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Caracterização da Gravidez de Risco: Fatores, Símbos e Cuidados Speciais, Notas de estudo de Medicina

Uma caracterização detalhada da gravidez de risco, incluindo fatores individuais e sociodemográficos, doenças obstétricas e clínicas, e cuidados especiais oferecidos pela rede cegonha. A gravidez de risco é definida como aquela em que a vida ou a saúde da mãe e/ou do recém-nascido estão em maior risco do que a população geral. Os marcadores e fatores de risco são discutidos, bem como as medidas preventivas e de atenção especializada necessárias.

Tipologia: Notas de estudo

2021

Compartilhado em 18/01/2021

carolina-da-costa-pimentel-sampaio
carolina-da-costa-pimentel-sampaio 🇧🇷

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PROBLEMA 5
1. Caracterizar a gravidez de risco.
Quanto ao risco gestacional, a gravidez pode ser:
Gestação de risco habitual: é aquela na qual, após avaliação Pré-
Natal, não se identifica maiores riscos de complicações para mãe
e/ou bebê.
Gestação de alto risco: é aquela na qual se identificam doenças
maternas prévias ou mesmo adquiridas durante a gestação
podem colocar em risco a vida materna e/ou fetal (hipertensão,
diabetes, anemias graves, problemas cardíacos, entre outras).
Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou
do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas
que as da média da população considerada”. (CALDEYRO-BARCIA,
1973).
É importante alertar que uma gestação que está transcorrendo bem
pode se tornar de risco a qualquer momento, durante a evolução da
gestação ou durante o trabalho de parto. Portanto, necessidade de
reclassificar o risco a cada consulta pré-natal e durante o trabalho de
parto. A intervenção precisa e precoce evita os retardos assistenciais
capazes de gerar morbidade grave, morte materna ou perinatal.
2. Conhecer os fatores que levam a gravidez de risco.
Os marcadores e fatores de risco gestacionais presentes
anteriormente à
gestação se dividem em:
1.Características individuais e condições sociodemográficas
desfavoráveis:
Idade maior que 35 anos;
Idade menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos*;
Altura menor que 1,45m;
Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior que 75kg (IMC<19
e IMC>30);
Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos;
Situação conjugal insegura;
Conflitos familiares;
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PROBLEMA 5

1. Caracterizar a gravidez de risco. Quanto ao risco gestacional, a gravidez pode ser:  Gestação de risco habitual: é aquela na qual, após avaliação Pré- Natal, não se identifica maiores riscos de complicações para mãe e/ou bebê.  Gestação de alto risco: é aquela na qual se identificam doenças maternas prévias ou mesmo adquiridas durante a gestação podem colocar em risco a vida materna e/ou fetal (hipertensão, diabetes, anemias graves, problemas cardíacos, entre outras). Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”. (CALDEYRO-BARCIA, 1973). É importante alertar que uma gestação que está transcorrendo bem pode se tornar de risco a qualquer momento, durante a evolução da gestação ou durante o trabalho de parto. Portanto, há necessidade de reclassificar o risco a cada consulta pré-natal e durante o trabalho de parto. A intervenção precisa e precoce evita os retardos assistenciais capazes de gerar morbidade grave, morte materna ou perinatal. 2. Conhecer os fatores que levam a gravidez de risco. Os marcadores e fatores de risco gestacionais presentes anteriormente à gestação se dividem em: 1.Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis:  Idade maior que 35 anos;  Idade menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos*;  Altura menor que 1,45m;  Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior que 75kg (IMC< e IMC>30);  Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos;  Situação conjugal insegura;  Conflitos familiares;

 Baixa escolaridade;  Condições ambientais desfavoráveis;  Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;  Hábitos de vida – fumo e álcool;  Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse.

  1. História reprodutiva anterior:  Abortamento habitual;  Morte perinatal explicada e inexplicada;  História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado;  Parto pré-termo anterior;  Esterilidade/infertilidade;  Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos;  Nuliparidade e grande multiparidade;  Síndrome hemorrágica ou hipertensiva;  Diabetes gestacional;  Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores).
  2. Condições clínicas preexistentes:  Hipertensão arterial;  Cardiopatias;  Pneumopatias;  Nefropatias;  Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias);  Hemopatias;  Epilepsia;  Doenças infecciosas (considerar a situação epidemiológica local);  Doenças autoimunes;  Ginecopatias;  Neoplasias. Os outros grupos de fatores de risco referem-se a condições ou complicações que podem surgir no decorrer da gestação transformando-a em uma gestação de alto risco :
  3. Exposição indevida ou acidental a fatores teratogênicos.
  4. Doença obstétrica na gravidez atual:

com a Portaria nº 4.279/GM/MS, de 2010, a partir das seguintes diretrizes : I - garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré- natal; II - garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro; III -garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento; IV - garantia da atenção à saúde das crianças de zero a vinte e quatro meses com qualidade e resolutividade; e V -garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo. Art. 6° A Rede Cegonha organiza-se a partir de quatro (4) Componentes , quais sejam: I - Pré-Natal II - Parto e Nascimento III - Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança IV - Sistema Logístico: Transporte Sanitário e Regulação Pré-Natal Baixo Risco Deve-se realizar:

  • Anamnese completa com foque na história obstétrica;
  • Exame físico geral;
  • Exame físico ginecologico e obstetrico;
  • Exames complementares. As consultas de pré-natal são realizadas tanto por médicos (as) quanto por enfermeiros (as). Já os grupos de gestantes podem ser realizados por qualquer profissional de saúde. É importante que todos os profissionais façam parte do cuidado durante o pré-natal, como agente comunitário de saúde, técnico de enfermagem, dentista e, se necessário, assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, entre outros. Toda gestante tem direito a consultas e exames pelo SUS. A cada consulta o profissional irá: 1. perguntar como está se sentindo, como passou o mês e ouvir as dúvidas e impressões sobre esse momento; 2. fazer o exame clínico e
  • verificar o peso e pressão arterial,
  • observar se há sinais de anemia ou inchaço,
  • medir o tamanho da barriga,
  • ouvir as batidas do coração do bebê; 3. solicitar exames e avaliar os resultados; 4. verificar as vacinas do pré-natal; 5. prescrever ácido fólico, sulfato ferroso e tratamentos, se necessário; 6. orientar quanto às questões da gravidez e do parto. As consultas devem ser realizadas conforme este cronograma:  até a 28ª semana – mensalmente;  da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;  da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. Algumas mulheres podem apresentar complicações – são situações que precisam de acompanhamento especializado, identificadas durante o pré-natal. Neste caso, ela será encaminhada ao serviço de pré-natal de alto risco, mas continuará tendo o acompanhamento dos profissionais que iniciaram seu pré-natal. Alto Risco O intuito da assistência pré-natal de alto risco é interferir no curso de uma gestação que possui maior chance de ter um resultado desfavorável, de maneira a diminuir o risco ao qual estão expostos a gestante e o feto, ou reduzir suas possíveis consequências adversas. A equipe de saúde que irá realizar o seguimento das gestações de alto risco deve levar em consideração continuamente: a) Avaliação clínica Uma avaliação clínica completa e bem realizada permite o adequado estabelecimento das condições clínicas e a correta valorização de agravos que possam estar presentes desde o início do acompanhamento, por meio de uma história clínica detalhada e avaliação de parâmetros clínicos e laboratoriais. b) Avaliação obstétrica Inicia-se com o estabelecimento da idade gestacional de maneira mais acurada possível e o correto acompanhamento da evolução da gravidez, mediante análise e adequada interpretação dos parâmetros obstétricos (ganho ponderal, pressão arterial e crescimento uterino). A avaliação do crescimento e as condições de vitalidade e maturidade do feto são fundamentais. c) Repercussões mútuas entre as condições clínicas da gestante e a gravidez d) Parto A determinação da via de parto e o momento ideal para este evento nas gestações de alto risco talvez represente ainda hoje o maior dilema
  • Monitoramento cuidadoso do progresso do parto, por exemplo, por meio do uso do partograma da OMS;
  • Monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante trabalho e parto e ao término do processo de nascimento;
  • Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagem e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto;
  • Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto;
  • Estímulo a posições não supinas durante o trabalho de parto;
  • Administração profilática de ocitocina no terceiro estágio do parto em mulheres com risco de hemorragia no pós-parto, ou que correm perigo em consequência da perda de até uma pequena quantidade de sangue;
  • Condições estéreis ao cortar o cordão;
  • Prevenção da hipotermia do bebê;
  • Contato cutâneo direto precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na primeira hora após o parto, segundo as diretrizes da OMS sobre Aleitamento Materno;
  • Exame rotineiro da placenta e membranas ovulares. CATEGORIA B - PRÁTICAS CLARAMENTE PREJUDICIAIS OU INEFICAZES E QUE DEVEM SER ELIMINADAS; CATEGORIA C - PRÁTICAS SEM EVIDÊNCIAS SUFICIENTES PARA APOIAR UMA RECOMENDAÇÃO CLARA E QUE DEVEM SER UTILIZADAS COM CAUTELA ATÉ QUE MAIS PESQUISAS ESCLAREÇAM A QUESTÃO; CATEGORIA D - PRÁTICAS FREQUENTEMENTE USADAS DE MODO INADEQUADO.