Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Angulo de Contato em Flotação de Sulfetos e Metais Livres, Exercícios de Energia

Este documento aborda o conceito de ângulo de contato em processos de flotação de sulfetos e metais livres. O ângulo de contato é o ângulo formado entre a fase sólida e a fase gasosa, medido através da fase líquida. As equações (1), (2) e (3) relacionam as tensões superficiais das interfaces s/l, s/g e l/g com o ângulo de contato, conforme a equação (4), conhecida como equação de young. O ângulo de contato influencia a molhabilidade dos minerais, determinando se eles são totalmente, parcialmente ou completamente molhados por um líquido.

O que você vai aprender

  • Como a molhabilidade de minerais é afetada pelo ângulo de contato?
  • Como as tensões superficiais das interfaces S/L, S/G e L/G se relacionam com o ângulo de contato?
  • Qual é a importância do ângulo de contato em processos de flotação de minerais?

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Maracana85
Maracana85 🇧🇷

4.2

(62)

227 documentos

1 / 5

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
1
PMI 3808 – Flotação de sulfetos e metais livres
Aula Prática – ÂNGULO DE CONTATO
1. Conceito de ângulo de contato
Conforme ilustra a Figura 1, se uma bolha de gás for colocada em contato com a superfície de
um sólido imerso em um líquido, ela vai formar um ângulo (ϴ) com a fase sólida. Tal ângulo é
denominado de ângulo de contato. Via de regra, na mineração, a fase sólida é um mineral ou rocha,
a fase líquida é a água e a fase gasosa é o ar atmosférico. Portanto, define-se ângulo de contato (ϴ)
como o ângulo formado entre a fase sólida e a fase gasosa, medido através da fase líquida.
Figura 1: Representação gráfica do ângulo de contato.
Voltando à Figura 1, podemos observar três vetores assim identificados como: S/L, S/G e L/G,
que representam a tensão superficial das interfaces S/L, S/G e L/G, respectivamente. Eles agem
paralelamente às suas respectivas interfaces e se encontram orientados no sentido oposto ao
aumento da área interfacial.
Ao chamarmos os três vetores (S/L, S/G e L/G) de tensão superficial, enfoca-se o fenômeno
sob o ponto de vista da Mecânica e, por isto, as unidades mais apropriadas são: N/m no sistema SI e
dyn/cm no Sistema CGS.
Se enfocarmos o fenômeno através da Termodinâmica, então os termos S/L, S/G e L/G serão
definidos como variação da energia livre interfacial por unidade de área, mantendo-se constantes
a temperatura e pressão, conforme ilustram as Equações (1), (2) e (3). Neste caso, as unidades mais
adequadas seriam J/m2 no sistema SI, assim como erg/cm2 no sistema CGS.
Para a interface sólido/gás (SG), temos:
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Angulo de Contato em Flotação de Sulfetos e Metais Livres e outras Exercícios em PDF para Energia, somente na Docsity!

PMI 3808 – Flotação de sulfetos e metais livres Aula Prática – ÂNGULO DE CONTATO

1. Conceito de ângulo de contato

Conforme ilustra a Figura 1, se uma bolha de gás for colocada em contato com a superfície de um sólido imerso em um líquido, ela vai formar um ângulo (ϴ) com a fase sólida. Tal ângulo é denominado de ângulo de contato. Via de regra, na mineração, a fase sólida é um mineral ou rocha, a fase líquida é a água e a fase gasosa é o ar atmosférico. Portanto, define-se ângulo de contato (ϴ) como o ângulo formado entre a fase sólida e a fase gasosa, medido através da fase líquida. Figura 1: Representação gráfica do ângulo de contato.

Voltando à Figura 1, podemos observar três vetores assim identificados como: S/L, S/G e L/G,

que representam a tensão superficial das interfaces S/L, S/G e L/G, respectivamente. Eles agem paralelamente às suas respectivas interfaces e se encontram orientados no sentido oposto ao aumento da área interfacial.

Ao chamarmos os três vetores (S/L, S/G e L/G) de tensão superficial , enfoca-se o fenômeno

sob o ponto de vista da Mecânica e, por isto, as unidades mais apropriadas são: N/m no sistema SI e dyn/cm no Sistema CGS.

Se enfocarmos o fenômeno através da Termodinâmica, então os termos S/L, S/G e L/G serão

definidos como variação da energia livre interfacial por unidade de área, mantendo-se constantes a temperatura e pressão, conforme ilustram as Equações (1), (2) e (3). Neste caso, as unidades mais adequadas seriam J/m^2 no sistema SI, assim como erg/cm^2 no sistema CGS. Para a interface sólido/gás (SG), temos:

Para a interface sólido/líquido (SL), temos: (2) Para a interface líquido/gás (LG), temos (3)

2. Relação entre ângulo de contato e energia superficial do mineral

As grandezas definidas pelas equações (1), (2) e (3) estão relacionadas ao ângulo de contato através da Equação (4), que também é chamada de Equação de Young. (4)

3. Relação entre ângulo de contato e molhabilidade dos minerais

Dependendo da magnitude do ângulo de contato (ϴ), pode-se prever a molhabilidade do sólido por qualquer liquido, ou seja: (a) Se ϴ= 0 o^ o sólido tem total afinidade pelo líquido e será plenamente molhado pelo mesmo; (b) Se 0 o < ϴ ≤ 90º, diz-se que o sólido é parcialmente molhado pelo líquido; (c) Quando ϴ > 90º, o sólido repele o liquido completamente. No que concerne à água, nenhum mineral apresenta ângulo de contato maior do que 90º. Todavia, produtos confeccionados pela indústria (Teflon) podem apresentar ϴ ~ 108º. Minerais portadores de oxigênio geralmente apresentam ϴ~ o , mas após adsorção de surfactantes na interface mineral/solução, ϴ pode chegar a valores de até 90º.

4.3 Histerese do ângulo de contato: avanço versus retrocesso Ângulos de contato, quando medidos diretamente através de goniômetros, podem apresentar variações (avanço ou retrocesso) em função de características da interface sólido/líquido durante o processo de molhabilidade do sólido pelo líquido. No caso da medida indireta, o ângulo é sempre de avanço do líquido sobre o sólido (todavia esta técnica não será abordada nesta aula prática). Ângulo de contato de avanço pode ser medido com o aumento da gota de líquido posicionada sobre a superfície sólida (Figura 3). Isto pode ser feito com uma seringa que permanece na gota durante a medida. A gota é aumentada inserindo-se mais líquido através da agulha. Enquanto o volume aumenta, a linha divisória entre líquido e sólido se move (Figura 4). O ângulo de contato tem que ser medido durante o aumento de volume da gota, pois, deste modo, efeitos como sedimentação, mudanças devido a diferentes pressões de vapor de diferentes componentes do líquido ou dissolução da superfície sólida serão eliminados e somente a interação sólido/líquido é medida. Figura 3 - Ângulo de contato de avanço. O ângulo de contato de retrocesso pode ser medido posicionando-se uma gota relativamente grande (~6mm) sobre a superfície do mineral e o seu volume é diminuído sugando-se o líquido com uma seringa (Figura 4). Quando a linha divisória sólido/líquido começa a se mover, o ângulo tem que ser medido. Figura 4 - Ângulo de contato de retrocesso.

Procedimentos Experimentais Utilizando-se um goniômetro de contato: (a) Medir o ângulo formado pelo mineral (placa de quartzo, ouro, grafita e calcocita) e uma bolha de ar na presença de água pura (6<pH<8); (b) Medir o ângulo formado por quartzo, calcocita, ouro ou grafita na presença do coletor xantato. Materiais necessários:

  • Placa de quartzo, grafita, ouro e calcocita;
  • Água de pureza analítica;
  • Reguladores de pH;
  • Lixa para limpeza das placas antes e após medidas de ângulo de contato. AVALIAÇÃO P Redigir relatório da aula prática e dar resposta às duas questões abaixo:
  1. Por que o ângulo de contato do quartzo é muito menor do que o ângulo de contato da calcocita, ouro ou grafita? Em outras palavras, o que o mineral quartzo possui na sua superfície que as demais espécies não possuem?
  2. O que aconteceu com o ângulo de contato do quartzo, ouro, grafita e calcocita na presença do reagente amil xantato?