















































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
origem. Atualmente, a Controladoria tem exercido um papel de suma importância no sucesso das organizações, pois suas ferramentas possibilitam que o gestor ...
Tipologia: Notas de estudo
1 / 55
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
A controladoria surgiu no inicio do século XX nas grandes organizações norte- americanas, visando o controle dos negócios. Já no Brasil, a Controladoria surge no inicio dos anos 60 com a chegada das empresas multinacionais norte-americanas que exigiam as mesmas informações e controles existentes nas organizações de origem. Atualmente, a Controladoria tem exercido um papel de suma importância no sucesso das organizações, pois suas ferramentas possibilitam que o gestor tome decisões coerentes, que garantam a sustentabilidade e continuidade destas empresas. Para Pereira (1991, p. 51, apud BORINELLI, 2006, p.102) a controladoria é:
O conjunto organizado de conhecimentos que possibilita o exercício do controle de uma entidade, a identificação de suas metas e dos caminhos econômicos a serem seguidos para atingi-los.
Já para Figueiredo e Caggiano (2008, p. 11), em uma visão mais estruturalista, “o órgão administrativo Controladoria tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial”. A Controladoria também pode ser conceituada como um conjunto de princípios, procedimentos e métodos que preocupa-se com a gestão Econômica das empresas, com o objetivo de orientá-las para eficácia, utilizando de instrumentos oriundos de diversas ciências tais como: Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade. (MOSSIMANN,1993, apud BORINELLI, 2006, p. 102). Pode-se dizer então, que a controladoria tem como finalidade exercer o controle financeiro e administrativo de uma instituição tendo em vista a sua continuidade, trazendo no âmbito de seus conhecimentos, informações importantes aos gestores para norteá-los nas tomadas de decisões. Observa-se que a Controladoria tem crescido nas instituições, abrangendo diversos ramos de atividade, destacando-se por ser este o órgão responsável na empresa pelo sistema de informações, que apoia o processo de planejamento e
controle de gestão. A Controladoria absorve funções dos departamentos econômico, financeiro e contábil, envolvendo nestes, atividades de planejamento, execução, controle e análise de desempenho da gestão. As instituições vêm enfrentando uma acirrada competição no mercado globalizado, exigindo a busca por estratégias que proporcione adaptação rápida as mudanças, a fim de garantir vantagem competitiva e o alcance dos objetivos traçados. Nesse contexto, vale ressaltar o importante papel que a Controladoria exerce dentro de uma organização, auxiliando no processo de tomada de decisão, na gestão empresarial, na valorização da instituição, na geração de lucros e garantir sua perpetuidade. Um dos grandes problemas das instituições é não aproveitar da melhor forma as observações do setor de controladoria ou, em alguns casos, empresas que tem estrutura para ter um setor de controladoria e não querem investir nesse departamento para auxiliar nas tomadas de decisões, gerando perdas desnecessárias por não possuir instruções qualificadas no processo decisório. Analisando esses aspectos, esse estudo pretende responder ao seguinte questionamento: Qual a importância da controladoria no processo decisório da indústria Pratigi Alimentos S.A? Procurando responder a este questionamento, este trabalho traz como objetivo geral demonstrar a importância da controladoria no processo de tomada de decisão na indústria Pratigi Alimentos S.A. Como objetivos específicos, esta pesquisa pretende descrever o conceito de controladoria; identificar a importância da controladoria no processo de tomada de decisão; demonstrar as principais ferramentas da Controladoria e evidenciar as ferramentas de apoio à tomada de decisão utilizadas pela indústria Pratigi Alimentos S.A. Justifica-se que a Controladoria é uma eficiente fonte de apoio a gestão, auxiliando o processo de tomada de decisão. As organizações estão necessitando cada vez mais de ferramentas que possibilitem o gestor a tomar a melhor decisão, pois diante da acirrada concorrência dos mercados, estas ferramentas possibilitarão garantir a continuidade das instituições. Em relação ao trabalho, ressalta-se que é importante e pertinente uma pesquisa desta natureza, demonstrando a importância das ferramentas de apoio à
Quanto aos procedimentos de operacionalização dos dados, esta pesquisa classifica-se como um estudo de caso, já que objetiva levantar informações sobre um objeto específico, neste caso a empresa Pratigi Alimentos S.A, especializada em nutrição animal. Empresa esta situada na Rod BA 493, km 10, SN, na cidade de Castro Alves/BA. Denominada de Sociedade Anônima, a Pratigi Alimentos possui um quadro de funcionários formado por 53funcionários registrados e mais 30 colaboradores terceirizados. Possui uma estrutura organizacional centralizadora, na qual possui um colaborador líder por setor de atuação (RH, Contábil/Fiscal, Compras, Financeiro, Logística, Comercial e Industrial), sendo estes líderes orientados pelo Diretor Presidente da organização. Segundo Gil (2010, p.57):
O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetivos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados.
O estudo de caso trata-se de uma abordagem, que permite um conhecimento específico para compreender, explorar e descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão envolvidos diversos fatores. Quanto às técnicas de coleta de dados, os mesmo foram coletados através de dois questionários aplicados junto ao gestor responsável pela tomada de decisão (Apêndice 1) e aos líderes de cada setor da instituição (Apêndice 2). Em relação à técnica de análise dos dados, esta natureza da pesquisa é de caráterqualitativa, pois pretende interpretar como a Controladoria pode auxiliar no processo decisório da organização. A pesquisa de natureza qualitativa, segundo Proetti (2006, p. 95), “Demonstra os resultados pelo sentido lógico, que resulta do tratamento científico dispensado pelo pesquisador. Essa pesquisa dá ênfase à qualidade dos dados analisados, visando ao resultado”. O estudo realizado também será precedido de um breve relato teórico sobre o tema em questão, por meio da pesquisa de bibliografias existentes, em livros, artigos e periódicos. Este trabalho está dividido em quatro capítulos onde abrangerá no primeiro a introdução destacando contextualização do tema, problemática, objetivos,
justificativa e metodologia, o segundo capítulo apresenta as definições, ferramentas e funções da controladoria, o terceiro exalta os resultados e discussões do estudo de caso em resposta aos objetivos descritos na introdução deste trabalho em relação ao objeto de estudo e por fim, no quarto capítulo as considerações finais.
todos os assuntos relacionados à instituição como a administração, economia, direito, estatística, matemática, psicologia e sociologia. Abaixo, uma descrição de todas as áreas e sua relação com a controladoria:
2.2.1 Contabilidade
A Contabilidade é a área que foca nos relatórios contábeis que emitem o resultado financeiro e econômico da entidade, de todo o seu patrimônio e suas variações. Os relatórios contábeis ajudam a interpretar a saúde financeira da empresa, auxiliando na tomada de decisão, possibilitando um aumento dos lucros e também a realização de novos investimentos para melhorias na instituição. Segundo Most (1987, p. 2, apud BORINELLI, 2006, p. 112),
Contabilidade é uma atividade de serviço. Sua função é prover informação quantitativa, principalmente de natureza financeira, sobre entidades econômicas, que seja útil ao processo de tomada de decisões econômicas e de escolhas entre cursos alternativos de ação.
Em complemento ao entendimento acima, para Santos et al. (2003, p. 63),
Os principais fins da Contabilidade são os de assegurar o controle do patrimônio e fornecer informações sobre sua composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pelas entidades.
Neste caso, a contabilidade auxilia a controladoria a chegar às informações importantes para as tomadas de decisões através dos relatórios emitidos que evidenciam o andamento da instituição financeira e economicamente, assim como do seu patrimônio. Com estas informações os gestores, orientados pelo profissional da controladoria, o controller, interpretarão as informações de forma a tomar as decisões necessárias para o bom andamento da instituição.
2.2.2 Administração
A Administração: é a ciência que estuda a forma de gerir o patrimônio e os recursos utilizados pela instituição a fim de garantir seu funcionamento e crescimento.
Segundo Chiavenato (1993, p. 12, apud BORINELLI, 2006, p. 114), A administração é uma ciência que estuda as organizações e as empresas com fins descritivos para compreender seu funcionamento, sua evolução, seu crescimento e seu comportamento. Para Kwasnicka (2004, p.20),já abordando as funções básicas da administração, tema sobre qual Chiavenato também se debruça em sua obra, administração é:
Como um processo integrativo fundamental, buscando a obtenção de resultados específicos. Administrar é, portanto, um processo pelo qual o administrador cria, dirige, mantém, opera e controla uma organização.
Através das teorias da administração, o controller coletará informações necessárias para aplicar métodos de gerenciamento de produção, pessoas, comunicação e aplicação de normas e métodos de organização e controle na instituição.
2.2.3 Economia
A Economia é a área que estuda como os recursos adquiridos e bens produzidos são distribuídos entre os indivíduos e como os mesmos fazem suas escolhas mediante aos recursos que obtêm para satisfazerem suas necessidades individuais ou coletivas mediante a sociedade. Para Samuelson e Norddhaus (1999, p. 4, apud BORINELLI, 2006, p. 115), A economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos. Enquanto Samuelson trata o principal problema da economia, a escassez, que se converte em seu principal objeto, para Rosetti (2002, p.31) em uma perspectiva de intervenção do pesquisador e cientista, “a economia compete o estudo da ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo de produção, geração e a apropriação da renda, o dispêndio e a acumulação”. O conhecimento de economia para o controller é essencial para orientar os gestores à melhor forma de aplicar seus recursos e/ou produzir seus bens e distribuí-los da melhor forma, trazendo benefícios à instituição e a todos que nela trabalham bem como a sociedade consumidora de bens e serviços.
O estudo dos modos de obtenção, coleta organização processamento e analise de informações relevantes que permitam quantificar, qualificar ou ordenar entes coleções ou populações de modo tal que se possa concluir deduzir ou predizer propriedades, eventos ou estados futuros.
Essas propriedades inerentes à estatística auxiliam a Controladoria na analise e interpretação de informações coletivas com um alto impacto no desempenho empresarial.
2.2.6 Matemática
Matemática é a área que estuda padrões reais ou imaginários, visuais ou mentais. Procuram regularidades nos números formulando teorias que tentam explicar os cálculos, símbolos e relações observadas. E esta característica é primordial para relacionar a Controladoria e a Matemática, pois a primeira precisa quantificar seus resultados apresentando-lhes em expressões numéricas. Segundo Herrmann Jr. (1970, p. 26, apud BORINELLI, 2006, p. 118) As ciências matemáticas têm por objeto as quantidades consideradas abstratas e independentemente das coisas. É importante destacar que a abordagem matemática da controladoria é diversa da aplicação de ciências exatas, e se utiliza dos métodos quantitativos para qualificar fenômenos sociais e patrimoniais como o lucro, a receita, os juros, etc., se aproximando da econometria enquanto ferramenta de ciência social.
2.2.7 Psicologia
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento de um indivíduo mediante seus valores e motivações, morais e sociais, perante a sociedade e a si mesmo em forma de estímulos que os levam a concretizar seus objetivos e viver de acordo com suas crenças e conceitos. Segundo Spector (2002, p. 5, apud BORINELLI, 2006, p. 118), a Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano (e não-humano), da cognição, da emoção e da motivação. Como em uma organização tudo é feito através das pessoas, a controladoria deve saber gerir de forma motivadora, a capacidade dos colaboradores e extrair o melhor do potencial de cada um em sua área para atingir os objetivos da instituição
sem esquecer-se de respeitar a moral de cada indivíduo dentro de seu espaço ocupado na organização. No entanto, é válido lembrar que em uma organização, as tomadas de decisões ou as informações que são extraídas de toda a sua operação são feitas pelas pessoas. O sucesso da entidade não vem dela própria e sim das perspectivas e percepções dos indivíduos que a compõe.
2.2.8 Sociologia
O objeto de estudo da Sociologia é a Sociedade, e esta é composta por indivíduos. A sociologia vai estudar a divisão de trabalho e a forma com que estes indivíduos se ocupam na sociedade com seus comportamentos competitivos e cooperativos, individuais e em coletividade. Para Delorenzo Neto (1981, p. 11, apud BORINELLI, 2006, p. 118), A Sociologia estuda as formas fundamentais da convivência humana, tais como: contatos sociais, distância social, isolamento, individualização, cooperação, competição, controle, divisão do trabalho e integração social. A Controladoria utilizará de bases sociológicas para poder compreender o individuo e sua interação com as organizações, tratando de analisar as variáveis externas que influenciam e determinam alguns padrões decisórios dentro das empresas.
2.3 FUNÇÕES DA CONTROLADORIA
Depois de explanar as funções do controller , a seguir definem-se as funções da controladoria segundo visão de BORINELLI (2006, p. 135):
a) Função contábil: Nessa função o controller irá analisar as demonstrações contábeis afim de averiguar a situação financeira e econômica da entidade; b) Função gerencial-estratégica: Nessa função o controller busca elaborar novas estratégias de controle e também gerenciar as estratégias já existentes a fim de manter a organização na execução dos planejamentos; c) Função de Custos: O controller deve mensurar controlar e avaliar os custos operacionais e não operacionais da instituição para averiguar possíveis mudanças no processo de produção. O profissional deverá estar atendo às necessidades de
organização buscando as informações necessárias para tal em suas áreas afins, gerenciando dessa forma o controle interno da organização e assegurando todo o seu patrimônio.
2.4 O PAPEL DO CONTROLLER
Dentre as citações anteriores sobre a influência da contabilidade na controladoria, destacou-se a denominação de controller, como um profissional específico que usa o conhecimento contábil para atingir os objetivos da controladoria, nesta linha, este profissional é o responsável por filtrar as informações de cada setor da organização e orientar os gestores na tomada de decisões, nota-se que o controller não é o responsável pela tomada de decisão, esta responsabilidade ainda é dos gestores, o controller apenas usa dos conhecimentos variados de um âmbito de áreas afins para designar os principais pontos que podem levar a uma decisão. Para Nakagawa (2009, p. 13)
Os modernos conceitos de Controladoria indicam que o controller desempenha sua função de controle de maneira muito especial, isto é, ao organizar e reportar dados relevantes, exerce uma força ou influência que induz os gerentes a tomarem decisões lógicas e consistentes com a missão e objetivo da empresa.
Logo, controller é o profissional da área de controladoria destinado a desempenhar uma função de controle: organizar dados e informações que ao serem interpretadas pelos gestores, auxiliarão à tomada de decisão. Anthony e Govindarajan (2002, p. 156) diz que o controller é:
Responsável pelo desenvolvimento e pela análise de avaliações dos controles, e por recomendações aos executivos. Além disso, pode controlar o respeito aos limites de gastos instituídos pelo executivo-chefe, controlar a integridade do sistema contábil e ser responsável pelas medidas de segurança dos ativos contra furtos e fraudes.
Para melhor gerenciar o controle interno, o profissional de controladoria adota algumas funções, vejamos no quadro a seguir as principais:
Quadro 1 - Funções do profissional de Controladoria FUNÇÃO ATIVIDADE DESENVOLVIDA
Gerenciamento de informação
Gerenciar as informações geradas no sistema de informação da empresa provenientes dos seus setores tais como: Contábil, Recursos Humanos, Faturamento, Crédito e cobrança, Financeiro, Comercial, Planejamento e Orçamento, Fiscal, etc... Motivação O controller deverá motivar os profissionais responsáveis por cada área, afim de melhorar os números de cada uma e ajudar no crescimento profissional de cada gestor. Coordenação O controller deverá identificar as falhas no controle interno.
Avaliação
Interpretar corretamente os dados gerados pelo sistema de informação da empresa. Ao fazer as avaliações necessárias com as informações coletadas, o controller verificará o que foi afetado positiva ou negativamente sobre o resultado esperado na empresa. Se o resultado for negativo, o mesmo deverá avaliar onde foi o erro e sugerir melhorias e soluções para o alcance do resultado esperado.
Planejamento
O controller deverá, juntamente com os gestores de cada área, fazer o planejamento do exercício: Orçar gastos, fazer previsões de produção e faturamento, controle de despesas e formas de apropriar maiores receitas para a instituição. É de responsabilidade
2.5.1 Estrutura de Capital
A estrutura de capital de uma organização é composta basicamente por dois elementos: Capital Próprio e Capital de Terceiros. Além destes, na análise de investimentos deve-se levar em consideração o Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) que representará uma taxa média do custo do capital próprio e do custo do capital de terceiros.
2.5.1.1 Capital Próprio
Capital próprio são todos os recursos próprios dispostos no patrimônio líquido da empresa como os lucros gerados pela atividade da instituição, integralização de capital, renda gerada a partir da venda de ações, dentre outros. Lemes Júnior et al (2005, p. 291) diz que “Capitais próprios são recursos aportados nas empresas pela via do Patrimônio Líquido, quer através da auto geração de recursos e respectivo reinvestimento, quer pela subscrição e integralização de capital social”. O ideal, é que a instituição disponha da utilização de capital próprio afim de evitar endividamento à solicitação de recursos de terceiros, tendo que pagar juros por essa disponibilização. Mesmo sendo ideal o uso de capital próprio em uma instituição, o investidor deve atentar-se quanto ao risco dessa aplicação, ou seja, se o investimento trará um retorno positivo. Todo investimento requer um tempo para retorno e corre um risco de dar certo ou não, embora todo investidor, como lembra Bruni (2008, p. 167), sacrifica seu consumo de hoje para obter um maior consumo amanhã. Para calcular a relação entre o retorno e o risco do capital investido, ou seja, o custo do capital próprio, utiliza-se a seguinte fórmula: Ks = Rf + β [E(Rm) - Rf) Onde: Ks – Custo do Capital dos Acionistas/Custo do Capital Próprio; Rf – taxa livre de risco; β – Beta, nível de risco sistemático; E(Rm) – retorno esperado do mercado.
2.5.1.2 Capital de Terceiros
O Capital de terceiros é representado pelas dívidas da empresa, são recursos pertencentes a terceiros que disponibilizam a empresa em troca de ressarcimento em um determinado período definido entre as partes e somado a encargos financeiros pelo empréstimo do recurso. São exemplificados por empréstimos e financiamento bancários. Segundo Bruni (2008, p. 159) Capital de terceiros é “quando apresentam recursos obtidos por meio de financiamentos ou dívidas e que têm a obrigação do pagamento dos juros e da amortização”. Embora a utilização do capital de terceiros gera uma nova dívida para a empresa, por outro lado, essas aquisições de capital de terceiros pode trazer à instituição o benefício na dedução das despesas financeiras no imposto de renda. Nesse caso, para calcularmos o custo efetivo da dívida, utilizamos a seguinte fórmula: Kd = Ka. (1 – IR%) Onde: Kd – Custo efetivo da dívida; Ka – Custo aparente da dívida; (Juros/Dívida) IR – Alíquota do imposto de renda.
2.5.1.3 Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC)
Custo Médio Ponderado de Capital é uma taxa que calcula a média ponderada da remuneração requerida por cada investidor ou credor da entidade. Lemes Júnior, et al (2005, p. 194) afirma que,
Custo Médio Ponderado de Capital é o custo de capital calculado pela ponderação da participação das fontes específicas de capital de longo prazo da empresa, pelos seus respectivos custos de capital, e que é tomado como padrão financeiro a avaliação de seus projetos.
A idéia do cálculo do CMPC é remunerar mais o acionista que o emprestador, mas nem sempre isso é possível a depender da parcela que o emprestador tem direito de ser ressarcido pelo empréstimo que condicionou à empresa. (LEMES JUNIOR, et al, 2005)
Figura 1 - Demonstração fluxo de caixa livre (+) Receita Bruta (-) Gastos Variáveis (-) Gastos Fixos Desembolsáveis (=) EBITDA (-) Depreciação (=) Lucro Operacional Próprio Tributável ao LAJIR (-) Imposto de Renda (=) Lucro Operacional (+) Depreciação (=) Fluxo de Caixa Operacional (FCO) (+/-) Ativos (+/-) Capital de Giro (=) Fluxo de caixa Livre Fonte: Bruni (2008, p. 137);
Sendo assim, o fluxo de caixa livre é importante para a avaliação de projetos de investimentos para a empresa e no processo de tomada de decisões de financiamentos, já que é nessa demonstração que o investidor pode observar quanto de seu caixa pode ser destinado aos seus projetos.
2.5.3 Balanced Scorecard
Embora muitos confundam Balanced Scorecard como uma ferramenta da contabilidade, na verdade o BSC é uma ferramenta de gestão que, traduzida ao português, significa Indicadores Balanceados de Desempenho. Essa ferramenta tem o objetivo reunir os principais elementos de estratégia de uma organização e acompanhar o crescimento destes elementos, evidenciando o crescimento da empresa, diminuindo os riscos internos e externos e até mesmo auxiliando no aumento da produtividade. O BSC alinha os objetivos da empresa com suas ações operacionais do dia a dia afim de verificar se as principais perspectivas estão sendo alcançadas, para isso,
são feitos alguns questionamentos para avaliar a atuação no mercado e o que pode ser melhorado para satisfazer os clientes internos e externos da instituição. O BSC é fundamentado em quatro perspectivas: Clientes, Financeiro, Processos Internos e Aperfeiçoamento e Aprendizado. Na perspectiva dos clientes é avaliado como a instituição está tratando os seus clientes, se a empresa atende as necessidades dos mesmos com melhores produtos e serviços. Para Crepaldi (2004, p. 305) Perspectiva do cliente é “como a empresa é vista pelo cliente e como ela pode atendê-lo da melhor forma”. Costa (2013, p. 3) diz que “Na perspectiva de clientes averígua-se tudo o que se lhes relaciona (níveis de satisfação, de percepção da marca, grau de penetração no mercado, fidelização)”. Perspectiva do financeiro visa os resultados da instituição e como a mesma está sendo vista pelos sócios ou acionistas. Avalia-se a estratégia que está sendo utilizada pela instituição está trazendo os resultados esperados pelos seus investidores. Crepaldi (2004, p. 305) diz que o enfoque da perspectiva financeira é “como a empresa é vista pelos seus acionistas ou proprietários [...] devem mostrar se a implementação e a execução da estratégia da empresa estão contribuindo para a melhoria dos resultados”. Perspectiva dos processos internos é a melhoria de suas atividades internas para cumprir com suas necessidades e verificar a satisfação dos clientes. Crepaldi (2004, p. 306), diz que a perspectiva dos processos internos visa “em quais processos de negócios a empresa precisa ter excelência”. A mesma perspectiva é citada por Costa (2013, p. 3) quando esta frisa que:
Na perspectiva dos processos internos pode-se averiguar “a gestão operacional: tempos de execução, viabilidade dos processos, capacidade gestora, a inovação (nos produtos, serviços, formas de trabalho e organização) e aspetos reguladores e sociais (como condicionantes legais)”.
Perspectiva de aperfeiçoamento e aprendizado resume-se na capacidade que a instituição tem de renovar seus conhecimentos e aplica-los para melhorias contínuas garantindo sua evolução.