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Prevenção e Controle do Pé Diabético: A Importância do Serviço de Saúde da Família, Notas de aula de Enfermagem

Este documento discute a importância do diabetes mellitus tipo 2 como problema de saúde pública e as complicações associadas, além da necessidade de reduzir os principais fatores de risco. O autor realiza uma revisão bibliográfica sobre as ações do serviço de enfermagem na esf (estratégia de saúde da família) no cuidado de pacientes diabéticos, com ênfase no pé diabético, que é o mais preocupante devido ao impacto social e custo para a saúde pública. O documento destaca a importância de intervenções assertivas, participação familiar no processo educativo, controle glicêmico e educação continua para o sucesso do tratamento.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância do controle glicêmico no tratamento do diabetes mellitus?
  • Quais são as principais complicações associadas ao diabetes mellitus e como elas podem ser prevenidas?
  • Como a ESF pode promover fatores de proteção à saúde?
  • Como a participação familiar contribui para o sucesso do tratamento do diabetes mellitus?
  • Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jorginho86
Jorginho86 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Dayanne de Freitas Soares Costa
O PÉ DIABÉTICO NAS AÇÕES DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM
NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Itabirinha - MG
2010
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Baixe Prevenção e Controle do Pé Diabético: A Importância do Serviço de Saúde da Família e outras Notas de aula em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Dayanne de Freitas Soares Costa

O PÉ DIABÉTICO NAS AÇÕES DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM

NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Itabirinha - MG

Dayanne De Freitas Soares Costa

O PÉ DIABÉTICO NAS AÇÕES DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM NA

ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Especialização em

Atenção Básica em Saúde da Família –

CEABSF, Universidade Federal de Minas

Gerais, para obtenção do Certificado de

Especialista.

Orientadora: Daniele Falci de Oliveira

Itabirinha – MG

Aos meus amados pais e irmãs que acreditaram plenamente na minha capacidade.

Ao meu querido esposo, companheiro de sempre, que me incentivou e acompanhou

na jornada de estudos.

Aos meus familiares pelas palavras de incentivo.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, o grande criador de todas as coisas, por mais este momento de vitória conquistada. Agradeço pela saúde, agradeço pela vida;

Agradeço a minha Família pelo Amor e pelo carinho, em especial meu esposo, por todo apoio e confiança em mim depositada, o que tornou possível a realização deste projeto;

Agradeço a Daniele Falci, pela orientação, por sempre estar pronta a me atender, pelo carinho, dedicação, respeito e acima de tudo por acreditar em minha capacidade.

Agradeço aos colegas de curso pelo conhecimento e dúvidas trocados.

Agradeço a todos que me ajudaram na conclusão desta etapa da vida.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BDENF – Base de Dados de Enfermagem BIREME – Biblioteca Virtual em Saúde DM – Diabetes Mellitus ESF – Estratégia Saúde da Família LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde MEDLINE – Literatura Internacional em Ciências da Saúde mg/dL – Miligramas por decilitros MS – Ministério da Saúde PSF – Programa Saúde da Família SciELO - Scientific Electronic Library Online SUS – Sistema Único de Saúde

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 Critérios para Diagnósticos.................................................................. 18

ABSTRACT

Diabetes is a problem oh health public due the proportions of pandemic that come acquiring, as well as the co-morbid related & complications that they engage the productivity, the quality of life & the befall of your bearers with consequent erosion on family structure the number of individual with diabetes mellitus of type 2 is growing and grows also de busy from the complications associate the disease, the one to tem worried as many the handlers from health public professionals of longing, as well as the population in general. The present-day study objective describes the actions of the nursing service on Strategy Health of Family (ESF) to the diabetic foot. It opted for elaborate a revision narrative, realized astray of wares national and on flounder Portuguese; whose it consult was obtained from one side to the other it picks on the scientific databases on-line over the internet, where have been selected 40 wares. Nursing presents like the profession what taking part from capacity from family about to the self-caring, since has formation round for education from people what cares. The multi-skilled of the nurse near staff of longing it is very important into the grieved advising the diabetics patients on the subject of the cautions journals with the feet and the prevention of the apparition from the ulcers: awareness what yours feet are sensible and by it, owes avoid traumas he may be mechanical, chemical or thermal. The primary prevention must be realized aim at to achieve the general population, which includes patients and no patients, regarding users from the service of health. The purpose is reduce the numbers from the principal and often factors of risk about to the illnesses accounts no transmissible, promote the factors of protection the longing, that can be ranging by staff of longing from one side to the other education campaigns, periodic, informing the factors what increases by the venture about to diabetes: extort the practice of activity physics and a diet rich in fruits and vegetables; reaffirm the importance of the blood glucose control; and a continued education with the ESF and community. Measures preventative and curative relatively simple are capable of averting or retard the emergence from the complications of the diabetes.

Key word: Nursing, Diabetes mellitus , Diabetic foot

SUMÁRIO

  • 1 INTRODUÇÃO......................................................................................................
  • 2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................
  • 3 OBJETIVO............................................................................................................
  • 4 METODOLOGIA...................................................................................................
  • 5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................
  • 5.1 DIABETES MELLITUS
  • 5.1.1 Diagnóstico..........................................................................................................
  • 5 .1.2 Prevalência...........................................................................................................
    • diabético............................................................................................................... 5 .1.3 Impacto Social e Econômico do Diabetes Mellitus e Pé
  • 5 .2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PÉ DIABÉTICO.........................................
  • 5 .2.1 Pé Diabético definições e consequências........................................................
  • 5 .2.2 Cuidados de Enfermagem..................................................................................
    • diabético............................................................................................................... 5 .2.3 O papel da Estratégia Saúde da Família na assistência ao paciente
  • 6 DISCUSSÃO.........................................................................................................
  • 7 CONCLUSÃO.......................................................................................................
    • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................

Para que isso ocorra, a participação desses pacientes em programas de atenção a saúde, com equipe multiprofissional, é de extrema importância, tendo como enfoque principal a educação em saúde (TORRES, FERNANDES e CRUZ, 2007). Segundo Coelho e Silva (2006), viver com o diabetes pode representar um desafio, tanto para o diabético, quanto para aqueles que estão próximos a ele, pois a condição afeta sua vida como um todo, alterando dramaticamente seu cotidiano. Desta forma, a educação em diabetes deve estar voltada para a construção de conhecimentos que favoreçam o autocuidado e a autonomia das pessoas, na perspectiva de que possam ter um viver mais saudável. Dentre as formas de enfrentamento ao diabetes atualmente desenvolvidas no Brasil, destaca-se a Estratégia Saúde da Família - ESF (VIEIRA-SANTOS et al. 2008). A ESF significa uma reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS) através da atenção básica, o que favorece maior aproximação da população com os serviços de saúde, tanto pelo estabelecimento de vínculos, como pelo trabalho multiprofissional. A ESF propõe a adscrição dos usuários em um determinado território, os quais se vinculam a uma equipe que passa a ser a "porta de entrada" do serviço de saúde (JUNQUEIRA et al ., 2010). As políticas nacionais em saúde necessitam priorizar as ações educativas em Diabetes Mellitus , tendo na ESF um lócus favorável e que possibilita incentivar os diabéticos na busca de melhores hábitos de vida que resultem numa qualidade de vida excelente para todos (HASHIMOTO e HADDAD, 2009). A autora esta há cerca de 2 anos inserida no cotidiano de trabalho da ESF Barra de Itabira, município de Itabirinha, interior de Minas Gerais; possui 925 famílias cadastradas, sendo 2.987 pessoas, destas 2,5% são diabéticas, 1,4% possui o Pé Diabético. Inúmeros são os trabalhos realizados pela ESF em prevenção e promoção a saúde do diabético, mas pouca é a participação dos mesmos com a equipe, através desta questão a autora pesquisadora vem realizar um estudo bibliográfico voltado as ações do serviço de enfermagem na ESF ao portador de Pé diabético, sendo este o mais preocupante dos casos devido ao impacto social e o auto custo que gera na saúde publica do município.

2 JUSTIFICATIVA

Como o Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que necessita de mudanças que duram para toda a vida, torna-se necessário uma ação educativa para instruir e conscientizar o portador de diabetes da importância do seu conhecimento sobre a doença como parte integral do cuidado (GIL, HADDAD e GUARIENTE, 2008). Para isso, os profissionais da área da saúde devem ficar atentos para a qualidade dessas ações educativas, pois apenas o repasse de informações não é o bastante, sendo fundamental o desenvolvimento de intervenções assertivas com o propósito de mudanças de comportamentos e hábitos de vida (OLIVEIRA, et al. , 2009; XAVIER, BITTAR e ATAIDE, 2009). O DM é uma doença que pode ser controlada, devendo os portadores adotar uma série de comportamentos específicos de auto-cuidado, bem como ações de vigilância e assistência a saúde, para que a glicemia seja mantida o mais próximo possível da normalidade (VIEIRA-SANTOS et al ., 2008). A participação familiar no processo educativo do paciente diabético contribui para o seguimento do tratamento, na medida em que a família serve como fonte de apoio emocional nos momentos em que o paciente sente impotente diante dos desafios advindos da doença (MOREIRA et al. , 2008). No entanto, alguns aspectos devem ser considerados para o desenvolvimento de estratégias efetivas para a promoção da saúde na população geral. A Estratégia de Saúde da Família (ESF), implantado pelo Ministério da Saúde (MS) em 1994, esta centrada na atenção básica à saúde, com enfoque na família. A ESF surge como um modelo democrático, universal e integral, que objetiva reorganizar a prática assistencial em novas bases e critérios, em substituição ao modelo tradicional de assistência, individualista, curativista, biologicista e hospitalar (COTTA et al ., 2009). Vieira-Santos (2008), afirma: as ações propostas pela ESF vão desde a territorialização, atendimento ambulatorial com realização de consultas e outros procedimentos até a proposição de visitas domiciliares, educação em saúde e de vigilância epidemiológica entre outras.

4 METODOLOGIA

Para a confecção deste trabalho procedeu-se uma revisão bibliográfica narrativa, realizada a partir de artigos que trouxessem respostas a seguinte questão: quais as contribuições de enfermagem na abordagem do pé diabético no contexto da ESF? Foram selecionados 40 artigos publicados, artigos nacionais e em língua portuguesa; cuja bibliografia consultada foi obtida através de busca nos bancos de dados disponíveis na internet: BDENF, LILACS, MEDLINE, SciELO da BIREME, Google acadêmico; e em livros científicos. As palavras chaves utilizadas na fusca foram: pé diabético, assistência de enfermagem. Os critérios adotados para seleção dos artigos foram: artigos que tratam da atenção primária, no contexto da ESF, versar sobre o tema; estar disponíveis na integra e na língua dos descritores usados para o levantamento de dados. O estudo da literatura se deu de forma exploratória, seguida de uma leitura seletiva e analítica, identificando os artigos que falam de forma objetiva sobre o tema, hierarquizando- as e sintetizando-as, levando em consideração os aspectos mais explorados pelos autores selecionados com a relação do pé diabético nas ações do serviço de enfermagem na ESF.

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1 DIABETES MELLITUS

O diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico crônico dos carboidratos, caracterizado por hiperglicemia e glicosúria, resultante da produção ou utilização inadequada da insulina. O DM é classificado da seguinte forma: o tipo 1, que resulta primariamente da destruição das células beta pancreáticas, com tendência à cetoacidose; e o tipo 2, que resulta de graus variáveis de resistência à insulina e da deficiência relativa de secreção de insulina. O DM tipo 2 ocorre com freqüência maior do que o tipo 1(RODRIGUES, SZYMANIAK e ANDRADE SOBRINHO, 2010) O diabetes mellitus tipo 2 é um distúrbio em que o fator hereditário e a obesidade apresentam importância maior do que no diabetes mellitus tipo 1 e geralmente ocorre em indivíduos com mais de quarenta anos. Os pacientes diabéticos do tipo 2 também apresentam poliúria, polidipsia e polifagia, além de alterações visuais e feridas de difícil cicatrização (FIGUEIREDO e RABELO, 2009). Grossi (1998) completa dizendo que a doença acomete pessoas em todas as idades e níveis socioeconômicos, sendo que o número de diabéticos não diagnosticados e mal controlados é expressivamente elevado. Gil, Haddad e Guariente (2008) informam que as conseqüências a longo prazo como as complicações crônicas, incluem: nefropatia com possíveis evoluções para insuficiência renal; a retinopatia com a possibilidade de cegueira e neuropatia com risco de aparecimento de úlceras nos pés, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas. Os problemas com os pés representam uma das mais importantes e onerosas complicações crônicas do diabetes em função do grande número de casos que evoluem para amputação, decorrente da combinação da neuropatia periférica crônica associadas a pequenos traumas (COELHO, SILVA e PADILHA, 2009; ALMEIDA et al. , 2008). A história natural do diabetes tipo 1 e tipo 2 é marcada pelo aparecimento de complicações crônicas tais como as microvasculares; a nefropatia e a neuropatia diabética. As complicações macrovasculares são mais graves em indivíduos acometidos, sendo a principal causa de morbimortalidade associada ao diabetes (DUNCAN, 2004).

5.1.1 Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes e/ou rastreamento é verificado através das manifestações clínicas citadas pelo paciente, histórico familiar e dos fatores de risco, como sedentarismo,

5.1.2 Prevalência

Segundo estudo CORDOVA et al ., (2009) e Coelho, Silva e Padilha (2009), estima-se que no Brasil existam 5 milhões de indivíduos portadores de DM, dos quais metade desconhece o diagnóstico. Coelho, Silva e Padilha (2009), complementam que, em 2020, possam existir 11 milhões, devido ao envelhecimento populacional, a obesidade, ao estilo de vida, ao sedentarismo, a sobrevida do paciente diabético e as modificações nos padrões dietéticos. Resende et al. (2008) e Torres et al. (2009) informam que o número de indivíduos com diabetes mellitus do tipo 2 está crescendo e conseqüentemente cresce também a freqüência das complicações associadas à doença. Segundo Torres et al. (2009) o DM é a quarta causa de morte no mundo e uma das doenças crônicas mais freqüentes. Apesar dos muitos avanços ocorridos nos últimos 10 anos, verifica-se uma elevação importantíssima na incidência de DM. As taxas de morbidade e mortalidade associada ao DM vêm crescendo, o que tem preocupado os gestores de saúde pública e os profissionais de saúde como também a população de modo geral (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2009). A fase crônica tem como complicação o desenvolvimento do pé diabético que pode levar à amputações, que representam um dos mais devastadores problemas associados à doença, provocando grande impacto socioeconômico e perda da capacidade produtiva do portador de DM (CARVALHO, CARVALHO e MARTINS, 2010). Segundo Tavares et al. (2009), a prevalência de úlceras nos pés atinge 4% a 10% dos sujeitos diabéticos. De 40% a 60% das amputações não traumáticas de membros inferiores, ocorrem em diabéticos, sendo que 85% destas são precedidas de úlceras nos pés.

5.1.3 Impacto Social e Econômico do Diabetes Mellitus e Pé Diabético

Os custos diretos para o atendimento ao DM variam de 2,5 a 15% dos gastos nacionais em saúde. Os custos são também da família, mas, principalmente do próprio doente, com seu sofrimento e queda de sua qualidade de vida. (HASHIMOTO e HADDAD, 2009 e TOSCANO, 2004). O impacto socioeconômico do Pé Diabético é grande, incluindo gastos com tratamentos, internações prolongadas e recorrentes, incapacitações físicas e sociais como a perda de emprego e produtividade. Para o indivíduo portador de DM, traz repercussão na sua vida pessoal, afetando sua autoimagem, autoestima, seu papel na família e na

sociedade e, na existência de limitação física, poderá ocorrer isolamento e depressão (COELHO, SILVA e PANDILHA, 2009). Segundo Haddad, Bortoletto e Silva (2010), o impacto econômico das prolongadas internações hospitalares e amputações alerta para uma mudança na abordagem da problemática do pé diabético, notadamente com a demonstração de que medidas preventivas fundamentadas na redução de fatores de risco, educação e atuação em equipe multidisciplinar podem reduzir as amputações. A demora no início do tratamento adequado do pé diabético aumenta a ocorrência de complicações e a necessidade de amputação. As ações em saúde, efetivas, no cuidado com os pés, visando à prevenção do pé diabético poderiam evitar 44% a 85% das amputações. Soma-se a isto o estímulo ao autocuidado, o atendimento interdisciplinar e a educação em saúde (TAVARES et al ., 2009).

5.2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM PÉ DIABÉTICO

5.2.1 Pé Diabético: definições e conseqüências.

Vieira-Santos et al. (2008) define Pé Diabético como: infecção, ulceração e ou destruição dos tecidos profundos, associados a anormalidades neurológicas e a vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores. Hirota, Haddad e Guariente (2008) definem Pé Diabético como: o conjunto de alterações ocorridas no pé do portador de DM, decorrentes de neuropatias, micro e macrovasculopatias; o aumento da susceptibilidade à infecção devido às alterações biomecânicas, que levam a uma insensibilidade e à perda da sensação protetora que podem ocasionar deformidades dos pés, com possíveis alterações na marcha. A neuropatia torna o paciente vulnerável a pequenos traumas, provocados pelo uso de sapatos inadequados, hábito de caminhar descalço, consequentemente aumentando as chances da ocorrência de feridas e ulcerações. O Pé Diabético representa um estado fisiopatológico multifacetado, caracterizado por úlceras que ocorrem como conseqüência de neuropatias originadas geralmente por traumas, os quais muitas vezes, evoluem desencadeando processo de gangrena e infecção ocasionadas por falhas na cicatrização. O Pé Diabético muitas vezes pode evoluir para casos de amputação, quando não se institui tratamento precoce e adequado (MARTINS, et al. , 2007). As amputações são antecedidas por úlceras, que quase sempre se originam de lesões cutâneas que são acompanhadas de insensibilidade, causadas pela complicação de neuropatias periféricas crônicas que podem estar associadas a pequenos traumas. Os