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Documento que apresenta informações sobre diferentes medicamentos, suas dosagens e formas farmacêuticas, incluindo injetáveis, cápsulas, supositórios, xaropes e soluções. O documento lista nomes de medicamentos, suas doses e formas de administração, como i.m., i.v., s.c., etc.
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Tipologia: Notas de aula
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A prescrição de um antimicrobiano pode ser um dos mais complexos actos da terapêutica medicamentosa pelas variáveis envolvidas, onde avulta a trilogia: agente, com a sua sensibilidade específica e inata ao fármaco, que se pode modificar por vários processos de resistência adquirida; hospedeiro, com factores fundamentais como: o local da infecção e grau e tipo da resposta imunológica à infecção, sendo também a qualidade das funções hepática e renal decisivas para a farmacocinética do antimicrobiano; e o fármaco, cujas estrutura, cinética e parâmetros de actividade, são determinantes para a escolha correcta da via de administração, doses e intervalo das mesmas.
As infecções no homem podem ser causadas por diversos microrganismos (bactérias, vírus, fungos, parasitas) e podem ser inaparentes, subclínicas ou manifestarem-se sob a forma de doença. A doença infecciosa depende da interacção agente-hospedeiro e pode evoluir espontaneamente para a cura, ou progredir com vários graus de morbilidade e mortalidade.
As doenças infecciosas de expressão clínica grave, são mais da responsabilidade do hospedeiro do que do agente, deverão ser tratadas em meio hospitalar, não só para monitorização, como para eventual administração da terapêutica antibiótica adequada, nomeadamente por via parentérica.
O advento dos primeiros antibióticos, há pouco mais de 50 anos, iniciou um período em que se tornou possível tratar eficazmente muitas doenças infecciosas bacterianas, contribuindo para uma clara melhoria na saúde, pública (controlo de endemias e epidemias) e individual (redução de morbilidade, mortalidade e também das sequelas).
Apesar do aumento do número de antimicrobianos disponíveis, não foi possível a erradicação total das doenças infecciosas, nem é previsível que o seja. Com efeito, a par do conhecimento de novos agentes infectantes e do ressurgimento de velhas doenças infecciosas, de há muito é reconhecida a capacidade de os microrganismos adquirirem resistências a fármacos que anteriormente eram sensíveis, transformando as certezas terapêuticas de ontem e hoje em
incertezas de hoje e amanhã. Esta alteração no ecossistema microbiológico, nomeadamente a nível das bactérias, é sobretudo evidente em meio hospitalar, devido às prescrições intensivas, e muitas vezes imponderadas, de antibióticos. São disso exemplo a utilização sequencial e prolongada de antibióticos diferentes ou a opção desnecessária por esquemas de largo espectro, em associação ou em monoterapia.
A infecção hospitalar é uma preocupação crescente para todos os profissionais e sistemas de saúde. A sua dimensão e gravidade tornam indispensável uma gestão sensata dos diferentes antimicrobianos disponíveis.
É bem conhecido que cada hospital tem a sua flora bacteriana própria, nomeadamente no respeitante ao padrão de sensibilidade aos antibióticos, estando este facto muito ligado à forma e intensidade com que estes são utilizados. Em dois hospitais diferentes, e também em diferentes serviços do mesmo hospital, uma estirpe pode ser resistente a um determinado antibiótico num deles e sensível no outro. Esta circunstância, porém, se por um lado legítima uma maior flexibilidade na escolha medicamentosa, não legítima a inclusão, num formulário hospitalar da totalidade de antimicrobianos de todos os grupos. Salvaguardadas que estejam as opções terapêuticas para a generalidade das infecções diagnosticadas nos hospitais, é suficiente e sensato que nele constem os considerados de referência dentro de cada grupo, que possam ser úteis à diversidade habitual daquelas situações clínicas e cuja eficácia seja reconhecida pela experiência.
Os antibióticos lactâmicos beta possuem mecanismos de acção e efeitos adversos semelhantes, diferindo nas suas propriedades farmacocinéticas e no seu espectro de acção. Têm em comum um anel lactâmico beta e, com base na sua estrutura química, pode estabelecer-se quatro subgrupos: penicilinas, cefalosporinas, monobactamos e carbapenemes.
Penicilinas
Considerando a resistência à acidez gástrica e lactamases beta, bem como o seu espectro de acção, é tradicional dividir as penicilinas em 5 grupos: benzilpenicilina e fenoximetilpenicilina , aminopenicilinas , isoxazolilpenicilinas , carboxipenicilinas e ureidopenicilinas.
Benzilpenicilina e fenoximetilpenicilina
A actividade da benzilpenicilina (penicilina G) sobre as bactérias que lhe são sensíveis é
São três as ureidopenicilinas mais conhecidas: azlocilina , mezlocilina e piperacilina. Têm um espectro de acção relativamente alargado em relação às bactérias Gram-negativo. A piperacilina é aquela de que se tem maior experiência. Quando associada a um aminoglicosídeo tem boa eficácia terapêutica nas infecções provocadas por pseudomonas que tenham este padrão de sensibilidade. Existe no mercado a associação da piperacilina com um inibidor de lactamases beta ( tazobactam ), com resultados clínicos idênticos aos da piperacilina isolada.
Cefalosporinas
São vários os antibióticos lactâmicos beta pertencentes a este grupo, com características farmacoterapêuticas semelhantes. As cefalosporinas de 1a^ geração têm um espectro de acção relativamente próximo do das aminopenicilinas (boa actividade contra as bactérias Gram-positivo, incluindo o estafilococo) e são mais resistentes à hidrólise pelas lactamases beta. Algumas cefalosporinas de 1a^ geração são sensíveis aos ácidos, como a cefalotina e a cefazolina , pelo que não podem ser administradas por via oral. Outras são resistentes, podendo por isso ser administradas por aquela via ( cefalexina , cefradina ).
As cefalosporinas de 2a^ geração, comparadas com as de 1ª, perdem actividade em relação às bactérias Gram-positivo mas aumentam a actividade contra bactérias Gram-negativo. Embora a cefoxitina , o cefotetano e o cefmetazole sejam cefamicinas, com modificações na estrutura da cefalosporina, têm um espectro de acção sobreponível às cefalosporinas de 2a^ geração, acrescido de acção sobre anaeróbios, incluindo o Bacteroides fragilis.
As cefalosporinas de 3a^ geração alargam ainda mais o espectro de acção em relação às bactérias Gram-negativo, uma vez que são mais resistentes à hidrólise por lactamases beta de enterobacteriáceas nomeadamente. As indicações do seu uso são, por isso, praticamente reservadas a meio hospitalar. Apesar de terem um comportamento de grupo há, no entanto, algumas diferenças que justificam a presença de três representantes neste formulário:
Outras cefalosporinas, de aparecimento posterior, consideradas por alguns autores como de 4a
geração, não demonstraram qualquer vantagem em relação às necessidades hospitalares.
Monobactamos
O único antibiótico monobactâmico disponível para uso terapêutico é o aztreonam , que é o primeiro lactâmico beta com uma acção exclusiva contra bactérias Gram-negativo aeróbias. Não provou ter vantagens em relação a outros antibióticos com o mesmo espectro.
Carbapenemes
Os carbapenemes têm um espectro de acção muito alargado, quer sobre a maior parte das bactérias Gram-positivo (excluindo os estafilococos meticilina-resistentes), quer sobre as Gram- negativo (incluindo pseudomonas), aeróbias e anaeróbias. Não têm acção sobre riquetsias, legionelas, clamídias e Ps. maltophilia.
O primeiro carbapeneme disponível para uso clínico foi o imipenem. Encontra-se associado na relação de 1:1 com a cilastatina , que impede a sua inactivação, ao inibir a di-hidropeptidase I (enzima renal).
O meropenem tem, in vitro, actividade semelhante à do imipenem. Difere deste por ser estável à di-hidropeptidase I e atravessar a barreira hematoencefálica.
O ertapenem , dotado de uma maior semivida, tem um espectro de acção um pouco mais estreito que os anteriores, tendo menor actividade que o imipenem sobre a generalidade dos agentes aeróbios Gram-positivo (e, praticamente, ausência de actividade sobre enterococos), não tendo ainda actividade relevante sobre pseudomonas.
Dentro das reacções adversas deste grupo de antibióticos, é de referir as relacionadas com o Sistema Nervoso Central (SNC), nomeadamente convulsões, sendo maior o risco em doentes com patologia a esse nível, anterior ou concomitante (traumatismo craniano, neurocirurgia, ou história prévia de convulsões). A referência acumulada destes episódios é superior em relação ao imipenem (embora inferiores a 1%), o que pode ser devido ao seu maior tempo de utilização.
Cloranfenicol e tetraciclinas
O cloranfenicol tem características farmacocinéticas que lhe permitem atingir concentrações elevadas em determinados focos de infecção pelo que, apesar do receio da sua toxicidade hematológica, continua a estar entre os de primeira escolha no tratamento de abcessos cerebrais por anaeróbios, febre tifóide ou sempre que uma febre escaro-nodular necessite de
é fundamentalmente ototóxica. Assim, a sua utilização deve revestir-se dos cuidados inerentes, sobretudo uma boa hidratação do doente, devendo recorrer-se à monitorização das concentrações séricas nos doentes de maior risco, a fim de garantir doses úteis em circulação; é o caso dos portadores de insuficiência renal avançada onde as doses parciais e seus intervalos se calculam em função do débito do filtrado glomerular.
Macrólidos
Os macrólidos disponíveis, apesar de algumas diferenças de pequena relevância clínica, nomeadamente em meio hospitalar, são um grupo de antibióticos bastante homogéneo, no que diz respeito ao seu espectro de acção e indução de resistências, que é sempre cruzada.
Têm como referência a eritromicina , o primeiro macrólido a ser introduzido para uso clínico, que tem sido largamente utilizada, como alternativa à benzilpenicilina no tratamento de infecções estreptocócicas e diftéricas.
São ainda alternativa às tetraciclinas no tratamento de infecções por agentes atípicos, como Mycoplasma e Chlamydia. São de 1a^ linha contra Legionella , nomeadamente L. pneumophila. O seu espectro de acção abrange ainda outros agentes com interesse clínico, tais como Haemophilus influenzae , H. ducreyi , Campylobacter e Moraxella catarrhalis , entre outros.
A claritromicina , derivado semi-sintético, tem maior semivida que a eritromicina. É activa sobre micobactérias atípicas, nomeadamente M. avium.
A azitromicina , outro derivado semi-sintético, tem ainda uma maior semivida, permitindo uma única administração diária. Tem alguma maior eficácia do que os anteriores em relação a H. influenzae mas menor que a eritromicina em relação a cocos Gram-positivo, nomeadamente estafilococos e estreptococos.
Globalmente, tem-se verificado, em relação aos macrólidos, um aumento crescente de resistências por parte dos agentes etiológicos mais comuns das pneumonias primárias (pneumococo e H. influenzae ), pelo que a sua introdução em protocolos de terapêutica empírica nestas situações deve ser bem ponderado.
Como reacções adversas mais comuns, nomeadamente em relação à eritromicina , os macrólidos, por via oral, podem originar sintomas de intolerância gastrointestinal.
Deve ainda referir-se que estes fármacos, nomeadamente os primeiros ( eritromicina e tetraciclina ), podem ocasionar interacções clinicamente relevantes, com teofilina , digoxina ,
varfarina e carbamazepina , entre outros.
Sulfonamidas e suas associações
A sulfadiazina , dada a penetração no espaço subaracnoideu, pode ser usada em esquemas de tratamento da meningite meningocócica. O sulfametoxazol + trimetoptim (cotrimoxazol) é a primeira escolha nas pneumonias por Pneumocystis carinii. É activo em diversas infecções urinárias e nas prostatites bacterianas pela sua especial penetração no tecido prostático.
O trimetropim isolado é utilizado no controlo de infecções urinárias recorrentes, nomeadamente em casos pediátricos aguardando cirurgia correctiva.
Quinolonas
O ácido nalidíxico , hoje pouco utilizado, é o protótipo deste grupo de antibióticos.
As fluoroquinolonas sintéticas possuem formulações orais com boa biodisponibilidade e semividas longas. O seu espectro de acção é sobretudo dirigido a microrganismos Gram- negativo, incluindo pseudomonas; abrange ainda o estafilococo. A ciprofloxacina é considerada a de maior actividade antimicrobiana intrínseca.
A norfloxacina está exclusivamente indicada nas infecções urinárias baixas, por atingir na urina a sua concentração máxima, sendo praticamente desprovida de acção sistémica.
As novas quinolonas recentemente introduzidas não apresentam mais valias terapêuticas para o meio hospitalar.
A rápida emergência de resistências em relação a este grupo, nomeadamente de pseudomonas e estafilococo, tende a reduzir-lhe as suas potencialidades iniciais. Não se recomenda a sua utilização em crianças, grávidas e mães em período de aleitamento.
Outros antibacterianos
Outros agentes quimioterapêuticos, dispersos por vários grupos, continuam a ter uma grande importância na prática clínica.
A nitrofurantoína mantém uma excelente eficácia em relação à maior parte dos agentes causadores das infecções urinárias baixas, permitindo o seu tratamento sem perturbação da flora bacteriana endógena.
multirresistentes (simultaneamente resistentes à isoniazida e à rifampicina ), bem como a possibilidade de micobacterioses atípicas, em situações de grave imunodeficiência, leva à necessidade de recorrer a antibacilares de segunda linha (o ácido p-aminossalicílico , a cicloserina , a etionamida , a capreomicina e a canamicina ), ou a fármacos tradicionalmente não utilizados no tratamento da tuberculose ( rifabutina , quinolonas e macrólidos).
Antilepróticos
A lepra não é uma doença muito comum em Portugal. Além disso, a descoberta de agentes quimioterapêuticos eficazes contra o M. leprae permite que a grande maioria dos leprosos seja tratada fora dos hospitais.
A OMS recomenda o uso de associações, em todos os casos de lepra, com os seguintes objectivos: tratar a doença, prevenir a resistência bacteriana e interromper a transmissão do M. leprae através da sua rápida eliminação. Os fármacos disponíveis são: a clofazimina , a dapsona , a rifampicina e, em situações especiais, a talidomida.
São fármacos pouco selectivos e com elevada toxicidade dadas as semelhanças entre as células fúngicas e as humanas (por serem ambas eucarióticas).
A anfotericina B é o antifúngico de referência nas micoses sistémicas, dada a sua elevada eficácia, associada a um espectro de acção que abrange os mais relevantes agentes implicados nestas infecções, nomeadamente candida, cryptococcus e aspergillus. Só existe disponível para administração parentérica intravenosa. Tem uma importante toxicidade renal, podendo ainda originar hipocaliémia, cefaleias, náuseas, vómitos, febre, mialgias e cólicas abdominais. É assim importante que a sua administração se processe de acordo com as estritas recomendações do seu uso (dose, hidratação do doente, tempo de perfusão) com monitorização renal, hematológica e hidroelectrolítica.
Foram introduzidas algumas formulações lipídicas a que se atribui menor toxicidade e igual eficácia. No entanto, não está bem demonstrada qual a equivalência, peso a peso, da eficácia antifúngica, estando sempre recomendadas doses 3 a 5 vezes superiores às da anfotericina "desoxicolada" (anfotericina "clássica"). Assim, uma vez que os cuidados a ter na sua utilização são fundamentalmente os mesmos, e dado o elevado custo, não se justifica a generalização do seu uso.
A flucitosina foi utilizada por via parentérica e oral no tratamento das micoses sistémicas por candida ou criptococo, muitas vezes em associação com a anfotericina B. A sua elevada toxicidade sobre a medula óssea, bem como o crescente aparecimento de resistências têm progressivamente reduzido a sua utilização.
O cetoconazol é utilizado por via oral ou tópica no tratamento de micoses devidas a uma grande variedade de espécies, entre as quais os dermatófitos e as cândidas. A sua absorção oral é, no entanto, irregular e são conhecidos casos de toxicidade hepática.
Os derivados triazólicos, de que são exemplo o fluconazol e o itraconazol (mais recentemente, o voriconazol ), são um grupo importante na terapêutica das infecções fúngicas sistémicas, nomeadamente por candida (o itraconazol e o voriconazol têm também acção sobre Aspergillus ). O fluconazol tem uma boa penetração tecidular, incluindo no sistema nervoso central.
Estão actualmente disponíveis novos antifúngicos de acção sistémica, de classes diferentes. Não se justifica, no entanto, a sua introdução neste Formulário, uma vez que ele já contém fármacos para as mesmas indicações e com experiência consolidada.
A grande maioria das infecções por vírus é autolimitada e resolve-se espontaneamente nos indivíduos imunocompetentes. Há no entanto, infecções víricas muito graves, com alta mortalidade ou que podem tornar-se crónicas, com implicações na morbilidade e na mortalidade.
A disponibilidade de fármacos antivíricos específicos é reduzida. Um dos poucos exemplos é o aciclovir , eficaz na infecção por Herpes simplex , terapêutica que conseguiu inverter a grave evolução da encefalite herpética. O seu mecanismo de acção em relação ao Herpes simplex é muito específico não se estendendo aos outros vírus do mesmo grupo. Apenas o Varicella-zoster tem alguma sensibilidade ao fármaco que pode ser útil nos casos de localização com previsíveis sequelas muito graves ou em casos de doentes com grau extremo de imunodeficiência. A sua utilização não deve, pois, generalizar-se às situações mais correntes, benignas ou autolimitadas, tanto mais que já existem casos de resistência no Herpes simplex.
Ainda do grupo Herpes, as infecções ou reactivações por citomegalovirus, em casos de imunodeficiência, respondem, em graus variáveis, ao ganciclovir e ao foscarneto.
Foram introduzidos dois pró-fármacos ( valaciclovir e valganciclovir ) que apresentam maior
grau de risco. Na opção de quimioprofilaxia, esta pode fazer-se com um fármaco (geralmente AZT) no caso de risco moderado, associar um segundo NITR (frequentemente 3TC) ou, mesmo, um terceiro anti-retrovírico (IP), se o risco for grande. O AZT, também disponível para administração parentérica, é o anti-retrovírico utilizado na prevenção da transmissão vertical, dadas a sua eficácia comprovada e segurança em relação à mãe e ao filho.
Anti-helmínticos
Há no mundo milhões de pessoas infestadas com parasitas helmínticos, muitas delas por mais de um agente.
Nas infestações por Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis , os fármacos de escolha são o albendazol e o mebendazol. Nas infestações por Enterobius vermicularis continua também a ser útil o pirantel. Nas infestações por Taenia saginata, Taenia solium, Diphyllobothrium latum ou Hymenolepis nana , o fármaco preferido é o praziquantel.
No quisto hidático, hidatidose ( Echinococcus granulosu ) em que o Homem não é o hospedeiro definitivo, o albendazol é eficazmente utilizado como complemento da cirurgia.
Na cisticercose, nomeadamente na neurocisticercose activa, o albendazol ou o praziquantel podem ser utilizados. Esta terapêutica deve revestir-se das adequadas precauções (dado o risco cerebral, por inflamação relacionada com a destruição do quisto) pelo que se recomenda geralmente o uso prévio de dexametasona.
Nas esquistosomíases o praziquantel é o fármaco de primeira escolha.
Antimaláricos
O paludismo é a doença infecciosa com maior mortalidade a nível mundial, sendo o seu principal responsável o Plasmodium falciparum.
A cloroquina é utilizada no tratamento das infecções causadas por P. vivax, P. malariae, P. ovale ou estirpes sensíveis de P. falciparum.
As alternativas terapêuticas por via oral, no caso de resistência à cloroquina , são a mefloquina e a halofantrina.
No caso de infecções por P. vivax ou P. ovale , à terapêutica com cloroquina deve seguir-se a administração de primaquina para a prevenção das recidivas.
Apenas a cloroquina e a quinina podem ser administradas por via parentérica. A eficácia da terapêutica com quinina pode ser reforçada pela associação com a doxiciclina.
Um novo grupo de antimaláricos, muito promissor, é o dos derivados da artemisinina, em especial associados como no já aprovado arteméter e lumefantrina ; a sua área de aplicação é o das infecções agudas por Plasmodium falciparum , onde, pelo seu mecanismo de acção, dificulta o aparecimento de formas resistentes.
Alguns destes fármacos são utilizados em quimioprofilaxia, com esquemas diferentes conforme os padrões de resistência nas várias regiões do globo.
Outros antiparasitários
A pentamidina , conhecida há muito tempo no tratamento da doença do sono e das leishmanioses, é actualmente muito utilizada no tratamento das infecções por Pneumocystis carinii , principalmente em regimes profilácticos. No caso de intolerância à associação de sulfametoxazol + trimetoprim , além da pentamidina já referida, também se pode utilizar a atovaquona.
Os antimoniais pentavalentes, representados no Formulário pelo antimoniato de meglumina , têm indicação no tratamento das leishmanioses, mantendo uma excelente actividade nas infecções verificadas na área mediterrânica, ao contrário de outras regiões, como a Índia, onde ocorrem resistências. Nas situações em que não possam ser utilizados, a alternativa é a anfotericina B.
A pirimetamina , usada durante muito tempo na profilaxia da malária, é actualmente terapêutica de primeira linha associada à sulfadiazina , na toxoplasmose cerebral dos doentes com SIDA.
Comprimido: 500 mg e 1 g (sob a forma tri-hidratada) Pó para suspensão oral: 100 mg/ml após reconstituição (sob a forma tri-hidratada) - 5 ml <> 500 mg 50 mg/ml após reconstituição (sob a forma tri-hidratada) - 5 ml <> 250 mg
Ampicilina: Pó e solvente para solução injectável: 500 mg e 1 g (sob a forma de sal sódico) – I.M. – I.V. Contém: 3 mmol de Na+
Flucloxacilina: Cápsula: 500 mg (sob a forma de sal sódico) Pó e solvente para solução injectável: 500 mg (sob a forma de sal sódico) – I.M. – I.V. Contém: 1,1 mmol de Na+ Pó para suspensão oral: 50 mg/ml após reconstituição (sob a forma de sal sódico) - 5 ml <> 250 mg
Piperacilina: Pó e solvente para solução injectável: 2 g (sob a forma de sal sódico) – I.M. – I.V. Contém: 3,7 mmol de Na+ Pó e solvente para solução para perfusão: 4 g (sob a forma de sal sódico) – I.V. Contém: 7,4 mmol de Na+
Cefazolina: Pó e solvente para solução injectável: 1 g (sob a forma de sal sódico) – I.M. Nota: O solvente contém lidocaína. 1 g (sob a forma de sal sódico) – I.V. (ou perfusão) Contém: 2,1 mmol de Na+
Cefradina: Cápsula: 500 mg Pó para solução injectável: 1 g – I.M. – I.V. Pó para suspensão oral: 100 mg/ml após reconstituição (sob a forma mono-hidratada) - 5 ml <> 500 mg 50 mg/ml após reconstituição (sob a forma mono-hidratada) - 5 ml <> 250 mg
Cefoxitina: Pó e solvente para solução injectável: 1 g (sob a forma de sal sódico) – I.M. Nota: O solvente contém lidocaína. 1 g (sob a forma de sal sódico) – I.V. Contém: 2,3 mmol de Na+
Cefuroxima: Comprimido: 250 mg e 500 mg (sob a forma de axetil) Granulado para suspensão oral: 25 mg/ml após reconstituição (sob a forma de axetil) - 5 ml <> 125 mg 50 mg/ml após reconstituição (sob a forma de axetil) - 5 ml <> 250 mg Pó para solução injectável:
Pó e solvente para solução para perfusão: 500 mg (de imipenem, sob a forma mono-hidratada); 500 mg (de cilastatina, sob a forma de sal sódico) – I.V. Contém: 1,6 mmol de Na+ Pó e veículo para suspensão injectável: 500 mg (de imipenem, sob a forma mono-hidratada); 500 mg (de cilastatina, sob a forma de sal sódico) – I.M. Contém: 1,4 mmol de Na+
Amoxicilina + Ácido clavulânico: Cápsula: 500 mg (de amoxicilina, sob a forma tri-hidratada); 125 mg (de ácido clavulânico, sob a forma de sal potássico) Comprimido revestido: 500 mg (de amoxicilina, sob a forma tri-hidratada); 125 mg (de ácido clavulânico, sob a forma de sal potássico) Pó e solvente para solução injectável: 1 g (de amoxicilina, sob a forma de sal sódico); 200 mg (de ácido clavulânico, sob a forma de sal potássico) – I.V. Contém: 2,8 mmol de Na+^ e 1 mmol de K + 500 mg (de amoxicilina, sob a forma de sal sódico); 50 mg (de ácido clavulânico, sob a forma de sal potássico) – I.V. Contém: 1,4 mmol de Na+^ e 0,25 mmol de K+ Pó para solução para perfusão: 2 g (de amoxicilina, sob a forma de sal sódico); 200 mg (de ácido clavulânico, sob a forma de sal potássico) – I.V. Contém: 5,6 mmol de Na+^ e 1 mmol de K + Pó para suspensão oral: 25 mg/ml (de amoxicilina, sob a forma tri-hidratada); 6,25 mg/ml (de ácido clavulânico, sob a forma de sal potássico), após reconstituição - 5 ml <> 125 mg de amoxicilina e 31,25 mg de ácido clavulânico 50 mg/ml (de amoxicilina, sob a forma tri-hidratada); 12,5 mg/ml (ácido clavulânico, sob a forma de sal potássico), após reconstituição - 5 ml <> 250 mg de amoxicilina e 62,5 mg de ácido clavulânico
Cloranfenicol: Cápsula: 250 mg e 500 mg Comprimido revestido: 250 mg Pó para solução injectável: 1 g (sob a forma de succinato de sódio) – I.V. Contém: 3,1 mmol de Na+ Suspensão oral: 24 mg/ml (sob a forma de palmitato) - 5 ml <> 120 mg
Doxiciclina: Cápsula: 100 mg (sob a forma de hiclato ou de complexo de sódio e polifosfato)
Tetraciclina: Cápsula: 500 mg (sob a forma de cloridrato)
Amicacina: Solução injectável: 250 mg/ml (sob a forma de sulfato); amp. 2 ml – I.M. – I.V. 50 mg/ml (sob a forma de sulfato); amp. 2 ml – I.M. – I.V.
Canamicina: Pó para solução injectável: 1 g – I.M. – I.V.
Estreptomicina: Pó e solvente para solução injectável: 1 g (sob a forma de sulfato) – I.M.