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Este documento discute as considerações gerais da admissão de pacientes em hospitais psiquiátricos, enfatizando a importância da atitude da enfermeira naquela fase. O texto aborda a importância da atitude interessada, simpática e compreensiva da enfermeira, além da necessidade de explicar ao paciente o motivo da hospitalização e os cuidados especiais que receberá.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
A admissão do paciente constitui uma das funções da enfermeira, Embora nos hospitais gerais ela seja feita de maneira mais ou menos padronizada, nos hospitais psiquiátri- cos é quase totalmente individualizada. A atitude da enfermei r a nesse momento, em relação ao doente e sua família, é de grande importância, pois e o primeiro passo para o ajustamen_ to do paciente ao hospital, p a r a a tranqüilidade da família e sua confiança na instituição.
A atitude interessada, simpática e compreensiva da enfermeira, levará o paciente a sentir que o hospital o proteje e deseja beneficiá-lo e que estará sempre junto de pessoas inte ressadas em seu bem estar. A admissão pode nos parecer um ato comum, mas para a maioria dos paciente é traumatizante. O paciente quando vem ao hospital está quase sempre pertubado, com pensamento e sentimentos mórbidos e traz em si idéias tris tes e confusas. Seu estado mental merece especial atenção. Es tá desajustado na sociedade e pode transferir para o hospital seus sentimentos de antagonismo. O doente mental pode não compreender os fatos tão claramente como o paciente que está sendo admitido para se submeter a uma intervenção cirúrgica.
Elizabeth Dalle Vedove Barbosa
b e r siquer porque está sendo internado e muito menos o que o espera. Suas reações precisam s e r observadas, compreendi das e controladas com prudencia e sabedoria. A s s i m é que em nosso primeiro contato com o paciente devemos estudar bem a situação, pois embora saibamos que a intervenção de um doen te em hospital psiquiátrico é para ele uma medida de proteção e segurança, não deixa de ser, entretanto, uma situação que po de favorecer o aparecimento de conflitos emocionais ou s e r sua causa.
Ê limitado o numero de pacientes que compreen - dem estar doentes e aceitam a internação, dirigindo-se esponta neamente ao hospital. A maioria deles apresenta pertubaçÔes mentais com alteração da consciência e do Julgamento impossi büitando-os a consentir na sua hospitalização, sendo então le vados ao hospital por parentes ou outras pessoas. Quer o paciente esteja ou não disposto a Be inter nar, não se deve ocultar-lhe a verdade. Do ponto de vista psi cológico, é preferível levá-lo contrariado a levanto —ganado. Se o doente for conduzido ao hospital e verificar qtte foi iludido,
to faz com que ele inicie sua permanência na mesma com atitu de de não cooperação, falta de confiança, ressentimento ou sus peita de que a qualquer momento poderá cair em outra cilada. A maioria dos doentes mentais com remissão total dos sinto- mas mostra grande gratidão pela franqueza que lhes foi dispen sada nos períodos em que apresentavam graves desordens emo clonals. Portanto o paciente confuso, negativista, alucinado
o fato. Ê necessário dizer-lhe de maneira clara, simples e dje cisiva, que necessita internar-se para receber tratamento e cuidados especiais em local adequado e com pessoal capaz de auxiliá-lo.
No momento da admissão, a enfermeira deve es tar preparada para os incidentes que possam advir, não somen te por parte do paciente como também de seus parentes ou acom panhantes. Deve s e r cordial, porém não falar muito; observar com atenção o paciente e sua famúia, para com isso orientar-
Há dois pontos importantes a serem considerados com relação aos pertences do paciente: o primeiro é que po- dem ser os únicos e melhores que possui; o segundo é quequan to mais velhos e de pior aparência parecem ser, mais impor tantes serão para o paciente, pois se assim não fosse não se riam eles trazidos ao hospital. Devem s e r portanto guardados com todo carinho e cuidado, dando-se ao doente conhecimento do local onde irão ficar, até que possam permanecer sob seus cuidados diretos. Os valores e artigos cuja entrada é proibida de- vem s e r devolvidos à família antes do paciente s e r conduzido aos seus aposentos. d) banho. Durante o banho observa-se-ão detalhadamen te as condições físicas do paciente e a aparência da pele, a exis tência de cicatrizes e alterações, dados esses que deverão s e r anotados rigorosamente para evitar que a família ou o paciente culpem o hospital por anormalidades existentes antes da admis são. e) anotações. Estando o paciente acomodado, a enfer- meira passará a fazer anotação dos dados obtidos durante a in ternação. Alguns hospitais têm ficha apropriada para esse fim, com os itens que interessam , como por exemplo: identificação, diagnostico privisório, temperatura, pulso, pressão arterial, freqüência respiratória, observações feitas durante o banho, r e referência sobre hospitalizações anteriores, hábitos, recomen dações dos familiares, a impressão pessoal da enfermeira so b r e o paciente, o que julgamos de grande importância e os cui dados de enfermagem especiais que julgar necessários.
A família dever s e r informada sobre o enxoval que o paciente deverá trazer e o que é fornecido pelo hospital. O r e gulamento hospitalar deve s e r explicado, frizando-se sempre que os familiares e visitantes deverão consultar o médico ou a enfermeira, sempre que desejarem trazer ao doente qualquer objeto ou alimento. Os visitantes são orientados a manter, du rante as visitas, atitudes discretas, naturais, sem manifesta
ções emotivas exageradas, procurando sempre evidenciar ao doente a confiança nos resultados do tratamento.
A admissão do paciente, em hospital psiquiátrico, reveste-se de características próprias. Os cuidados são espe ciais a fim de que sejam evitadas conseqüências desagradáveis tanto para o doente como para o hospital. A admissão deve s e r função da enfermeira e não de outros elementos do hospital. A enfermeira deve desempenhar essa função tendo em mente ati tude de segurança no que faz, simpatia, compreensão, interés se e respeito. Deve ter capacidade para interpretar os senti mentos do doente, senso de observação e habilidade para contor nar e vencer situações difíceis e imprevistas. Acreditamos que se a enfermeira assim agir estará atendendo o doente de maneira humana, objetivo máximo de nossas atividades.
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