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Guias e Dicas
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1692008175935manual degustação de vinho, Manuais, Projetos, Pesquisas de Cultura

manual de degustação de vinhos

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2011

Compartilhado em 05/09/2011

vanessa-pcoelho-11
vanessa-pcoelho-11 🇧🇷

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Manual de
DEGUSTAÇÃO DE VINHOS
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
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descritos na Bibliografia Consultada.
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Manual de

DEGUSTAÇÃO DE VINHOS

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.

SUMÁRIO

  1. Noções Básicas de Enologia

1.1. A Produção do Vinho

1.2. Os Tipos de Vinho

1.2.1. Vinhos de Mesa

1.2.2. Vinhos Espumantes Naturais

1.2.3. Vinhos Licorosos ou Generosos ou Fortificados

1.3. Os Principais Tipos de Uvas Viníferas

1.3.1. Uvas Tintas

1.3.2. Uvas Brancas

  1. Como Comprar um Vinho

2.1. A Escolha do Fornecedor

2.2. Os Diferentes Tipos de Garrafas

2.3. A Leitura dos Rótulos

  1. Como Armazenar um Vinho

3.1. Condições Corretas de uma Adega

3.2. Tipos de Adega

3.3. O Armazenamento das Garrafas e o Tempo Médio de Guarda

  1. A Degustação

4.1. O Exame Visual

4.2. O Exame Olfativo

4.3. O Exame Gustativo

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Tempo Médio Ideal de Guarda de um Vinho

Tabela 2: Tabela Avaliativa de Ficha de Degustação de Vinho

Tabela 3: Classificação de Acordo com a Nota do Vinho

Tabela 4: Modelo de Ficha de Degustação

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1: Cabernet Sauvignon

Ilustração 2: Cabernet Franc

Ilustração 3: Merlot

Ilustração 4: Pinot Noir

Ilustração 5: Syrah

Ilustração 6: Malbec

Ilustração 7: Carmenère

Ilustração 8: Tannat

Ilustração 9: Nebbiolo

Ilustração 10: Sangiovese

Ilustração 11: Tempranillo

Ilustração 12: Touriga Nacional

Ilustração 13: Zinfandel

Ilustração 14: PInotage

Ilustração 15: Gamay

Ilustração 16: Chardonnay

Ilustração 17: Sémillon

Ilustração 18: Sauvignon Blanc

Ilustração 19: Riesling

Ilustração 20: Gewürztraminer

Ilustração 21: Chenin Blanc

1. 1. NNOOÇÇÕÕEESS BBÁÁSSIICCAASS DDEE EENNOOLLOOGGIIAA

1.1. A PRODUÇÃO DO VINHO

Teoricamente a produção de vinhos é algo muito simples. Ela segue, basicamente, os seguintes passos:

a) Esmagar as uvas; b) Deixá-las em um tanque para que fermentem, ou seja, para que o açúcar da uva se transforme em álcool; c) Separar o líquido das cascas; d) Manter em repouso para que se depositem os demais sedimentos; e) Retirar o líquido límpido.

Todo esse processo dura algumas semanas. Após a retirada do líquido, o produtor o deixa amadurecer em barris de madeira ou mesmo em tanques de aço inoxidável. A duração desse amadurecimento pode variar de poucas semanas a muitos anos, dependendo do vinho que se quer produzir.

Pode-se perceber que o vinho é o resultado de um processo natural. Qualquer fruta contém açúcar e em contato com o oxigênio acaba fermentando. Isso explica porque não se consegue precisar quando surgiu o vinho. Sabe-se que ele acompanha a humanidade desde os primórdios e cada povo, cada religião ou cada crença tem uma lenda diferente para o aparecimento da bebida. Mas, todas têm em comum o mistério de o vinho ter surgido por acaso, como uma intervenção divina.

O processo descrito acima é bem simplificado, mas é seguido até hoje na produção de vinhos. Claro que o avanço tecnológico vem contribuindo para controlar esse processo. Hoje, existem adegas de produção que têm todas as fases de vinicultura controladas por computadores.

É, ainda, interessante ressaltar que o vinho é um produto saudável por natureza; pois, se faltar higiene em seu processo de produção, ele automaticamente

vira vinagre. Isso significa, então, que virou vinho, já é saudável e pode ser tomado com segurança.

Bem, se todo vinho segue basicamente os mesmos passos de produção, o que faz com que existam tantos tipos diferentes de vinho? O tipo da uva utilizada e algumas pequenas intervenções no processo de produção é que serão responsáveis por criar vinhos brancos, vinhos rosados, vinhos tintos, espumantes, frisantes, licorosos, secos etc.

1.2. OS TIPOS DE VINHO

Classificar os diferentes e infindáveis tipos de vinho não é uma tarefa fácil. Cada país tem suas próprias classificações de acordo com sua produção e sua legislação. Diz Amarante que “ na realidade, o vinho não é um produto único, mas sim composto de uma série de famílias. As principais classes, que abrangem todos os grandes vinhos do planeta são: vinhos de mesa, vinhos espumantes naturais e vinhos licorosos/generosos. ”.^1

Além disso, os vinhos podem ser classificados de acordo com diferentes critérios, como, por exemplo: o teor de açúcar, o nível de pressão atmosférica, a cor, etc. Segue-se então uma classificação bem simplificada dos principais tipos de vinho, para que seja possível entender posteriormente como degustar cada um deles.

(^1) AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os segredos do vinho para iniciantes e iniciados. São Paulo: Mescla, 2005, p.118.

  • Vinhos Rosados (ou Rosés , em francês): Precisam ter em sua composição uvas tintas com cascas, porém as cascas devem ser separadas rapidamente quando o líquido atingir a cor desejada.
  • Vinhos Tintos: Precisam ter em sua composição uvas tintas com casca.

Quanto ao teor de gás carbônico, os vinhos de mesa podem possuir até uma atmosfera de pressão. Há uma subclasse de vinho de mesa, denominada Vinho Frisante , cuja pressão varia entre 1,1 e 2 atmosferas.

1.2.2. Vinhos Espumantes Naturais

Os espumantes naturais são os que conservam o gás carbônico (CO 2 ) resultante de uma segunda fermentação alcoólica. Para a legislação brasileira, os espumantes devem ter entre 10% a 13% de teor alcoólico e pressão mínima de 4 atmosferas.

O Champagne é o espumante natural mais famoso do mundo. Por isso, o nome Champagne foi durante muito tempo utilizado para designar qualquer tipo de espumante. Hoje, porém, apenas os espumantes naturais produzidos na região de Champagne, na França, podem usar essa nomenclatura. Assim, pode-se afirmar que todo Champagne é um espumante, mas nem todo espumante é um Champagne.

Os vinhos espumantes também são classificados de diversas formas, quanto ao seu teor de açúcar. A legislação brasileira os classifica em cinco tipos, bem similares aos da legislação francesa, a saber:

  • Extrabruto ( extra-brut ): contém no máximo 6g/l de açúcar residual.
  • Bruto ( brut ): contém de 6,1 a 15g/l de açúcar residual.
  • Seco ( sec ): contém de 15,1 a 20g/l de açúcar residual.
  • Meio Seco ( demi-sec ): contém de 20,1 a 60g/l de açúcar residual.
  • Doce ( doux ): contém mais de 60,1g/l de açúcar residual.

OBS: Existe outra classe que engloba os espumantes gaseificados , que são o resultado da adição artificial de CO 2 no vinho pronto. Trata-se de um método semelhante ao da confecção de refrigerantes e resulta em um produto de baixa qualidade, que não entra no mundo da enologia.

1.2.3. Vinhos Licorosos ou Generosos ou Fortificados

São os que recebem adição de aguardente vínica 2 durante seu processo de elaboração e, portanto, têm maior teor alcoólico: entre 14% a 18%, para a legislação brasileira, e entre 15% e 24%, nos regulamentos europeus. Os mais secos são bebidos como aperitivos e os mais doces como digestivos. Os mais famosos: Porto, Jerez, Madeira, Moscatel de Setúbal e Marsala.

1.3. OS PRINCIPAIS TIPOS DE UVAS VINÍFERAS

Segundo Lilla:

“Não é qualquer uva que pode ser utilizada na produção de vinhos de qualidade. Apenas as da espécie Vitis vinifera se prestam a isso. [...] As uvas de mesa, como a variedade americana chamada Isabel, só servem para serem comidas e para produzir suco de uva. Também se produzem vinhos com elas, mas são mais simples, os chamados vinhos de mesa, vendidos em garrafão, que tem sabor de uva mas não de vinho.” 3

(^2) Aguardente vínica é o resultado da destilação do vinho, ou seja, é o destilado produzido a partir de uvas fermentadas. 3 LILLA, Ciro. Introdução ao mundo do vinho. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p.45.

  • Syrah: É originária do Rhône (França), com destaque para o norte da região. Seus vinhos são, de modo geral, muito coloridos, como fortes aromas de frutas pretas, violeta e pimenta-do-reino. Produz vinhos com boa tanicidade e encorpados. É responsável pelo Penfolds Grange Shiraz, o mais famoso vinho Australiano.
  • Malbec: É originária de Bordeaux (França), onde se encontra em declínio. Hoje sua melhor produção encontra-se na Argentina, onde produz vinhos de alta qualidade. Seus vinhos costumam ter uma boa maciez e ótima acidez.
  • Carmenère: É originária de Bordeaux (França), onde era muito plantada antes da filoxera 4. Devido ao seu baixo rendimento não foi muito replantada. Foi levada para o Chile por volta de 1850, onde ficou “escondida” até 1996. Hoje, é a variedade símbolo desse país, que tem o maior parreiral do mundo. Seus vinhos costumam ter acidez baixa e taninos suaves e adocicados. Seu aroma remete a frutos pretos e vermelhos, com notas condimentadas prazerosas.
  • Tannat: É originária do sudoeste francês e é a uva mais plantada no Uruguai, ocupando cerca de um terço de seus vinhedos. Fornece vinhos muito escuros, quase pretos, muito tânicos (daí a origem de seu nome) e com ótimo poder de envelhecimento. No Uruguai costuma ser cortada com a Merlot, para moderar sua adstringência. Também se encontra bastante na Serra Gaúcha.
  • Nebbiolo: Talvez a melhor tinta nativa da Itália, com destaque para a região do Piemonte, onde são produzidos os famosos vinhos Barolo e Barbaresco. Seus vinhos são tipicamente avermelhados e com paladar marcante: encorpados, alcoólicos, tânicos e ácidos, demandando vários anos de guarda para atingir o topo de qualidade. O buquê é seu ponto forte, sendo extremamente rico, complexo, com reminiscência de violeta, alcatrão, trufas e outras especiarias.
  • Sangiovese: Também conhecida como Brunello ou Prugnolo, é a segunda uva tinta mais difundida na Itália, sendo originária da zona central do país. Responde por algumas das mais nobres denominações itálicas: as toscanas Chianti

(^4) A filoxera foi uma praga que devastou os vinhedos da Europa no final do século XIX, impulsionando a produção e comercialização de vinhos do Novo Mundo.

Clássico , Brunello de Montacino e Vino Nobile de Montepulciano. Seus vinhos costumam ser escuros e ter concentração de frutas.

  • Tempranillo: É a mais nobre cepa da Espanha e está entre as grandes uvas pretas do planeta. Tem destaque nos grandes tintos de Rioja. Em Portugal, é uma das melhores cepas que entram nos lotes dos vinhos do Douro (inclusive para produzir o Porto), do Dão e do Alentejo. Produz vinhos de boa coloração, que se adaptam bem ao envelhecimento em carvalho. Quase não tem taninos e para compensar essa falta, a Tempranillo é freqüentemente mesclada a outras cepas. Além de Espanha e Portugal, a Argentina é o único outro país que tem cultivo significativo.
  • Touriga Nacional: É considerada a grande uva tinta portuguesa. Sua origem é a zona do Dão, mas é também produzida com sucesso em outras regiões do centro e do sul de Portugal. Produz excelentes vinhos varietais 5. Seus vinhos são bem escuros, com buquê concentrado e elegante de frutos pretos, flores e levemente animais. Tem paladar aveludado com boa acidez.
  • Zinfandel (EUA) ou Primitivo (Itália): É a uva tinta mais plantada na Califórnia. Fornece grande leque de tipos de vinhos: brancos, rosados, tintos jovens e de guarda e licorosos. Todos são bem coloridos e frutados e os tintos amadurecidos podem apresentar boas notas apimentadas em seu sabor e aroma.
  • Pinotage: Típico cruzamento sul-africano, desenvolvido com as variedades francesas Pinot Noir e Cinsault. Representa o símbolo vinícola da África do Sul. Os vinhos são de boa qualidade, escuros, com sabores característicos de banana, frutos pretos e vermelhos. Quando envelhecidos, surgem odores animais, além de café e chocolate.
  • Gamay: Produz o famoso vinho francês Beaujolais e é pouco plantada fora do sul da Borgonha. Na Suíça produz bons vinhos, quando combinada com a Pinot Noir. Seus vinhos são leves, muito aromáticos, com boa acidez e bem frutados.

(^5) Vinho Varietal é aquele cuja composição tem pelo menos 75% de um só tipo de cepa. Os vinhos feitos a partir de diferentes cortes (ou seja, vários tipos de cepas) são chamados Assemblage.

1.3.2 Uvas Brancas

  • Chardonnay: Originária das regiões francesas de Bourgogne e de Champagne, de onde se espalhou para os quatro cantos da Terra. Tem fácil adaptação a diferentes solos e climas. É considerada a mais nobre das uvas brancas. Seus vinhos apresentam aromas potentes, que vão desde os de pão tostado, brioche, manteiga, avelã, em climas mais frios, a frutas cítricas e exóticas, em climas mais tropicais.
  • Sémillon: É uma variedade gaulesa de alta qualidade. Em Graves, mesclada a Sauvignon, ocupando dois terços da mistura, é responsável por soberbos vinhos secos de guarda. Sob a forma botritizada^7 , ela concebe os estupendos vinhos de sobremesa de Sauternes. Os Bordeaux brancos de topo encontram-se entre os vinhos claros mais longevos do mundo.
  • Sauvignon Blanc: Em Bordeaux, age como fruto complementar da nobre Sémillon, tanto nos estupendos brancos secos, como nos Sauternes. No Loire ela brilha sozinha. Seus vinhos, quando varietais, são pálidos, leves, com acidez pronunciada, muito aromáticos e refrescantes. Os vinhos de Sauvignon Blanc devem ser bebidos jovens. Mas há quem prefira sua versão amadeirada, chamada pelos californianos de Fumé Blanc.
  • Riesling: Os melhores exemplares se originam do mundo germânico. Sua virtude está em ser uma das cepas mais ecléticas do globo. Seus vinhos são pouco alcoólicos, perfumados e com incrível equilíbrio entre acidez e doçura.
  • Gewürztraminer : Sua zona de difusão é muito parecida com a da Riesling – Alemanha, Áustria e Alsace. Seus vinhos mostram-se com aroma forte, encorpados, com acidez média para baixa e condimentados. A personalidade e aromaticidade desses vinhos são muito marcantes, difíceis de descrever e difíceis de esquecer.

(^7) Diz-se da uva atacada por Botrytis Cinerea , um fungo parasita. A Botrytis ocasiona a podridão cinzenta da uva, que causa a destruição da colheita. No entanto, em condições especiais e controladas, esse fungo pode evoluir para o que se chama de podridão nobre, provocando a desidratação das uvas, aumentando sua concentração de açúcar e, assim, preparando-as para a elaboração de vinhos licorosos de excelente qualidade, como os Sauternes.

  • Chenin Blanc: Típica do centro de Loire (França). Produz grande gama de brancos: secos, meio secos, doces, espumantes naturais... Seus vinhos são bastante variáveis, dependendo da safra e do terroir 8. De modo geral possuem um perfume frutado-floral, têm médio corpo e acidez pronunciada.
  • Viognier: Originária do norte do Rhône, mas é pouco cultivada por seu baixo rendimento. Tem altíssima qualidade e gera vinhos brancos secos de moderada acidez e intenso sabor floral.
  • Alvarinho: É a uva responsável pelos vinhos brancos frutados de melhor qualidade da Península Ibérica. É cultivada na fronteira entre Portugal e Espanha. Seus vinhos varietais têm aromas e acidez refrescantes.

As Ilustrações 9 (16 a 23) a seguir mostram as uvas brancas que foram apresentadas:

Ilustração 16: Chardonnay

Ilustração 17: Sémillon

Ilustração 18: Sauvignon Blanc

Ilustração 19: Riesling

Ilustração 20: Gewürztraminer

Ilustração 21: Chenin Blanc

Ilustração 22: Viognier

Ilustração 23: Alvarinho

(^8) Termo francês que significa, literalmente, "terreno". Mas no mundo da enologia o termo é muito mais amplo, designa as características do solo, do microclima e do ecossistema do local, responsáveis pela qualidade do vinhedo e, conseqüentemente, pela qualidade do vinho que ele originará. 9 Todas retiradas do site The Wine Country, disponível em http://www.thewinecountry.com/mm5/merchant.mvc?Screen=Z1_5grape&Store_Code=TWC, acessado em 06 de agosto de 2008, às 21:46h.

2.2. OS DIFERENTES TIPOS DE GARRAFA

O tamanho e a forma da garrafa são [...] cada vez mais considerados como fatores que podem influenciar a decisão de compra do consumidor. ”^12

Quanto ao tamanho das garrafas, o padrão, a que estamos acostumados, é a de 750 ml e a conhecida como ½ garrafa (375 ml) também é bastante utilizada. Mas existe, no mercado, uma gama de tamanhos que variam de 187 ml (conhecida como ¼ de garrafa) a 6 litros. E, ainda, algumas produzidas em regiões específicas, sob encomenda especial que são as de 9, 12 e 15 litros. É importante destacar que o tamanho da garrafa influencia na aceleração do desenvolvimento do vinho. Sabendo que a ½ garrafa é aquela em que o vinho amadurece mais rápido devido a sua proporção de líquido e ar.

Já o formato não influencia no amadurecimento do vinho, trata-se apenas de estética ou tradição. Existem formatos que são utilizados de acordo com a região produtora e ajudam a identificar o vinho. As quatro mais tradicionais podem ser vistas nas Ilustrações abaixo 13 (24 a 27):

Ilustração 24: Garrafa Bordalesa

Utilizada principalmente para os vinhos produzidos em Bordeaux.

Ilustração 25: Garrafa Borgonhesa

Utilizada principalmente para os vinhos produzidos em Bourgogne.

Ilustração 26: Garrafa Renana

Utilizada principalmente para os vinhos produzidos em Alsace e na maioria das regiões alemãs.

Ilustração 27: Garrafa Champanhesa

Utilizada principalmente para os vinhos produzidos em Champagne.

(^12) Larousse do vinho/consultoria Charlotte Marc e Ricardo Castilho. – São Paulo: Larousse do Brasil, 2004, p.31. 13 Todas retiradas do site Noivas PB, disponível em http://www.noivaspb.com.br/materias.php?codigo=22, acessado em 08 de agosto de 2008, às 22:46h.

A cor da garrafa, sim, é muito importante. A luz acelera desenfreadamente o desenvolvimento do vinho. Por isso, quanto mais escura a garrafa, mais protegido estará seu conteúdo. Entretanto, há vinhos que são reconhecidamente resistentes e longevos e se permitem estar em recipientes incolores. (Como é o caso do mais famoso vinho de sobremesa do mundo, os Sauternes.)

2.3. A LEITURA DOS RÓTULOS

As informações presentes em um rótulo de vinho podem parecer complexas, mas estão cada vez mais fáceis de ser entendidas. Os países produtores vêm buscando unificar e padronizar seus rótulos de forma a simplificar o entendimento dos vinhos em qualquer país importador. Sendo assim, apresentam-se a seguir as informações comuns nos rótulos de vinho:

  • Nome do Vinho: Normalmente é o nome de maior destaque no rótulo e serve apenas para memorizar o vinho, pois não diz nada sobre ele.
  • Classificação/Qualidade: Essa informação mostra se este vinho é melhor ou especial em relação a outros do mesmo produtor ou em relação à região. Aqui há uma forte variação entre os países. Algumas regiões possuem classificações bem rígidas. Mas em muitos casos a classificação só serve para o produtor lhe dizer que o vinho foi guardado mais tempo ou tem uma seleção mais apurada, nestes casos valendo somente para comparar vinhos do mesmo produtor. Por exemplo: na França pode-se encontrar algo como “Grand Cru”, “Premier Grand Cru”. A América Latina apresenta termos mais simples e comerciais como “Reserva”, “Gran Reserva”.
  • Origem do Vinho: O país de origem do vinho é uma informação obrigatória e pode aparecer em destaque no rótulo ou mais discreto no contra-rótulo da garrafa.
  • Região e Vinhedo: Essa é uma informação que apresenta algumas variações de país para país. Em alguns casos, apresenta-se apenas a região, em outros se delimita o vinhedo.