Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

1- INTRODUÇÃO O Dobrado é o gênero musical preferido e ..., Esquemas de Música

as características peculiares de seus dobrados, mas também resgatar sua importância no meio musical, principalmente entre os próprios músicos de banda.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

A_Santos
A_Santos 🇧🇷

4.4

(111)

214 documentos

1 / 28

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
1
1- INTRODUÇÃO
O Dobrado é o gênero musical preferido e mais identificado com a Banda de Música. A
banda de música, como a conhecemos hoje, surgiu no Século XIX no Brasil e, desde
então, tem tido importante papel em Minas Gerais, não apenas do ponto de vista
musical, mas também de inserção social de seus participantes e de preservação da
memória cultural do povo, especialmente no interior do estado. Além de promover
entretenimento à população de cidades, vilas e vilarejos, as Bandas funcionam como
verdadeiros Conservatórios, sendo responsáveis pela formação da maioria dos
músicos das bandas militares e naipes de sopro de orquestras sinfônicas (ANDRADE,
1988, p.56).
Entre os compositores mineiros de música para banda, destaca-se João Cavalcante
(1902-1985), em cujos dobrados, a tuba não se limita a fazer uma simples marcação
nos tempos fortes do compasso. Ao contrário, realiza solos, desempenhando assim
uma função diferente do que se costuma ver e ouvir em dobrados.
Meu primeiro contato com a obra de João Cavalcante se deu durante o curso de
música na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. O dobrado
Pretensioso constava do repertório da Banda Sinfônica da EMUFMG e a sofisticada
parte da tuba me chamou a atenção, pois desde o início de meus estudos na banda de
música da cidade de Paula Cândido-MG, não tinha ouvido um dobrado com aquela
característica. Posteriormente, tomei contato com o dobrado Seresteiro na Banda do
SESI-MG, onde o compositor também explora o potencial solístico da tuba.
Nos livros que tratam de bandas de música, pude constatar que como outros
compositores mineiros, João Cavalcante tem sido negligenciado pelos musicólogos.
Nenhum dado foi encontrado sobre o compositor em livros referenciais como a
Enciclopédia da música brasileira: erudita, popular e folclórica (MARCONDES ed.,
1998), A História da música no Brasil (MARIZ, 2000) ou o Catálogo de manuscritos
musicais presentes no acervo do maestro Vespasiano Gregório dos Santos (MIRANDA,
1994).
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c

Pré-visualização parcial do texto

Baixe 1- INTRODUÇÃO O Dobrado é o gênero musical preferido e ... e outras Esquemas em PDF para Música, somente na Docsity!

1- INTRODUÇÃO

O Dobrado é o gênero musical preferido e mais identificado com a Banda de Música. A banda de música, como a conhecemos hoje, surgiu no Século XIX no Brasil e, desde então, tem tido importante papel em Minas Gerais, não apenas do ponto de vista musical, mas também de inserção social de seus participantes e de preservação da memória cultural do povo, especialmente no interior do estado. Além de promover entretenimento à população de cidades, vilas e vilarejos, as Bandas funcionam como verdadeiros Conservatórios, sendo responsáveis pela formação da maioria dos músicos das bandas militares e naipes de sopro de orquestras sinfônicas (ANDRADE, 1988, p.56).

Entre os compositores mineiros de música para banda, destaca-se João Cavalcante (1902-1985), em cujos dobrados, a tuba não se limita a fazer uma simples marcação nos tempos fortes do compasso. Ao contrário, realiza solos, desempenhando assim uma função diferente do que se costuma ver e ouvir em dobrados.

Meu primeiro contato com a obra de João Cavalcante se deu durante o curso de música na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. O dobrado Pretensioso constava do repertório da Banda Sinfônica da EMUFMG e a sofisticada parte da tuba me chamou a atenção, pois desde o início de meus estudos na banda de música da cidade de Paula Cândido-MG, não tinha ouvido um dobrado com aquela característica. Posteriormente, tomei contato com o dobrado Seresteiro na Banda do SESI-MG, onde o compositor também explora o potencial solístico da tuba.

Nos livros que tratam de bandas de música, pude constatar que como outros compositores mineiros, João Cavalcante tem sido negligenciado pelos musicólogos. Nenhum dado foi encontrado sobre o compositor em livros referenciais como a Enciclopédia da música brasileira: erudita, popular e folclórica (MARCONDES ed., 1998), A História da música no Brasil (MARIZ, 2000) ou o Catálogo de manuscritos musicais presentes no acervo do maestro Vespasiano Gregório dos Santos (MIRANDA, 1994).

O Estado de Minas Gerais é conhecido por ter o maior número de bandas no Brasil, mas, contraditoriamente, os compositores de seu principal repertório permanecem ignorados. O estudo da obra de João Cavalcante busca, por isso, não apenas revelar as características peculiares de seus dobrados, mas também resgatar sua importância no meio musical, principalmente entre os próprios músicos de banda.

Os procedimentos metodológicos nesse estudo incluem: 1- Revisão bibliográfica sobre bandas de música; 2- Levantamento de partituras em arquivos de bandas; 3- Entrevistas com a filha do compositor e com músicos que tiveram sua formação musical inicial em bandas de música e que conheceram ou trabalharam com o maestro e compositor João Cavalcante; 4-Levantamento e catalogação de seus dobrados; 5- Seleção de dobrados tradicionais e de João Cavalcante e realização de uma análise comparativa entre as partes de tuba; 6- Discutir a utilização diferenciada da tuba nos dobrados Seresteiro , Saudades e Pretensioso.

Através de uma análise formal, fraseológica, motívica e das partes de tuba de dobrados tradicionais e de João Cavalcante, pretende-se mostrar a diferente utilização da tuba nos dobrados Seresteiro , Saudades e Pretensioso.

Ex.1 – Foto histórica da Sociedade Musical União Social de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto (Arquivo da Sociedade Musical União Social de Cachoeira do Campo).

Bandas centenárias, como a União XV de Novembro de Mariana, a Sociedade Musical Carlos Gomes de Belo Horizonte, a Sociedade Musical União Social e a Banda de Música Euterpe Cachoeirense de Cachoeira do Campo (Distrito de Ouro Preto), estão entre as mais importantes instituições musicais que colaboram na difusão da cultura musical, na formação de novos músicos e na preservação da história mineira como um todo.

Ex 2. – Foto histórica da Banda de Música Euterpe Cachoeirense de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto (Arquivo da Sociedade Musical União Social de Cachoeira do Campo).

Uma banda de música compõe-se prioritariamente de instrumentos de metais, de palhetas e de percussão em sua formação mais tradicional. No repertório tradicional de bandas, seja de composições originais ou de arranjos, os instrumentos tendem a

exercer uma mesma função e de maneira bastante estratificada. Desse modo, instrumentos como a flauta, a clarineta, o sax alto e os trompetes geralmente fazem as melodias. Os trompetes também são reservados para momentos de maior brilho como nos fortes ou nos tutti. O trombone pode tanto reforçar a melodia quanto fazer contracantos junto com o sax tenor, o que pode também ser realizado pelo bombardino. Já a tuba limita-se à marcação dos tempos, especialmente os tempos fortes, e seu caráter percussivo ocasionalmente incorpora simples passagens escalares ou arpejadas que acontecem, na maioria das vezes, entre os graus da tônica e da dominante. O naipe de percussão, ou bateria como é chamado nas bandas de retreta, compõe-se de bombo, surdo, caixa e pratos, sendo que cada um destes desempenha as funções específicas de marcação, repique e brilho nos clímax, respectivamente. O conjunto da bateria, no repertório de banda brasileiro, quase nunca tem suas partes cavadas. Geralmente, os compositores anotam somente “bateria” nas grades e os músicos tocam de ouvido.

1.2- O dobrado

A banda de música conta com um repertório muito eclético: valsas, polcas, choros, tangos, maxixes, sambas e marchas entre outros gêneros. No entanto, o gênero preferido e mais profundamente identificado com o som das bandas é, sem dúvida, o dobrado. Nos arquivos das bandas, os dobrados predominam, o que, segundo Regis Duprat, citado por GRANJA, (1984, p.119), justifica-se por ser o dobrado um gênero criado especificamente para ser tocado por esse grupo instrumental.

A origem do dobrado remonta às músicas militares européias: pasodoble ou marcha redobrada para os espanhóis; pas-redoublé para os franceses ou passo doppio para os italianos (GRANJA, 1984, p. 119). Pasodoble é uma referência ao passo acelerado da infantaria. O dobrado geralmente aparece em andamento rápido e em compasso binário 2 / 4 ou, menos freqüentemente, 6 / 8.

Em relação à forma, o dobrado geralmente é dividido em três seções principais, ( A, B, e C , esta última também chamada de Trio ), precedidas por uma Introdução curta e em dinâmica forte , geralmente com a extensão de oito compassos.Cada uma das seções principais do dobrado é sempre tocada com repetição antes de se passar à seção

Ex. 4 –- O compositor e maestro João Cavalcante

No Rio de Janeiro, foi aluno de Heitor Villa-Lobos em curso de canto coral, formação que lhe permitiu formar vários corais em São João del Rei e Belo Horizonte. Em Belo Horizonte, fundou a Orquestra Sinfônica Mineira com a qual, durante 15 anos consecutivos, realizou a Temporada Oficial de Operetas. Compositor eclético escreveu para diversas formações, como orquestra sinfônica, coro, música de câmara, piano, música religiosa e banda de música. João Cavalcante faleceu no dia 14 agosto de 1985, aos 83 anos de idade.

Toda a sua produção musical, exceto pela peça Salve para piano e canto , publicada pelas Casas Carlos Gomes em 1929, ainda encontra-se na forma manuscrita. Também não há ainda uma catalogação de suas obras e, neste estudo é apresentada uma catalogação de seus dobrados apenas. Seu acervo encontra-se dividido entre os acervos de sua filha, a violista Ivone Cavalcante e o acervo da Sociedade de Concertos Sinfônicos na cidade de São João del Rei. Cópias de seus dobrados e de várias outras obras também constam do acervo da Biblioteca da Escola de Música da UFRJ (Centro de Letras e Artes).

1.4- Os dobrados de João Cavalcante

João Cavalcante compôs 23 dobrados, produção que se concentrou entre os anos de 1926 e 1940. Seus dobrados têm uma construção musical bem elaborada onde as

possibilidades técnico-musicais dos instrumentos são bem exploradas, recorrendo com freqüência à escrita contrapontística. A tuba, instrumento sempre colocado em segundo plano, para fazer meramente a marcação de tônicas e dominantes dos acordes, tem nos dobrados de João Cavalcante um papel de destaque. Isso se verifica claramente em seus dobrados Seresteiro (data de composição inexistente), Pretensioso (1937) e Saudades (1940), onde a tuba participa como um dos principais solistas.

No que se refere à instrumentação, a escrita de João Cavalcante tornou-se gradualmente mais arrojada. Em seus primeiros dobrados, sua escrita é bem tradicional quanto aos instrumentos empregados: trompetes, clarinetas e saxofones, que são comuns em todas as bandas. Sua curiosidade e atenção a timbres pouco comuns, entretanto, o levou a utilizar instrumentos como bugles (ou flugelhorn) e cornetins, que são da família do trompete. Além destes utilizou o clarone (clarineta baixo) e o sax-barítono, que não são comuns em pequenas bandas.

Já os dobrados de João Cavalcante, têm a estrutura um pouco diferente entre eles:

Dobrado Saudades : Introdução e Seção A → Dó menor Seção B → Mi bemol maior (relativo maior) Trio → Dó maior

Dobrado Pretensioso: Introdução e Seção A → Dó menor Seção B → Mi bemol maior (relativo maior) Trio → Lá bemol maior

Observa-se que o esquema harmônico do dobrado Pretensioso difere do dobrado Saudades no Trio. João Cavalcante fecha Saudades com o homônimo maior do tom (Dó maior) e Pretensioso com a submediante (Lá bemol maior) numa modulação em que o relativo maior (Mi bemol maior) é utilizado como dominante.

No dobrado Seresteiro é que notamos uma diferença maior em relação à estrutura harmônica. Primeiro, apesar da Introdução ser em Ré menor, esta não se inicia no acorde da tônica (que só aparece no c.9), mas no acorde de sétimo grau menor (sub- tônica). Segundo, ao contrário das típicas introduções de dobrados, a Introdução de Seresteiro prossegue em meio a uma seqüência harmônica pouco comum (veja Ex. 9 abaixo) modulando para Sol menor e só retornando ao acorde de tônica no c.20.

Introdução → Ré menor Seções A e B → Ré menor Trio → Si bemol maior (sexto grau abaixado)

Segundo, porque as Seções A e B têm a mesma tonalidade.

Uma das características marcantes dos dobrados tradicionais é o caráter afirmativo de suas introduções, sempre em dinâmica forte, sendo um dos poucos momentos em que a tuba ganha a oportunidade de realizar trechos mais melódicos, embora não como solista (Ex.6 e Ex.7). Esta tradição é observada por João Cavalcante (Ex.8, Ex.9. Ex.10), embora busque uma maior democratização entre os instrumentos, o que resulta em um contraponto em que a tuba, às vezes receba uma parte menos movimentada, reservando seu destaque para as seções internas do dobrado.

Ex.6 - Parte de tuba (c. 1-22), na introdução do dobrado Batista de Melo.

Ex. 7 – Parte de tuba (c.1-14) na introdução do dobrado 220 de Antônio Manuel do Espírito Santo

Ex.8 - Parte da tuba (c.1-21) na introdução do dobrado Pretensioso de João Cavalcante.

Na Seção A dos dobrados 220 e Batista de Melo , a tuba faz a marcação dos tempos, especialmente os tempos fortes, realizando desenhos que gravitam entre a tônica e a dominante, bastante típicos. Em 220 (Ex. 11), a tuba progride da tônica até a dominante ascendentemente por graus conjuntos e retorna em arpejo que lembra o baixo de Alberti. Já em Batista de Melo (Ex.12), são utilizados somente notas da tríade, que partem da dominante para a tônica em movimentos descendentes e ascendentes.

Ex.11- Parte de tuba (c.15-46) da Seção A do dobrado 220.

Ex. 12 – Parte da tuba (c.23-54) na Seção A do dobrado Batista de Melo

Na Seção A de Pretensioso João Cavalcante utiliza dois temas, um feito pelas palhetas e trompetes e outro feito pela tuba conforme se observa no Ex.13.

Ex: 13 – Contraponto entre tuba e clarinetas na Seção A (c.21-38) do dobrado Pretensioso de João Cavalcante.

O dobrado teve influências de gêneros populares que também surgiram no final do século XIX, como o choro, por exemplo, que também faz parte do repertório das bandas. A forma tradicional do dobrado é a mesma do choro. Em seu artigo Análise e considerações sobre a execução dos choros para piano solo Canhoto e Manhosamente de Radamés Gnattali, SANTOS (2001, p.6) cita características do choro sistematizados por ALMEIDA (1999, p.105-131), como baixo condutor harmônico, baixo melódico, cromatismos e anacruses. No item “Baixos”, são descritos conceitos que se encaixam perfeitamente nas partes de tuba dos dobrados de João Cavalcante, como o Baixo Condutor Harmônico que é responsável pela condução das harmonias invertidas, acumulando em si as funções de realização da linha do baixo, da harmonia e do ritmo, como pode ser observado, por exemplo, na Seção A de Saudades (Ex.14).

Ex. 16 – Parte de tuba na Seção B do dobrado Batista de Melo. (c. 57-88)

Em 220 (Ex.17), a ligaduras entre os compassos tem a função única de enfatizar a condução harmônica entre a marcação obsessiva do V grau (Mi b) nas semínimas do segundo tempo e a tônica (Lá b) ou super-tônica (Si b) nas colcheias do primeiro tempo do compasso seguinte.

Ex. 17 – Parte de tuba na Seção B (c.60-95) do dobrado 220.

Na Seção B dos dobrados Pretensioso e Saudades , aparece a técnica do contraponto imitativo como um novo elemento musical e, ao mesmo tempo, confirmando uma característica também utilizada no choro e que ALMEIDA (1999, p.105-131) chama de Baixo Melódico. Primeiro em Saudades (Ex.18), a tuba é imitada em toda a seção pelos cornetins e bugles , tendo o compositor o cuidado de explicitar os acentos que deixam claro sua intenção.

Ex. 18 – Partes de cornetins, bugles e tuba na Seção B (c.43-59) do dobrado Saudades de João Cavalcante.

Em Pretensioso (Ex.19), João Cavalcante contrapõe a tuba em fortissimo a um tutti de clarinetas, cornetins e bugles , criando um diálogo em que o “solista” é respondido pelas forças de acompanhamento, invertendo a lógica natural dos instrumentos e funções tradicionalmente melódicos e harmônicos no dobrado.

Ex. 19 – Partes de clarineta, cornetins e bugles e tuba na Seção B (c.57-72) do dobrado Pretensioso.

geralmente se mantém um único fraseado para a seção. No primeiro trecho (c.72-103), a tuba faz um desenho em staccato e piano, que lembra as baixarias 1 do violão de sete cordas no choro, dialogando com a melodia principal feita pelas clarinetas (Ex.22).

Ex. 22 – Parte de tuba e clarineta no Trio (c.71-103) do dobrado Saudades de João Cavalcante.

No segundo trecho do Trio de Saudades (c.103-135), mostrado no Ex.23, a tuba muda o tipo de fraseado, fazendo outro desenho musical, que é sublinhado pela percussão que passa a incluir também os pratos, retornando ao típico caráter marcial dos

(^1) As baixarias são contracantos graves realizados no choro. O termo pode designar: a) a linha formada pelos baixos da progressão dos acordes em uma determinada passagem; b) um desenho ou gesto melódico, por parte dos acompanhadores de tessitura grave, que normalmente conduz de um acorde a outro, que preenche os momentos de maior repouso da melodia principal ou ainda que define um estilo de levada (BRASIL, p.13).

dobrados, valorizado pela dinâmica em fortíssimo e pelas acentuações anotadas na partitura. Apesar da escrita predominantemente homofônica entre a tuba e a clarineta, ainda se observam fragmentos dialógicos entre esses instrumentos.

Ex. 23 – Parte de clarineta e tuba no Trio do dobrado Saudades de João Cavalcante. (c. 103-135)