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Um relato de experiência de acadêmicos na aplicação do arco de maguerez na assistência de enfermagem a crianças hospitalizadas, com ênfase no papel da família e da enfermagem no cuidado. O documento discute a importância de apoiar e informar a família, a compreender-la como sujeito principal do cuidado, e a utilizar a política nacional de humanização brasileira para minimizar os efeitos negativos da internação. O arco de maguerez é descrito como estratégico para promover ações de saúde à criança hospitalizada e sua família.
O que você vai aprender
Tipologia: Exercícios
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Ana Gabriella Slva dos Santos 1 ; Anndreya Marques de Souza Rodrigues 1 ; Kananda Karla Andrade Freitas^1 ; Luana Nunes Lima^1 ; Pamela Uaqui Alvino dos Santos 1 ; Rodrigo Augusto Gonçalves Fonseca^1 ; Manuela Costa Melo^2_._ 1 Acadêmicos Escola Superior em Ciências da Saúde, Brasília, Distrito Federal, Brasil. (^2) Docente da Escola Superior em Ciências da Saúde, Brasília, Distrito Federal, Brasil. Resumo: Internação hospitalar é uma experiência angustiante a qualquer indivíduo, porém os sentimentos podem estar potencializados quando se trata de criança. Objetivo: Aplicar o Arco de Maguerez na atenção à saúde da criança hospitalizada. Método: A atividade refere-se ao relato de experiência de acadêmicos na utilização do Arco de Maguerez, com embasamento teórico nos pressupostos da Metodologia da Problematização, aplicada na assistência de enfermagem à criança em um hospital-ensino, localizado no Distrito Federal, Brasil. A atividade ocorreu entre março e abril de 2017. Participaram seis acadêmicos. Resultado: Aplicado as cinco etapas do Arco de Maguerez. No qual os acadêmicos vivenciaram crianças internadas em processo de sofrimento com a hospitalização; foram levantados, e problematizaram sobre o conceito de hospitalismo e hospitalização, suscetibilidade das crianças para o fenômeno do hospitalismo; os acadêmicos buscaram informações seguras que possibilitaram suporte teórico; e propuseram momento de discussão dialogada com os familiares e criancas; orientação relacionada ao processo da internação. Considrações finais: O Arco de Maguerez demonstrou ser estratégico e possibilitou o desenvolvimento de ações de promoção da saúde à criança hospitalizada e sua família. Palavras chave: Criança; Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Educação em Enfermagem. Keywords: Child; Health Promotion; Health Education; Education, Nursing. Palabras clave: Niño; Promoción de la Salud; Educación en Salud; Educación en Enfermería.
Introdução O ambiente hospitalar é caracterizado por rotinas de cuidados e por intervenções terapêuticas que podem ser dolorosas e restritivas, porém necessárias à melhora do estado clínico do individuo. A internação hospitalar é uma experiência normalmente angustiante e preocupante para qualquer indivíduo, porém os sentimentos podem estar potencializados quando se trata de criança. A hospitalização de criança impõe modificações na vida da família, exigi readaptações frente a esse fenômeno (Melo et al, 201 4 ). Essa adaptação requer transformar a permanência fatigante em agradável. Nesse intuito faz-se necessário que a família receba apoio e informações de profissionais envolvidos com a assistência da criança, em especial a enfermagem, tornando-se necessário compreender a família como sujeito principal da ação no cuidar. O cuidar é um indicador relevante de qualidade no atendimento à saúde. A sua importância encontra suporte na atenção prestada pelos serviços e profissionais de saúde, e a Enfermagem possui um papel significativo, pois os Enfermeiros, um dos profissionais de saúde, que são legal e profissionalmente, responsáveis por quaisquer intervenções que possam utilizar em apoio à saúde do individuo. A Política Nacional de Humanização brasileira propõe a utilização de tecnologias de humanização da atenção e da gestão no campo da saúde. A presença do acompanhante junto ao usuário dos serviços de saúde é uma das estratégias utilizadas para minimizar os efeitos negativos da internação, especialmente aqueles relacionados a aspectos emocionais. Pois, contribui para fortalecer o núcleo familiar e social da pessoa hospitalizada, facilita o fluxo de informações, a identificação de necessidades, incluindo a comunidade nos cuidados, o que fortalece sua confiança no período de internação (Pasche et al, 2011; Ministério da Saúde, 2007 ). Objetivo Aplicar o Arco de Maguerez na atenção à saúde da criança hospitalizada em atividade com os acadêmicos do curso de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). O tema proposto para o desenvolvimento de tal processo foi a Educação em Saúde em uma unidade pediátrica com os acadêmicos da segunda série. Referencial Teórico Em 1988, com a criação do sistema público de saúde brasileiro, o Sistema Único de Saúde (SUS) (Presidência da República, 1990), houve a necessidade de estruturação dos
Resultado e Discussão Esta atividade foi desenvolvida pelos acadêmicos de Enfermagem, que assumiram o protagonismo do seu aprendizado, e pelo docente, que atua no direcionamento das ações, e será apresentada de acordo com as etapas desenvolvidas no Arco de Maguerez, conforme explicitado. Etapa 1 - Observação da realidade Apresentamos o contexto que despertou a atenção: o processo de hospitalização com as crianças internadas, justificado pela necessidade de cuidados específicos aos cuidados pediátricos e prevenção de agravos, com foco na promoção e restauração da saúde. A observação ocorreu durante o desenvolvimento das atividades acadêmicas, que ao conversar com uma das crianças internadas, observou a face de tristeza estampada. Neste estudo chamaremos essa criança com o nome fictício, Bela, de 5 anos. Relato inicial: “Assim, que ocorreu a abordagem dos acadêmicos, Bela parou de chorar, começamos a conversar e seu semblante mudou, ela demonstrava estar mais feliz, e encantada com a palavra “tórax” que acabara de conhecer”. Após essa aproximação, as atividades seguiram de cordo com o programado, e pouco tempo depois, re-encontramos a Bela, e novamente em um choro velado, questionamos a respeito daquele comportamento, pois acreditava que o tempo que ela estava internada, cerca de dois dias, não era suficiente para tanta tristeza. Esse comportamento chamou atenção, e fomos conversar com professora responsável pela Classe Hospitalar, classe localizada dentro da unidade pediátrica, na esperança de que ela pudesse sugerir atividades de entreterimento. Ela nos falou sobre o “hospitalismo”, termo que até o momento, desconhecido ao grupo, e na conversa observamos que esse comportamento era extremamente comum e esperável para todas as internações. O Programa Classe Hospitalar, prevista pelo Ministério da Educação e do Desporto do Brasil, por meio da publicação da Política Nacional de Educação Especial, mantém assegurado, que o aluno que por motivo de internação ou qualquer outra enfermidade, tem garantido o atendimento escolar que cumpra o conteúdo ministrado pela escola regular, afim de que, o aluno não perca o ano letivo além de facilitar o seu retorno à escola. Esse documento é embasado na política de inclusão e contribui para a humanização da assistência hospitalar. Além disso, esclarece todas as questões que permeiam a classe hospitalar, desde como deve ser feita sua implantação até o seu funcionamento: recursos humanos, quadro de funcionários, integração com a escola, recursos e atendimento pedagógico, entre outros.
Esse é o momento de propor hipóteses de soluções ao problema encontrado, e assim, propomos discussão dialogada com os familiares, crianças e profissionais de saúde; orientação relacionada ao processo da internação; praticar a ludicidade com as crianças. A partir do conhecimento adquirido pelo grupo de acadêmicos, e de ampla discussão dialogada, entre os acadêmicos e o docente, sobre como seria realizada a aplicação da proposta, foram idealizados as seguintes soluções:
Para as crianças foi dados brinquedo e caderno com desenhos e giz de cera para que pudessem ocupar um pouco do tempo que estão internados, e com isso, promover um sentimento menos desconfortável naquele ambiente que não se assemelha em quase nada com o “natural” que eles costumam viver. Contribuições para a área da saúde A partir das atividades desenvolvidas, percebemos que as estratégias de assistência e educação em saúde, quando realizada de forma clara e compreensiva, propicia o desenvolvimento da autonomia no cuidado e na promoção da saúde. Essas consistem em relevantes instrumentos de trabalho, pois permitem identificar problemas e buscar soluções, de forma simples e dinâmica. Considerações finais A vivência desta prática permitiu desenvolver um processo de ação-reflexão-ação acerca da autonomia e das atribuições do Enfermeiro, apresentada a transformação da realidade diante do problema apresentado. Percebemos que a experiência da aplicação do Arco foi essencial à formação profissional, se constituindo em estratégia que oportuniza ao estudante o aprender a aprender. O Arco de Maguerez demonstrou ser estratégico e buscou a visão crítica reflexiva e criativa do acadêmico, e possibilitou o desenvolvimento de ações de promoção da saúde à criança hospitalizada e sua família. Referências Berbel, N.A.N., (2012). Metodologia da Problematização: com o Arco de Maguerez. Londrina: Ed. UEL, pp 71- 107. Berbel, N.A.N., (2016). A utilização de metodologias da problematização com o Arco de Maguerez no cuidar em saúde. In. França FC de V; Melo MC; Guilhem D (org.). Processo de Ensino e Aprendizagem de Profissionais de Saúde: a Metodologia da Problematização por Meio do Arco de Maguerez – 1ª Ed. – Brasília, Coleção Metodologias Ativas, pp 112 - 118. Bowlby J., (1960). Separation Anxiety. The International Journal of Psycho-analysis. 41 :89-
Bordenave, J.D., & Pereira, A.M., (2012). Estratégias de ensino-aprendizagem. 32. ed. Petrópolis, RJ:Vozes.