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11º Levantamento de grãos 2010 CONAB, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2009/2010 - 11º Levantamento Agosto/2010

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 11/09/2010

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4.7

(6)

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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 5
2. ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA 5
3. ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO 6
4. AVALIAÇÃO DAS CULTURAS 7
4.1 – Algodão 7
4.2 – Arroz 8
4.3 Canola 10
4.4 – Feijão 1ª Safra 12
4.5 – Feijão 2ª Safra 13
4.6 – Feijão 3ª Safra 14
4.7 – Milho 1ª Safra 16
4.8 – Soja 18
4.9 – Trigo 19
5. ESTIMATIVAS DE ÁREA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE 22
6. BALANÇO DE OFERTA E DEMANDA 42
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SUMÁRIO

  • 1.INTRODUÇÃO
    1. ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA
    1. ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO
    1. AVALIAÇÃO DAS CULTURAS
  • 4.1 – Algodão
  • 4.2 – Arroz
  • 4.3 – Canola
  • 4.4 – Feijão 1ª Safra
  • 4.5 – Feijão 2ª Safra
  • 4.6 – Feijão 3ª Safra
  • 4.7 – Milho 1ª Safra
  • 4.8 – Soja
  • 4.9 – Trigo
    1. ESTIMATIVAS DE ÁREA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE
    1. BALANÇO DE OFERTA E DEMANDA

1. INTRODUÇÃO

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, realiza sistematicamente levantamentos das safras agrícolas para quantificar e acompanhar a produção brasileira. Para a realização do 11° Levantamento da Safra de Grãos, 69 técnicos da Conab percorreram, no período de 19 a 23 de julho de 2010 os principais municípios produtores do País, contatando produtores rurais, agrônomos e técnicos de Cooperativas, Secretarias de Agricultura, Órgãos de Assistência Técnica e Extensão Rural (oficiais e privados), Agentes Financeiros e Revendedores de insumos Agradecemos a indispensável participação dos órgãos acima citados e a colaboração dos profissionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, EMATER bem como aos colaboradores desta Companhia, que, direta ou indiretamente, participaram do presente trabalho. Em atenção às demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos têm sido realizados em estreita colaboração com o IBGE, órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, consolidando o processo de harmonização das estimativas oficiais de safra para as principais lavouras brasileiras. Nesse processo, as duas instituições têm somado seus recursos e esforços, visando assegurar as mais acuradas e fidedignas informações de acompanhamento de safra ao alcance do estado brasileiro, coordenando progressivamente métodos, fontes, período de apuração, datas e horários de divulgação. Para tanto, contou-se com a inestimável e permanente contribuição dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais e demais instituições geradoras de informações agrícolas. 2 - ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA - (47,33 milhões de hectares) A área cultivada de 47,33 milhões de hectares é 0,7% ou 347,6 mil hectares inferior a da safra 2008/09. Considerando as cinco principais culturas de verão (algodão, arroz, feijão, milho e soja), que representam 85% da área total, apenas as culturas de soja e de milho segunda safra apresentam crescimento. A soja cresceu 7,9% (1,73 milhões de hectares) e o milho 5,8% (286,1 mil hectares). A região Centro-Sul com 80,5% ou 38,1 milhões de hectares da área total, apresenta crescimento de 0,5%, passando de 37,9 para 38,06 milhões de hectares, quando comparada com a safra anterior. As regiões Sul e Sudeste apresentam, respectivamente, redução de 1,9% e 1,5%. Essas reduções foram compensadas pelo crescimento da área de 4,1%, observado na região Centro-Oeste.

4. AVALIAÇÃO DAS CULTURAS

4.1 – ALGODÃO

A produção nacional de algodão em caroço para a safra 2009/10 está estimada em 3.001,8 mil toneladas, estabelecendo redução de 3,3% em comparação à safra 2008/09. A produção do algodão em pluma por sua vez, será de 1.170,7 mil toneladas, registrando redução na ordem de 3,5% comparativamente à safra anterior. Tais retrações devem-se, principalmente, às expressivas reduções de áreas na região Nordeste do pais, aliado ao recuo na produtividade nos Estados da região Centro- Sul, ocasionado por fatores climáticos desfavoráveis durante a fase reprodutiva. O ritmo da colheita é intenso nas principais regiões produtoras, estima-se até o momento, algo entre 57% a 63% colhidos em nível nacional. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, o longo período de estiagem verificado nos meses de março e abril, afetou a produtividade, registrando queda na ordem de 15,1%. Na Bahia a produtividade foi acrescida em 15,8%, ocasionada por condições climáticas favorávies. Em Minas Gerais as lavouras vêm se desenvolvendo bem, embora, algumas áreas tenham sofrido com a escassez de chuvas a partir do mês de abril, estima-se uma produtividade média de 3.760 kg/ha, 0,9% menor que a obtida na safra anterior. No levantamento atual, a Conab consolida os dados de área plantada com algodão no país (1ª e 2ª safras), dessa forma, a superfície cultivada com a fibra é de 835,7 mil hectares, contra 843,2 mil hectares semeados na safra anterior, estabelecendo redução na ordem de 0,9%. Nas estimativas iniciais (outubro/09) a conab trabalhava com redução superior, porém, com a recuperação dos preços da fibra nos mercados externo e interno, ocorridos na época da semeadura do algodão 2ª safra (fevereiro/10), modificou o cenário, fato este verificado sobretudo, nos Estados de Mato Grosso e Bahia, maiores produtores nacional. Centro- (^) Plantio P P P Sul (^) Colheita C C C C C Plantio P P P P Colheita C C C C Legenda: P concentração do plantio C concentração da colheita ALGODÃO CALENDÁRIO DE PLANTIO E COLHEITA SET OUT NOV JUN JUL OUT Regiões 2 0 0 9 2 0 1 0 AGO SET NOV NE JUL AGO DEZ JAN FEV MAR ABR MAI

A região Centro-Oeste que participa com 62,6% na produção Brasileira de algodão, continua liderando o ranking nacional. Naquela região é verificado incremento de área em todos os Estados, com exceção para Goiás com redução de 1.0%. Na região Nordeste, que contribui com 34,53% da área nacional, constata-se recuo de área em todos os estados, com exceção do Ceará que registra incremento de 4,4%. Comparando ao levantamento anterior, houve leve alteração na produtividade média do algodão em caroço, devendo fechar o ano com valor inferior ao da safra anterior. Em termos de Brasil a pesquisa está indicando que após a colheita, a produtividade média deverá totalizar cerca de 3.592 kg/ha. 4.2 – ARROZ Situação geral – A lavoura de Arroz vem crescendo em produtividade, embora, a expansão da área encontre dificuldades pela falta de terras apropriadas à cultura, situadas próximas de mananciais suscetíveis à tomadas de água ou derivações para utilização na irrigação, uma vez que a maior parcela da produção vem do arroz irrigado. A semeadura da safra 2009/10, no Rio Grande do Sul, foi concluída fora do período recomendado, devido às condições climáticas desfavoráveis com chuvas em excesso, enchentes e enxurradas. O período ideal para o estabelecimento da cultura esgotou antes que os produtores conseguissem concluir a semeadura normal e o replantio das áreas perdidas por causa das adversidades climáticas. Na maioria das regiões produtoras de arroz de sequeiro, a semeadura transcorreu dentro do período recomendado e as reduções de área , no geral se deram por opção dos produtores, sendo que em parte da região Nordeste, foi a falta de chuvas que não permitiu a semeadura no período ideal para a região. O Maranhão foi o estado mais prejudicado pela falta de chuvas e a carência de assistência técnica. De uma maneira geral, o pacote tecnológico utilizado foi considerado muito bom, principalmente na cultivo irrigado. Isto foi possível devido a queda dos preços dos insumos, principalmente dos fertilizantes. Nas áreas de arroz irrigado, o constante uso das terras (sem rotação de cultura), aumentou a infestação com arroz vermelho e as variedades CL (Clearfield) não estão conseguindo cumprir sua função devido à Centro- Plantio P P P Sul Colheita C C C C Plantio P P P P P Colheita C C C C C C Legenda: P concentração do plantio C concentração da colheita ARROZ NOV FEV MAR JUN JUL AGO SET OUT NNE ABR MAI Regiões 2 0 0 9 2 0 1 0 JUL AGO SET OUT DEZ JAN CALENDÁRIO DE PLANTIO E COLHEITA NOV

prejudicou toda a região Nordeste pelo excesso de chuvas em estados como Alagoas e Pernambuco e por escassez no Maranhão, Bahia e Ceará. Produtividade – A produtividade média nacional esperada para esta safra, ficou em torno dos 4.073 kg/ha, 6% menor que a alcançada na safra 2008/09, que foi de 4. kg/ha. A diminuição deve-se principalmente aos problemas climáticos ocorridos no Rio Grande do Sul e na região Nordeste. Em Santa Catarina, a produtividade ultrapassou os 7.000 kg/há, devido ao clima ter sido favorável desde a semeadura até a colheita. No Mato Grosso, foram colhidos 3.008 kg/ha. No Maranhão a produtividade ficou em 1095 kg/ha. Produção – A produção nacional de arroz alcançada na safra 2009/10, será de 11.236,6 mil toneladas, reduzindo 1.365,9 mil toneladas (10,8%) em relação à safra 2008/09 que foi de 12.602,5 mil. Estágio da cultura – A colheita está encerrada em todo o Brasil. Qualidade do produto colhido – A qualidade do arroz produzido nesta safra é de boa qualidade, devido ao uso de variedades pesquisadas, não só visando produtividade mas, também o desempenho na cocção. No arroz irrigado, as variedades mais semeadas nesta safra são: Puitá Inta CL, Irga 424, Irga 422, Irga 417, Irga 409, Olismar e Querência. No arroz de sequeiro, as variedades mais usadas foram primavera e cambará. O rendimento do arroz irrigado ficou na média de 58% de grãos inteiros. A qualidade deixa a desejar na região Nordeste, onde ocorreu estiagem durante todo o ciclo da cultura. Mercado – Os preços praticados no mercado, depois de acentuada elevação, estão apresentando pequena queda. As variações são regionais por influência da logística. No Rio Grande do Sul o preço da saca com 50kg é de R$ 25,80 e no Mato Grosso o preço praticado pela saca de 60 kg de arroz de sequeiro longo fino é de R$ 30,91, preços Conab. 4.3 - CANOLA Situação gera l - A lavoura de canola, nos últimos anos, vem tentando expandir- se nos estados da Região Sul e no Mato Grosso do Sul, mas, enfrenta alguns problemas, principalmente os de ordem tecnológica. Dentre os principais problemas estão a semeadura e a colheita. A semeadura - pela falta de semeadeiras adequadas para semear canola que tem sementes pequenas e que não germinam em profundidades superiores a três centímetros e quando as mesmas sementes são depositadas sobre a palhada da cultura anterior, estas germinam e morrem devido às dificuldades para fixar as raízes. A colheita - devido a desuniformidade da floração e maturação do grão - o

produtor deve optar pela colheita direta ou usar a segadeira e pós trilha, o que é mais aconselhável, mas depende dos equipamentos que os produtores dispõem. Fora isso, a canola é uma boa alternativa para o cultivo de inverno no sul do país, face aos problemas que o trigo vem enfrentando ultimamente. A lavoura atual, está em boas condições de desenvolvimento, sinalizando para uma colheita com produtividade normal em todas as regiões produtoras. Área cultivada - A estimativa da área cultivada com Canola em 2010, safra 2010/11, é de 33,9 mil hectares, superior em 9,5% à 2009 que plantou 31 mil hectares. O aumento de área mais significativo, ocorreu no Mato Grosso do Sul (73,7%), Paraná (40%), além de Santa Catarina iniciar a produção com 400 hectares. Este aumento está relacionado com o desestímulo do produtor com a cultura do trigo e busca outras alternativas. Entre os estados que cultivam Canola (4), o Rio Grande do Sul é o maior produtor com 56,63% do total produzido no país. A semeadura foi concluída no mês de julho próximo passado. Sistema de cultivo - A lavoura de Canola é implantada pelo sistema de Plantio Direto. Foram feitas pequenas adaptações nas plantadeiras já existentes para possibilitar a semeadura sobre a palhada. A distância entre linhas deve ser a menor disponível no maquinário da propriedade. Incrementos/reduções – A área cultivada sofreu aumentos nesta safra em Mato Groso do Sul e no Paraná. Santa Catarina começou este ano a produzir canola, com o cultivo de 400 hectares. Acredita-se que a área cultivada tende a aumentar, na medida que os produtores vão adquirindo o domínio técnico sobre o cultivo e a colheita e com a aquisição de máquinas próprias para esta cultura. O resultado econômico é satisfatório quando comparado com outras culturas de inverno. Clima – O clima ideal para a canola é semelhante ao exigido pelo trigo, com a diferença que a canola não tolera geadas expressivas logo após a germinação e na floração. Produtividade – A produtividade média da canola deverá situar-se entre 1.200 a 1.400 kg/ha. Produção – A produção nacional da safra 2010 deverá alcançar 45 mil toneladas, superior em 6,6% à safra 2009, por conseqüência do aumento de área, uso de boas sementes e tecnologia adequada. Estágio da cultura – A cultura da Canola está na fase de desenvolvimento vegetativo e floração. A colheita está prevista para setembro e outubro. Qualidade do produto colhido – O produto colhido geralmente é de ótima qualidade, por ser um produto que dificilmente deprecia durante a fase de colheita, embora as perdas em quantidade de produto sejam freqüentes devido a falta de

ceram nos estados: Paraná (46,8%) Mato Grosso do Sul (22,6%), Goiás (9,3%), Distrito Federal (16,9%) e Santa Catarina (10%). Nos demais, a produtividade foi menor que na safra anterior. No computo geral, o feijão Primeira Safra teve um aumento na produção de 8,7, % ou seja, 117,4 mil toneladas a mais. Clima – Durante a cultura do feijão Primeira Safra, o clima se comportou de manei- ra diferenciada nas regiões produtoras. Na região Sul, as perdas ocorreram tanto por falta (na semeadura) como por excesso (na colheita) de umidade. Com a umidade excessiva na colheita, o produto sofreu depreciação na qualidade. Na região Nordeste, o clima foi bastante adverso, causando perdas consideráveis, tanto por redução da área plantada como na produtividade devido às oscilações climáticas, principalmente a falta de chuvas. Produtividade – A produtividade média do feijão Primeira Safra, ficou em 1. kg/ha. Os maiores ganhos aconteceram: Paraná (46,8%), principalmente pela frustração da safra anterior, devido a estiagem ; Mato Grosso do Sul (22,6%), pelos mesmos moti- vos e Santa Catarina (10%). Produção - A produção nacional de feijão Primeira Safra, foi de 1.461,9 mil tonela- das, superior à safra anterior em 8,7%, ou seja, 117,4 mil toneladas a mais. Os maiores aumentos aconteceram no Mato Grosso, 113,5 mil toneladas, Mato Grosso do Sul 82, mil toneladas e Paraná, com 30,5 mil toneladas a mais. Qualidade do produto colhido – Boa parte do produto colhido sofreu depreciação devido ao excesso de chuvas durante a colheita, principalmente nos estados de São Pau- lo, Paraná, e Rio Grande do Sul. Nos demais estados, o produto foi considerado de boa qualidade. Mercado – O feijão oriundo da Primeira Safra, foi comercializado praticamente toda a produção. Os preços do produto variam de região para região e de estado para estado e os preços recebidos pelos produtores pela saca de 60 kg do feijão cores, na última sema- na de junho foram: Ceará – R$ 93,91; Pernambuco – R$ 132,33; Tocantins – R$ 182,50; Paraná – R$ 94,54 e Mato Grosso – R$ 115,00. 4.5- FEIJÃO 2ª SAFRA Área cultivada - A área cultivada com feijão Primeira Safra, foi de 1.558,7 mil hec- tares, 21% menor que a safra passada que alcançou 1.973,7 mil hectares. A distribuição nos principais estados produtores é: Ceará – 445,4 mil hectares; Pernambuco – 142,7 mil hectares; Paraná – 192,75 mil hectares; Minas Gerais – 155 mil hectares e Mato grosso – 71,7 mil toneladas.

Sistema de cultivo – A maior parte da lavoura de feijão é cultivada no sistema convencional, apenas as grandes áreas utilizam maquinário moderno e semeadura direta. Na região Centro-Oeste é comum a utilização do cultivo sobre pivô (irrigado). Estágio da cultura – Colheita encerrada. Incrementos e reduções – A área cultivada com feijão Segunda Safra teve uma redução de 24,5%, correspondendo a 482,9 mil hectares a menos. A maior queda se deu no Mato Grosso (38,7%), seguido do Pará (38,7%), Paraná (26,1%) e Rio Grande do Sul (22,5%). O aumento de área de feijão Segunda Safra, aconteceu no Acre (40%). Já a pro- dutividade cresceu no Sul, 18,7%; Sudeste, 9,8%; Centro Oeste, 20,8%; e caiu no Norte, 16,4% e Nordeste 40,5%. Clima – O clima na região Centro-Sul foi bem mais favorável para o feijão Segunda Safra do que para o feijão Primeira Safra. As chuvas foram normais durante todo o ciclo da cultura e colaboraram para uma boa produção. Na região Nordeste, foi onde ocorreram os principais problemas principalmente no Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Nor- te. Produtividade – A produtividade média do feijão Segunda Safra, ficou em 709 kg/ha. Os maiores ganhos foram: Paraná (20,1%), principalmente pela frustração da safra anterior devido a estiagem ; Mato Grosso do Sul (103,6%) e Rio Grande do Sul (21,5%), pelos mesmos motivos, Goiás (27,6%), Distrito Federal (5,5%) e Santa Catarina (9,2%). Produção - A produção nacional de feijão Segunda Safra, deve ficar em torno de 1056,8 mil toneladas, inferior à safra anterior em 23,0%, ou seja, 314,8mil toneladas a menos. Os maiores aumentos devem acontecer no Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Qualidade do produto colhido – O produto colhido pode ser considerado de boa qualidade, com pequenas exceções como em alguns estados do Nordeste que sofreram problemas climáticos. Mercado – Os preços do produto variam de região para região e de estado para estado e os preços recebidos pelos produtores pela saca de 60 kg do feijão cores, na últi- ma semana de junho foram: Ceará – R$ 93,91; Pernambuco – R$ 132,33; Tocantins – R$ 182,50; Paraná – R$ 94,54; e Mato Grosso – R$ 115,00. 4.6- FEIJÃO 3ª SAFRA Área cultivada - A área cultivada com feijão Terceira Safra foi de 709,9 mil hecta- res, 7,5% menor que a safra passada que alcançou 767,1 mil hectares. A distribuição nos principais estados produtores é a seguinte: Bahia – 295,7 mil hectares; Pernambuco –

4.7 - MILHO 1ª SAFRA

Situação geral –A implantação da lavoura de milho, Primeira Safra, teve início a partir do mês de julho de 2009, na região Centro-Sul e concluída no mês de janeiro de

  1. O cultivo está bastante tecnificado, fazendo com que a produtividade tenha experi- mentado aumentos crescentes nas últimas safras. Na maioria das regiões produtoras, o clima foi favorável, com desenvolvimento vegetativo, floração, granação e colheita trans- correndo normal. Em relação ao milho Segunda Safra (safrinha), o desenvolvimento da la- voura correu dentro da normalidade para a cultura, em quase todos os estados produto- res. As exceções ficaram por conta do Mato Grosso e Goiás que tiveram períodos de es- tio, que embora pontuais, causou pequenos danos à cultura, principalmente naquelas áreas semeadas mais tarde e que se encontravam no período de floração e granação, mas, com o avanço da colheita, os resultados obtidos estão superando as expectativas em relação a produtividade da lavoura. Área cultivada - A área cultivada com milho Primeira Safra 2009/10, foi de 7.7742,7 mil hectares, com redução de (16,5%) em relação à área cultivada na Primeira Safra 2008/09 que foi de 9270,5 mil hectares, 1,4% menor que a previsão divulgada no décimo levantamento, tendo como causa, a queda de área na região Nordeste, devido ao clima seco que não permitiu a semeadura na época adequada. Para o milho Segunda Sa- fra (safrinha) a área estimada é de 5.187,4 hectares, 5,8% maior que a área cultivada na safra 2008/09. Este incremento de área, em relação a safra anterior se deve ao ajuste fei- to na área semeada no Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. A área total cultivada, em todo o país, nas duas safras, deve ficar em 12930,1mil hectares, (8,8%) inferior a área cultivada na safra anterior. I ncrementos/reduções – A redução da área cultivada na Primeira Safra, à nível nacional, ficou em 1.527,8 (16,5%). A diminuição está relacionada com o volume de pro- duto no mercado, preços praticados abaixo do esperado pelos produtores e a escassez de chuvas na região Nordeste, na época da semeadura. Já a produção ficou muito próxi- mo da obtida na safra anterior, devido a recuperação da produtividade do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, que na safra passada tiveram redução devido a es- MILHO 1ª SAFRA Plantio P P P P Colheita C C C C C Plantio P P P P Colheita C C C C C Legenda: P concentração do plantio C concentração da colheita 2 0 0 9 JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN ABR JUL CALENDÁRIO DE PLANTIO E COLHEITA FEV MAI JUN 2 0 1 0 MAR AGO SET OUT NOV

tiagem na região. A redução prevista de área do milho Segunda Safra (safrinha), não se verificou, ao contrário, ocorreu um incremento de aproximadamente 5,8%. A recuperação se deu no Mato Grosso, que aumentou sua área de plantio em 23,9%, Goiás com aumen- to de 22,9% e Distrito Federal, que aumentou sua área de milho Segunda Safra em 56,3%, todos comparados ao mesmo tipo de safra cultivada em 2008/09. A produção bra- sileira de milho (primeira e segunda safras), deve ter aumento de 3.672,9 mil toneladas (6,6%). Sistema de cultivo – O Plantio Direto, é o sistema mais usado no cultivo do Milho, principalmente nas grandes áreas. Entre os pequenos produtores ainda predomina o Sis- tema Convencional, embora seja crescente a adoção do Plantio Direto. Clima – O regime de chuvas está favorecendo a cultura do milho, que é exigente em umidade durante todo o ciclo, principalmente no período de floração e enchimento de grãos. Na região Sul, foi determinante para o desenvolvimento da lavoura que teve produ- ção excelente. Na região Nordeste, a cultura foi bastante prejudicada, afetando a semea- dura, o desenvolvimento vegetativo e a produtividade. No Mato Grosso e Goiás foram os veranicos que prejudicaram o milho Segunda Safra. Produtividade- A produtividade média prevista para a Primeira Safra, ficou em 4.417 kg/hectare, 21,7% maior que à alcançada na safra 2008/09. O aumento se deve a maior produtividade prevista para o Centro-Sul, principalmente no Paraná e Rio Grande do Sul, que tiveram frustração da safra anterior, por conta das condições climáticas adver- sas, principalmente pela má distribuição das chuvas e ocorrência de períodos de estia- gem na fase crítica do desenvolvimento da cultura. A produtividade do milho Segunda Safra (safrinha), deverá ter aumento de 9,9% devido a previsão de alcançar 3.890 kg/ha, dado as boas condições em que as lavouras se desenvolveram e o resultado da colheita até o momento. Produção – A produção esperada para a Primeira Safra de milho, 2009/10 está es- timada em 34.196,8 mil toneladas, (1,6%) maior do que foi colhido na safra 2008/09. Para a Segunda Safra (safrinha), a previsão é de que sejam colhidos 20180 mil toneladas, com um crescimento de 16,3% em relação à safra anterior. A safra nacional de milho deve al- cançar a produção de 54.376,7 mil toneladas, representando um crescimento de 6,6% em relação à safra anterior. Estágio da cultura – As áreas semeadas no Centro-Sul, com milho Primeira Safra, estão colhidas. Nas regiões Norte e Nordeste restam ainda áreas a serem colhidas. Quanto ao milho Segunda Safra (safrinha), a fase é de maturação completa do que falta ser colhido. No Mato Grosso, maior produtor de milho S, a colheita já supera 90%, no Pa- raná 60% e Goiás está próximo de 50% da área semeada.

abril com 27,7% (19,03 milhões de toneladas). Junho foi o mês de encerramento com 0,3%, correspondendo a 226,0 mil toneladas. Com o encerramento da colheita, o produtor está voltado para a comercialização e a compra de insumos para a próxima safra. Diante do comportamento do mercado, a perspectiva para a próxima safra é de incremento da área a ser plantada. As exportações brasileiras estão estimadas em 29,3 milhões de toneladas, 1,7% e 2,4% acima do último levantamento e da temporada 2008/09, respectivamente. Cabe destacar o impulso na comercialização do grão na segunda quinzena de julho/2010, influenciada pela conjugação - reação dos preços na Bolsa de Chicago, com a taxa de câmbio no mercado doméstico. Os preços internacionais vêm sendo sustentados pelo aquecimento da demanda externa, em particular a Chinesa, resultando em uma redução no nível dos estoques finais dos Estados Unidos, acima das expectativas do mercado e, ainda, pelas incertezas quanto ao comportamento do clima nas regiões produtoras desse país. Esse conjunto de fatores vem influenciando, sobremaneira, os preços recebidos pelo produtor. Na última semana de julho em Sorriso-MT atingiu o patamar de R$ 33,03/saca de 60 quilos e em Cascavel-PR R$ 38,18, respectivamente, 10% e 7% superior aos praticados no mês anterior.

4. 9 - TRIGO Situação geral – A semeadura do trigo da safra 2010 foi concluída no mês de julho, em todos os estados produtores. Nos estados do Paraná , Goiás e Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal a colheita já começou. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a cultura é estabelecida mais tarde, a fase predominante é a floração. As lavouras no geral, estão se desenvolvendo satisfatoriamente e a estimativa da safra é de que seja colhido um volume de trigo semelhante ao que ocorreu em 2009, desde que o clima se comporte favorável à cultura recuperando assim a produção no Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal que obtiveram produtividade abaixo da média histórica na safra passada. Plantio P P P Colheita C C C Legenda: P concentração do plantio C concentração da colheita JAN FEV MAR ABR MAI OUT NOV 2 0 1 0 TRIGO CALENDÁRIO DE PLANTIO E COLHEITA JUN JUL AGO SET DEZ

Área cultivada – A previsão é de que sejam cultivadas, em 2010 – Safra 2010/2011, cerca de 2.145,7 mil hectares, 11,6% menor que a área cultivada na safra 2009/2010. Muitos produtores da região sul estão migrando para lavoura de aveia, cevada e canola que apresentam melhores condições mercadológicas. Sistema de cultivo - A lavoura de trigo do Brasil é implantada, em quase sua totalidade, pelo sistema de plantio direto que atinge mais de 90% da área cultivada. Nos estados de Minas Gerais e Goiás as lavouras, na maioria, são irrigadas. Incrementos/reduções – Em praticamente todos os estados produtores de trigo está previsto redução de área. Em todo país a redução deve ficar em 11,6%. Quanto à produção, a perspectiva é de que sejam produzidas 5.347 mil toneladas, superior ao que ocorreu na safra 2009/2010 que foi de 5.026,2 mil toneladas. Para que isto aconteça, o Paraná, Minas Gerais e São Paulo precisam recuperar a produtividade perdida na safra passada. Clima – A cultura do trigo necessita de uma variação de clima diferenciada da maioria das culturas de grão. Na fase inicial do ciclo a exigência é por temperaturas baixas, suportando bem as geadas moderadas, que favorecem o fechamento do ciclo vegetativo. Na fase de floração e granação a preferência é por clima com baixa umidade e temperaturas mais elevadas que diminuem o ataque de doenças e favorecem a qualidade do grão a ser colhido. As previsões climáticas, são de que teremos chuvas abaixo da média nos próximos três meses. Até o momento,o comportamento do clima está adequado as exigências da cultura. Colaborando também, com o controle de pragas e doenças. Produtividade – No Brasil, a produtividade do trigo varia conforme a região, a variedade cultivada, o tipo de cultivo, mas, o fator preponderante é o clima. Na região Sul, a média esperada é de 2100 kg/há no Rio Grande do Sul e de 2700 kg/há no Paraná e Santa Catarina. Na região Centro-Oeste a lavoura na maioria é irrigada e deve ultrapassar 5.000 kg/ha. A média geral esperada é de 2492 kg/há superando em 20,4% a produtividade da safra passada que foi de 2070 kg/há. O incremento se deve a expectativa de recuperação da produtividade no Paraná e São Paulo que enfrentaram problemas climáticos na safra passada. Produção – A estimativa da produção nacional da safra 2010/11 é de 5.347 mil toneladas. Estágio da cultura – A semeadura foi encerrada no mês de julho e podem ser encontradas lavouras desde a fase de afilhamento – Santa Catarina e Rio Grande do Sul - até a fase de colheita – São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. Qualidade do produto colhido – A qualidade do produto está diretamente relacionada com a técnica utilizada no cultivo e a ocorrência de clima favorável para a

5. ESTIMATIVAS DE ÁREA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE

08/09 Percentual Absoluta (a) Jul/ (b) Ago/2010 (c) (c/a) (c-a) ALGODÃO 843,2 846,5 835,7 (0,9) (7,5) AMENDOIM TOTAL 113,8 88,2 84,0 (26,2) (29,8) AMENDOIM 1ª SAFRA 84,0 66,9 64,0 (23,8) (20,0) AMENDOIM 2ª SAFRA 29,8 21,3 20,0 (32,9) (9,8) ARROZ 2.909,0 2.769,4 2.758,9 (5,2) (150,1) AVEIA 111,2 119,1 119,1 7,1 7, CANOLA - 30,9 30,9 - 30, CENTEIO 4,7 4,4 4,4 (6,4) (0,3) CEVADA 79,3 73,7 73,7 (7,1) (5,6) FEIJÃO TOTAL 4.147,8 3.692,0 3.610,3 (13,0) (537,5) FEIJÃO 1ª SAFRA 1.407,0 1.398,9 1.409,6 0,2 2, FEIJÃO 2ª SAFRA 1.973,7 1.558,7 1.490,8 (24,5) (482,9) FEIJÃO 3ª SAFRA 767,1 734,4 709,9 (7,5) (57,2) GIRASSOL 75,0 63,6 70,4 (6,1) (4,6) MAMONA 157,5 158,7 154,1 (2,2) (3,4) MILHO TOTAL 14.171,8 12.940,5 12.930,1 (8,8) (1.241,7) MILHO 1ª SAFRA 9.270,5 7.850,4 7.742,7 (16,5) (1.527,8) MILHO 2ª SAFRA 4.901,3 5.090,1 5.187,4 5,8 286, SOJA 21.743,1 23.358,8 23.468,8 7,9 1.725, SORGO 846,1 694,2 690,9 (18,3) (155,2) TRIGO 2.396,2 2.428,0 2.428,0 1,3 31, TRITICALE 75,7 67,5 67,5 (10,8) (8,2) BRASIL 47.674,4 47.335,5 47.326,8 (0,7) (347,6) FONTE: CONAB - Levantamento: Ago/2010. Quadro 1 BRASIL ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA SAFRAS 2008/2009 E 2009/ (Em 1000 ha) PRODUTO SAFRA VARIAÇÃO 09/

08/09 Percentual Absoluta (a) Jul/ (b) Ago/2010 (c) (c/a) (c-a) ALGODÃO - CAROÇO (1)^ 1.890,6^ 1.971,9^ 1.831,1^ (3,1)^ (59,5) ALGODÃO - PLUMA 1.213,7 1.260,7 1.170,7 (3,5) (43,0) AMENDOIM TOTAL 300,6 238,1 225,6 (25,0) (75,0) AMENDOIM 1ª SAFRA 246,1 202,4 193,1 (21,5) (53,0) AMENDOIM 2ª SAFRA 54,5 35,7 32,5 (40,4) (22,0) ARROZ 12.602,5 11.356,8 11.236,6 (10,8) (1.365,9) AVEIA 232,2 266,3 266,3 14,7 34, CANOLA - 42,1 42,1 - 42, CENTEIO 6,1 6,1 6,1 - - CEVADA 237,0 186,7 186,7 (21,2) (50,3) FEIJÃO TOTAL 3.490,6 3.334,7 3.325,5 (4,7) (165,1) FEIJÃO 1ª SAFRA 1.344,5 1.422,4 1.461,9 8,7 117, FEIJÃO 2ª SAFRA 1.371,6 1.134,5 1.056,8 (23,0) (314,8) FEIJÃO 3ª SAFRA 774,5 777,8 806,8 4,2 32, GIRASSOL 109,4 86,9 95,8 (12,4) (13,6) MAMONA 92,5 109,0 101,9 10,2 9, MILHO TOTAL 51.003,9 53.459,8 54.376,8 6,6 3.372, MILHO 1ª SAFRA 33.654,9 34.051,8 34.196,8 1,6 541, MILHO 2ª SAFRA 17.349,0 19.408,0 20.180,0 16,3 2.831, SOJA 57.165,5 68.707,9 68.471,0 19,8 11.305, SORGO 1.934,9 1.781,2 1.727,6 (10,7) (207,3) TRIGO 5.884,0 5.026,3 5.026,3 (14,6) (857,7) TRITICALE 184,7 172,2 172,2 (6,8) (12,5) BRASIL (2)^ 135.134,5^ 146.746,0^ 147.091,6^ 8,8^ 11.957, FONTE: CONAB - Levantamento: Ago/2010. (1) (^) Produção de caroço de algodão. (2) (^) Exclui a produção de algodão em pluma. Quadro 2 BRASIL ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO DE GRÃOS SAFRAS 2008/2009 E 2009/ (Em 1000 t) PRODUTO SAFRA VARIAÇÃO 09/