villeiro (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Caique Emanuel Pontes Ozawa (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Jéssie Anni Mathias Martins (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Larissa Rafaela de Souza Faria (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Lucio Muneo Miyahara. (discente Bacharelado em Fisioterapia - FVR) Adriana Leite Martins (orientadora - FVR) RESUMO: A fisioterapia assim como muitas outras atividades na área da saúde tem crescido, ganhando mais espaço, aprimoramento e técnicas, remodelando uma área que se via limitado na condição de reabilitação e hoje se expandindo, formando profissionais que propiciem prevenção e mais qualidade de vida aos seus pacientes. Uma das áreas ainda em ascensão, mas com grande histórico de estudo é a Fisioterapia aquática, que tem mostrado as vantagens da hidrodinâmica pelos princípios impares que a água confere ao corpo. Palavras Chave : fisioterapia, hidroterapia, reabilitação aquática.
1. INTRODUÇÃO O uso da água com finalidades terapêuticas data de muitos séculos, ainda que não fosse como conhecemos hoje. Egípcios e Mulçumanos, entre muitos povos antigos que a historia da Fisioterapia Aquática (FA) relata, já utilizavam a imersão em água aquecida crendo em suas propriedades curativas. No final dos anos de 1890 a modalidade de reabilitação por meio aquático fora mais difundida, sendo hoje reconhecida e evidenciada por pesquisas cientificas os benefícios que tais atividades oferecem aos pacientes. (Ruoti, et.al, 2007).
19
2. 1 Princípios Físicos Cada princípio físico da água acarreta no corpo uma resposta específica, tornando assim a hidroterapia um recurso singular. Os princípios físicos da água são: densidade, pressão, força da gravidade e flutuação. Densidade: é uma variável da temperatura, sendo a relação entre massa e volume, determinando assim se o corpo flutuará ou afundará em relação à água. Flutuação: ocorre quando a massa do corpo for menor que o volume de água, a flutuação é uma força que age de baixo para cima, mantendo o corpo estável na superfície. Gravidade e empuxo: são suas forças contrárias e determinam o que acontecerá com um corpo imerso, quando estão equilibradas , resultarão na flutuação e estabilidade do mesmo. Pressão: força que age de um objeto para outro de acordo com a superfície de contato entre eles, quanto menor for à área onde a força será aplicada, maior será a pressão. Devem-se levar em consideração os aspectos fenotípicos do indivíduo para que possa ser aplicado o exercício mais específico ao seu caso buscando, de certa forma, uma conexão do corpo com esses elementos naturais (Hayes, 2002). 2. 2 Execução A Fisioterapia aquática é realizada com a utilização de técnicas que trabalham a amplitude de movimento natural. Sempre utilizando o fisioterapeuta como suporte ao corpo do paciente enquanto os procedimentos são aplicados. A reabilitação aquática é realizada por profissionais capacitados da fisioterapia, com especialização em Fisioterapia aquática (Campion, 2000). 2.3 Técnicas utilizadas Dentre as diversas técnicas de tratamento, as mais conhecidas e ortodoxias delas são:
20 WATSU: também conhecido como water shiatsu , surgiu a partir de pequenos exercícios e movimentos quando se estava flutuando na água. A técnica iniciou-se no Japão em 1980, sendo a variação do shiatsu zen , embora seja executado em piscina com água morna e buscando equilíbrio dos meridianos, ajustes de energia e relação entre corpo e espírito, assim como a meditação. O fisioterapeuta sempre esta presente, realizando os movimentos com o paciente. O watsu é compreendido por uma técnica de massagem e alongamento, relaxamento, reeducação muscular, respiração e proporciona uma melhora da qualidade de vida aos pacientes (Bates 1998). BAD RAGAZ: iniciou-se na década de 1930 na Suíça com varias técnicas aquáticas que foram se desenvolvendo ao decorrer dos anos e com a colaboração e aprimoramento por profissionais como, por exemplo, o Dr.Knupfer em 1957. A técnica visa relaxar, alongar, fortalecer a musculatura, reeducação muscular, restauração de padrões normais, melhora da resistência, alinhamento e estabilidade e tronco, entre outros (Bates, 1998). ÁREA DA PISCINA: a área da piscina esta demarcada por 2,1 X 2,4 metros, no mínimo. Piscina superior igual a: 15,3 m^2 com profundidade de 0,90 a 1,20m e sua temperatura entre 33,3°C e 36,6°C. 2. 4 Indicações e Contra indicações 2.4.1 Indicações Hipertensão aguda ou crônica; Distúrbios no sono; Quando a musculatura tensa restringe a movimentação ou função da articulação; Quando ansiedade e o estresse produzem indisposições fisiológicas, tal como úlcera péptica; Após um acometimento, causando fadiga over-ruse ou exaustão; Em várias condições pré e pós-cirúrgicas (Campion, 2000). 2.4.2 Contra indicações: As contra-indicações são consideradas absolutas ou relativas de acordo com a gravidade da patologia. As que devem ser mais observadas são: Doenças transmitidas pela água (infecções de pele - tinea pedis e tinea capitis ) Febre acima de 38°C;