




























































































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Neste terceiro livro da saga Acampamento Shadow Falls, Kylie quer saber a verdade por pior que ela seja! A verdade sobre quem é a sua verdadeira.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 479
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Neste terceiro livro da saga Acampamento Shadow Falls, Kylie quer saber a verdade por pior que ela seja! A verdade sobre quem é a sua verdadeira família, a verdade sobre os seus poderes sobrenaturais e a verdade sobre o que ela sente com relação a Lucas e Derek. E pra completar, um fantasma vive atrás dela com um aviso terrível: “Alguém vive e alguém morre”. Enquanto Kylie tenta desvendar o mistério e proteger aqueles a quem ama, finalmente descobre o segredo da sua identidade sobrenatural. E a verdade é bem diferente e muito mais inesperada do que ela jamais imaginou!
um passo à frente e depois parou. Embora não visse a hora de solucionar o mistério sobre quem era o seu pai, quem ela era e, com sorte, a que espécie pertencia, seus instintos gritavam para que desse meia-volta e fugisse dali. Era disso que ela sentia tanto medo? De saber a verdade? Antes de vir para Shadow Falls, alguns meses antes, Kylie tinha certeza de que era só uma adolescente confusa, cuja sensação de ser diferente era uma coisa normal. Agora entendia por quê. Ela não era normal. Não era nem humana! Pelo menos não totalmente. E descobrir seu lado não humano era como tentar solucionar um enigma. Um enigma que os Brightens podiam ajudar a resolver. Kylie deu outro passo. O vento, como se estivesse ansioso para fugir assim como ela, soprou e levou com ele algumas mechas rebeldes dos seus cabelos loiros, cobrindo seu rosto. Ela piscou e, quando abriu os olhos, o brilho do Sol tinha desaparecido. Ao olhar para cima, viu uma imensa nuvem carregada bem acima dela, provocando uma grande sombra ao seu redor e sobre o arvoredo. Incerta se aquilo era um mau presságio ou uma simples tempestade de verão, ela congelou, o coração acelerando ainda mais. Inspirando o ar com aroma de chuva, Kylie ia dar mais um passo, quando sentiu uma mão segurando seu braço. A lembrança de outra mão agarrando- a fez o pânico disparar em suas veias. Ela se virou, sobressaltada. — Calma! Está tudo bem? — Lucas afrouxou os dedos em torno do braço dela. Kylie prendeu a respiração e fitou os olhos azuis do lobisomem.
— Tudo bem. Você só... me assustou. Você sempre me assusta! Precisa assobiar quando estiver se aproximando de mim. — Ela expulsou as lembranças de Mario e do neto vampiro, Ruivo. — Desculpe. — Ele sorriu, enquanto desenhava pequenos círculos com o polegar no braço dela. De algum modo aquela leve carícia com o dedo pareceu... íntima. Como ele conseguia fazer um toque tão simples parecer um doce pecado? Outra rajada de vento, está prenunciando tempestade, agitou o cabelo preto de Lucas e jogou-o sobre a testa. Ele continuou olhando para ela, os olhos azuis aquecendo-a e afastando seus piores medos. — Você não parece bem. Alguma coisa errada? — Ele estendeu o braço e tirou do rosto dela um fio de cabelo, recolocando-o atrás da orelha. Ela desviou os olhos e fitou a cabana onde ficava o escritório do acampamento. — Meus avós... Os pais adotivos do meu pai biológico estão aqui. Ele devia ter percebido a relutância dela em estar ali. — Achei que você queria vê-los. Por isso pediu que viessem, não foi? — É... Eu só... — Está com medo. — ele terminou a frase por ela. Kylie não queria admitir, mas, como os lobisomens podiam farejar o medo, mentiras eram inúteis. — É. — Ela olhou novamente para ele e viu um toque de divertimento em seus olhos. — O que é tão engraçado? — Você. Ainda estou tentando entendê-la. Quando foi raptada por um vampiro delinquente não parecia tão assustada. Na verdade, você foi... incrível!
— Obrigada, mas tenho certeza de que Holiday está aí dentro. Ele assentiu. Seu olhar desceu para sua boca e seus lábios chegaram perigosamente perto. Mas, antes que sua boca exigisse a dela, aquele calafrio que sempre acompanhava os mortos envolveu o corpo de Kylie. Ela pressionou dois dedos sobre os lábios dele. Beijar era algo que ela preferia fazer sem uma plateia, mesmo que fosse do outro mundo. Ou talvez não fosse simplesmente a plateia. Ela estaria realmente pronta para se entregar aos beijos dele? Era uma boa pergunta, e ela precisava de uma resposta, mas tinha que pensar num problema de cada vez. No momento ela tinha os Brightens com que se preocupar. — Tenho que ir — ela disse, apontando para a porta. O frio se fez sentir novamente. Corrigindo: ela tinha os Brightens e um fantasma com que se preocupar. A decepção brilhou nos olhos de Lucas. Então ele mudou de posição, parecendo desconfortável, e olhou em volta como se percebesse que não estavam sozinhos. — Boa sorte. — Ele hesitou um pouco e depois começou a se afastar. Kylie o observou indo embora e, então, olhou ao redor, procurando pelo espírito. Arrepios percorreram sua espinha. Sua capacidade de ver fantasmas tinha sido a primeira pista de que ela não era normal. — Isso não pode esperar até mais tarde? — ela sussurrou. Uma nuvem de fumaça apareceu ao lado das cadeiras de balanço brancas, na varanda da cabana. O espírito obviamente não tinha poder ou conhecimento suficientes para completar a manifestação. Mas o que tinha bastou para fazer as cadeiras balançarem. O rangido da madeira no assoalho parecia fantasmagórico... o que de fato era. Ela esperou, supondo se tratar do espírito da mulher que tinha aparecido naquele mesmo dia dentro do carro da mãe dela, quando
passavam na frente do Cemitério de Fallen, a caminho do acampamento. Quem era ela? O que queria de Kylie? Nunca havia respostas fáceis quando se tratava de fantasmas. — Agora não é uma boa hora — ela insistiu, mesmo sabendo que seria inútil. Os espíritos acreditavam na política de portas abertas. A nuvem de fumaça começou a tomar forma e o peito de Kylie inflou de emoção. Não era a mulher que ela vira antes. — Daniel? — Kylie estendeu a mão e as pontas dos seus dedos penetraram na névoa gelada enquanto ela tomava uma forma mais familiar. Um sentimento cálido — uma mistura de amor e remorso — subiu pelo braço dela. Ela puxou a mão para trás, mas lágrimas inundaram seus olhos. — Daniel? — Ela quase o chamou de pai. Mas aquilo ainda parecia esquisito. Ela assistiu enquanto ele se esforçava para se manifestar. Daniel explicara uma vez que o seu tempo de permanência na Terra era limitado. Mais lágrimas encheram seus olhos quando ela percebeu o quanto era limitado. Seu sentimento de perda triplicou quando pensou em como isso devia ser difícil para ele. Seu pai queria estar ali quando ela conhecesse os avós. E ela também precisava dele ali — queria muito que ele tivesse lhe contado um pouco mais sobre os Brightens — e desejou mais do que tudo que ele não tivesse morrido. — Não! — A única palavra de Daniel, pronunciada rapidamente, soou urgente. — Não, o quê? — Ele não queria (ou não podia) responder. — Eu não devo perguntar a eles sobre os seus pais verdadeiros? Mas eu tenho que fazer isso, Daniel, esse é o único jeito de eu descobrir a verdade. — Não é... — Sua voz falhou.
gostar muito de alguém tinha suas desvantagens, como ela comprovou quando um certo meio FAE supergato decidiu que ficar perto dela era difícil demais... e deu no pé. É isso aí, Derek era definitivamente um exemplo da desvantagem de se gostar muito de alguém. E ele provavelmente era a razão de ela hesitar em aceitar os beijos de Lucas. Um problema de cada vez. Ela afastou o pensamento ao entrar pela porta aberta da sala de reunião. O homem idoso sentado à mesa estava com as mãos cruzadas sobre a grande escrivaninha de carvalho. — Em que tipo de problema ela se meteu? — Como assim? — Holiday voltou os olhos verdes para a porta e jogou os longos cabelos ruivos por sobre os ombros. O velho continuou: — Nós pesquisamos sobre Shadow Falls na Internet e descobrimos que é um acampamento para adolescentes problemáticos. Que maravilha! Os pais de Daniel achavam que ela era uma delinquente juvenil. — Vocês não devem acreditar em tudo o que leem na Internet. — Uma ponta de contrariedade transpareceu na voz da líder do acampamento. — Na verdade, somos uma escola para adolescentes muito talentosos que estão tentando conhecer a si mesmos. — Por favor, não me diga que são drogas! — exclamou a senhora de cabelos grisalhos, sentada ao lado do homem. — Não sei se eu conseguiria lidar com isso. — Não sou uma drogada! — disse Kylie em voz alta, sentindo na pele o que Della, sua colega de quarto vampira, tinha de suportar com essa suspeita dos pais.
Todas as cabeças se voltaram para Kylie que, sentindo-se o centro das atenções, prendeu a respiração. — Ah, querida! — lamentou a mulher. — Eu não quis ofendê-la. Kylie entrou na sala. — Não estou ofendida. Só queria deixar isso bem claro. — Ela fitou os olhos de um cinza desbotado da mulher e depois se voltou para o velho, em busca... do quê? De uma semelhança, talvez. Por quê? Ela sabia que eles não eram os pais verdadeiros de Daniel. Mas eles o haviam criado, provavelmente tinham transmitido a ele seu jeito de ser e suas qualidades. Kylie pensou em Tom Galen, seu padrasto, o homem que a criara e que até pouco tempo antes ela acreditava ser seu verdadeiro pai. Embora Kylie ainda não tivesse aceitado bem o fato de ele ter abandonado sua mãe, depois de dezessete anos de casamento, ela não podia negar que tinha alguns trejeitos dele. Não que não visse mais de Daniel em si mesma; ela herdara do pai desde o DNA sobrenatural até suas características físicas. — Nós lemos num site que este era um abrigo para adolescentes problemáticos. — Kylie percebeu um pedido de desculpas na voz do velho. Ela se lembrou de Daniel dizendo a ela que seus pais adotivos o amavam e que a amariam também se a conhecessem. Amor. A emoção se acumulava em seu peito. Tentando decifrar a sensação, Kylie se lembrou de Nana, a mãe de sua mãe, e do quanto a adorava, o quanto tinha sofrido quando ela morrera. Será que era a constatação de que os Brightens já tinham bastante idade — e que seu tempo na Terra era breve — que a fizera se lembrar da avó falecida? Como se o pensamento na morte de algum modo o tivesse evocado, um frio fantasmagórico se instalou na sala_. Daniel?_ Ela o chamou mentalmente, mas o frio que pinicava sua pele era diferente.
do ancião. Sua tez pálida indicava que ele tinha sido ruivo quando mais novo. Por alguma razão, Kylie se sentiu compelida a arquear as sobrancelhas e verificar os padrões cerebrais do casal. Esse era um pequeno truque sobrenatural que ela tinha aprendido só bem recentemente e que na maioria das vezes os seres sobrenaturais usavam para reconhecer uns aos outros e os seres humanos. O senhor e a senhora Brighten eram humanos. Pessoas normais e provavelmente decentes. Então, por que Kylie estava tão nervosa? Ela observou o casal enquanto eles também a observavam. Esperava que fizessem algum comentário sobre o quanto ela se parecia com Daniel. Mas não fizeram. Em vez disso, a senhora Brighten disse: — Estamos de fato muito felizes em conhecê-la. — Eu também — disse Kylie. Mas também apavorada! Ela se sentou na cadeira ao lado de Holiday, em frente aos avós. Estendendo o braço sobre a mesa, buscou a mão de Holiday e a apertou. Uma calma muito bem-vinda fluiu do toque da amiga. — Vocês podem me contar alguma coisa sobre o meu pai? — Kylie perguntou. — Claro! — A expressão do senhor Brighten se suavizou. — Ele era um garoto muito carismático. Popular. Esperto. Extrovertido. Kylie pousou a mão livre sobre a mesa. — Não era como eu, então. — Ela mordeu o lábio, arrependendo-se de dizer aquilo em voz alta. A senhora Brighten franziu a testa. — Eu não diria isso. A sua líder do acampamento estava nos dizendo o quanto você é encantadora. — A senhora estendeu o braço sobre a mesa e
descansou a mão quente sobre a de Kylie. — Mal posso acreditar que temos uma neta! Algo no toque da mulher mexeu com os sentimentos de Kylie. Não apenas o calor da sua pele, mas o ligeiro tremor, os dedos finos e nodosos que o tempo e a artrite haviam deformado. Kylie lembrou-se de Nana, de como o toque suave da avó tinha se tornado frágil um pouco antes de ela morrer. Sem aviso, a dor aumentou no peito de Kylie. Tristeza por Nana e talvez até mesmo um prenúncio do que ela sentiria pelos pais de Daniel, quando a hora deles chegasse. Considerando-se a idade do casal, essa hora não tardaria. — Quando você soube que Daniel era seu pai? — A mão da senhora Brighten ainda repousava sobre o pulso de Kylie. E o toque era estranhamente reconfortante. — Só recentemente — disse ela, com a emoção provocando um bolo em sua garganta. — Meus pais estão se divorciando e a verdade de repente veio à tona. — Aquilo não era uma completa mentira. — Divorciando-se? Pobrezinha... O velho balançou a cabeça em concordância, e Kylie notou que seus olhos eram azuis — como os do pai e os dela. — Estamos felizes que você tenha resolvido nos procurar. — Muito felizes. — A voz da senhora Brighten tremeu. — Nós nunca deixamos de sentir falta do nosso filho. Ele morreu tão jovem... — Uma sensação silenciosa de perda, de dor compartilhada, envolveu a sala. Kylie mordeu a língua para não dizer que ela também passara a amar Daniel. Para não assegurar a eles que o pai os amava. Tantas coisas ela desejava perguntar, lhes dizer, mas não poderia. — Trouxemos fotos! — anunciou a senhora Brighten. — Do meu pai? — Kylie se inclinou para a frente, entusiasmada.
— Claro! — concordou a senhora Brighten. — Eu fiz cópias. Daniel ia gostar que você ficasse com elas. Sim, ele ia. Kylie se lembrou dele tentando se materializar como se tivesse algo importante a dizer. — Minha mãe o amava — Kylie acrescentou, lembrando-se da preocupação da mãe de que os Brightens ficassem ressentidos com ela por não tentar encontrá-los antes. Mas eles não pareciam cultivar nenhum sentimento negativo. — Tenho certeza disso. — A senhora Brighten se inclinou e tocou a mão de Kylie novamente. Calor e emoção genuínos irradiaram do toque. Era quase... mágico! Um bipe súbito do telefone de Kylie quebrou o frágil silêncio. Ela ignorou a mensagem de texto, sentindo-se quase hipnotizada pelos olhos da senhora Brighten. Então, por razões que Kylie não entendia, seu coração se abriu. Talvez ela de fato quisesse que eles a amassem. Talvez quisesse amá- los também. Não importava o pouco tempo que lhes restasse. Ou o fato de não serem seus avós biológicos. Eles tinham amado seu pai e depois o perdido. Assim como ela. Simplesmente parecia certo que eles se amassem. Seria isso que Daniel queria dizer a ela? Kylie olhou para as fotografias mais uma vez e então as recolocou no envelope, sabendo que iria passar horas contemplando-as mais tarde. O telefone de Kylie tocou. Ela ia desligar, mas viu o nome de Derek na tela. Seu coração deu um salto. Ele estaria ligando para se desculpar por ir embora? Ela queria que ele se desculpasse? Outro telefone tocou. Dessa vez era o celular de Holiday. — Com licença. — Holiday se levantou e começou a sair da sala enquanto atendia à chamada. Ela deu uma parada abrupta na porta.
— Fale mais devagar — disse ao telefone. A tensão na voz da líder do acampamento mudou o clima da sala. Holiday deu meia-volta e se aproximou de Kylie. — O que foi? — Kylie murmurou. Holiday apertou o ombro de Kylie, em seguida fechou o celular e olhou para os Brightens. — É uma emergência. Vamos ter que remarcar esta reunião. — Algo errado? — Kylie perguntou. Holiday não respondeu. Kylie viu os rostos decepcionados dos Brightens e sentiu a mesma emoção se infiltrando em seu peito. —Não podemos...? — Não! — disse Holiday com firmeza. — Vou ter que lhes pedir para partirem. Agora. O tom de voz da líder foi pontuado pelo barulho alto da porta da frente da cabana se abrindo violentamente e batendo contra a parede. Tanto a líder quanto os Brightens se sobressaltaram e olharam para a porta ao ouvir os passos ruidosos de alguém entrando apressadamente na sala de reunião.
Shadow Falls. Quando dava uma ordem, ele esperava que as pessoas a cumprissem. E elas normalmente não o decepcionavam. — Por que Burnett disse isso? — Kylie perguntou. — Eu preciso fazer umas perguntas a ele. Inesperadamente, a lembrança da mão da senhora Brighten sobre a dela surgiu em sua mente — suave, frágil. Emoções convergiram para Kylie de todas as direções. — Burnett nunca dá explicações — disse Della. — Ele dá ordens. Kylie olhou para Holiday, que ainda estava ao telefone. Ela parecia preocupada, e Kylie sentiu as emoções da líder se somando a outras que já lhe provocavam um frio na barriga. — Eu não entendo. — Ela lutou contra o aperto na garganta. Lucas chegou mais perto. Tão perto que ela podia sentir seu cheiro, semelhante a um bosque coberto de orvalho, nas primeiras horas da manhã. Ele levantou o braço e ela pensou que fosse para pegar a mão dela, mas ele o baixou novamente. Kylie lutou contra a decepção. Holiday desligou o telefone. — Era Burnett. — Ela deu um passo à frente e apoiou a mão no ombro de Kylie. Ela não queria ser tranquilizada, queria respostas. Então afastou a mão da amiga. — Apenas me diga o que aconteceu. Por favor. — Derek ligou — explicou Holiday. — Ele foi ver o investigador particular que ajudou você a encontrar os seus avós e o encontrou inconsciente em seu escritório. Então Derek achou o telefone do homem caído no chão, do lado de fora da sala, todo ensanguentado. Resumindo, Derek não acha que foi o investigador que lhe enviou a mensagem de texto falando sobre os seus avós. Ele ligou para Burnett, que está lá agora.
Kylie tentou entender o que Holiday estava dizendo. — Mas, se não foi o investigador que mandou a mensagem, quem foi? Holiday encolheu os ombros. — Não sabemos. — Derek pode estar errado — disse Lucas, sua falta de afeição pelo fae aprofundava o tom da sua voz. Kylie ignorou Lucas e seu tom de voz e tentou digerir o que Holiday estava querendo dizer. — Então... Derek e Burnett acham que o senhor e a senhora Brighten são impostores? Holiday assentiu. — Se Derek estiver certo e a mensagem foi enviada pela pessoa que feriu o investigador, então faz sentido pensar que esses dois foram enviados aqui por outras razões. — Mas eles são humanos — disse Kylie. — Eu verifiquei. — Definitivamente humanos — concordou Della. — Eu sei — Holiday explicou. — Foi por isso que não os segurei aqui nem os interroguei. A última coisa que preciso é atrair mais suspeitas sobre Shadow Falls. As pessoas da região já nos olham com desconfiança. Mas só porque são humanos isso não significa que não estejam trabalhando para outra pessoa. Alguém sobrenatural. Kylie sabia que Holiday estava se referindo a Mario Esparza, avô do vampiro assassino que a raptara. Por uma fração de segundo, Kylie reviu mentalmente as duas adolescentes que encontraram na cidade e que tinham morrido nas mãos de Ruivo, o neto de Mario Esparza. Mais frustração e raiva se acumularam dentro dela.